Cotidiano escrita por Léo Cancellier
Notas iniciais do capítulo
Gente, foi suuuuper mal pela demora, mas prometo que não demorarei para postar o próximo! Aliás, a fic está quase no fim já, não percam as últimas emoções de Cotidiano!
Mônica, Denise e Magali entraram no quarto de hospedes em que Magali e Mônica estavam usando.
– Garotas, vocês são loucas. – disse Magali, caindo na gargalhada.
– Ué, não era você que era contra a nossa vingança? – perguntou Mônica, rindo também.
– Eu não disse nada. Só disse que não me envolveria. Mas poderia ser perigoso. – respondeu Magali.
– Um pouco de perigo é bom, gatz. – disse Denise, rindo.
Mônica e Magali se juntaram à risada. O celular de Mônica tocou.
– Alô. Oi prima Mari! – falou Mônica. – É, eu fiquei sabendo o que aconteceu com a Carmem, coitada. – disse, segurando o riso. – Aqui no Brasil isso tá horrível. Lá na Califórnia é difícil ver essas coisas. – pausa... – Sabe que às vezes eu penso nisso também? Pode ter sido a mídia que pagou assaltantes para baterem na Carmem. Daí teriam uma boa matéria nas revistas e jornais. – outra pausa... – Sim, venha nos visitar amanhã. Estamos na casa da Denise. Ela e a Magá estão mandando beijos. Até. Tchau.
Desligando o celular, Mônica caiu na gargalhada.
– A Mari falou que estão comentando a notícia já. E que o hospital está cheio de jornalistas. Ela acha que foi golpe da mídia. – disse Mônica.
As três caíram na gargalhada. Mas pararam logo, ao ouvirem o barulho da porta abrindo e dos amigos chegando.
A visita de Mari foi tranquila. Denise, Mônica e Magali encenaram uma conversa sobre Carmem e Mari nem reparou.
Uma semana depois, todos voltaram para os EUA. Quando iam para suas casas, as três pararam em uma banca de jornais. Ao verem a manchete, caíram na gargalhada.
A HERDEIRA DA PODEROSA E INFLUENTE FAMÍLA FRUFRU FOI ESPANCADA EM SEU CLUBE, NO BAIRRO DO LIMOEIRO, SÃO PAULO, BRASIL. É NESSS HORAS QUE VEMOS COMO O BRASIL É UM PAIS VIOLENTO... (Continua na página B1).
– Nossa. Até aqui saiu. Mas é verdade o que falam: eles pintam o Brasil como se fosse uma selva cheia de animais selvagens. – disse Mônica, que havia comprado o jornal e agora estava lendo.
– A louca, Mô. – disse Denise, pegando um dos bolinhos que Cebola havia deixando sobre a mesa.
Mônica passou o jornal para Denise e pegou o bolinho que era o maior de todos. Quando mordeu, algo machucou seus dentes.
– Ai! O que o Cebola fez com esse... – e ficou calada quando viu o que machucara o seu dente...
(Narração de Mônica)
Depois de morder algo e sentir que esse “algo” havia machucado o meu dente, já queria matar o Cebola. Afinal o que ele havia feito com aquele bolinho? De repente, vi que o que me machucara estava faiscando. Denise e Magali davam risadinhas. Eu fiquei muda. Puxei o objeto faiscante. Era uma aliança. Involuntariamente, um balão de felicidade começou a inflar.
– Mô, até que enfim. Venha com a gente. – disse Denise.
As duas se levantaram e saíram correndo. Eu entendi que deveria ir atrás. Reparei que elas estavam chegando à minha antiga escola, Skrof High School. Mas já anoitecera. Era difícil ter alguém lá, que não fosse o zelador ou o faxineiro. Elas entraram no ginásio. As memórias me vieram à mente. Eu e as meninas como líderes de torcida, o meu primeiro jogo, em que nós animamos o local (apesar de o time ter perdido), etc. Admito que era sinistro vir aqui de noite. Estava tudo escuro. O ginásio estava mais escuro ainda, pois não entrava nenhuma luz. Parei para tomar um ar. Era impossível segui-las.
De repente apenas um holofote acendeu. E iluminava a pessoas que eu mais queria ver: o Cebola.
– Mô. Até que enfim. Você demorou. – disse Cebola com um tom de raiva na voz.
– Foi mal. Eu não sabia que era para vir. Só comi o bolinho agora. – respondi. – Por que está falando comigo assim?
– É que a galera já estava querendo ir embora. – respondeu, abrindo um sorriso.
Galera? Que galera? O que eu não estava sacando ali naquela escuridão?
– Cebola, o que está... – comecei a perguntar, mas ele levantou a mão, como se estivesse dizendo para eu me calar.
E bateu palmas. Para que ele bateu palmas? Que garoto sonso!
Mas o que estava acontecendo? Comecei a ouvir aplausos. As luzes começaram a se acender lentamente. Reparei que as arquibancadas do ginásio estavam lotadas. Todos aplaudiam. Quando as luzes se acenderam totalmente, vi rostos conhecidos nas arquibancadas. A turma toda, a Amy, a Britney, a Paris, todos os meus pacientes, amigos, antigos colegas, etc. Todos aplaudiam. Cebola se aproximou de mim...
– Mônica. Há tempos eu espero por esse momento. E se eu não perguntar, não estarei sendo honesto comigo mesmo. Eu queria saber se você quer se casar comigo.
Eu já estava esperando por isso e já sabia a resposta. Todos berravam: “ACEITA!! ACEITA!!”
– E aí, Mônica. O que me diz? – perguntou Cebola.
Eu soltei um “não” bem firme e decidido. Todos ficaram em silêncio.
– Você não quer se casar comigo? – perguntou Cebola. O olhar dele era de desilusão.
– Não, Cebola. Eu não quero me casar com você. Nem com você nem com ninguém. – respondi e, de repente, fui correndo em sua direção e dei um beijo nele. – Eu quero ser sua namorada, quero ter filhos, quero ser sua para sempre. Mas não quero casar. – disse, rindo.
Cebola riu também e retribuiu o beijo. Todos aplaudiram. De repente, ele tirou a aliança de minha mão e enfiou-a no meu dedo da mão direita.
– O que é isso, Cebola? – perguntei.
Ele apenas colocou uma aliança na minha mão.
– Coloca ela no dedo da minha mão direita. – disse Cebola.
Eu obedeci.
– E... – eu quis saber.
– Estamos noivos. – respondeu.
– Noivo? – me assustei com isso.
– Ué. Você não queria casar, então vamos noivar.
Eu ri e beijei-o. Noiva... Eu era noiva... E do Cebola... E não iria me casar... Tudo estava perfeito. Todos aplaudiam, assoviavam e berravam.
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@leocancellier