All For You escrita por Komorebi


Capítulo 31
The daddy


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas =)
Eu estava com saudades de vocês.
(...)
Só para citua-los todo o capítulo passa-se em um mês.
Ele está meio corrido para acabar com um pedaço dessa bola de neve, no próximo eu derreterei um pouco mais, pois não pretendo estender muito a fic, no máximo mais 10 capítulos (sem epílogo).
Capítulo meio filler, mas se você não ler, o próximo não fará sentido =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/286883/chapter/31

            Observou-as se abraçarem, estranhamente doeu. Estranhamente? Supernormal doer, ciúmes dói! Mesmo tendo certeza absoluta que não havia nada ali era inevitável pensar coisas. O modo que ela fazia círculos imaginários nas costas da loira, beijava-lhe os cabelos e sussurrava coisas em seu ouvidos. Num determinado momento Quinn começou a rir e aquilo petrificou completamente seu coração.

            – Rachel, você está me machucando.

            Jesse tentou se expressar o mais alto e firme possível, mas sua voz saiu um quase miado agonizante, só então Rachel percebeu que segurava as mãos de Jesse se apertando cada vez mais contra o garoto, eles estavam na cama. Ela lembrava-se de como a conversa começou com eles fazendo novos planos para a Broadway, terminando quando ele mencionou Funny Girl que automaticamente lembrou Quinn e seus rituais para adquirir mais paciência e enfrentar outra vez o musical, essa lembrança levou diretamente ao intervalo de hoje no colégio quando Quinn chegou até Tina e ela estendeu os braços para encaixar a loira num abraço calmo e carinhoso.

            – Você está bem? – Jesse estralou os dedos puxando Rachel para a realidade.

            – Oi?

            – Você viaja para outra galáxia a cada palavra que eu digo. – Jesse bufou ao perceber Rachel olhando a parede do quarto como se estivesse em outro transe. – Rachel, tem alguém tocando a campainha há três minutos!

            Rachel balançou a cabeça, arrastando seu corpo pelas escadas até a porta, ela parecia um zumbi com a mente tão distante quanto o sol estava de Saturno. Para a surpresa da morena quem estava na porta era a listre garota de cabelos castanhos e olhos puxados que vivia para lá e para cá com Quinn.

            Ela se impôs quando Tina fez menção de entrar, apesar de ela mesma ter chamado a garota para entrar.

            – Olha, eu nem preciso entrar. Só vim mesmo te convidar para ir amanhã à escola do Damon durante o recreio. Ou vá por conta própria – Tina virou-se para ir embora.

            – O que? Do que está falando sua louca?

            – Vá e verá! – Ela entrou no carro com certa pressa, deixando Rachel completamente confusa.

            (...)

            Rachel foi, contra todos os seus princípios e dilemas sobre a veracidade de Tina, mas foi, algo em Quinn e Damon provocava isso nela, ela iria procura-los no fundo do oceano, em outro planeta se soubesse que há algo de errado com eles. Mesmo toda a raiva de Quinn, que passava conforme ela se perguntava se estava sendo muito infantil quanto a isso. Afinal, quantos solos ela já não teve?

            Ela foi e viu. Doeu. Em especial a parte sobre ele ser tão lixo que nem seus pais o amavam. Não era verdade. E ela queria bater em cada um dos garotos que jogaram ele naquela maldita lata de lixo, mas ela fez algo muito melhor, puxou o menino de lá, colocou-o embaixo de uma árvore e abraçou-o tão forte que ele podia apostar que logo quebrariam uma das leis da física onde fala que dois corpos não ocupam o mesmo espaço.

            Mas não ficou só por isso. Ela levou o garoto até a diretoria, explicou aos professores e diretor – que pelas expressões ficaram demasiado espantados pelo silêncio que o pequeno manteve por semanas –, então o levou para a casa de Quinn. E ficou por lá até a loira aparecer.

            Damon dormia quando Quinn chegou então Rachel a chamou para os fundos da casa.

            – É hora de colocarmos nossas diferenças de lado e ajudarmos nosso menininho – Rachel colocou as mãos nos bolsos, uma tentativa frustrada já que sua saia não tem bolso.

            Quinn riu mentalmente. “Nosso menininho?”.

            – Diferenças que só existem nessa sua mente capciosa e egoísta.

            Rachel franziu o cenho.

            – Você pelo menos sabe o que capciosa quer dizer?

            – RACHEL! – Quinn advertiu.

            Rachel não teve como prosseguir, alguém batia a porta, ela ficou levemente... Não, literalmente, vermelha de raiva ou ciúmes, Quinn se ocupava mais em rir da expressão de Rachel do que analisar o que ela sentia de Tina.

            Depois de explicar que Tina estava na casa para fazer um trabalho com Quinn e assistir filme a morena conseguiu ficar menos encabulada e desconfiada da presença da asiática. E a mesma razão que a levou a ficar vermelha com a reles presença de Tina também a fez segurar o pulso de Quinn e a puxar lentamente para si a cada movimento que aproximasse, mesmo que milimetricamente, Tina e Quinn.

            – Eu admiro esse seu ciúme da Q, mas é desnecessário, considerando que eu não teria a menor chance com você por perto – Tina soltou o lápis que usava para traçar as margens nas folhas A4.

            – O seguro morreu de velho... – Rachel por pura garantia sentou-se no colo de Quinn.

            Quinn se divertia com a situação.

            – Rachel, por que não vai ver o “nosso menino”? – A loira falou zombeteira.

            Rachel virou-se para fitar Quinn, olhos nos olhos sem o menor temor das íris verdes que tanto estava acostumada nos últimos meses.

            – Eu não estava brincando. Ele realmente é como um filho para mim, e se fosse para escolher você seria o pai! – Ela pulou do colo da loira, subindo as escadas parou na metade do caminho, virando-se para Tina – e eu estou de olhos em você, Luci Liu.

            Quinn sufocou um riso, junto com Tina.

            Ela se voltou olhando a outra morena no outro sofá, ainda divertida com a situação. Soltou os materiais e repousou o corpo pelo sofá, até sentir o corpo ser atingido por uma almofada. Olhou para Tina que tinha uma expressão séria.

            – Volta para o trabalho papai! Que péssimo exemplo é esse? – Tina se esforçava para não sorrir.

            Quinn sentou-se boquiaberta, tentando tatear os materiais.

            – Por que eu sou o pai? – Quinn largou novamente o lápis.

            – Bom... – Tina colocou o lápis na boca fingindo uma cara pensativa – talvez pelo mesmo que faria da Santana o pai e a Brittany a mãe.

            – Eu deveria arrancar seu apêndice e por no lugar da sua tireoide por essa comparação desalmada. – Quinn devolveu a almofada graciosamente no rosto de Tina.

            Tina segurou a almofada, decidindo-se se devolveria ou não.

            – Depois faz essas perguntas idiotas.

            (...)

            A mãe de Damon ficou uma fera quando descobriu onde o garoto estava, mas isso não impediu Quinn de usar toda sua decência para encarar a mulher de frente, e elas discutiram feio! Sobrou até para Judy que foi xingada um considerável número de vezes durante a briga.

            Quinn não conseguia sequer raciocinar com tudo rodando em câmera lenta em sua mente. Não até parar e ver Finn dando em cima de Rachel, que depois de uma semana, que Rachel deu um pé na bunda de Jesse, já tentava algo sem perder tempo. Santana conseguiu tirar Quinn a tempo de não o ver tocar a bunda de Rachel, entretanto, não ficou para ver como os cinco dedos de Rachel ficaram bem contornados no rosto do moreno.

            Elas foram parar onde os jogadores encurralavam alguns membros do Glee Club para um banho de slushie. Mesmo com os apelos dos garotos não parecia haver acordo, então Quinn fez o que podia se meteu na frente de Tina e Sam ao mesmo tempo, Santana protegeu Sugar e Puck e Brittany protegeu Kurt.

            – Merda! – Um dos jogadores reclamou.

            – Afinal de contas, quem diabos são vocês? – Brittany limpou os olhos.

            – Do Rúgbi, os novos líderes dessa escola! – O garoto que acertou Quinn estufou o peito para falar.

            Santana ainda estava de cabeça baixa, ela choramingava algo contra o slushie que juntara na mão.

            – Não mesmo! – Quinn lambeu os lábios. – Somos as líderes de torcida, nós mandados e desmandamos em quem está no topo ao nosso lado, contando que exceto por nós todos os outros times dessa escola são um bando de perdedores em série, exceto talvez o New Directions que tem grandes chances de vencer as nacionais, nós temos o pleno direito de escolher quem queremos. E eu digo que o time de futebol é o segundo no comando é porque é assim que será!

            Quinn gritou contra os meninos, fazendo dois dos três se encolher no lugar, dois garotos grandes e fortes o suficiente para colocar a loira no chão se encolheram como cachorrinhos quando a voz de Quinn alcançou um tom imperativo quase rosnado.

            Santana ainda choramingava em seu canto, Brittany a tocou para verificar se estava tudo bem, ela levantou o rosto com um sorriso maníaco na cara, grande e malvado, ela choramingava uma contagem regressiva que teve inicio no quarenta, e agora ela contava os últimos números.

            – Sabes lo que se passa em Lima Heights Adjacent? Cosas malas! Muy malas!

            Ela voou de seu lugar, Sam previa isso e tentou segurar, mas recebeu cinco dedos latinos impressos em seu rosto branco. Ardia, mas era bom saber que não foi de raiva. Porque seria seguido de outros. Ao invés disso ela pulou nas costas de um dos brutamontes do rúgbi, jogando-o no chão, aquilo não era Santana Lopez.

                Uma sequência de socos e chutes no garoto encolhido ao chão, então o próximo saiu correndo, mas Santana o alcançou. Antes de o último correr Quinn se preparava para ao menos imobilizá-lo.

            – Senhoras e senhores, ao vivo e em cores, a primeira e única Snixx Lopez.

            Os garotos do futebol surgiram no corredor, tentando quase inutilmente tirar Santana de cima do garoto, Finn e Rachel observavam à cena estáticos, ele abraçava-a de lado protetoramente.

            Quinn mordeu os lábios, lá se foi toda a raiva dos garotos, lá se foi a remota lembrança de que slushie escorria por todo seu corpo. Ela pegaria Rachel de volta nem que precisasse castrar Finn Hudson.

            Quando os garotos reclamaram pela ajuda do grandão, a capitã das Cheerios conseguiu tirar Rachel do meio de todos, arrastando-a pelos corredores com certo cuidado para que ninguém as visse. Empurrou a morena até embaixo das arquibancadas do campo de futebol.

            – O que precisa? – Rachel arqueou a sobrancelha.

            Ela não disse nada, sentou sobre uma mesa velha posta lá e observou Rachel. Como ela forçava a veia do pescoço para fingir irritação, ela respirava fundo antes de fechar a cara e apertava as mãos com certo cuidado para não se ferir com as unhas. Típico de quando fingia estar irritada com algo.

            – Eu... – Quinn levantou da mesa, com um sorriso do canto acompanhado pela mordida que dava nos lábios.

            Ela caminhou até ter o corpo bem próximo de Rachel, narizes se tocando. Quinn se sentia em êxtase com o perfume de Rachel tão próximo, podia sentir a respiração da outra ficando pesada.

            – Preciso... – Quinn repousou as mãos na cintura de Rachel.

            Rachel murmurou um gemido para a loira.

            (...)

            Quinn se recusou a abrir a mão, enfiou Rachel e Tina no carro, buscou Damon e o levou para casa. Se ela esperava um surto da mãe do garoto? Correção: ela queria! A mulher sempre fazia o garoto voltar para casa a pé com um colega e esperar até ela voltar.

            Ele estava no quintal brincando com Tina, subiam nas árvores e pulavam de um canto para o outro. Quinn subiu até o quarto, enquanto Rachel preparava um suco, a loira abriu a gaveta onde estava sua câmera fotográfica, caminhou até o parapeito da sua janela e apontou a câmera para os garotos lá embaixo. Rachel apareceu com seu copo de suco e estendeu outro para a loira que aceitou de bom grado, ela bebericou um pouco, voltando seu olhar para a câmera.

            – Acho que ouvi a porta – Quinn guardou a câmera.

            Desdeu as escadas seguida por Rachel até topar com Tina quase atendendo a porta. Ao abrir a porta Tina foi surpreendida com um forte empurrão contra seu peito. A mulher caminhou pisando duro até estar frente a frente com Quinn, elas não falavam, mas a raiva transbordava pelos olhos delas.

            – Qual seu problema, garota? – Ela apertou a gola do uniforme da loira.

            – Um exatamente diferente do seu! – Ela sorriu com escárnio.

            – Damon é meu filho, qual a droga do seu problema de não deixar ele quieto? – Ela avançou dois passos com a camisa da garota entre mãos. – O que você e essas suas amiguinhas tanto fazem aqui com ele?

            Quinn se livrou das mãos da mulher, voltando a sentir o chão sob seus pés. Como ela esperava. Damon apontou na sala, se encolhendo no canto da porta.

            – Saia da minha casa. O que fazemos com ele, é exatamente o que você deveria fazer com ele: dar amor e carinho. Somos a família dele. – Ela empurrou-a pelos ombros. – Você é a mãe dele, você não deveria falar que ele é um erro! Pergunte.

            A mulher deslizou os olhos até o filho, quase voltando o caminho que trilhou até Quinn, o garoto tinha os olhos opacos de medo. Damon assentiu.

            – Dane-se, quero você, sua namoradinha e a olhos rasgados longe do meu filho!

            Ela tentou empurrar Quinn contra o sofá, mas foi empurrada para fora da casa antes.

            Judy franziu a testa ao sair do carro e observar a cena, Quinn tentava manter a calma e sua postura, já a Underwood perdeu as estribeiras gritando algumas coisas ininteligíveis. A matriarca se perguntava o que estava acontecendo, não demorou a descobrir quando se aproximou e conseguiu compreender o que a mulher esbravejava. Ela também viu Damon se encolhendo contra Rachel.

            Quinn segurou os braços da mulher, imobilizando-a.

            – Olhe, eu fui muito legal com você, apesar de querer quebrar sua cara, fiz isso para não bater na mãe do Damon por causa dele, mas ofender Tina e Damon de uma vez é algo que eu não permito. – Ela empurrou a mulher contra o pequeno gramado. – E eu te bateria, mas que exemplo eu daria?

            Ela se virou pedindo à Rachel, Tina e Damon que voltassem para casa já que alguns vizinhos se aglomeravam na rua. A mulher jogada no chão tentou aproveitar este momento para avançar contra as garotas, mas foi parada por Judy.

            – Quinn, leve todos para dentro – Judy piscou para a loira.

            Ela assentiu, mesmo contra sua vontade que era voltar e quebrar tudo o que tinha dito para a mulher.

            Virou-se para todos os outros, dando as mãos para Damon e englobando Rachel e Tina em um abraço de lado.

            – Venham meus bebês – ela piscou para Tina.

            (...)

            Judy voltou para casa depois de uma hora com expressão brava e cansada. Ela se jogou por cima de Quinn no sofá.

            – O que houve?

            A Fabray voltou a pôr-se em pé, fitando cada um na sala com um leve sorriso. Caminhou até Damon e cochichou algo em seu ouvido, recebendo um sussurro e um sorriso em resposta, ela ampliou seu sorriso com a resposta do garoto, deixando um beijo estalado em sua bochecha.

            – Amanhã eu pedirei uma folga para ir ao juizado de menores para requisitar a guarda de Damon.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Erros? Perdão ;-;
Deixe um Review se gostou.
Favorite se adorou.
Recomende se amou.
(...)
Assim, eu ia postar ontem, mas não! Ainda bem que não, pois há duas coisas que quero compartilhar com vocês =) (notas finais gigantescas).
Primeiro de tudo, eu estava de boa na lagoa e achei uma foto da Di que O-M-G eu não vou ter pesadelos por MUITO tempo, então observem: http://sphotos-d.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-prn1/64295_502657063130077_599544699_n.png -- Eu nunca tinha visto essa imagem, e segundo um anony no Tumblr não é montagem =) o que significa que eu sei o que antigamente só Lea conhecia HAHAHAHAHA
Segundo: minha amiguinha linda que foi-se embora gravou isto para mim hoje, vocaroo.com/i/s1ioCrThJQhU , ela decorou a música e aprendeu a cantar apenas porque eu adoro a Santana e ela achou essa música muito perfect *-* (o que acharam?)
(...)
Guilty Pleasures, apenas 4 coisas -> Kitty, Santana, Kurt e Marley. Marley com sua fofura, de Victoria, e aquele sotaque ela poderia me matar. Kurt e seu shortinho, nada a acrescentar. Santana, nada a acrescentar. Kitty reinou, divou, teve seu Diva Moment nesse episódio, morri com o chute no ar em Wannabe, aquele vestido: Artie, Marley e eu, aprovamos. E o GP da Kitty eu aposto que Britt inventou na hora para proteger a verdade que é: Marley! E no fundo eu tenho Britty feelings (Britt + Kitty) e não desse episódio, mas sim de uma Karley fanfic que li no FF.net. Mamma Mia atacou o meu Karley heart quando elas cantaram juntas eu me senti naquele momento "now, kiss".
Até o próximo cap.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "All For You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.