Behind Brown Eyes escrita por JennetteIsMyLife


Capítulo 4
4- Confusão...


Notas iniciais do capítulo

Bem se a Lavínia lê isto....ela vai ter que me dizer que eu escrevi isto para ela U_U



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– Eu, não posso. Sobre aquela garota que você antes dizia, deveria ficar com ela, ela não deve ser tão ruim assim e... é isso. Tchau, louco. – Sam esboçou um sorriso e ele sorriu fracamente quando ela o chamou de louco. Foi assim que ela havia dito quando se conheceram.

– Quando eu vou te ver de novo, Sam? – perguntou, confuso.

– Assim que a realidade nos perimitir. – Sam levantou da pedra em que se encontravam e andou rapidamente, antes que a vontade a impedisse de cortar algo que poderia se tranformar em um grande problema, deixando para trás um Freddie mais confuso do que antes estava. Sam andou para o mais longe que conseguiu. Sentou atordoada em um banco e passou as mãos pelos cabelos. Estava inconformada como poderia ser tão azarada e ao mesmo tempo tão sortuda em ver aqueles olhos castanhos novamente. Alguém sentou ao seu lado e ao abrir os olhos notou que era Beck, infelizmente, a última pessoa que gostaria de ver naquele momento.

– Oi Sam, o que você está fazendo aqui sozinha? Por que não está com os outros? – perguntou o garoto, interessado.

– Dor de cabeça. – mentiu. – A música. Me deixou. Com dor. É. – Sam mentia muito mal. Desde que era pequena, Pam sabia quando ela mentia, suas frases saiam pausadamente e seus olhos a entregavam, mas aparentemente Beck não a conhecia tempo o bastante para saber disso.

– Que péssimo. Quer um remédio ou coisa assim? – Sam negou. – Posso ficar aqui com você ou você quer ficar sozinha? – Sam sorriu. Beck era legal com ela, não tinha porque ser grossa.

– Claro que sim Beck, acho que estou me sentindo melhor, podemos voltar para festa se quiser. – Beck abriu um sorriso enorme e pegou na mão da garota, que mesmo desconfortável com aquilo, cedeu. Foram até onde os amigos se encontravam, e entre eles, estava Freddie.

– Onde vocês estavam hein, dois? Escondidinhos? – perguntou Carly, rindo.

– Não sua boba, eu estava com um pouco de dor de cabeça, sozinha, Beck me viu e me resgatou para cá. – Freddie não conseguia tirar os olhos dela, estava enciumado, invejava Beck com todas as suas forças.

– Sam, este é meu amigo Freddie. Me espanta vocês não terem se visto ainda, ele foi hoje mesmo na sua casa ficar com a Mitchie. –

Sam olhou para ele e sorriu, tentando parecer educada para os amigos e ao mesmo tempo tentando que ele entedesse o motivo de seu desaparecimento repentino da pedra. E ele entendeu. Ela era a meia irmã que Mitchie havia falado sobre essa tarde.

– Prazer, Freddie. Seu nome foi muito ouvido desde o momento em que eu cheguei. – Ela foi até ele e o cumprimentou com um beijo na bochecha, fazendo as pernas do garoto amolecerem, Sam notou, seu coração doía. Freddie logo percebeu o que ela estava fazendo. Seria melhor para ele e para ela fingirem que não se conheciam, seria mais fácil. Mas e se ele não quisesse que fosse assim? E se ele quisesse lutar por ela? Aparentemente isso não se importava, porque ela já havia tomado a decisão por eles.

– Prazer, Sam. Devo dizer que tudo que ouvi sobre você, é verdade. Você realmente tem um sorriso lindo. – Sam sorriu e o sorriso foi seguido por um riso. Beck notou a química que surgia entre a garota que gostava e um dos seus melhores amigos, então resolveu interromper.

– E a Mitchie, Freddie, aonde ela está? – perguntou, fazendo a realidade vir a tona mais uma vez.

– Erm, não sei. A última vez que a vi ela estava pegando mais bebidas, estava meio descontrolada. – confessou.

– Você deveria ir atrás dela, ela é sua namorada. – Beck continuou.

– Ela não é minha namorada e nem vai ser. – confessou Freddie. Sem querer, mesmo sabendo que ele não gostava de Mitchie devido a sua confissão na pedra, Sam sentiu um alivio. Parece que ela não ia faze-lo pedir para namorar com ela, afinal de contas.

– Pensei que você gostasse dela. – dessa vez foi a vez de Brad opinar. Sam e Carly trocaram olhares, imaginando que dali não sairia coisa boa,

– Eu também pensei. Mas alguém me disse que as vezes nós estamos apenas muito assustados para lidar com a realidade. – Ele olhou de canto para Sam. Quando seus olhares se encontraram, Sam desviou. - E a realidade é que eu não gosto e nunca gostei da Mitchie. – Todos fizeram um “OH” em uníssono, menos Sam. Mas o motivo não era porque Freddie finalmente admitira que não gostava da morena, mas pelo fato de Mitchie estar bem atrás dele.

– Como assim, ursinho? Eu ouvi bem? Você não me ama mais? – dos olhos da morena escorriam lágrimas. Sam sentiu pena da meia irmã, mesmo ela a desprezando. E um certo desprezo pelo garoto dos olhos castanhos, que tinha sido arrogante ao dizer isso sem ao menos levar em conta os sentimentos da outra. Freddie passou a mão no rosto, estava atordoado, percebeu que havia feito do jeito mais errado que poderia ter imaginado. Virou, conversou baixinho com Mitchie e foi com a garota para outro lugar conversar. Sam sentiu outra pontada em seu peito, será que elas iriam ser constantes daqui pra frente?

– Nossa, quanto drama hein? Acho que Freddie está encrencado. – zombou Brad. Mas nem Beck, nem Sam e nem Carly riram. Beck pelo motivo óbvio, queria Sam só para ele e Carly pois aceditava que num momento desses, piadinhas de mal gosto eram dispensadas.

– Alguém quer ir ver como ele está? – Brad avisou o amigo indo em direção ao outro lado da praia, indo para a rua. – Não vou deixar minha moreninha sozinha. Quem sabe você não possa ir, Beck? – Beck negou freneticamente a cabeça, mas Brad não entendeu porque.

– Por que você não vai Sam? Acho que ele gostou de você, quem sabe ele te ouça. – Beck nesse momento quis matar o amigo.

– Eu vou. – Sam disse sem pensar duas vezes, e logo depois se arrependeu completamente. – Ótimo Sam, vai lá. – Carly empurrou uma Sam descontrolada, confusa e desamparada. Ela seguiu a rua atrás do Freddie, que andava cada vez mais rápido com passos firmes.

– Freddie, espera. – gritou.- Freddie ao notar de quem pertencia a voz, parou. – Freddie... você está bem? – perguntou, se aproximando do garoto.

– Não, não estou bem. – Freddie sentou-se na calçada. – Ela gosta de mim há muito tempo, sabia? E eu nunca dei bola pra ela, porque ela simplesmente não faz meu tipo. E aí quando eu resolvo dar uma chance, a garota dos meus sonhos aparece. Tem coisa que realmente não é pra ser... – Sam olhou para baixo, passou a mão no cabelo. – Sam, eu não paro de pensar em você desde o momento que a vi na Estaçao de Trem, simplesmente não consigo. Você domina todos os meus sonhos, até meus pesadelos onde eu tenho toda certeza que nunca mais te verei. Eu não sei o que voce fez comigo, de verdade, só sei que não me arrependo do que fiz hoje. Digo, não do que fiz, mas sim do jeito que fiz. – Sam continuava fitando o chão, silenciosa. – Eu sei que voce deve estar me achando o maior babaca existente, mas eu te peço uma chance para que eu possa te provar a pessoa que eu realmente sou. Não sou perfeito, devo deixar isso claro, muito menos o cara que você sentirá orgulho a todo momento, mas eu estou quase certo que serei quem vai te fazer feliz, isso se você me deixar. – Sam evitava olhar nos olhos do garoto, porque sabia se o fizesse, não assumiria responsabilidade pelas consequências de tal ato. Aqueles olhos achocolatados eram irresistíveis.

– Olha, eu... – Freddie a interrompeu.

– Não fala nada, pode ser? Apenas pense. Se você não sentisse pelo menos um pouco do que eu sinto, você nem estaria aqui e sabe que estou certo. Só se imagina comigo, vê se voce gosta da sensação, vê se a idéia te satisfaz. Porque se voce estiver fascinada do mesmo jeito que estou, tudo que eu consigo ver é uma grande historia de amor que está prestes a acontecer. – Sam não disse mais nada, Freddie sorriu.

– Ei, sorria, você tem um sorriso lindo. E ah, o Beck é legal, meu amigo, gente boa pra caramba, só não é pra você e você sabe disso. Não adianta tentar se enganar, seu lugar não é com ele. – Sam sorriu, deixando Freddie sem entender.

– Você sabe que querendo eu ou não, minha casa é aqui apenas até o fim do verão, não sabe? – Freddie fez que sim com a cabeça.

– Mas é minha casa até o fim do verão também, já te disse, eu moro no mesmo estado que você. – Sam deu de ombros. – A distancia só impede voce e a bailarina do Beck, porque comigo voce não terá esse problema... Olha, eu não vou te pressionar, você tem todo o tempo do mundo. Só não esquece que eu vou estar pensando em você. – Freddie foi até a loira e a beijou na testa, depois desceu até a bochecha e passou os dedos nos lábios da mesma, que sentiu seu corpo tremer. – Se cuida, louca. – Virou, mas como alguém que tivesse esquecido de alguma coisa, voltou para Sam. – Não sei se eu te disse, mas você está linda, muito linda mesmo.

O garoto deu as costas mais uma vez e continuou subindo a rua. Morava com sua tia nos verões fazia três anos, quando decidiu que surf e música eram as coisas que ele mais amava na vida. E agora tinha essa garota, não conseguia entender o que aquela loira havia feito com ele, com a vida dele. De repente surf e até mesmo a música podiam ficar em segundo plano, desde que ele tivesse Sam ao seu lado. Enquanto via Freddie subir a rua, Sam sentiu uma única lágrima caindo do seu rosto, mas não iria se deixar abalar. O que fazer em uma situações dessa? A vida não a deixava alternativa, nunca existiria Sam e Freddie e uma hora ou outra ele teria que aceitar isso. Sam enxugou a única lágrima com o polegar e voltou para praia, onde seus amigos estavam aflitos.

– E aí, Sam, como foi? – perguntou Brad.

– Ele está bem? – foi a vez de Carly.

– Eles finalmente terminaram? – Jared indagou, desinteressado no bem estar de Freddie, mas foi a pergunta de Beck que espantou os amigos.

– Você está bem, Sam? Parece triste. – Sam sorriu.

–É claro que estou e ele também ficará. Está um pouco confuso, apenas isso, não podemos julga-lo, certo? São coisas que acontecem na vida. Quantas vezes achamos que gostamos de alguém quando a verdade é que foi pura carência? – Os garotos concordaram com a cabeça. – Ele só precisa de um tempo pra ele.

– Você sabe onde está a Mitchie, Sam? – perguntou Jared.

– Não, Jared, me desculpe.

– Eu acho que está na hora de voltarmos para casa, não acham? – sugeriu Carly.

– Já tivemos drama o suficiente por hoje, galera. – admitiu Beck.

– Com certeza. Alguém quer carona? – Brad ofereceu.

– Eu vou andando. – a loira respondeu e Beck não pareceu gostar muito da idéia.

– Não Sam, está tarde, é perigoso, a gente te leva.

– Não precisa Beck, muito obrigada, mas eu preciso andar um pouco, pode ser? – Carly olhou para a amiga sem entender e dando a entender que precisaria se informar sobre o que estava passando pela cabeça da amiga.

– Você quem sabe, vá com cuidado, pode ser? – a morena disse, dando um beijo na bochecha da amiga, seguida por Beck, Brad e por fim Jared. Sam foi se afastando aos poucos, até sumir da vista de todos. Chegando em casa, todos já estavam dormindo fazia tempo. Até porque, eram quase 4h da manhã, então entrou silenciosamente para que ninguém acordasse e deitou em sua cama, derrotada. Sentia como se nada dali pra frente fosse dar certo, ou ter algum valor maior do que os olhos castanhos daquele garoto tinham.



8 de Janeiro, chuva, casa de verão.


Sam acordou cedo aquele dia, pois seu sono havia sido um tanto quando perturbado pelos acontecimentos da noite anterior.

Tomou banho e desceu para tomar café com sua família escadas pedindo ao mundo para que Mitchie não estivesse presente na mesa.

A garota não sabia do que Freddie havia dito à ela e mesmo Sam não tendo feito nada, sentia-se culpada.

– Bom dia querida, sente-se. – Sam apenas sorriu e sentou-se. E para sua infelicidade, lá estava Mitchie, porém, não parecia triste.

– Bom dia, Sam. – a morena disse, Sam arqueou a sobrancelha.

– Bom dia Mitchie. Está bem?

– Bem? É claro! Me diga, por que eu não estaria bem? – Mark e Pam apenas observavam a conversa inédita e sem ameaças das filhas.

– Não sei, eu estava lá quando aconteceu e... – Mitchie abriu os olhos e de repente a expressão sorridente se transformou em uma irritada.

– Isso não te diz respeito, Sam. Pai, olha ela, está se metendo na minha vida. O que eu fiz pra merecer isso meu Deus? – Mitchie mordeu o ultimo pedaço de sua waffer e subiu para seu quarto. Sam pode ouvir seu choro enquanto se afastava.

– Quer que eu va lá, Mark? – Mark concordou com a cabeça e Pam seguiu a morena.

– Paixões adolescentes. Sempre atrapalhando o rendimento escolar, familiar... é tudo muito complicado. Já sofreu por amor, Sam? – perguntou um Mark um tanto quanto triste e abalado por ver a filha daquele jeito.

– Na verdade não, Mark. Eu nunca tive muitos namorados e quando eu sentia que não iria dar certo, já pulava fora. Sempre foi meu lema. – Mark sorriu, Sam também.

– É querida, todos deveriam ser assim. Bom, se você não se importa, preciso arrumar algumas coisas no trabalho, você vai ficar bem aqui tomando café sozinha? – Sam riu.

– Claro que sim. Bom trabalho. – Mark tomou um último gole de café e saiu. Sam estava sozinha, até Dora adentrar o cômodo.

– Acepta cualquier otra cosa señorita? – Perguntou a empregada, sempre querendo oferecer um serviço melhor para aquela família. Seu português estava mais para portunhol, mas sempre que era necessário um português mais limpo, ela se esforçava.

– Não Dora, muito obrigada. – Sam comia vagarosamente.

– Estas bien, querida?

Sam olhou para o prato cheio e em seguida para Dora e chorou, silenciosamente. Sentiu as lágrimas quentes passando pela sua bochecha e ao mesmo tempo o gosto da derrota. Da derrota de não ter mais o controle sobre seus sentimentos, de estar vulnerável a alguém.

– Oh, excusa, excusa. Te deixarei en paz. – Sam fitou Dora por alguns segundos.

– Não! Fique! Sente-se comigo, faça-me companhia. Por favor, Dora? – Dora sorriu para a garota e ao mesmo tempo se sentiu lisonjeada pelo convite.

– O que se passa, señorita? – perguntou.

– Um garoto, Dora. Um bobão. – Dora riu, tirando um sorriso da garota. – Eu estou sentindo coisas que não deveria, sabe? Coisas que não são permitidas.

– Por que não são, querida?

– Porque tem outras pessoas envolvidas, mas quer saber? Eu vou aprender a lidar com isso. Eu vou lutar contra esse sentimento. – Sam levantou determinada.

– Você no deveria lutar contra algo poderoso como es el amor. – disse a mulher, apanhando do português. Sam olhou para trás e abraçou a mulher.

– Obrigada, Dora. Senti falta dos seus conselhos ano passado. Eles poderiam ter me tirado de grandes burradas. – Dora deu risada.

A loira pegou sua bolsa.

– Donde va Sam? – mas não deu tempo da garota responder, Sam já estava porta a fora.

Sam andava rapidamente enquanto idéias passavam pela sua cabeça. Desde ir embora da Califórnia até se render ao desejo de ficar com Freddie. Pensou que segunda feira os treinos de ballet começariam e o tempo que teria para ficar com o garoto em sua mente seria quase nulo. Andou até a casa de Carly, tocou a campainha e a mãe da morena atendeu a porta.

– Sam! Que bom te ver por aqui. Entre, por favor.

– Obrigada – respondeu a loira.

– Carly está no quarto dela, virando a direita. – Sam seguiu as intruções da mãe de Carly e rumou em direção ao quarto. Ao entrar, Carly estava ainda na cama, acordada, olhando para o teto.



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Notas finais do capítulo

Sim..o Beck é o Avan.
No fim de semana irei responder aos reviews e fazer o cap de agradecimentos para FFIL