Edward PDV.

E as semanas foram passando. Nós estávamos em maio, mas precisamente no aniversário da Alice e do Emmett, vinte e cinco anos na cara, e o meu ainda não chegou, só em julho.

Os dois preferiram fazer um jantar só com a família mesmo, já que Alice completara ontem os nove meses. Então a qualquer momento meu sobrinho chega ao mundo, Alice está mais que inquieta.

Coitada da minha irmã parece que ela engoliu uma melancia das grandes, ela está gigante. Perguntei ao meu pai se era só um Hale que viria ao mundo, ele disse que acompanhou todos os exames com a médica que acompanha Alice e é só um mesmo, o problema é que ele era grande demais. Pelo menos meu sobrinho não puxará a mãe nesse aspecto. Sorte a dele.

Estava me arrumando para o jantar, mamãe fez a comida que os dois mais gostam, ravióli ao molho branco. Apesar de que Alice não era pra estar comendo essas coisas, mas alguém consegue convencer aquela anã de jardim a fazer algo que ela não quer? Coloquei uma calça jeans básica e uma blusa de mangas compridas azul com um tênis qualquer, cheguei do plantão cansado e ainda não consegui parar pra descansar.

Desci logo, estavam na sala: Rose em pé com Julie nos braços, Jasper sentado ao lado de uma anã grávida – leia-se Alice – e papai olhando a TV, e pelo que eu vi, estavam esperando alguém. Rosalie estava com a cara bem cansada, Julie estava com os dentes nascendo e dando trabalho, estava enjoadinha e chorosa demais.

Ela estava uma graça com aquele vestidinho rosa bebê e com uma calça legging branca por debaixo, o vestido tinha mandas ¾ e o cabelo estava solto fazendo seus cachinhos loiros balançarem, já que ela tentava a todo custo tirar a tiara branca do cabelo. Estava de beiço e com as bochechas vermelhas, estava emburrada.

Assim que a minha princesa me viu, ela esticou os bracinhos, peguei-a e ela deitou a cabeça no meu ombro. Rosalie me olhara espantada.

- Como você consegue acalmá-la? – ela me indagou, incrédula.

- Nem sei Rose! – eu sorri ao ver Julie bocejando.

- Acho que vou levar você para morar lá em casa. – ela disse divertida. – Só você e a Bella para acalmar essa pimenta. – ela deu um beijo na bochecha da filha.

Eu somente sorri amarelo e logo ouvi a campainha tocar, Emmett que estava vindo da cozinha com mamãe, foi atender a porta. Eram Bella e Charlie, que agora era meu paciente, eu que tratava do seu problema de coração desde que voltei.

Bella estava linda, usava um vestido preto de malha e de mangas curtas que ia até a metade das coxas, que acentuava suas pernas maravilhosas, e uma sandália de salto alto preta, seus cabelos estavam presos num rabo-de-cavalo alto e ela falava irritada ao celular.

- Boa noite a todos! – disse Charlie. Todos nós dissemos o mesmo em uníssono. – Desculpem a Bella, ela veio o caminho todo berrando com alguém nesse maldito telefone. – ele disse tentando se desculpar pela filha, já havia me esquecido o quanto Bella ficava linda irritada.

Ela finalmente havia se tocado e desligado o celular.

- Boa noite gente, me desculpe, é que esse povo do jornal não sabe resolver nada sem mim naquela joça! Aí ficam me alugando! – ela dizia irritada. Linda. – Feliz aniversário Lice e Emm! – ela dizia alegre abraçando os dois ao mesmo tempo.

Ela cumprimentou a todos e me deixara por último, como sempre quando nos víamos. Ela deu um beijo na testa da Julie e me dera um beijo na bochecha, estávamos sendo cordiais no momento.

Logo depois dos Swan terem chegado, fomos todos para a mesa, comemos e rimos como toda família normal, sim, Bella e Charlie eram da família. Depois de todos cheios, nós fomos para a área da piscina, cortaríamos a torta lá de aniversário, lá. Estava frio e todos estavam com seus casacos.

Cantamos os parabéns dos dois, Emmett todo babão com a filha no colo que ria das maluquices do pai, sim ela acordara assim que vira Bella. Sim, sou ciumento com a minha sobrinha, dá licença?

Estávamos sentados e conversando animadamente, já era quase meia-noite. Quando de repente Alice segura à mão do Jasper e o olha com uma cara nada feliz.

- O que foi meu amor? – Jasper a olhou preocupado.

- Jazz, não surta. – ela praticamente sibilou. Todos passaram a olhar para Alice. – A bolsa estourou.

Pronto, foi declarada a guerra. Meu sobrinho estava chegando! Que maravilha! Jasper ficou em choque. Eu, Emmett e papai pegamos Alice no colo e fomos para o carro do meu pai. As mulheres foram tentar acordar Jasper, coitado. O momento que ele tanto queria chegou e ele surta.

Imagina se fosse eu? Apesar de que eu ainda não quero filhos, pois ainda não achei a mulher da minha vida. Alice já estava com a bolsa da maternidade pronta no carro, pois sabia que a qualquer momento poderia ser a hora.

Chegamos ao hospital em tempo recorde, comigo dirigindo, lógico que chegaríamos rápido. Alice começara as contrações, estava vermelhinha que só! Isso deve ser uma dor infeliz. Ainda bem que não me especializei em obstetrícia. Papai foi entrando logo para agilizar as coisas, nossa sorte que a obstetra da Alice estava de plantão, então na esperaríamos para a mesma chegar. Logo minha irmã já estava no quarto que iria ficar. O nascimento do meu sobrinho iria demorar, já que Alice não tinha dilatação suficiente para o parto, às contrações estavam a cada vez mais rápidas e a mesma gritava.

Estávamos todos no hospital e já eram duas horas da matina, Bella levara o pai para casa e voltara com uma roupa mais confortável, ela aproveitou e levou Rose com Julie para casa, já que Rose iria deixar a pequena com a babá e já estaria aqui com o carro dela.

Papai iria assistir ao parto e eu também, Jasper estava quase enfartando, mas a médica não o deixara assistir pelo estado de nervos que ele estava, o mesmo estava espumando de raiva. Já passava das quatro quando levaram Alice para o centro cirúrgico, onde o parto ocorreria, meu pai já estava lá e eu tentava inutilmente acalmar meu cunhado.

- MAS POR QUE DIABOS A DRA. CONNORS NÃO VAI ME DEIXAR VER O NASCIMENTO DO MEU FILHO? – ele berrara a quatro ventos.

- Acalma-se Jasper! Você está num hospital! Logo seu filho vai estar nos seus braços! – eu o olhava seriamente. O mesmo pareceu murchar, acho que finalmente me ouvira.

- Mas Edward se Alice sofrer alguma coisa e... – ele estava começando a surtar novamente. Ai Deus, dê-me paciência!

- Jazz, não vai acontecer nada com a Alice! – eu disse tocando em seus ombros. – Eu além de irmão, sou médico, o pai dela também é e nós estaremos o tempo todo ao lado dela! Eu prometo que em menos de uma hora você estará com seu filho nos braços, certo? – ele me olhou com os olhos brilhando.

- Se é assim, o mínimo que eu posso fazer é esperar. – ele disse finalmente. – Obrigado Edward e me desculpe pelos gritos. – ele disse sentando-se na cadeira da sala de espera.

- Tudo bem Jazz... – eu disse sorrindo. – Eu vou estar lá cara! Afinal é o meu afilhado, certo? – eu sorri pra ele.

- Tudo bem, faça seu trabalho. – ele disse sorrindo.

Eu finalmente fui para a sala de parto. A dilatação da Alice estava o suficiente para o meu afilhado sair e eu estava ao lado direito dela que me olhava cansada.

- Oh Edward, estou tão cansada! – ela dizia aos suspiros.

- Vamos lá Allie, você ainda consegue! Faça um pouco mais de força. – eu dizia para a minha irmã.

- Não agüento Ed... – ela tentava dizer.

- Agüenta sim pequena... – eu segurava a sua mão. – Se você agüentou dois pestes a sua vida inteira, você agüenta a sua dor para trazer o Joe ao mundo, no final valerá à pena! – eu dizia sorrindo, mas ela não podia ver, pois eu estava de máscara.

Ela sorriu fracamente pra mim, assim como meu pai, já que pude ver a sua expressão ao observar a nossa conversa.

- Vamos lá Alice! Quero ver o mais novo Hale! Faça mais força! – dizia a Dra. Connors, a obstetra da Allie.

E depois de quase ficar surdo, pois Alice havia gritado muito alto para fazer força, nós ouvimos um choro agudo e forte seguido do dela.

Joseph Alexander Hale havia chegado ao mundo.

Pelo que pude ver do meu sobrinho, ele era branquinho e careca. Devia ter puxado os olhos azuis do Jasper, pois quando a doutora o pôs nos braços da Alice ele abriu os olhinhos. Eu fotografei e tinha um enfermeiro que estava filmando o parto para nós. Meu pai estava lacrimejando e sorrindo, e eu também. Peguei-o assim que ele deixou o colo de Alice e entreguei para a enfermeira junto com a pediatra examiná-lo.

- Ele é a coisa mais linda do mundo! – dizia Alice às lágrimas. – Avise ao Jasper, Ed, e a nossa família! – ela disse sorrindo pra mim.

Meu pai simplesmente confirmou com a cabeça e ficou com a Alice na sala. Eu saí da sala de parto, já retirando as luvas, máscara e touca. E fui para a sala de espera. À medida que fui me aproximando, vi um Jasper inquieto andando de um lado para o outro, minha mãe sentada balançando as pernas, sinal de nervosismo, Emmett roncando no sofá, Rosalie e Bella nervosas. Eles me viram e se levantaram para me ouvir falar. Rosalie deu um cutucão em Emmett, para o mesmo acordar. Ele acordou assustado e se virou para mim.

- E então Edward! – dizia Jasper quase no meu pescoço. – Meu filho nasceu? – todos me olhavam ansiosos.

- Parabéns papai! Seu filho é a sua cara! – eu dizia o abraçando.

E foi a comemoração toda! Todos se abraçaram e choravam. Jasper não sabia se ria ou se chorava, no momento ele fazia os dois! E quando de repente eu fui surpreendido por uma saltitante Bella. A mesma se jogou nos meus braços, me abraçava forte. E ficamos abraçados por uns minutos, não sei quanto tempo foi. Só sei que era tão bom senti-la nos meus braços, dessa maneira.

Depois de muito, acho que ela se tocou e foi se distanciando de mim, e a seguir ela me olhara corada. Perfeita demais, ó Deus! Ajuda-me!

- Nós... – ela hesitou. – Somos padrinhos, Edward! – ela disse alegre por fim.

- Eu sei! Você precisa vê-lo Bella! Ele é lindo! – eu disse contente, e nos abraçamos de novo. Senti Bella suspirar ao me abraçar novamente. Queria poder ficar assim pra sempre.

Por que acabou?

Bom, depois desse momento meloso, eu fui levá-los ao berçário para ver o mais novo membro da família. Joe era bem grande e nasceu gordinho. Ele era branco, dos olhos azuis e careca. Estava usando um macaquinho azul junto com os sapatinhos da mesma cor com a toquinha em detalhes brancos. Logo nós entramos no quarto e com balões, ursinhos de pelúcia para Alice e Joe.

A minha irmã estava radiante, apesar de já serem umas cinco horas da manhã. Ficamos conversando e falando de Joe, até que o mesmo adentrara no quarto nos braços de uma enfermeira. E todos nós saímos para dar privacidade aos papais, para a primeira amamentação do meu sobrinho.

Foi um grande presente que Alice ganhara de aniversário, assim como todos na família.