- O que?! Como?! E foi grave?

Santana acordou com a voz da esposa, abriu os olhos e mesmoa idna enxergando embaçado conseguiu ver Brittany andando de um lado para o outro no quarto enquanto falava ao celular.

- Britt, quem é?

Com um gesto brittany pediu que Santana esperasse, e apressadamente pegou uma mala no armário e jogou na cama.

- Eu irei o mais rápido que puder mãe, vai dar tudo certo - Fez uma pequena pausa- Sim, eu digo a elas.

- Britt, o que houve? São seis da manhã! - a morena resmungou.

- Papai teve uma parada cardíaca, tenho que voltar para Lima.

- O que?! - Santana levantou-se da cama com um pulo - Eu vou com você e ...

- Não, Sant eu quero você comigo, mas você precisa cuidar da Hope; mamãe não quer que conte a ela porquê ela gosta muito do avô e ainda mais com tudo isso... É melhor que você fique com ela e eu digo que precisei ir para ajudá-los com alguma coisa.

- Mas Britt...

- Por favor Santana, Hope já passou por todo o estresse de perder um amiguinho, não quero que passe por isso também. E é uma semana no máximo.

- Tudo bem  amor - a morena suspirou dando-se por vencida.

- Eu vou sentir sua falta - Britt beijou os lábios da esposa.

- E eu a sua.

Brittany estava tentando se manter calma, mas Santana sabia o quão abalada ela estava, a loria sempre fora muito ligada aos pais e seu silêncio enquanto arrumavam as malas era mais do que revelador para a latina. Sua maior vontade era de acompanhar a esposa e apoiá-la no que fosse preciso, mas Britt estava certa: Hope devria ser poupada disso, ela não sabia como a filha reagiria a um choque seguido do outro.

Com as malas prontas, as duas caminharam para a sala com Britt ainda em silêncio e o olhar perdido e que mesmo assim conseguiu dar um sorriso forçado quando Hope desceu as escadas, ainda usando pijamas e coçando o olho.

- Onde vocês vão?

- Apenas eu docinho. Vovó precisa de ajuda e eu vou, mas você ficará com a mamãe e vão passar uma semana muito divertida juntas.

- Porque eu não posso ir?

-É uma coisa de adultos, e assim que tudo se resolver eu volto pra casa e então nós três poderemos fazer muitas coisas juntas, o que acha?

- Vai ligar todos os dias mamãe?

- Vou sim docinho, vai se despedir de mim?

- O que você me dá em troca de um monte de beijos? - perguntou a menina sorrindo.

- Eu te dou um monte de abraços! - Brittany abraçou a filha erguendo-a do chão - Comporte-se. Eu amo você.

- Amo você também mamãe.

As três se despediram e Brittany saiu rapidamente, havia conseguido um lugar em um voo de última hora e nao poderia se dar ao luxo de perder o avião.

- Mãe, ainda estou com sono, podemos voltar pra cama? Vou dormir com você.

- Vamos querida.

Santana apenas observou a menina dormir enquanto seus pensamentos voavam até sua esposa, era ruim estar sem ela ali, mas por outro lado seria interessante passar um tempo a sós com Hope; as vezes se achava negligente, como se houvesse algo na filha que ela não conseguia identificar, algo que lhe escapava entre os dedos como se tentasse segurar fumaça com as mãos.

- Quando vai me contar seus segredos? - sussurrou.

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Após o almoço Hope se trancou novamente na sala de música enquanto a mãe colocava tudo em ordem na cozinha. Ouviu quando a campainha tocou e fez uma pequena pausa para escutar quem estava falando com a mãe.

- Boa tarde, Sra. Lopez eu estou aqui para falarf de sua filha Hope.

Era a Srta. Fern, diretora da escola.

Definitivamente isso não era bom.