Irmãos, Apenas Irmãos... escrita por Duda


Capítulo 42
Capítulo 42 - Está com amnésia, pelo que parece!


Notas iniciais do capítulo

Capitulo fresquinho para vocês!!!
200 reviews e publico outro hoje!!!
Boa leitura para todos!!!



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Miguel mandou uma mensagem a Marta e quando chegamos em sua casa ela já nos estava esperando na porta. Miguel não tinha ido no seu carro mas Bernardo tinha deixado o seu perto do estacionamento da praia e enquanto andava ao  meu encontro na praia, Miguel achou o achou. O que facilitou chegarmos mais depressa a sua casa. Levamos Bernardo para seu quarto e o deitamos na cama.

_O que fazemos com ele? – Marta perguntou.

_Ele tá precisando de um banho bem gelado e de comida. – falei.

_Tá bom. Eu e Marta vamo ver se arranjamos comida lá em baixo para ele. Acha que se arranja aqui?  - Miguel disse.

_Sim. Eu me ajeito por aqui. Me diz apenas onde tem toalhas e se não se importar alguma roupa sua.

_Ora bem. As toalhas estão no banheiro que é ali. – ele apontou para uma porta branca. – e o roupeiro é ali. Deve haver alguma coisa de jeito para ele vestir.

_Ok. Legal. Me ajude só a o levar para o banheiro.

Miguel pegou de um lado e eu do outro o colocamos na Box. Marta e Miguel saíram e fiquei apenas eu e Bernardo. Me ajoelhei ao seu lado e foi tirando sua camiseta. Seu peito moreno caiu para trás e ele estremeceu, mas não foi o suficiente para o belo adormecido acordar, sim porque Bernardo durante a viagem adormeceu no banco de trás do carro.

Me levantei e liguei o chuveiro, pus na água gelada e depois fui aumentando a temperatura. Ele acordou exaltado e fez força, tentando se levantar só que uma força ainda maior o impediu.

_Ah, minha cabeça.  – ele falou levando a mão na nuca.

_Sua cabeça? – falei feita mãe galinha. – Se não tivesse afogado ás magoas no álcool e no tabaco talvez não estivesse nesse momento com essa dor de cabeça.

_O que você está aqui fazendo? Onde eu estou? Como eu vim para aqui?

_EI. – gritei. Confesso que fiz de propósito queria ver sua reação perante minha altura de voz.

_Shhh… Fale baixo pelo amor de Deus. Minha cabeça está prestes a explodir.

_Você não lembra como veio aqui parar? – fiquei confusa. Será que ele não lembrava de nada?

_Eu lembro de estar na bar. Ai uma garota aparece e a gente conversa e depois estávamos quase nos beijando e eu parei. Deixei a ela lá e foi para a praia. Estive lá e de repente você apareceu, a gente brigou e depois eu acordei aqui.

_E, você lembra daquilo que me falou?

_O que eu te falei? – ele falou confuso pensando alto e coçando a cabeça, fazendo esforço para lembrar. – Lembro de falar cansei muitas vezes, depois o celular tocou. Não. O celular não tocou, você é que ligou para alguém e depois apareceu o Miguel. E eu acordei aqui. Mas…

Levantei do chão e joguei a roupa que tinha na mão no chão com raiva, as palavras que tinha dito na praia, como eu já imaginava, ele nem sequer  lembrava. Não queria ouvir mais nada, já tinha percebido que não  se recordava de nada.

_Tem roupa no roupeiro para se trocar. – estava saindo mais voltei a trás. – Ah, e para sua informação está na casa do Miguel.

Ele coçava as mãos no rosto confundido e um pouco fora da realidade. Estava sem chão e não devia sequer saber para onde ficava o norte nem o sul. Bati a porta do banheiro e fui ter com os cozinheiros de serviço.

_Como ele está? – Marta me abordou.

_Está com dor de cabeça e com amnésia pelo que parece. – falei me sentando numa cadeira da mesa e petiscando o que eles estavam preparando para o Bernardo.

_Porque diz isso. – Miguel questionou, não permitindo que pegasse em mais nada daquele mesa.

_Ele não lembra daquilo que me falou antes de você aparecer, mas isso eu já previa.

_ E o que ele falou? – Miguel trocava uns olhares frequentes com Marta que estava atrás de mim, pois tanto olhava para mim como para ela.

_Ele disse que já estava cansado de estar longe de mim e que já não suporta mais esses dias com clima chato que há entre a gente. Disse que eu estraguei sua vida e que não conseguia me tirar de dentro dele. E só não disse a expressão “eu te amo” porque eu a cortei a meio. Porque  exatamente temer isso.

_Isso o quê?

_Esse seu esquecimento depois da bebedeira, essa sua deslembrança que nunca mais vai lembrar.

_E se eu te falar que eu lembro de tudo o que disse! Se eu falar que não é uma bebedeira que faz eu esquecer do que falei?  Se você mais uma vez tivesse esperado pelo meu “Mas…” que não deixou eu terminar talvez não tivesse assim.

Me voltei para Miguel e agora eu percebi o porquê da sua troca de olhares constantes com alguém atras de mim.

_Porque não me avisou que… - falei devagar e com uma mistura ne vergonha, de desilusão de surpresa e de sem palavras.

_Porque ele pediu para eu não falar nada! – ele levantou as mãos como sinal de não ter culpa e depois se abraçou a Marta.

_Acho que está na nossa hora.

_Sim,  você tem razão, meu amor. – Miguel beijou a bochecha a Marta . -  Marta e eu vamo dar uma volta. – ele falou se dirigindo a Bernardo.  - Fiquem  aqui o tempo que quiserem, acho que estão precisando de por a conversa destes últimos dias em dia.

Bernardo esperou a porta bater como sinal de que estávamos sozinhos em casa e depois se veio sentar na mesa. Pegou o que quis e ingeriu o que lhe apeteceu. Acompanhei cada um dos seus gestos com os olhos.

_Acha mesmo que eu ia esquecer aquilo que falei?

_De você eu espero de tudo. E quem me diz que você só não lembrou porque ouviu eu falar?

_Isso foi a forma que você arranjou para me pedir provas?

_Pense o que quiser! – afundei a mão num prato cheio de batata frita que tinha na minha frente e me levantei para pegar um copo para mim.

_ Estou farto de aguentar toda essa situação e fazer de conta que nada rolou … Estou farto de passar por você e nem sequer nos falarmos … Estou farto de te ver falando com outros garotos … Estou farto de me passar por forte quando na realidade eu tenho sido fraco, agora eu sou sempre fraco e tudo o que faço é mal feito… Estou farto de tentar provar para você que não fiz nada e que não beijei ninguém e você não acreditar … Estou farto de tentar galantear outra garota, ou de a beijar para te esquecer e não conseguir porque você não sai de mim, seu olhar não sai de mim, sua voz não sai de mim, seu cheiro, seu toque, seu jeito, nada sai de dentro de mim... Cansei de ter você vinte e cinco horas por dia em minha cabeça pairando…. Cansei de ver você passar todo o dia na minha frente e eu não puder te beijar, te abraçar, te acarinhar…

Bernardo começou falando frase por frase aquilo que tinha dito. Se pronunciava devagar e com alguma melodia. Estava esticada pegando o copo do armário alto e senti um corpo se aproximar do meu, me encurralando entre a banca e ele e me prensando .

Estava de costas e a voz de Bernardo á medida que falava ia diminuindo pois cada vez mais se aproximava de meu ouvido.

Me rodei devagar me virando para ele.

_Bernardo. – sussurrei quase suplicando.

_Leonor. – ele murmurou respondendo á minha suplica.

Estava tentando controlar a onda mas era impossível. Estava lutando contra mim própria para resistir ao beijo que estava por vir, mas não consegui.

Bernardo foi se aproximando devagar, bem devagar e eu sem consegui controlar foi aproximando minha cabeça da dele, também.

Ao principio procuramos a melhor forma de posicionarmos as cabeças e depois e com alguma dificuldade e medo da reação um do outro acabamos por juntar nossos lábios. O beijo começou calmo mas depois foi aquecendo. Pousei o copo no lava loiça e Bernardo me sentou no balcão. Ele ficou a pé entre minhas pernas e agarrado a meu rosto. Nos beijávamos incessantemente. Nossas línguas não paravam quietas e lutavam ferozmente. Já se sabia quem ia ganhar a batalha mais mesmo assim não desistir e batalhei até ao fim.  Que saudade de o beija. De o sentir. De o acarinhar.

_Bernar… Bernardo… - gemi seu nome quando achei que o beijo já estava de bom tamanho.

Ele foi rápido e não protestou muito quando o afastei. Ninguém falou nada apenas o fiquei olhando por um tempo porque depois não aguentamos mais com nossas bocas desgrudadas.

Só paramos quando ouvimos alguém batendo palmas e rindo, nos zoando.

E adivinhem quem era?

A Marta e o Miguel!!!

_Estou vendo que a conversa rendeu bastante? – Miguel estava atrás de Marta, agarrando sua cintura, nos olhando enquanto Marta ria de nossa cara.

_Se vá foder. – falei saindo de cima do balcão e voltando ao chão. Bernardo também se afastou de mim dando espaço para eu circular, trocou uns olhares comigo e depois o desviou para os abutres que nos encaravam.

_Estou a ver que ela se exaltou. – Miguel estava se dando na provocação e só o Bernardo para o calar.

_Se cale moleque se não quem se vai exaltar vou ser eu!

Bernardo estava me defendendo ao mesmo tempo que se dirigia de novo para a mesa e pegava no seu copo cheio de suco, enquanto Marta assistia á cena me lançando olhares pedindo satisfações.

_Caraca, mas o que é isso? Primeiro chegamos aqui e vocês estavam agarrados um no outro, se beijando e se abraçando, agora você a defende.  Há  novidade ou alguma coisa que a gente não saiba e que por acaso tenha ocorrido durante a nossa ausência? -


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Notas finais do capítulo

E isso o que foi? Uma reconciliação? Um não resistir? Ou apenas a vontade de voltar um para o outro falar mais alto?
200 reviews e publico a continuação hoje!!!
Beijos para todas as jeitosas que ainda dedicam o seu tempo para ler a minha fic!!
c(:



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