Cotidiano escrita por Léo Cancellier
46 anos. Essa era a idade de Mônica agora. Ela estava fazendo um bolo. De noite haveria uma festa. O aniversário de 16 anos de Serena. Cebola havia levado Serena para fazer compras. Harry estava ouvindo música em seu quarto.
“Espero que o Richard consiga vir a tempo para o aniversário da Serena...” pensou Mônica, enquanto colocava o bolo no forno.
Harry veio descendo as escadas.
– Mãe, você acha que o Richard virá a tempo? – perguntou Harry. Ele gostava muito do seu meio irmão mais velho. Richard era o seu “ídolo”.
– Não sei, Harry. – respondeu Mônica. E passou as mãos sobre os cabelos de Harry.
“Sorte que não puxou o avô!” pensou Mônica. “Ainda bem que o pai dele agora tem cabelo de verdade. Nesses 30 anos o cabelo do Cebola crescera lentamente, mas crescera. Curiosamente, o do seu pai continuou do mesmo jeito, por todos esses anos.
– Mãe. Para. Tá bagunçando o meu cabelo. – riu-se Harry.
Mônica riu também e deu um beijo no rosto dele.
A campainha tocou.
– Harry, vai lá ver quem é, por favor. – pediu Mônica.
Harry foi até a sala e abriu a porta. Quando viu quem era, ficou feliz da vida. Richard estava parado na porta, com malas nas mãos.
– Harry, quem é que... – disse Mônica, vindo da cozinha, mas parou de repente. – Richard!! – e foi correndo abraçá-lo. – Vejo que você veio para ficar um tempão, filho.
– Sim, mãe. – disse Richard, abraçando-a. E, virando-se para Harry, disse. – Nossa, cara. Já tá com quantos anos? 15?
– 16. – respondeu Harry. – A mãe disse que em breve eu tirarei licença para dirigir. Estou ansioso.
– Bacana. Enquanto isso eu é que vou ter que te levar para passear. Vamos dar uma volta no shopping? É para ver se você desencalha... – perguntou Richard, rindo.
– Seu sem graça! Vamos sim. – disse Harry.
Depois Richard guardar suas coisas, os dois saíram. Mônica ficou lá, esperando o bolo assar. Às vezes, gostava de ficar sozinha em casa. Dava uma paz... Não tinha som alto, barulho, o som da TV na sala, etc.
Quando Cebola voltou com Serena, o bolo já estava na geladeira. Teriam que levá-lo para o local da festa. Ao chegarem à discoteca (que agora pertencia ao Fontes, porque o seu pai morrera há 10 anos), os doces já estavam lá. Só faltava o bolo. Mônica fizera questão de fazê-lo. Os convidados foram chegando... A discoteca foi enchendo... Logo, a festa já estava bombando. Richard encontrara Charlie e os dois ficaram conversando e dando em cima das garotas. Serena estava com as amigas e Harry estava enroscado com uma garota em um canto da pista de dança. Mônica e Cebola encontraram com Magali, Cascão, Denise, Dante e o resto da turma, que era inseparável. Agora os papos eram mais adultos. Denise já usava gírias novas, pois suas duas filhas, Amy e Lindsay (que estavam conversando com Serena), andaram “enriquecendo” o vocabulário da mãe.
Harry (que já se desenroscara da garota) estava agora conversando com Paul e Jordan, os irmãos de Charlie, que tinham a idade de Harry. Ele disse algo para os dois, que foram até duas meninas e se enroscaram com elas também. Harry voltou para a sua garota.
Serena agora papeava alegremente com Amy, Lindsay e Wanessa (outra irmã de Charlie). Richard acabou ficando com Kelly, a filha de Luiza e Drew, e sua ex-namorada. Charlie já estava conversando com Brenda, a filha de Amber e Fontes. Ale e Gustavo estavam fazendo uma viagem ao redor do mundo, por isso não compareceram, mas mandaram um presente muito bacana para Serena: um vestido de seda chinês, que ela adorou. Sentia falta das suas amigas: Fernanda e Sabrina (filhas de Ale com Gustavo).
Michael e Katie (filhos de Claire com Fábio) chegaram um pouco antes dos parabéns. Michael foi encontrar com Richard e Charlie. Katie, que era mais nova e tinha a idade de Serena, foi dar os parabéns à aniversariante.
Mônica e Cebola conversavam com a turma. A festa durou até o amanhecer. Mônica, Cebola, Magali e Cascão foram até o deque da discoteca para verem o sol nascer. Esse deque possuía uma vista linda. Os quatro se abraçaram.
– Sabem de uma coisa? – perguntou Mônica.
– O que? – perguntou Magali.
– Estou muito feliz. – disse Mônica.
– Por quê? – perguntou Cebola.
– Por tudo. Principalmente pela nossa turma, que não se separou, desde quando eu tinha 17 anos.
– É. Essa é a Turma da Mônica. – disse Cascão, rindo.
Todos riram.
– Turma da Mônica nos EUA. – corrigiu Magali. – Ainda temos os amigos do Brasil.
– É. E o que não falta é espaço na nossa caixa de entrada, para os e-mails que eles mandam para nós. – disse Cebola.
– Ai, ai. – suspirou Mônica. – Tem como ser mais feliz?
– Claro que tem. – respondeu Magali. – Temos que aproveitar a nossa vida. Não importa se já passamos dos 40.
Todos riram novamente.
– O que importa é que as amizades aqui conquistadas serão eternas. – completou Mônica.
Os quatro se abraçaram novamente.
"Um amigo falso e maldoso é mais temível que um animal selvagem; o animal pode ferir seu corpo, mas um falso amigo irá ferir sua alma.”
(Buda)
"A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas."
(Francis Bacon)
"Nunca foi um bom amigo quem por pouco quebrou a amizade."
(Provérbio popular)
“Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.”
(Confúcio)
FIM
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@leocancellier