Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 43
Capítulo 43 - Você quer tanto como eu voltar?


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha.
Queria agradecer as 2 recomendações e os 200 reviews, porém fico esperando mais 200.
Espero que gostem desse capitulo.
Boa leitura!!



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A pergunta de Marta foi como uma bomba entre a gente. Acho que nenhum de  nós sabia o que falar.

_Acho que tá na nossa hora, não? – Bernardo olhou para mim.

_Sim. Já é tarde.

Bernardo arranjou uma boa tática para desviar o assunto e no meio de tanta borrada ele lá conseguiu fazer uma coisa acertada. Fui até ao quarto de Miguel pegar minha bolsa  e meu celular que lá deixei e me senti seguida por alguém.

_Então o que foi aquilo que eu vi lá em baixo? – questionou Marta assim que eu entrei no quarto.

_Acho que ainda tem olhos na cara. Se não viu o que foi eu te posso fazer um desenho.

_Esse sua má disposição repentina é tudo efeito do beijo?– ela falou fechando a porta e se encostando nela.

_Mau feitio? Não sei do que está falando!

_Não sabe do que eu estou falando, não? Quer que eu lhe faça um desenho do que vi ? – ela falou zoando.

Comecei rindo e me joguei na cama agarrando a primeira almofada que vi. Marta começou rindo também, vindo em minha direção e se jogando em cima de mim.

_Foi tão bom, e quando a gente se estava beijando parecia que nada tinha acontecido entre nós e… - olhei para Marta e ele sorria. – Pare, pare, pare com sorrisinho, porque isso também não devia ter acontecido!

_Você pode dizer o que quiser mais seus olhos dizem que o que você mais quer é voltar para os braços dele, o que você mais quer dizer que acredita nele e que quer esquecer toda essa história do beijo, da Rita…

_Quem te garante que eu quero tudo isso?

_ Se deixe de rodeios e me conte logo o que rolou afinal, para vocês estarem em uns preparos tão, tão indecentes vá?  – Me levantei da cama bem rápido, me pondo á frente dela.

_Eu sei lá. Aconteceu tudo tão rápido que quando dei por mim já estava colada nele e o beijando e abraçando e…

_E estou vendo que estava com bastante saudade de o voltar a sentir. – Marta completou Minha frase. -  E escuso de preguntar se ele queria tanto como você esse beijo visto que também não tinha palavras quando eu e Miguel aparecemos.

_Pare. Está me deixando, ainda mais nervosa!!

_Ok. Eu não faço mais pergunta nenhuma. Até porque eu seu quais são as respostas. Aliás, você sem falar já me diz quais são as respostas. Elas estão escritas em seus olhos. – a expressão de Marta mudou. – Mas e agora? Como vocês estão?

_Nem sei. Vocês apareceram na hora H.

_Leonor, Marta? Vão demorar? – Miguel preguntou.

Marta e eu saímos do quarto e fomos de novo para a entrada.

Eu e bernardo seguimos para o carro. No caminho nenhuma palavra foi dita. O silêncio era total. Apenas se ouvia o rádio tocando musicas que eu nem deitava conta. Desviava meu olhar para Bernardo algumas vezes e para dizer a verdade acho que também não lhe passei despercebida, pois também sentia seu olhar azul acinzentado de vez em quando sobre mim.

Quando chegamos em casa Carolina, meu pai e Kate estavam reunidos na sala. E quando Bernardo entrou todos se levantaram.

_Filho? Onde você estive? Estava todo o mundo a sua procura. – Bernardo me olhou de canto não sabendo o que falar.

_Ele esteve na casa de Miguel. E dormiu por lá. Não havia razão nenhuma para tanta preocupação.

_Podia ter avisado. Sua mãe estava quase desesperando.

_Pois, foi falha minha, Afonso.

_Mas o que você está fazendo com Bernardo, Leonor? – dessa vez quem não sabia o que responder era eu. Cocei umas quantas vezes na cabeça e não me vinha nenhuma desculpa.

_Eu estava voltando para casa quando vi a Leonor também se dirigindo para aqui. Eu lhe ofereci carona. Agora vou subir, mãe. Estou precisando de um bom banho.

Vi ele desaparecer escada acima e o segui. Só que em vez de virar para seu quarto fiz um pequeno desvio e virei para o meu. Joguei minha bolsa na cama e fui também para debaixo do chuveiro. 

Me vesti e desci para a cozinha. O jantar já devia estar pronto, apesar de eu não ter grande fome.

Quando terminamos foi a primeira a subir para o quarto. Não sabia porquê mas estava querendo evitar Bernardo. Ou melhor. Ou até sabia o porquê. Não queria era ter aquela conversa que ia ser impossível de evitar.

Estava em meu quarto andando de um lado para o outro, mas me sentia apertada, queria espaço, queria frescura, queria ar. Pensei em ir para o terraço, mais depois lembrei que o sitio era pouco apropriado, visto que era lugar de eleição para Bernardo pensar.

Olhei a grande janela que havia em meu quarto e uma ideia veio em minha mente. A abri e subi para o telhado. Fechei ela de novo e apreciei a vista á minha frente. Via-se a cidade toda. Vários candeeiros públicos, que pareciam vários pirilampos muito juntos, davam um brilho diferente a ela. Lá no fundo se conseguia ver o mar. Estava a uma certa altitude do chão e isso me deu  uma adrenalina louca.

Vi a luz de meu quarto acender e passado um pouco voltar a apagar. Deduzi que devia ter alguém me procurando e rezei para que não fosse Bernardo. Mas também mesmo que fosse  ele não me ia achar.

Brincava com uma pedrinha que tinha na mão, que encontrei perdida no meio da telha e acompanhava seus movimentos entre meus dedos.  Me sentia observada, e isso me fazia olhar simultaneamente para todo o lado. Ouvi a janela de meu quarto abrir de repente, e levei um susto. De lá apareceu Bernardo. Sentou de meu lado. Não conseguia perceber como ele me tinha achado.

_Como sabia que eu tava aqui?

_Se esqueceu que por cima disso tem o terraço, o meu terraço. Vim ao quarto e não encontrei você. Decidi subir para pensar e quando espreitei para baixo enxerguei você. E agora pregunto eu, o que está aqui fazendo?

_O mesmo que você!

_Procurando um local sossegado para pensar ou se arriscando a cair pelo telhado á baixo?

Ele riu de minha afirmação e eu joguei a pedrinha que segurava num sitio qualquer.

_Acho que pelas duas.

Puxei uma mecha de meu cabelo para o lado e o encarei não intendendo o porquê das duas.

_Procurando um local sossegado para poder pensar mas com você, porque nesse momento você é a única resposta para as minhas duvidas e me arrincando a cair do telhado para te salvar.

Olhei para ele e esbocei um sorriso. Apoiem minhas mãos no telhado e joguei minha cabeça para trás. Senti a mão de Bernardo tocar na minha e se sobrepor por ela. Bem  devagar a gente foi entrelaçando nossas mãos.

_Você quer tanto como eu voltar? – Bernardo disse.

_Você quer tanto me beijar como eu quero beijar você? – falei aproximando meu rosto do seu.

Acho que não foi preciso mais nada. Mais nenhuma palavra. Mais nenhum gesto. Mais nenhum carinho para a gente se grudar definitivamente um  no outro.

Não foi um beijo calmo e muito menos pacifico. Foi um beijo prazeroso, voraz, esfomeado de desejo, cheio de saudade, um beijo emotivo, quente, sensível mais ríspido. Não tomamos mãos a medir quanto mais o beijava mais era difícil de conseguir me descolar dele. Quanto mais ele me puxava para ele, mais difícil estava sendo de resistir.

A sede, a vontade, o impulso, a obstinação, o fervor, a ansiedade, a ambição, o desejo de o voltar a ter só pra mim, de voltar a ter seu corpo colado no meu, de voltar a misturar sua respiração na minha, de voltar a sentir suas mãos passeando por minha lateral, de voltar a provar de sua linha ardente de beijo, que ele tanto gostava de deixar em meu pescoço, de voltar a ver de novo seu olho dentro do meu.

Havia muito mais coisas nos fixando um no outro, naquele momento, do que nos afastando e era inevitável conseguir resistir aquele moreno gostoso que tinha roubado meu coração…


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Notas finais do capítulo

Que tal? Quem curtiu esse capitulo?
Quem está ansioso pelo proximo?
Fico esperando reviews, muitos reviews!!
Beijos para todas!! c(:



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