Cotidiano escrita por Léo Cancellier


Capítulo 5
Baby




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Em Skrof High School, as Cat Power incentivaram Mônica a se inscrever no teste de líderes de torcida. Ela estava precisando, agora que, depois de um mês de aulas, estava namorando Richard. Se passasse, ela poderia torcer por ele. E, na hora dos testes, contaria com uma ajudinha extra. Três das sete Cat Power estavam na equipe.

No dia dos testes, Mônica estava nervosa, afinal, se passasse, seria uma líder de torcida. Não como ela era no Brasil, quando torcia pelo Limoeiro Futebol Clube. Nos EUA isso era levado a serio. Tinha até campeonato nacional. E ela estaria representando os Leões de Skrof High. “Nome bem mais chique para um time. Não é tão simples como Limoeiro Futebol Clube.” Pensara ela.

Graças ao, como dizia a Mônica, Le Parquinho do Cascão, ela passou com muita facilidade. Na noite depois do teste, ligou para a sua mãe para contar a novidade. Depois, falou com Magali.

- Ai, Magá. Tô muito feliz. Faz um mês que eu tô namorando o Richard. Oh, ele é um amor. Tão simpático. E – e enfatizou esse “E” – joga no time da escola. E eu também sou líder de torcida aqui.

- Legal. – Magali não parecia realmente entusiasmada. – Tipo quando nós éramos aqui?

- Mas aqui é muito mais... Mais. Tem até campeonato nacional. Ah, eu queria falar com o Cascão. Ele tá por perto?

- Tá sim. Peraí que eu vou chamá-lo. – “Nossa, como ela está metida” pensou Magali.

- Oi, Mônica. – disse Cascão. – O que você quer?

- Nossa, Cascão, por que está você está tão seco? Andou esquecendo-se de tomar banho? – Mônica riu sozinha da própria piada.

- Morri de rir. – ironizou Cascão. – Falaí o que é.

- Eu queria agradecer pelo mini-curso de Le Parquinho que você me deu. Ajudou-me a passar no teste de líder de torcida.

- É Le Parkour, Mônica. Le Parkour!

- Ai, Cascão! Pára de ser grosso! Chama a Magá pra mim. – tempo... – Magá. Controla o seu gato aí, que ele tá num stress só. Dá um chá de camomila pra ele. Bom, eu tenho que desligar. Kiss, honey.

- Tchau, Mônica. – “Kiss, honey? É. Ela virou uma nojenta. Bem que o Cebola falou.”, pensou Magali.

Quando desligou o telefone, percebeu a frieza com que foi tratada. O que estava acontecendo por lá? Bom, para ela não importava. Estava treinando para a disputa do Campeonato Nacional de Lideres de Torcida. E, hoje, ia sair com Richard. Estava com um bom pressentimento sobre o encontro. Arrumara-se toda antes de ligar para a sua mãe. Só estava esperando ele vir buscá-la. “Ainda bem que aqui a carteira de motorista pode ser tirada com 16 anos. Assim, ele pode vir me buscar de carro!”. Dez minutos depois, Mônica ouviu uma buzina, foi até a porta e viu Richard, lindo como das outras vezes, em seu carro, lindo como das outras vezes também. Despediu-se da tia e das primas, que estavam dando risadinhas. Eles foram até o cinema. “Assistiram” um romance. Assistiram entre aspas, porque a maior parte do filme foi de beijos, tanto na telona, como entre eles.

Depois do cinema, foram até a casa de Richard. Ele pediu uma pizza. Quando chegou, os dois “brindaram” com as fatias. E, depois disso, sem rodeios, foram até o quarto de Richard. Lá, ela sentou na cama dele. Richard deu um beijo nela e começou a deslizar a mão pela coxa de Mônica. Ela estava ansiosa por isso. Planejara tudo direitinho. Levara até camisinhas em sua bolsa (safadinha!!!). Lentamente, ambos foram tirando as suas roupas e continuaram se beijando. Deitando, Richard veio por cima e beijou Mônica com mais intensidade na boca, deslizando para o pescoço depois. Ela arranhava as costas dele enquanto recebia os beijos. Entrelaçou as pernas entre os quadris de Richard e dessa vez ela o atacou a beijos. Primeiro na boca, depois no pescoço, depois na barriga e depois...

E assim, depois de algumas horas, Mônica estava voltando para a casa de sua tia, desesperada para contar para elas (a tia tinha uma mente super aberta). Richard tinha insistido para ela dormir lá, mas Mônica disse que não, pois não tinha combinado nada com a tia. Estava muito feliz, apesar disso. Mas essa felicidade passaria logo...

Um mês depois desse acontecimento, na hora do café da manhã, Mônica estava comendo cereais com as suas primas, quando sentiu um enjoo. Foi correndo até o banheiro e vomitou no vaso sanitário. As primas se encaram. Quando Mônica voltou, elas perguntaram:

- Mô, tá tudo bem?

- Claro, Amber. Foi só um enjoozinho passageiro.

- Não é melhor ficar aqui hoje?

- Mas eu tô bem, Claire.

- É que... Eu e a Amber... Nós estamos achando... Que você está... Está... Grávida, Mô.

- O quê? Eu? Grávida? Mas foi só um enjoo, primas. E eu e o Richard usamos camisinha na hora. Não pode ter acontecido.

- Pode ter furado.

- Será? – Mônica parecia preocupada. – Mas... Ah, eu vou falar com o Richard, mas duvido que ele aceite.

Do outro cômodo, a tia de Mônica escutava tudo. E acabara de descobrir que a sua sobrinha querida estava grávida. Mas ela esperaria para contar para Dona Luiza. Precisava confirmar.

Para a surpresa de Mônica, Richard ficou super animado com a notícia de que ia ser pai.

- Richard. Eu ainda não tenho certeza de nada.

- Não importa, Mô. O que importa é que nós vamos criar essa criança juntos.

Mônica estava super feliz. E, esperando que todos apontassem para ela e dessem risada, se surpreendeu. Todos sempre tinham uma palavra de carinho para a “garota com os dentes mais charmosos da escola”. Tudo parecia um sonho.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Façam review. Não gostaram? Façam review. O importante é mostrar a opinião =D
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@leocancellier



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