Save Me escrita por Milena


Capítulo 8
Capítulo 8 - A única de vermelho.




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Coloquem para carregar e dêem play quando eu avisar: Ride.

- Artes das trevas... I-isso é errado Riddle, não é? – Disse Rose

- Depende do que você considera errado Rose... – Soprou Riddle

- Olha Tom, eu não sei aonde você quer chegar com isso, arte das trevas é errado! Nós aprendemos a nos proteger disso aqui em Hogwarts, não é uma coisa boa.

- Rose não existe um lado bom ou um lado ruim, existe o lado dos fracos e dos fortes. – Disse Riddle agora sério. – Você seria uma grande bruxa Rose Jones, se me deixasse apenas ensiná-la a usar seus poderes.

As mãos gélidas de Riddle fizeram um caminho lento pelo braço da garota, uma tentativa de carinho frio, se é que isso é possível. Rose ofegou com o toque de Tom, ainda assustada, buscou outro foco que não fosse os olhos gelados e sem vida dele, sabia que iria se perder se continuasse encarando aquelas esmeraldas escuras.

- Vingança Rose... Você poderia se vingar de todos aqueles que te rejeitaram, eu te ajudaria... – Continuou com os sussurros.

- Pare Riddle, e-eu não quero. – Disse ela com lágrimas nos olhos – Tenho que ir.

Passou ao lado de Riddle, recolheu seu material a bateu em retirada, mas antes que pudesse passar pela porta, ouviu Tom dizer:

- Jones, pense bem no assunto e me encontre hoje à meia noite enfrente a floresta proibida, somente se a resposta for sim.

E então Rose correu para fora daquela torre assustadora. Com a mente conturbada, milhares de pensamentos, dúvidas e medos em sua cabeça, foi quando uma ideia surgiu. Floresta Proibida. Meia noite de hoje. Tom Riddle. Segredo. KATIE!

Óbvio! Como não havia pensado nisso antes?! Correu de volta até seu dormitório, esbarrando em alguns poucos alunos. Katie estava vestindo uma capa negra escura, parecia estar preocupada.

- Katie.

- Ah Rose, pensei que não chegaria nun... – Começou a dizer Katie nervosa.

- Katie, o seu segredo tem haver com Tom Riddle?

Katie gelou encarando os olhos inquisidores de Rose, a ruiva estava com as mãos pousadas na cintura e olhava Katie como uma filha desobediente.

- Katie, você está mexendo com magia negra, não está? – Disse Rose – Você já fez mal para alguém Katie?

- N-não, eu nunca machuquei ninguém Rose, ainda... – Murmurou

- Riddle me convidou para ir até a floresta hoje à noite. Vou colocar uma capa de frio e já estarei indo para lá.

Rose não esperou resposta. Abriu seu malão e de lá puxou uma capa vermelha que havia ganhado de sua avó, vestiu e passou a mãos pelos cabelos ruivos. Saiu do salão comunal, acompanhada de uma Katie extremamente silenciosa. Katie deu um jeito fácil de sair do castelo.

A floresta proibida estava escura e mais assustadora hoje, um grupo de jovens, todos vestindo capas enormes e negras estavam parados, olhando para os lados com uma expressão superior e ostentando discretamente suas varinhas. Rose era a única que usava vermelho.

TRACK.

 Um galho. Somente um maldito galho e todos os olhares se voltaram para Rose, todos a olharam espantados, e alguns até raivosos. Karina a fuzilava com os olhos assim como Abraxas e Druella, uma garota estranha da Sonserina. Rose se encolheu e ficou parada ao lado de Katie, até uma figura negra aparecer chamando-a atenção. Tom Riddle caminhava em direção ao pequeno grupo vestindo uma capa negra e os olhos verdes brilhando maquiavelicamente, Tom se aproximou do grupo com sua típica feição fria passou os olhos em todos, até que um pequeno ser vermelho chamou sua atenção. Algo passou por seus olhos, um brilho de vida talvez, ela estava linda e era a única diferente. Riddle tirou os olhos de Rose, que já estava ficando roxa de vergonha e voltou a analisar os outros.

- Hoje entraremos na floresta proibida, separados em duplas,procuraremos um bicórnio, entenderam? – Todos assentiram. – Façam suas duplas e vão de uma vez.

Todos rapidamente se juntaram e começaram a adentrar a floresta. Rose olhou para Riddle, que irônico ofereceu seu braço para ela e completou: - Então, você veio?

- Não Riddle, eu estou no meu quarto, dormindo. – Disse ela evitando segurar o braço de Tom

Ele riu. Somente riu verdadeiramente da ousadia da garota.

- Segure meu braço de uma vez, irá acabar caindo ai. – Ordenou ele ao ver a dificuldade da garota ao tentar andar na floresta.

Revirando os olhos, Rose agarrou o braço de Tom.

- Por que um bicórnio? – Perguntou Rose depois de um tempo.

- Sabe sangue de unicórnio? Então, sangue de bicórnio é totalmente letal, beba e você morre na hora. – Explicou Riddle simplesmente.

Rose arregalou os olhos, Tom riu internamente.

- Riddle, o que é isso? Todas essas pessoas atrás de uma coisa que é letal? – Perguntou ela parando de andar.

Riddle puxou seu braço fazendo com que a garota tropeçasse e quase caísse se não fosse por sua mão firme a segurando pela cintura. Seus olhares se cruzaram por um breve momento.

- É como uma seita. Não fazemos mal a ninguém Rose, apenas aprendemos coisas que Hogwarts nunca ensinaria, coisas que precisamos saber para nos defender corretamente, entende? – Explicou Riddle.

- Então para que você quer sangue de bicórnio?

Ele novamente sorriu maldoso.

- Coisa minha Rose Jones, coisa minha... – Sussurrou Riddle.

Eles continuaram a caminhar em silêncio. Com milhares de pensamentos percorrendo a cabeça de Rose, ela só queria agora uma cama confortável para dormir, seu corpo nunca implorou tanto por descanso. Sua cabeça doía, seus músculos pareciam retesados. Tom Riddle estava normal ao seu lado, apenas caminhando e olhando atentamente para os lados. Nenhum sinal de nenhum bicórnio.

- Riddle tem certeza que tem algum bicórnio aqui? – Disse Rose chorosa, depois de alguns longos minutos caminhando.

Riddle encarou o rosto da ruiva, vendo que ela estava exausta e pequenas lágrimas surgiam no canto de seus olhos, isso doeu seu coração, mas como se ele não tinha coração?

- Vamos procurar só mais um pouco, antes de voltarmos. – Disse Riddle simplesmente.

- Eu estou exausta Riddle, não aguento mais.

- Aguenta sim Rose, só mais um pouco. – Disse Riddle.

Tom passou sua mão em volta da cintura da ruiva, trazendo-a para mais perto de seu corpo e em um impulso cansado Rose apoiou a cabeça no ombro de Riddle. Ele a fitou surpreso. Aquilo era o maior ato de carinho que Riddle já havia recebido. Apertou a cintura de Rose e continuou andando, ainda surpreso com o ato da ruiva. Já Rose estava confortável nos braços de Tom, apesar da enorme força que fazia para não fechar os olhos, ela estava bem. Tom parou bruscamente de andar, fazendo com que Rose – que estava distraída – tropeçasse caísse no chão.

- Ai! – Exclamou alto a ruiva

- Me desculpe. – Disse Riddle estendendo a mão para que ela levantasse.

Rose segurou a mão de Tom que a puxou para cima.

- Você está bem? – perguntou Riddle.

- Meu pulso dói. – Comentou ela passando a mão pelo pulso esquerdo.

Dêem play.

Riddle tomou seu pulso e examinou cuidadosamente com os olhos. Rose gemeu de dor, quando Tom apertou certo ponto. As orbes verdes de Tom se voltaram novamente para Rose, ela era tão absurdamente linda. Seus lábios vermelhos, nunca pareceram tão convidativos para Riddle, na verdade, nenhuma boca nunca pareceu convidativo para Tom. Para ele, sentimentos e desejos carnais eram banais, poder era o que ele precisava, apenas poder. Ele nasceu para mandar e jamais obedecer, isso era Tom Riddle. Rose Jones acreditava sim em sentimentos bons, apesar de todos que ela sentiu, foram sendo destruídos aos poucos, transformado em mágoa. Riddle deu outro passo em direção a ruiva, colando os corpos e acabando com o espaço entre ele, sentiu a respiração entre cortada de Rose bater em seu rosto enquanto as orbes cor de mel buscavam uma explicação em seus olhos. Ele apenas acariciou seu rosto e em não resistiu a vontade que esmagava ele por dentro. Selou seus lábios no dela. Eles eram macios e doces, como mel. Ainda surpresa, Rose deu passagem para a língua de Tom, que invadiu sua boca travando uma guerra com a sua língua. O beijo era calmo e ela estava apreensiva, ao contrário de Tom, para ele beijar os lábios de Rose era tão fácil como respirar. Algo natural. Rose afundou as mãos no cabelo macio do garoto, fazendo um carinho gostoso ali. Aos poucos, ele foi retomando a sobriedade e separou aos poucos os lábios um dos outros. Por um momento ele havia sido ele mesmo, e não Tom Riddle ou Lord Voldemort como ele preferia ser chamado, não havia um personagem, não havia uma máscara para esconder quem ele realmente era. Ninguém é cem por cento mal, até o homem mais frio deveria ter um pouco de humanidade e sentimentos dentro de si. Ele também tinha. Só estavam soterrados debaixo de uma camada de dor e mágoa, só estava adormecido no seu mais profundo eu, escondido de todos, escondido dele mesmo.

- Tom... – Sussurrou Rose sentindo um misto de emoções.

Ninguém nunca havia a tocado assim, ninguém nunca a havia beijado. Ninguém nunca se interessou por uma menina pequena e estranha. Seus grandes olhos cor de mel brilhavam de forma diferente, seus lábios formigavam, ela estava feliz. Riddle piscava atônito. Ele realmente fez isso? Tirou as mãos rapidamente da cintura fina da garota, com muito esforço e passou a mão pelos cabelos, um ato de nervosismo claro. Rose franziu o cenho e continuou encarando até ver ele bufar.

- Vamos embora daqui logo. – Sentenciou ele com a voz dura e áspera.

Rose continuou com o cenho franzido, encarando o rapaz a sua frente de forma incrédula. Ele havia a beijado e depois isso.

- Vamos logo, ou você vai ficar parada igual a uma idiota aí? – Debochou Tom.

O brilho dos olhos da ruiva se extinguiu aos poucos, sentiu uma pontada forte no peito. Assentiu com a cabeça e deu as costas a Riddle, caminhando de volta ao colégio, pouco se importando das criaturas que iria encontrar no caminho. Tom demorou para raciocinar o que havia acontecido mas no fim voltou a caminhar atrás dela. Rose sentiu vontade de chorar, mas havia prometido a si mesma que jamais choraria novamente, por pessoa nenhuma. Segurou as lágrimas enquanto voltava. Os barulhos estranhos de bichos não a assustavam como antes e não se importaria de encontrar uma aranha gigante em seu caminho. Saiu da floresta, vendo todos já reunidos, Abraxas estava ao lado de Druella e comemoravam por estar com um pequeno frasco de sangue reluzente em mãos e os chifres do bicórnio em um saco transparente. Ela caminhou até a parte afastada, não queria todos os olhares em si. Apertou a capa contra o corpo e viu Riddle sair da floresta, ele abriu um sorriso frio para Druella e Abraxas, que pareciam bem orgulhosos de si mesmo. Revirou os olhos. Pegou o frasco com sangue e os chifres.

- Precisamos voltar para o castelo. – Disse Riddle com voz fria ao ver o sol já nascendo.

Todos ajeitaram suas capas e começaram a voltar para o castelo sem esperar mais dele, assim Rose fez. Andou depressa entre as pessoas e voltou escondida correndo, encontrou Dumbledore na metade do caminho, que ao ver o estado da garota, fingiu que não a viu e voltou a andar. Agradecendo por isso, a ruiva conseguiu chegar até seu salão comunal, que se encontrava vazio no momento. Suspirou cansada e aliviada, entrou em seu quarto. Retirou a capa vermelha suja de lama e suas botas jogando elas para o lado, soltou os cabelos ruivos e buscou um pijama na mala quando ouviu uma voz dizer.

- Rose. 


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Notas finais do capítulo

Primeiro, vou me desculpar pela demora e desejar para todos um feliz ano novo! A autora de vocês deveriam ter mandado o capítulo antes, mas preguiça somado com falta de criatividade e internet ruim deu nisso. Espero que gostem e preciso avisar que se eu não mandar o capítulo até dia 28/01, eu permito que vocês me xinguem e me cobrem muito, mas provavelmente vai sair antes disso, por que eu já estou escrevendo ele. Agora vou calar meus dedos maníacos e desejar bom fim de ano para vocês, beijos!



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