Série A Deusa Maldita: The Curse escrita por callmenikki
Notas iniciais do capítulo
O capítulo está curtinho porque, bem, é apenas um prólogo.
Prometo que os próximos capítulos serão maiores (:
Aproveitem! :DD
Claire Thompson
Eu observava o garotinho correr pela rua como se sua própria vida dependesse disso. E dependia. O homem que o perseguia ganhava terreno a cada passada, e, aterrorizado, o menino corria cada vez mais, porém isso não era o suficiente.
Eu vi, impotente, congelada em algum lugar fora daquela cena, quando o homem deferia um soco na coluna da criança, fazendo com que a mesma tropeçasse em seus pés, e caísse; os olhos cheios de lágrimas.
O estado da criança não era dos melhores. Não mesmo. Perguntei-me o que ele já havia passado em sua curta vida, e senti pena.
Desesperado, o menino retirou algo do bolso, e atirou do outro lado da rua. De repente, foi como se o tempo tivesse parado. O garoto congelara ao tentar se levantar, assim como o homem. Com a cena parada, pude perceber o objeto que voava pelos ares. Parado, no alto, no meio da rua, estava um colar. Era lindo. A corrente de prata era tão fina que me perguntei como agüentava o peso do camafeu que nela pendia. Era preto, com uma moldura prata e de aparência antiga. Tinha um busto feminino e esquelético, e nos cabelos brancos da caveira havia uma rosa vermelha. Era lindo e mórbido, exatamente o tipo de objeto – e de homens – que me atraía.
Como se alguém soltasse a ponta de um elástico repuxado, o sonho voltou ao normal, e eu já não enxergava o colar.
Voltei meus olhos para o menino e o homem a tempo de ver o mais velho jogar-se sobre o outro, deferindo uma série de socos e chutes que eu sabia que terminaria em morte.
Gritei, e esperneei. Sentia um aperto no peito ao ver o menino sangrando, chorando e berrando, sem ao menos ter uma chance de se defender. Logo, ele já não mais gritava, e muito menos se movia.
Por algum motivo ridículo, comecei a soluçar. E, então, senti algo queimar no fundo do meu peito, e encarei com raiva o assassino da criança. Se eu ao menos pudesse me mover...
O homem atravessou a rua, parando no meio do asfalto, provavelmente procurando o colar. Desejei com toda a minha força que um caminhão passasse a atropelasse o maldito. Quando ele encostou no colar, tudo saiu de foco, e então escureceu.
Acordei um grito, e ri de mim mesma ao perceber que caíra da cama. Rolei no chão, e a primeira coisa que vi foi o meu espelho.
“feliz aniversário, C.
Eu te amo muito.”
Sorri com aquilo. Observei a letra infantil, e meu sorriso ruiu quando percebi que Jenna, minha irmã mais nova, usara meu batom rosa preferido para deixar a mensagem. Respirei fundo, concentrando-me no fato de que ela possui apenas oito anos, e que iria para a cadeia caso a matasse; sem contar que a intenção era boa.
[...]
Quando cheguei ao colégio, algumas horas depois de acordar – e perseguir minha irmã pela casa em um acesso de raiva – Jackie já me esperava na porta da escola, com uma pequena caixa negra nas mãos.
Sorri para ela, e antes de poder saudá-la, a mesma enfiou a caixa em minhas mãos e me mandou abrir, saltitando de expectativa ao meu lado.
Meu queixo caiu, e meu cérebro congelou quando meus olhos associaram a imagem que via com a que vira recentemente.
Afofado em uma almofada negra estava o colar. O colar do sonho.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado e... Deixem reviews! (: