Bella PDV.

Joe era a coisa mais linda desse mundo! Lindo o meu afilhado, carequinha e os olhos azuis do pai. Fofo demais. Não sei o que me deu assim que eu vi o Edward anunciando a chegada do nosso afilhado, senti uma vontade enorme de abraçá-lo e beijá-lo, mas me contentei só com o abraço. Ver o Joe nos braços da Alice me deu uma vontade enorme de ser mãe também. Mas cadê o pai do meu filho que ainda não apareceu? Ô vida!

Mas tudo bem, assim caminha a humanidade. Quando finalmente cheguei a minha casa já eram quase sete horas da manhã e encontrei um Charlie de pijamas saindo da cozinha.

- E então Bells, o pequeno Joe nascera? – ele me perguntara ansioso.

- Sim pai! Meu afilhado é o serzinho mais belo deste mundo! – eu disse sorridente.

- Que ótimo filha! – meu pai sorrira. – Assim que eu sair da delegacia vou vê-los no hospital. – ele disse.

- Vai trabalhar hoje? – eu o indaguei.

- Sim, filha, ser o chefe de polícia de Forks tem suas desvantagens. – ele disse já subindo para tomar banho.

Eu também subi, tomei um banho no banheiro do meu quarto e coloquei um pijama. Fui dormir. Só escutei um “tchau” longe do meu pai. Estava tão cansada que tive um sono sem sonhos. Quando acordei era mais de duas da tarde com o meu celular tocando. Só estiquei o braço e o peguei, já que o meu celular estava em cima do criado-mudo. Nem vi quem era, simplesmente atendi.

- Alô? – eu disse com a voz rouca de sono.

- Isabella Swan! Isso é hora de estar dormindo? – sabia quem era, eu só não mato aquele projeto de mãe porque o meu afilhado vai sofrer.

- Bom dia pra você também Alice. – eu disse me sentando na cama.

- Bom dia Bella! Você já conheceu o seu afilhado? – ela perguntou alegre.

- Já Alice, mas ainda não tive o prazer de pegá-lo no colo. – eu disse.

- Pois então venha que o mesmo está acordado e no braço do padrinho. – ela rira.

- Okay Alice, vou tomar um banho e almoço aí no hospital. – eu disse.

Eu desliguei o telefone na cara dela. Ela faz é muito isso comigo. Vinguei-me. Tomei uma ducha quente e fui me vestir. Coloquei uma calça jeans clara, uma regata branca e um casaco de moletom marrom, calcei minhas sapatilhas marrons, penteei os cabelos, fiz uma maquiagem rápida e pus um brinco qualquer. (n/a: look Bella) Desci as escadas, peguei minha bolsa e as chaves do carro e saí de casa.

A cidade estava tranqüila hoje, domingo a tarde é sempre calmo em Forks. Cheguei ao hospital e estacionei o meu carro ao lado de um novo modelo de Volvo prateado. Deve ser do Edward. Coloquei o casaco, fazia frio, e peguei a minha bolsa com o celular. Ativei o alarme e adentrei o hospital. Já eram três horas da tarde, peguei o elevador e fui direto para o terceiro andar, era lá que ficava o setor da maternidade. Apartamento 315 era o de Alice que estava com uma plaquetinha azul decorada com ursinhos escrito: Joe.

Bati a porta e logo um pai babão – leia-se: Jasper – abriu a porta sorridente pra mim.

- Boa tarde Bella! – ele sorrira e me abraçara.

- Boa tarde papai! – eu brinquei.

No quarto estavam Emmett com Julie no colo e Rose ao seu lado, Esme ao lado de Edward que estava com o meu afilhado no colo, Carlisle babando no neto do outro lado e Alice deitada na cama sorrindo pra mim.

- Boa tarde gente! – todos responderam. Minha pequena Julie já se jogara pros meus braços e eu não a peguei, mas dei um beijo na sua testa. – Daqui a pouco eu te pego, pequena, vou pegar o seu primo agora! – ela fez bico pra mim. Coisa mais fofa da tia Bella!

Eu dei um beijo na bochecha de Alice e um abraço na mesma. Finalmente fui até Edward e o mesmo me passou o pequeno Joe que olhava pra mim.

- Oi Joe, eu sou a sua madrinha Bella. – eu dizia para ele com voz de bebê. – Bem vindo a essa família maluca, pequeno. – eu depositei um beijo na testa dele.

Emmett vira da minha piadinha, assim como os outros. Eu o coloquei para dormir e o depositei no pequeno berço que havia ao lado da cama da Alice.

Rose, Emmett e a filha foram para casa, já que a pequena estava ainda enjoada pelo fato de seus primeiros dentinhos estarem nascendo. Jasper foi para casa a fim de descansar um pouco. Carlisle estava de plantão e foi trabalhar, assim como Edward. Só ficara eu e Esme com Alice. Já era quase cinco horas eu ainda não havia comido nada, resolvi ir a cantina comer.

A cantina estava praticamente vazia, pedi a moça um suco de goiaba com um misto quente e fui me sentar em uma mesa. Estava perdida em pensamentos quando vejo um par de olhos verdes me observando. Sim, era ele.

- Ainda não comera nada hoje, não é? – ele me olhava.

- Nada, sua irmã maluca que me acordara, me mandando vir pra cá. – eu disse brincando.

- Só podia ser aquela anã de jardim. – nós rimos.

- Só ela. – eu sorri.

- Depois que cheguei ainda não tivemos tempos de conversar. – ele falou.

- Realmente. – eu concordei. O que ele queria dizer com isso?

- O que andou fazendo esses últimos anos Bella? – ele me perguntara.

- Somente estudando e trabalhando. – eu sorri. Logo a moça trouxe nossos lanches, ele pediu para trazerem o dele pra mesa, também. – E você? – eu perguntei tomando um gole do meu suco.

- Fazendo o mesmo também. – ele dera uma mordida no sanduíche.

- Sei... – eu disse desconfiada. Até parece que Edward Cullen só fizera isso nesses últimos anos. – Você finge que fala a verdade e eu finjo que acredito. – eu sorri zombeteira e ele rira.

- Não tem como eu mentir pra você, não é Bella? – ele mais afirmou do que perguntou.

- Se você diz... – eu voltei à atenção ao meu misto quente.

- E por onde Jacob Black? – ele tinha que tocar no nome daquele infeliz?

- Por que a pergunta? – sabia que ele odiava quando o respondia com uma pergunta.

- Por que você era, ou é, tão amiga dele, pensei que soubesse. – ele disse sarcástico. Estava demorando.

- Não sei notícias de Jacob há muito tempo. – eu disse dando mais um gole no meu suco. – Que eu saiba, ele se mudara para Boston, fez direito em Harvard. – eu disse por fim. – Pelo menos foi o que meu pai dissera.

- Ah... Sei. – ele disse terminando o seu sanduíche.

- Por que isso agora Edward? – eu olhava nos olhos.

- Por que o que? – ele me olhara confuso.

- Por que isso de perguntar de perguntar do Black agora? – eu disse irritada.

- Como eu disse, você é amiga dele, e amigos sabem da vida do outro. – ele disse como se fosse óbvio.

- Não sei se você sabe Edward, faz cinco anos que eu nem se quer falo com Jacob Black. Só sei que ele fora para Harvard porque meu pai me disse. E eu nem se quer perguntei pra ele. – eu disse já furiosa. – Mas o pior de tudo, é que eu não devo dar satisfações da minha vida pra você! – eu quase grito.

Ele estava me dando nos nervos!

- Acalme-se Bella. – ele disse calmo. Cínico. – Não sei por que você está se irritando. – ele sorriu debochado.

- Eu não vou perder a minha paciência com você Edward, você não merece. – eu simplesmente disse isso e me levantei da mesa. Fui até o caixa da cantina, paguei e voltei ao quarto da Alice, iria embora. Não agüentaria olhar para a cara daquele patético.

Cheguei ao quarto, peguei minha bolsa e me despedi de Esme, disse que tinha que resolver umas coisas. Mentira, só não queria ficar mais ali. Peguei o carro e saí dirigindo sem saber pra onde ir. EDWARD ME IRRITA! INFERNO!

Acabei parando numa praça. Estava frio, estacionei o carro e fui caminhar. Andei, por um tempo e já estava escuro quando decidi ir embora, entrei no carro e vi meu celular tinha umas cinco chamadas não atendidas e todas de Alice, redisquei e ela logo atendeu.

- Por que você foi embora, Bella? – ela me perguntara logo que atendera.

- Tinha que espairecer um pouco, me irritei com o seu irmão. – eu disse logo.

- Com o Ed? – ela perguntara.

- Quem mais seria? – eu perguntei irônica.

- Oh Bella, Edward ainda está magoado. Esquece isso. – ela disse séria.

- É só ele que ainda está magoado Alice? – eu perguntei irritada, de novo.

- Sei que você também está, mas se acalme sim? – ela disse, tentando contornar a situação.

- Alice, eu vou pra casa. – eu disse evitando o discurso que provavelmente viria a seguir. – Tenho que me acalmar antes de olhar pra cara daquele infeliz de novo. – eu bufei.

- Tudo bem Bella, vá e quando se acalmar venha aqui. – ela disse e logo desligamos o celular.

Eu dirigi pra casa, tomei um banho e coloquei uma calça de moletom rosa acompanhada com o casaco da mesma cor, só coloquei uma blusa branca por baixo do casaco. Fiquei lendo uns artigos do jornal, e me espantei com a campainha, já eram umas oito horas da noite.

Edward PDV.

Não sei o que me dera àquela hora na cantina, mas a raiva dos acontecimentos passados ainda era bem evidente. Bella saíra bem irritada, não posso deixar de dizer que ela ficava bem bonita com raiva. Mas deixa pra lá, terminei de comer meu lanche e fui continuar com o meu trabalho. Estava de plantão no hospital nessa tarde.

Já era de noite e eu fui ver Alice, a mesma me olhara emburrada assim que eu entrei no quarto.

- O que foi Alice? – eu me atrevi a perguntar.

- O que foi que você e a Bella discutiram que a deixou irritada? – ela me perguntou com raiva.

- Ela já deu com a língua nos dentes, foi? – eu ri debochado.

- Deixa de ser cínico Edward Anthony Cullen. – ela disse emburrada. – Você não cansa de fazer burrada não? – eu a olhei confuso. – Se vocês estão assim hoje, a culpa é sua! Não se lamente e nem jogue a culpa na Bella. Quem não parou para ouvir foi você! – ela cuspia as palavras pra mim.

Todos que estavam no quarto olharam pra mim. Em cinco anos, nunca ninguém jogara isso na minha cara, fiquei estático. Simplesmente me virei e saí do quarto. Meu plantão já havia terminado mesmo, tirei o jaleco e peguei meu carro, dirigi sem rumo e acabei parando na porta da casa de Bella. Foi o subconsciente okay? – mentira − Fiquei meia hora me perguntando se ia ou não a casa dela.   

Por impulso, acabei tocando a campainha da casa dela. Não demorou muito e a mesma abrira a porta e me olhou surpreso. Com certeza estava se perguntando o que eu fazia ali. E ela estava tão linda com aquela roupa e os cabelos soltos. Não sei o que me dera na hora, simplesmente a beijei ali mesmo. Não pensando no passado, nem futuro, simplesmente no agora.

E como era bom beijá-la, tinha esquecido que era a melhor sensação do mundo. Seus lábios macios como seda, sua boca que encaixava perfeitamente com a minha. No início, Bella tentou não corresponder, mas a vontade e a saudade era maior. Ela enlaçou seus braços no meu pescoço e eu a puxei mais para perto, minhas mãos que estavam na cintura dela já passeavam pelas suas costas, e as mãos dela acariciavam a minha nuca. O beijo era intenso, voraz, com muitos sentimentos misturados ali. Amor, saudade, paixão, raiva, desejo...

Como eu pude passar tanto tempo longe disso? Eu maluco mesmo. Nós nos separamos, pois o ar estava ficando escasso. Ela me olhava intrigada.

- Nós podemos conversar? – eu perguntei a ela, com a voz rouca devido ao beijo.

Ela somente assentiu com a cabeça e deu passagem para eu entrar em sua casa. Seria uma longa noite.