Dead Or Alive escrita por Juh Begnini Collins


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Bom gente. esse é, provavelmente, o antepenúltimo capítulo da fic. I'm sorry.
MAAAAAS haverá continuação! o/ Não, isso não era uma motivação, e de maneira alguma serviria para deixá-los felizes. Eu sei. kk'
Mas nada garantido ainda, possivelmente sejam acrescentados mais um ou dois capítulos nessa fic, não sei... bem, vejamos mais adiante, não é?
Por hora, sintam-se permitidos a lerem o novo capítulo que vos trago gentilmente, junto com a garrafa de uísque barato que estou enviando por correio a cada um de vocês, meus leitores.
Espero que gostem - e eu me refiro ao capítulo, não à bebida.
Enjoy, bitches!



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            Sam e Dean voltaram da caçada, os sapatos sujos encardindo o chão do quarto. Conseguiram matar o Lobisomem – Todd Ronney – facilmente. O cara era um machão idiota, de qualquer maneira.

            O caso mais rápido deles, repetia Dean, dizendo que nenhum caso poderia ser resolvido em um dia, e que havia algo de muito errado naquela história.

            - Dean, você não pode apenas acreditar que temos sorte?

            - Não. – disse ele, firmemente. – Desde quando nós dois temos sorte, Sam? Devemos ser os caras mais azarados da história do universo, pelo amor de Deus!

            - Amanhã veremos isso, então. Por hoje, vamos comemorar! Um ser a menos para a lista dos odiáveis!

            Dean engoliu em seco, concordando com o irmão. Um a menos era melhor que nada.

            E onde estava Castiel, afinal?

~~*~~

            A garota prendeu os longos cabelos ruivos em uma trança, que alcançava sua cintura. Esguia, de lindos e delicados traços, olhos enigmaticamente negros e uma doçura fora do comum em seus movimentos, podia chamar a atenção de qualquer um.

            Os homens, literalmente, matavam uns aos outros por um instante de sua atenção.

            Bom, talvez tivesse algo a ver com o fato de ela ser a única e verdadeira filha de Némesis. Ela própria, a tão temida e odiada Raiva. O sentimento em carne e osso.

            Incrível como a Mãe de Todos tinha sido capaz de projetá-la tão bem e nem dar-se conta da criatura maravilhosa que tinha em mãos. Um ser tão doce e confiável que, na verdade, apesar de aparentar ser indefeso, podia ser tão letal.

            E tão discreta que ela própria demorou muito tempo para perceber quem era.

            Milênios, para ser mais exata.

            Némesis, na mitologia grega, era o justiceiro dos deuses, representava a ira e a lei de cada um das divindades. Com uns ajustes aqui, outros ali, esquecida a parte da “justiça divina” e voilá, a criatura mais destrutiva jamais inventada. A Mãe de Todos não poderia ter feito um trabalho mais vitorioso.

            Encarou o loiro atraente com quem havia acabado de dormir. Depois, encarou o anjo que ele havia atingido na cabeça.

            - Bata mais uma vez, por favor? – pediu, sua voz exercendo seu poder hipnótico.

            - Como quiser. – disse o rapaz, e novamente bateu com um pesado martelo na cabeça de Castiel, desmaiando-a novamente.

            - Agora o liberte, John. Cansei de brincar. – disse a garota, e o rapaz apagou o fogo do óleo que prendia o anjo naquele local.

            Então, enquanto o anjo ainda estava desacordado, a Raiva levou o loiro – Ryan – para uma floresta nos arredores de Stanford e o fez explodir de dentro para fora. Rindo da cena que, para ela, fora um espetáculo, a ruiva se afastou.

            Seu plano estava correndo perfeitamente bem.

~~*~~

            No dia seguinte, três pessoas foram encontradas nos arredores de Stanford, explodidas de dentro para fora. Nenhum médico ou cientista pode explicar as reais causas das mortes, e o caso foi dado como desconhecido.

            E era desconhecido até para os Winchester. Nem eles, nem Bobby, nem outro caçador qualquer, havia visto nada parecido durante a vida, tampouco ouvido falar. Era algo completamente novo para qualquer pessoa que arriscasse sua vida caçando monstros.

            Mais frustrante que tudo isso junto: era novidade até para o Google, ao que parecia.

            - Dean, você viu o Cass? – perguntou Sam. – Eu tenho que ver o que ele descobriu sobre os ataques que aconteceram por aqui, saber se tem alguma relação com os anjos ou outro ser celestial!

            Salvar o mundo, às vezes, podia ser um saco.

            - Não Sam, não faço ideia de onde ele esteja. Faz dois dias que eu não o vejo.

            Dean coçou a cabeça e soltou um longo suspiro. Juntou o telefone que estava por cima de sua cama, em meio as cobertas, e com outro suspiro, jogou-se no duro colchão do Three Roses Motel, discando o número do anjo.

            “Você ligou para ‘Eu não entendo! Por que você quer saber meu nome?”.  Deixe um recado após o sinal.” Disse a voz, do outro lado da linha.

Dean riu do amigo. Imaginava que não deveria ser fácil acostumar-se com a vida de humano, principalmente quando se foi um anjo por tanto tempo.

            - Cass, aonde você se meteu? – disse ele, gravando o áudio na caixa de mensagens de voz do celular do amigo. – Vê se aparece de uma vez, Mr. Sumiço! Estamos no Three Roses, quarto 122, caso não se lembre.

            Desligou o celular e levantou-se para procurar uma cerveja. Como haviam se metido naquela encrenca mesmo?

            - E pensar que, quando chegamos, era apenas um espírito vingador. Percebeu como estamos cada vez mais enfiados na merda? A cada novo suspiro? – disse o mais velho, indignado.

            Sam apenas concordou. E era verdade mesmo. Eles estavam, cada vez mais, metidos na merda. Sempre fora assim, por que mudaria?

            Os dois jogaram-se na cama, cansados. Havia sido um longo dia, uma longa inércia. Nada de pelo menos possibilidades. Estavam completamente perdidos.

            Adormeceram daquela maneira.

            Acordaram no dia seguinte, ainda com as roupas do dia anterior, com batidas na porta. Era a garota ruiva que Sam havia visto na data em que tentavam invadir o apartamento de Daniel, investigando o espírito que o matara.

            - Ora, quem diria! Olá você! – disse a garota, bem humorada, assim que Sam, ainda descabelado, atendeu a porta. – E olá, resmungão! Bom dia para vocês!

            - Bom dia, Moranguinho. – disse Dean, ainda emburrado.

            - O que você está fazendo aqui? Pensei que morasse próximo ao apartamento de Daniel... é de lá que eu a conheço, se não me engano.

            - Bem, aquele apartamento não era meu, era de um amigo. Estava de caseira, e ontem ele voltou para casa, então, como só tinha voo para amanhã, resolvi dormir em um motel por hoje. Passei por aqui para ver se era seu esse Impala com o alarme disparando.

            Dean passou pelos dois, ainda resmungando por ter sido acordado, murmurando algo sobre “quem foi o filho da puta que mexeu na Baby” e foi revistar o carro. A garota riu.

            - Aliás, meu nome é Ella Melody Roday, mas pode me chamar de Ella.

            - Prazer, Ella. Eu sou Sam, o rabugento é Dean, e “ela” é a Baby. – disse, apontando para o veículo preto que o mais velho fazia questão de revistar.

            - Eu percebi. – disse Ella, rindo novamente. – Então... ficaram sabendo sobre os novos acontecimentos? Terrificantes, no mínimo.

            Sam passou a mão pelos cabelos, pensativo. Exatamente de qual evento terrificante ela estava falando, afinal?

            - Sim, um ataque.  Ouvi dizer que era um lobo e...

            - Oh, não. Não esse! O ataque que aconteceu essa madrugada nas matas ao redor da Universidade e... Ow, você não sabia. – Ela fez uma pausa. – Sinto muito, eu não deveria vir enchendo sua cabeça com esse troço, é só que... esquece, deixa para lá. Eu acho que vou...

            Sam segurou-a pelo braço de maneira firme, encarando-a curiosamente.

            - Não, por favor! Entre, eu quero saber desse evento.

            - Eu não acho que...

            Ela parou a frase ao meio, olhando para um raivoso Dean que ainda reclamava ao redor do carro. Realmente, o loiro não gostava de ser acordado no meio do seu descanso com alguém revirando seu carro.

            - Ah, não esquenta. Dean está saindo para comprar umas tortas e algumas garrafas de cerveja, tenho certeza de que demorará a voltar. Come on!

            - Bem, então eu não acho que haja problema algum.

~~*~~

            O winchester mais velho passou cinco horas fora do quarto de hotel, andando um tanto sem rumo. Almoçou, circulou por bares, tentou telefonar para Castiel quase que um milhão de vezes... chegada uma certa hora, já nem sabia mais o que fazer.

            O fato é que não voltaria para o motel. Qual é, Sam jamais ficava sozinho com uma garota, e faziam semanas que ele não o via com ninguém. Nada mais justo que dar alguns momentos a sós para seu irmão e a gata ruiva que ele misteriosamente arranjara.

            Enquanto isso, descobriu de um novo caso. Mas não estava com cabeça para aquilo, e pela primeira vez desde que se lembrava, adiou em algumas horas o trabalho que o aguardava. Na verdade, sua cabeça estava no anjo desaparecido.

            Tudo bem que Castiel era um tremendo inútil em mais da metade dos utensílios, utilitários e utilidades modernas, mas não era comum que o anjo sumisse daquela maneira. Sabia operar um celular, então por que não atendia as porcarias das ligações?

            E se tivesse acontecido algo? Qual é, Cass era seu melhor amigo, Dean não podia dar-se a chance de perdê-lo. Não se pudesse lutar pelo moreno até onde ainda tivesse forças. Não custava a admitir que aquela criatura celestial, virgem e inocente era como um irmão para ele. Talvez mais do que isso: a única pessoa com quem, no fim do dia, poderia realmente contar. Aquele que Dean sabia que não o desapontaria, não se houvesse alguma maneira de não fazê-lo. Não se o Winchester estivesse por perto enquanto Cass precisasse de auxilio.

            E com certeza ele estaria.

            Quando finalmente deu-se ao luxo de retornar ao motel, estacionou o Impala um tanto longe do quarto, para que pudesse passar em frente à janela e visse caso houvesse algum “vulto” emaranhando-se na cama.

            Não havia. Quando chegara, Sam estava completamente sozinho, sentado em frente ao notebook, envolto em suas pesquisas.

            - Transaram? – foi a primeira coisa que falou ao entrar no recinto. – Por favor, diga que transaram.

            - Lamento, irmão, mas dessa vez tenho que te decepcionar. Só conversamos.

            - Ah, seu nerd idiota. – Dean praguejou. Tudo por nada, afinal. – E então, o que conseguiu?

            - Um novo defunto. Ryan alguma coisa. Os legistas dizem que “era como se ele tivesse explodido de dentro para fora”. Te parece um dos nossos casos?

            - Definitivamente. – disse o mais velho, jogando-se no sofá com os pés por sobre a mesinha de centro e colocando as mãos por detrás da cabeça. – Ah, trabalho. Não é como se eu tivesse sentido sua falta.


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Notas finais do capítulo

E era isso!
Gostaram? A bebida chegou? Não leram embriagados, né?
Se gostaram, reviewzitcha para a sua escritora preferida - e, para aqueles que pensaram em outra pessoa, eu estou falando de mim. Não me julguem por sonhar. - e se não gostaram, review do mesmo jeito, se queixando.
Então era isso. Beijoos e até o próximo capítulo =**