Behind Brown Eyes escrita por JennetteIsMyLife


Capítulo 3
3-Falar demais...


Notas iniciais do capítulo

Dedicado a... SeddieForever QUE ME RECOMENDOU *-* OMG MUITO OBRIGADA



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– Eu faço questão. Foi um grande prazer, Sam. – ele pegou sua mão e deu um leve beijo. Sam deu um sorriso de canto.

– Igualmente. – Disse adeus para os outros amigos e entrou rapidamente em casa. O jantar tinha acabado de ser servido e Dylan estava abraçando uma caixinha de jogo esperando pela irmã, sentado na mesa.

– Dylan, larga esse jogo, ela ainda não chegou meu bem, quando ela estiver aqui você pega. Agora é hora de jantar. Sam apareceu na sala de jantar e Dylan abriu um sorriso, deixando Mitchie com ciúmes.

– Desculpem a demora, acabei de sair do estúdio. Foi um pouco demorado, mas vocês estão olhando para a mais nova aluna do Cisne de Cristal. – Pam foi ao encontro da filha e a abraçou.

– Que bom meu amor, estou muito feliz por você. Agora vamos jantar, podemos? – Sam sentou-se na mesa junto com o resto da sua família.

– Pai, hoje eu encontrei com o Freddie. Ele está cada vez mais lindo, nem acredito que um dia aquilo tudo será meu. E sabe do que mais? Acho que dessa vez ele está gostando mesmo de mim. Isso não é ótimo, é, não é pai? – Mitchie perguntou. Sam queria rir, mas não o fez. A garota estava mais desesperada do que a última garota que ficou pra tia.

– É sim Chie, eu acho. Você deveria chama-lo para jantar.

– É, eu deveria mesmo. Amanha tem uma festa na praia e eu pretendo fazer com que ele me peça em namoro. – Pam arqueou as sobrancelhas, “fazer com que ele a peça em namoro”.

– E você, Sam, foi convidada para essa festa na praia? – perguntou a mãe, tirando o assunto Freddie da mesa.

– Fui sim, conheci umas pessoas legais ontem e hoje que me convidaram. – respondeu Sam, simplesmente.

– Que bom, filha! Fico feliz que tenha resolvido finalmente fazer amizades aqui. – Sam sorriu em resposta.

– Você foi mesmo convidada? Por quem? – Mitchie retrucou.

– Brad, Beck e Carly. – Mitchie revirou os olhos.

– Eles são amigos do Freddie. Já conheceu meu usinho dos olhos escuros? – Dito olhos escuros, Sam lembrou do seu príncipe de olhos castanhos. Por um momento tinha esquecido do brilho que eles tinham, mas agora aquele castanho dominava seus pensamentos.

– Sam? Eu falei com você. Você conheceu meu ursinho? – insistiu a meia irmã

– Ainda não, Mitchie.

– Ele é um doce. Lindo, forte, rico... – Mark pigarreou. – Eu o amo. Sam queria rir pela segunda vez durante o jantar e não podia.

Pela sorte dela, o restante da refeição decorreu calmamente e silenciosamente. Ao terminarem, Sam jogou a prometida parrtida de jogo da memória com o irmão e logo após seguiu para seu quarto, exausta. Checou o celular antes de deitar para dormir, tinha recebido uma SMS.

Oi, Sam. É o Beck. A Carly me passou seu celular, espero que não tenha problema. Te vejo amanhã na festa da praia? É as 20h, não esquece. Beijos, linda bailarina.

Sam riu baixo com a mensagem e abriu o teclado para responder.

Ei, bailarino, haha. Estarei lá, nos vemos então! Beijinhos.

Fechou o celular, os olhos e caiu no sono.

7 de Janeiro, nublado, dia da festa da praia.

Sam acordou um pouco mais tarde, queria estar completamente descansada para aproveitar bem a festa de que todos estavam falando.

...

Eram 10 horas quando finalmente decidiu levantar da cama, depois de consecutivas chamadas de Pam. Ouvira o seu celular tocar logo cedo, mas o sono era tamanho que nem e deu o trabalho.

Ao pega-lo, havia uma SMS de Carly.

SOS. Preciso de uma roupa de fechar pra festa hoje a noite. Me encontra na sorveteria do parque as 11h. Estarei te esperando. É melhor você ir. Sério. Isso é uma ameaça. Hihi, beijinhos!

Sam olhou para o relógio mais uma vez. 10h15min.

Rapidamente tomou um banho, arrumou suas coisas em sua bolsa, tomou um café da manhã e foi ao encontro com a amiga, levando em conta sua nada ameaçadora mensagem. Ao chegar lá, se deparou com uma Carly impaciente.

– Você está cinco minutos atrasada, Sam Torres Puckett, seja lá qual for seu sobrenome, só sei que estou perdida. O que será de mim? Eu quero estar linda para o Brad e n!ao tenho nem idéia do que vou vestir.... e .... – Sam rapidamente tampou a boca da amiga.

– Bom dia, Carly. Vamos, eu sei exatamente do que você precisa. – a loira sorriu e a amiga soltou um longo suspiro, concordando. As duas foram caminhando até uma lojinha pequena que ficava a poucas quadras de lá.

– Tá brincando comigo, Sam? Nessa lojinha aí? Você não está entendendo, eu preciso de algo deslumbrante. – Sam riu.

– Essa loja tem as coisas mais bonitas que você pode imaginar, é pequena e humilde, mas quando você entrar vai se surpreender. Quem vê cara não vê coração, doninha.

Carly concordou e seguiu a amiga. Ao entrarem na loja, Carly se espantou. Tinha roupas penduradas em todos os cantos daquele lugar, em todas as prateleiras existentes. A única mulher que estava ali se pronunciou.

– Precisam de ajuda?

– Sim. Precisamos de algo único, provocante e que ao mesmo tempo diga: eu quero permanecer virgem. – Respondeu a morena. Sam olhou espantada. – Que foi? Eu disse que amanha seria um dia especial... coisas acontecerão. – a loira acabou rindo.

– Ah, ta explicado. Então, Jane, você tem o que essa doida aí procura?

A moça riu das amigas e respondeu que sim. Foi pegando peças aleatórias da loja.

– Aqui. Acho que isso é exatamente o que você precisa, menina. – disse, dando uma pilha de roupas para Carly, que pareceu surpresa. Depois de 2h a procura da roupa perfeita (Sem exageros, foram reamente duas horas), Carly encontrou.

– É esse. O que você acha? – Ela havia escolhido um vestido estampado, com cores vibrantes. Tomara que caia com um decote nada indiscreto e no comprimento certo.

– Voce deveria provar, antes de ficar com ele. – a garota sugeriu. Carly foi até o provador eo vestiu. Caiu como seda. Foi mostrar para amiga, que se encantou. Realmente tinha ficado perfeito no corpo dela, e tinha combinado com tudo, até com o seu cabelo que Carly tanto reclamava que não combinada com nada. “Essa é a merda de ser morena estranha”, dizia.

– Voce ta linda, Carly. Com certeza deveria levar.

– E com certeza eu vou. E pra você amiga, não vai ver nada? – perguntou.

– Não, eu devo ter trazido algo. Não quero gastar dinheiro com roupa agora,estou meio que poupando para uma emergência. – Carly riu.

– Voce quem sabe... mas tenho certeza que ficará linda de qualquer jeito e que Beck também a vai te achar perfeita até se for vestida com seus pijamas.

– Nossa, que exagero. Eu mal o conheço – riu-se. – Além do mais, preciso conhecer os outros peixes do oceano, concorda?

– Com certeza. – concordou Carly. – Amiga, desculpe por ter te feito correr assim, eu realmente estava desesperada e você me salvou. Obrigada!

– Magina, amigo é para essas coisas. Agora eu vou pra casa almoçar, nos vemos a noite? – deu um abraço na morena.

– Sim, nos vemos a noite! Esteja linda, pantera. – Sam riu e rumou em direção a sua casa.

Ao chegar , sua família já havia almoçado e Sam acabou comendo frutas e tomando um suco. Ao ir pro quintal sentar em uma cadeira enquanto comia uma maçã, avistou Mitchie, que estava tomando sol.

– Quem está aí? - perguntou Mitchie, de olhos fechados. – Identifique-se.

– Mitchie, se você abrir os olhos seria mais fácil. – respondeu Sam.

– Qual é o problema em responder quem é, Sam?

– Qual o problema em abrir os olhos, Mitchie?

– Argh. – resmungou a loira que Sam considerava aguada.

– Digo eu. – respondeu Sam.

– Você sabe se o Freddie me ligou? Ele disse que estaria aqui em casa comigo faz uma hora e até agora nada.

– Não faço nem idéia Mitchie. Acabei de chegar e já estou subindo para decidir minha roupa para hoje a noite. – Sam deu a última mordida em sua maçã e terminou de tomar seu suco.

– Boa sorte com isso – debochou Mitchie.

Sam estava subindo as escadas quando a campainha tocou.

Com preguiça de descer tudo de novo, gritou.

– Freddie? – perguntou, sem saber por quem chamava. – Pode entrar, a Mitchie esta te esperando La nos fundos. – Freddie, sem entender com quem falava, entrou. Quando foi ver quem era, só pode ver a ponta dos cabelos loiros subindo as escadas.

– Obrigado por me deixar entrar. – gritou o garoto.

– Sem problemas! – respondeu Sam, já no andar de cima.

Entrou em seu quarto e abriu as gavetas da cômoda onde havia guardado suas roupas. Revirou tudo a procura de algo impactante, até encontrar um vestidinho que havia esquecido. Ele era branco, curtinho, com um pequeno decote, inteirinho rendado.

Nas costas o vestido formada um “X”. Sam o experimentou e sorriu para o espelho. Era esse mesmo. Tirou o vestido, colocou outra roupa e pegou o notebook, queria mandar um e-mail para seu pai, queria contar como estavam suas férias. Escreveu tudo que havia acontecido, desde o encontro com Brad até sua entrada no Estúdio de Ballet. Enviou e fechou o notebook, sem paciência para postar qualquer coisa que fosse no facebook para atualizar seus amigos de Chicago. Pegou seu diário em sua bolsa e começou a escrever, acabou cochilando em cima do mesmo, mas foi acordada por um Dylan gritante.

– SAM? ACORDA! Você não vai mais na festa? A Mitchie acabou de sair Sam, você está atrasada.

Sam acordou atordoada, deu um beijo na testa de seu irmãozinho e foi correndo pro banheiro para tomar um banho.

Demorou 15 minutos e já saiu, esbaforida.

Começou a fazer uma rápida maquiagem até seu celular tocar.

Sam? Sam! Cade você? Tá todo mundo aqui já, o Beck não para de perguntar e eu estou começando a ficar nervosa.

Desculpa amiga, eu já estou indo, me atrasei. Beijos, te vejo em 15 minutos.

Sam desligou o celular correndo e o jogou em cima da cama.

Terminou a maquiagem e foi correndo secar o cabelo. Depois de 5 minutos secando e nenhum avanço aparente, a loira desistiu e o deixou molhado, deixando os cachos se formarem enquanto secavam naturalmente. Vestiu o vestido branco e calçou uma rasteirinha delicada. Pegou uma bolsinha, colocou seus documentos, dinheiro e celular e desceu as escadas rapidamente.

– Mãe, Mark, estou indo pra festa, vou voltar tarde, não me esperem acordados, fui! – ela saiu correndo e bateu a porta atrás de si.

7 de Janeiro, noite abafada, Festa na Praia.


Caminhou rapidamente até a praia, onde avistou grandes tochas acesas e o fogo de uma grande fogueira. O maior dos quiosques estava a todo vapor e uma música alta rolava na beira do mar. Sam sorriu. Estava tudo maravilhoso, e sorriu mais ainda quando avistou uma morena pulando vindo em sua direção.

– Até que enfim hein, loira. Uau, podia vir menos gata? Tá ofuscando minha luz própria! – Sam deu risada e negou com a cabeça.

– Ai sua boba, lógico que não, você quem está maravilhosa. – Beck, Brad e um outro garoto se aproximaram.

– Oi Sam, você está linda. – disse Brad.

– Maravilhosa. – Corrigiu Beck, Sam riu. Sua risada era doce.

– E esse eu não conheço, qual seu nome? – sorriu.

– Jared. – ele parecia ser mesquinho, lembrava um pouco sua irmã Mitchie, mas na versão masculina.

– Prazer, Sam.- Jared forçou um sorriso.

– Ouvi falar muito bem de você, Sam. Então você é meia irmã da Mitchie? – É lógico, pensou Sam. Era mais que obvio que só uma pessoa como ele se interessaria por alguém como ela.

– Sim, tenho toda a sorte do mundo em te-la como meia irmã. – Jared concordou, sem perceber a ironia na voz da loira.

– Toma Sam, peguei pra você. – Sam nem havia notado que Beck tinha saído da roda. Pegou o drink que ele segurava.

– Obrigada, Beck. – ela experimentou, estava ótimo. – Se não se importam, vou dar uma volta. Quer vir comigo, Carly? – a morena negou aos beijos com o namorado, Sam riu. Não quis convidar o Beck, achou meio inapropriado.O garoto parecia estar completamente interessado nela, mas a mesma infezlimente não sentia o mesmo; havia tentado, mas sem sucesso. Enquanto andava tomando sua batida, avistou um garoto sentado sozinho em cima de uma pedra, na ponta da praia, de cabeça baixa. Sam arqueou as sobrancelhas e foi até lá, sentou ao lado dele, ele ainda com a cabeça baixa.

– Oi. Erm... desculpa invadir seu espaço assim, mas, odeio ver pessoas tristes. O garoto sem ao menos mover um centimentro, bufou.

– Sabe o que me irrita? – Sam ficou em silencio. – Hipocrisia. Gente falsa. Meninas histéricas, isso me irrita. Ficar com alguém que eu desprezo, isso me irrita. mas sabe o que mais me irrita mesmo? –

Ele continuava de cabeça baixa, sem olhar para a garota.

– O que?

– Eu ser burro o bastante para negar todos os meus princípios. Eu ser um dos hipócrita. – Sam naquele momento sentiu uma vontade incontrolável de abraçar o garoto, mas não achou muito apropriado. Já bastava ter sentado ao lado de um estranho, abraça-lo pegaria mal.

– Duvido que você seja tudo isso, as vezes você só esteja muito assustado para lidar com a realidade. – Sam sorriu. – Sabe o que poderia te ajudar? – O garoto balançou a cabeça em negação.

– Parar de se importar com o resto do mundo e dizer “FODA-SE” de vez em quando.

Pela primeira vez Sam conseguiu ouvir uma risada do garoto cabisbaixo, conseguindo faze-lo levantar o rosto, ele olhava na linha do horizonte. Sam teve a impressão que já o conhecia, mas não sabia de onde, ele ainda não havia olhado para ela.

– É. Você tem razão. Primeiro dizer foda-se, depois encontrar aquela garota... – Dito isso, virou para Sam e a olhou nos olhos. O coração da loira quase saltou pela boca. Era ele. Era o dono dos olhos castanhos que iluminava todos os seus sonhos desde a primeira vez que o viu. Sem conseguir controlar o entusiasmo, Sam sorriu e naquele momento, Freddie a reconheceu. Sua expressão foi indescritível. Ele não conseguia entender como ela havia parado ao seu lado, sem ele ter que percorrer meio mundo para encontra-la.

Tentou se recuperar do choque, mas a tentativa foi meio... patética.

– Olha, eu sou.. Nossa, olha quem é você, nossa! Meu nome, seu nome, eu me chamo... – Sam riu e Freddie se encantou, mais ainda.

– Meu nome é Sam. Você é o louco da estação de trem, dos olhos castanhos e... – E então ela percebeu que já estava falando demais, não queria entregar o jogo assim, não queria que ele notasse o poder que poderia exercer sobre ela.

– Meu nome é Freddie. Você... como veio parar aqui? Pensei que nunca mais fosse te ver, o que seria uma pena. – Sam sentiu seu rosto queimar. – Quero dizer... – ela o interrompeu.

– Bom, eu venho passar todos os verões aqui, sou de Chicago. E você, o que estava fazendo na minha cidade? Tava meio perdido, não parecia ser de lá. – disse, tentando manter a calma.

– É, eu deveria suspeitar. Bom, é porque eu não sou de Chicago. Moro sim no estado de Illinois, mas em Springfield.. – Sam sorriu, Freddie sorriu de volta. Ficaram se observando por aproximados cinco minutos, apenas sorrindo. Eles estavam encantados um pelo outro, deslumbrados, maravilhados, mas ambos com medo de admitir qualquer coisa parecida com os verdadeiros sentimentos. Até Sam se dar conta de uma coisa.

Ele era o Freddie, o Freddie da Mitchie, o Freddie com quem Mitchie estava saindo, aquele sobre o qual ela não parava de falar, o namorado da sua meia irmã.

– Hm, Freddie? Eu preciso ir, eu... – Freddie perdeu o brilho dos olhos, dando lugar a uma expressão desesperada.

– Não! Fica, por favor. – Sam suspirou tristonha, mas mesmo Mitchie sendo terrível, ela não era, não iria fazer isso com alguém que possuía o mesmo sangue do seu.

– Eu, não posso. Sobre aquela garota que você antes dizia, deveria ficar com ela, ela não deve ser tão ruim assim e... é isso. Tchau, louco. – Sam esboçou um sorriso e ele sorriu fracamente quando ela o chamou de louco. Foi assim que ela havia dito quando se conheceram.



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Notas finais do capítulo

Muito obrigada gente...sério *-*