Série A Deusa Maldita: The Curse escrita por callmenikki


Capítulo 4
Capítulo Três - Enfim Se Cumpre A Profecia


Notas iniciais do capítulo

Alô, tem alguém aí?
Eu não sei nem por onde começar a me desculpar, caso ainda tenha alguém lendo.
O capítulo está com o nível de qualidade lá em baixo, eu sei.
Apenas... Me digam se vocês querem que eu continue a escrever, ok?
Mil beijos xoxo



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Nico di Ângelo

Eu queria esmurrar Percy. Como alguém pode ser tão idiota? Se não fosse pela louca que nos interrompera, eu já teria o mandado para o Tártaro. E, quando se é um filho de Hades, você pode mandar alguém para o Tártaro. Sem direito a julgamento nem nada. Mas voltando à garota. Ou melhor, a Deusa. Depois que a perdemos de vista, eu e Percy ficamos parados no meio do corredor, ambos imersos em pensamentos. Annabeth apareceu, descabelada e com uma carranca. Percy suspirou. Ele deveria estar achando-a a mais linda das garotas. Já eu me perguntava como, mesmo sendo uma Deusa, alguém teria pernas como aquelas. Deveria ser um crime! Opa. Ela não poderia ter me enfeitiçado nos poucos segundos em que nos vimos, – nos quais tudo o que ela fez foi acertar-me a mão na cara, e ameaçar a mim e a meus descendentes. – poderia?

Procurei outra coisa para pensar, e tirar as pernas perfeitas dela de minha cabeça. Thalia! Thalia sempre conseguia tirar tudo de minha mente.

Seu rosto se formou em minha mente, e se manteve ali por alguns segundos. Pensar nela me fazia sofrer, mas era melhor que Layla. Ou Claire. E, então, os cabelos negros de Thalia se alongaram, ondulando. Seus olhos azuis eletrizantes tomaram para si um tom falso, como se fossem lentes de contato. O nariz se arrebitou, e a boca mudou sua forma, tornando-se, de alguma maneira, ainda mais atraente. Com um baque percebi que não era mais o rosto de Thalia que sorria para mim em minha mente, mas sim o de Claire. Ou Layla. Ah, droga. Balancei a cabeça, apenas para olhar para o lado e ver que Percy fazia o mesmo. Ah, droga. Annabeth percebeu, e fez uma careta.

– O que aconteceu? – Ela perguntou, mas algo me dizia que ela já sabia a resposta.

– Claire aconteceu. – Respondi, os pensamentos ainda perdidos na garota. – Nós a encontramos, porém ela fugiu.

– Nisto, dois falharão – Recitou a filha de Atena, a voz lhe entregando a sua amargura ao olhar para Percy, que ainda estava em transe, os olhos arregalados e a boca escancarada. Como um peixe com retardos mentais. Acertei-lhe um tapa na nuca, o que, aparentemente, tirou a deusa de seus pensamentos.

– Hein? Hã? O que?

– Parte da profecia se cumpriu, Perseu. – Disse Annabeth, a voz fria e cortante como gelo. – Vocês encontraram Claire, e, competente como só, deixaram-na escapar.

– Epa. Alto lá. A garota apertou uma faca no meu calcanhar de Aquiles. Queria que eu simplesmente morresse? – Resmungou Percy. O rosto da cria de Atena empalideceu

– Como ela sabe disso, a propósito? – Perguntei

– Sonhos – Murmurou Annie – Ela sempre tinha... Revelações do passado, ou do futuro. Premonições. Profecias.

– Então... Ela sabe de... Tudo? – Perguntei, inseguro.

– Talvez sim, talvez não. Não sei quais são as informações que Apolo lhe deu.

– Ah, ótimo. Agora a garota está cheia de trunfos na manga, e ninguém sabe quais são. – Percy continuava a resmungar.

– Cale a boca, Percy – Me irritei - Você está parecendo um velho.

– Nós precisamos fazer vigília por aqui. Um fica no estacionamento, outro no hall do hotel, outro na porta dos fundos. Vamos mudar de tática. Não vamos fazê-la parar para nos ouvir. Vamos apenas segui-la, afinal, acredito realmente que ela está seguindo para o Acampamento Meio-Sangue. – Instruiu-nos Annie.

– Eu fico no estacionamento! – Gritei como uma criança, levantando o braço direito. Percy imitou meu gesto, gritando em seguida:

– E eu fico na porta dos fundos!

Annabeth revirou os olhos e disse que ficava com o hall de entrada do hotel.


Claire Thompson

Havia algo errado. A temperatura do ambiente diminuíra demasiadamente. Abri os olhos, incomodada com o frio. Próximo a beirada da cama, um vulto. Mas não era apenas um vulto. Era o vulto. Tinha cerca de dois metros de altura, e aparentava possuir asas. Acendi a luz, desesperada, e me surpreendi com a imagem à minha frente.

Era uma criatura feita basicamente de couro, asas gigantescas fechadas, um rosto quase humanoide, e olhos vermelhos como fogo do Inferno. A primeira coisa estúpida que me veio à mente foi uma versão de Drácula que eu assistira com Dean alguns meses antes. Mas por que diabos eu estava sonhando com o Drácula? Até onde sabia, vampiros não eram reais. O monstro abriu a bocarra e soltou um grito de gelar a alma. Levantei-me num pulo, de repente preocupada com Peter. Onde o maldito se enfiara?!

O “Drácula” a minha frente abriu as asas, como uma águia pronta para atacar. Fiz a única coisa que me pareceu lógica: corri.

Porém, no segundo em que me coloquei em movimento, arrependi-me de tê-lo feito. Para onde eu correria dentro de um quarto minúsculo de hotel com o próprio Diabo me perseguindo? Uma rajada de vento frio entrou no quarto, fazendo-me notar a janela. Eu não me machucaria tão feio, não é? Era apenas o segundo andar...

Sem ter tempo para arrepender-me, atirei-me janela abaixo, notando que, na realidade, era tudo muito mais alto do que apenas uma janela no segundo andar. Parecia que eu estava me jogando do próprio Olimpo!

A cena desacelerou até que eu ficasse praticamente suspensa no ar. À minha frente, um homem surgiu. Ele parecia o mesmo homem do manto que atormentara-me na escola, porém, ao invés do manto fantasmagórico, ele possuía um par de asas púrpura que, em qualquer outra ocasião, eu faria questão de tocar.

– Olá, Layla. – Pronunciou o estranho, a voz reverberando dentro de meu cérebro. Layla? Onde eu já ouvira aquele nome?

– É Claire – Corrigi imediatamente, sem ter muita certeza. Havia algo muito surreal ali. Se era o homem alado, ou o fato de que eu congelara no ar em pleno salto, eu não sabia.

– Claro, como quiser. O fato é, Claire, que está na hora de você se juntar ao meu senhor.

– Que senhor? – Perguntei, sentindo um aperto no peito. Algo estava muito errado ali. – Aliás, quem é você?

– Ah, desculpe-me os maus modos. Chamo-me Tanathos, mas você também deve conhecer-me como...

– A Morte – Interrompi-o sem acreditar que estava, literalmente, cara-a-cara com a morte. Se aquele ser a minha frente era a Morte, o seu senhor só poderia ser... – Você quer me levar para o Hades?! – Perguntei espantada.

– Oh, sim. Não apenas quero, mas como é o meu dever, bela Deusa. O Senhor dos Mortos clama por sua presença em seu reino de Terror.

– Pois o mande enfiar o reino de Terror dele em seu... – Sem deixar-me terminar de me pronunciar, o homem alado tocou o dedo indicador em minha testa, e tudo o que eu senti a seguir foi dor. Quando abri os olhos, estava estirada no chão de cimento do estacionamento do Hotel, arfando. A dor irradiava por todo o meu corpo e, sobre mim, havia quatro pares de olhos preocupados: Peter, Annabeth, Perseu e garoto que eu ameaçara, o tal Nico.

– Você ficou maluca de se jogar da janela daquele jeito, Pomba? – Peter perguntou praticamente gritando – Você poderia ter morrido! Aliás, como não morreu?

– Não se preocupe, Pé Torto, eu ainda vou atormentá-lo por um bom tempo. – Murmurei com a voz fraca enquanto tentava me colocar de pé. Perseu imediatamente me estendeu a mão, e eu a peguei prontamente, apenas para força-lo para baixo, fazendo-o cair. Antes que eu pudesse começar a distribuir socos desenfreados por seu belo rosto, Nico agarrou-me por trás, prendendo meus braços ao lado do corpo.

– Calma aí, garota. – Ele murmurou em meu ouvido, e eu inconscientemente arrepiei-me. Quando notei os pequenos filetes negros no chão dançando numa proximidade perigosa de meus pés, aproveitei a posição que me encontrava com Nico e retirei os pés do chão. Os filetes se contorceram até os pés de Nico, e se enlaçaram neles, fazendo o menino gritar.

– Ninguém se move! – Gritou Annabeth, apavorada. Notei que os filetes lhe subiam as pernas também e, onde eles se agarravam, sangue escorria. Nico já estava atolado nas Trevas até os joelhos. Perguntei-me como ele aguentava. Os filetes malignos iniciaram a se descolar das coxas de Nico e a se enrolarem graciosamente em meus pés. A dor era insuportável. Eu sentia como se estivessem cravando milhares de pequenas facas em minha pele, e sugando minha alma pelos talhos criados. O negrume subia rapidamente, já estava quase em meu quadril, e eu notei que não se aproximava mais de Nico. Todos os outros também estavam presos apenas até os joelhos. Os cortes se iniciaram na altura de meu ventre. Me contorci, e Nico, em desespero, apertou-me contra seu corpo. Não era algo com o que eles poderiam lutar; era algo incontrolável por nós. Os filetes já subiam na altura de meus seios, e notei que o maldito colar eu meu pescoço flutuava, se encostar-se à mim. O que aquilo significava? Em meio ao pânico, meu único pensamento coerente era de que se os filetes me cortassem a jugular, eu não sobreviveria. Com a dor que eu sentia, tinha certeza que, mesmo que alguém parasse as Trevas de me tomar o corpo, eu já não sobreviveria.

Morreria assim, então. Fatiada como um maldito presunto de padaria nos braços do menino que eu não conhecia, mas que me abalava de alguma maneira.


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Notas finais do capítulo

Desculpem mesmo a demora, prometo responder todos os comentários que ainda não foram respondidos, e prometo postar o próximo capítulo assim que vocês comentarem nesse aqui, tá?
xo.



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