Ciúmes É Fogo escrita por MandyLove


Capítulo 2
Correr É Muito Bom


Notas iniciais do capítulo

Oi Pessoal ^-^
Sem enrolação, como eu havia prometido aqui esta o segundo capitulo...
Enjoy...



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– Parece ser de um celular. – disse Mandy quando cada um de nós cinco olhamos uns para os outros tentando descobrir de onde vinha o som da musica.

Celular e meio-sangue nem pensar. Se você usar um celular, se for meio-sangue é claro, é como mandar um sinal para qualquer monstro por perto dizendo a onde você esta e eles logo veem atrás de você.

Nós cinco aqui – Annabeth, Marvin, Mandy, Edwin e eu – temos celular, mas sempre deixamos eles desligados e só usamos em caso de extrema emergência, tipo quando você esta um fio de morrer, ou coisa do tipo.

– O som... É... comigo. – disse Annabeth surpresa franzindo a sobrancelha abrindo sua mochila e tirando de lá um celular prateado que eu tinha certeza que não era dela. O dela era preto com alguns detalhes peteados.

Ela olhou para a tela do aparelho confusa, mas assim que viu sei lá oque que estava na tela ela abriu um sorriso e apertou alguma coisa no celular.

– Você não tem jeito... – disse Annabeth sorrindo. – Engraçadinho. Não sei como essas suas piadas sem sentido colam com alguma garota... . – Annabeth rolou os olhos como se estivesse entediada. – Pior que é verdade... Não, não entrei ainda, um certo idiota entrou na minha frente me impedindo. – disse olhando acusadoramente para mim.

– Você não queria conversar comigo, eu tinha que fazer alguma coisa. Você não me deu escolha. – falei e semicerrei os olhos em sua direção. – Com quem esta falando e de quem é esse celular, porque esse não é o seu? E você sabe que meios-sangues e celulares ligados não são boa combinação quando se tenta não enfrentar monstros desnecessariamente.

– Não, não e não... Não precisa seu bobo. – disse ela me ignorando completamente e respondendo a sei lá quem e isso já estava me dando nós nervos. – Vou desligar o celular para não ter futuros problemas te devolvo hoje à tarde... Tudo bem, você passa lá em casa se eu me atrasar um pouco é que eu vou te que ir até a biblioteca... Pode ir parando com essas piadinhas, seu bobo...

– Pois é, Percy. O bobo no telefone tem mais chances com a Annabeth do que você. – disse Edwin dando uma cotovelada de brincadeira em minha barriga.

– Cala a boca. – falei dando um tapa na cabeça do filho de Apolo que resmungou massageando o lugar. – Porque não se agarra com a Mandy e me deixa em paz.

– Nem vem, estou de mal de você. – disse Mandy se afastando de Edwin, quando ele foi para cima dela, e se escondeu atrás de Marvin. – Homens não prestam, são mal educados, grossos, sem coração e tem mais um monte de definição para eles. Acho que o Marvin é uma das poucas exceções desse mundo, um verdadeiro cavalheiro.

– Obrigado. – disse Marvin sorrindo feliz mesmo sobre o olhar mortal de Edwin. – É bom ser reconhecido por meus atos de cavalheirismo.

– Vou te fritar corujinha de Atena. – disse o filho de Apolo mordaz, mas Marvin continuava a sorrir e Mandy começou a rir também da cara do namorado.

– Ok, já chega. – gritei assustando eles e peguei o celular da mão de Annabeth levando o aparelho até o ouvido. – Seja lá quem for você, ela te liga depois, ou talvez não ligue. Prefiro que ela não ligue.

Desliguei o aparelho sem dar tempo para quem estava do outro lado da linha falar e coloquei o aparelho no bolso. Annabeth me olhava com os olhos arregalados assim como Marvin, Mandy e Edwin. Eu entendia a surpresa deles, eu nunca havia agindo assim, mas as circunstancias em que eu me encontrava no momento me faziam agir assim.

– Vocês entram. – falei apontando para os três e depois olhei para Annabeth. – A gente precisa conversar. É serio, Annabeth.

– Vocês podem entrar, eu preciso colocar um ponto final nisso. – disse Annabeth seria olhando para os três. Engoli em seco com as palavras que ela usou.

Minha sorte não era muito boa e Annabeth Chase falando serio que iria colocar um ponto final não me motivava a ser positivo, mas eu não ia deixar ela escapar de mim assim. Não passei por todos os obstáculos para a gente estar junto para deixar ela ir assim. Não mesmo.

– Ou talvez a gente corra para longe daqui. Tipo agora e correr bem rápido. – disse Marvin e quando eu já ia perguntar oque ele queria dizer com isso, ele apontou para o lado.

Virei a cabeça para ver a onde ele apontava e eu não podia acreditar no que eu estava vendo. Um monstro enorme pulou sobre o muro lateral da escola em cima de vários carros, um belo prejuízo para os alunos donos deles.

O monstro tinha cabeça de leão. Com a juba untada de sangue, o corpo e as costas de um bode gigante e uma serpente no lugar da calda, losangos de três metros de comprimento brotavam do traseiro peludo.

Eu já tinha o visto antes, era a Quimera e ele ainda tinha no pescoço aquela coleira de falsos brilhantes e uma placa, do tamanho de um prato. Eu não me lembro bem do que estava escrito nessa placa e nem queria chegar perto para saber o que era.

– A gente corre. – disse Edwin segurando a mão de Mandy e a puxou junto com ele começando a correrem em direção ao portão da escola que já estava fechado. Suas mochilas e matérias ficaram jogadas no chão.

– Estou bem atrás de vocês. – falou Marvin seguindo os dois depois de se desvencilhar das alças de sua mochila deixando ela caída no chão.

– Marvin, distração no parque. – gritou Annabeth e seu meio-irmão levantou a mão direita sinalizando que havia ouvido ela.

– Ei, não podemos fugir...

– Não se trata de fugir, Percy. – disse Annabeth me interrompendo tirando sua mochila das costas e a colocando no chão. – A gente tem que sair daqui. – ordenou.

– Mas... – olhei em direção a Quimera e a vi farejando o ar provavelmente ela deve ter sentido o nosso cheiro, nunca vou entender esse negocio de cheiro de meio-sangue, por isso ela veio para cá, ou foi por causa do celular. – Annabeth...

– Nada de mas. Tem vários alunos na escola e não temos como vencer ela. – disse ela pegando a minha mão e me puxando em direção à saída da escola. – Ela ainda não nós viu e temos que usar isso em nossa vantagem. Ela pode de desistir de nós seguir quando não encontrar nada. Quanto mais longe dela melhor.

– Eu não sabia que você era tão negativa. – disse eu correndo no mesmo ritmo que ela.

– Não é questão de eu ser negativa. A questão é que não temos as armas necessárias para enfrentarmos uma Quimera. – disse Annabeth seria. – Nunca venceríamos uma luta frente a frente com a Quimera.

Annabeth soltou a minha mão e pulou na grade do portão da escola escalando ele com incrível habilidade e logo saltou para o outro lado. Fiz a mesma coisa que ela e antes de segui-la olhei em direção ao monstro no mesmo instante em que a Quimera olhou para mim.

– Ela acabou de nós ver. – falei e imediatamente coloquei as mãos sobre meus ouvidos ao ouvir o rugido estrondoso que a Quimera soltou.

– Francamente sua sorte é sua ruina. – disse Annabeth pegando na minha mão de novo e me puxando junto com ela. – Não fiquei parado e corra logo Percy.

– Eu sou invulnerável, posso chegar perto...

Annabeth me jogou contra o muro da escola e pressionou seu braço no meu pescoço me interrompendo e com o outro ela segurou um dos meus braços.

– Você é invulnerável, não invencível. – disse ela bem perto do meu rosto, seus olhos brilhando perigosamente. – Nunca venceríamos uma luta frente a frente com a Quimera mesmo em sua condição. Somos alvos fáceis perto dela. Temos que ficar longe dela, da sua calda, da sua boca.

– Mas ela pode ferir varias pessoas enquanto fugimos dela. É isso que você quer? – perguntei olhando diretamente em seus olhos serio.

– Eu não quero que você ver você se ferindo. – disse Annabeth claramente sem pensar fazendo meu coração bater mais rápido e um sorriso tomar conta do meu rosto.

Um segundo, foi esse o tempo em que tudo parecia ter sumido da minha volta enquanto olhava para Annabeth, mas um rugido poderoso precedido do portão da escola voando até bater contra o prédio em frente à escola fez nós dois voltarmos para a realidade nada agradável no momento.

As pessoas gritavam e corriam de um lado para o outro, desesperados, não sabendo o que fazer. Eu queria saber o que elas estariam vendo.

A primeira vez que eu enfrentei a Quimera, as pessoas, e até eu antes dela se transformar, via um chihuahua, um chihuahua enorme. Depois de toda a confusão no Portal do Arco e a Quimera ter dado uma nova imagem ao monumento nacional falaram que um adolescente enlouquecido, no caso eu, tinha soltado explosivos que fez tudo aquilo no Arco.

Mortais veem cada coisa e eu era um deles quando não sabia que era um meio-sangue e não conseguia ver através da nevoa.

A Quimera passou por entre o portão farejando o ar. Sua cara virou rapidamente para o meu lado e de Annabeth. Ela abriu a boca, soltando um mau cheiro como a da maior churrasqueira do mundo que eu adoraria não sentir mais na minha vida e nem me lembrar, e lançou uma coluna de chamas em nossa direção.

Puxei Annabeth para o lado e rolamos no chão desviando das chamas que destruíram completamente o muro da escola.

Eu já estava até vendo eu ser culpado por todo esse estrago que a Quimera estava fazendo. Esse é um dom que eu não gostaria de ter.

Sem nem me dar tempo para pensar na situação Annabeth se levantou e me puxou até ficar de pé junto com ela.

– Temos que tirar ela de perto das pessoas. – disse ela já pegando em minha mão e começamos a correr. Até que eu estava gostando de fugir da Quimera.

– O que a gente faz agora? Ficamos correndo sem parar até ela desistir? – ganhei um belo de um tapa de Annabeth com essas perguntas e ela me empurrou para trás me derrubando de costas enquanto que ela se abaixava cobrindo sua cabeça e ela fez isso bem a tempo.

A Quimera voou por cima da gente dando um encontrão com o muro e derrubando mais uma parte dele, a escola vai ter um alto prejuízo, mas ela não parou por ai.

Usando sua calda de serpente ela tentou cravar suas presas em mim. Acertei um chute na boca da serpente enquanto dava um mortal para trás apoiando uma mão no chão e fiquei de pé encarando o traseiro da fera.

Essa é uma visão horrorosa com aquela calda de serpente arreganhando as presas em sua direção e gotículas de veneno saindo delas.

Tirei minha caneta esferográfica do bolso já a destampando e em meio segundo eu estava segurando uma reluzente espada de bronze celestial com lâmina de fio duplo, cabo envolvido em couro e uma guarda chata rebitada com pinos de ouro.

– Pode vir, rabo dentuço. – não me pergunte de onde eu tirei isso.

A calda de serpente avançou tentando me abocanhar, mas ao mesmo tempo o corpo da Quimera tomou impulso para frente e a calda de serpente acabou apenas abocanhando o ar.

– Annabeth! – gritei desesperado com a cena que se seguiu.

Vi Annabeth pular segurando no poste girando nele escapando assim da boca da Quimera, mas a calda de serpente foi para cima dela com suas presas arreganhadas. Imediatamente Annabeth soltou do poste e a calda de serpente acabou mordendo o metal.

Annabeth rolou pelo chão gemendo de dor e quando parou suas mãos foram rapidamente para o seu tornozelo direito.

Corri me posicionando abaixado ao seu lado encarando de frente a Quimera que se virou olhando para nós dois com suas presas arreganhadas, a da cabeça de Leão com sua boca chamejante e também a da calda de serpente com as presas cheias de veneno.

A Quimera não fez nem um movimento e ficou somente encarando nós dois. As pessoas a nossa volta ainda gritavam sem parar e eu podia ouvir ao longe sons de sirene.

– Quem derrotou ela antigamente? E o mais importante, como? – perguntei tentando controlar a minha respiração e pensar em um plano.

Enquanto o monstro brincava com sua caça, ser uma caça não é legal, eu teria tempo para pensar em alguma coisa. Bom, Annabeth teria tempo para pensar em algo já que nem um plano vinha a minha mente.

– Foi Belerofonte. Filho de Poseidon. – respondeu Annabeth por entre os dentes, ela devia estar sentindo muita dor no tornozelo.

– Uma boa informação.  Temos algo em comum.

– Belerofonte voou em cima de Pégaso longe do alcance das bocas da Quimera e assim com um só golpe ele conseguiu matar o monstro. – continuou Annabeth.

Maravilha. Será que BlackJack viria rapidamente se eu o chamasse antes que a Quimera nós pegasse? Ou talvez eu poderia jogar minha espada, mas com a mira que eu tenho seria bem difícil que eu acertaria o alvo.

– Tem algum plano? – perguntei esperançoso porque eu não conseguia pensar em nem um.

Um rugido alto da Quimera tremeu o chão e Annabeth agarrou o meu braço. A Quimera abriu a boca, eu já estava vendo as chamas saindo dela.

– Merda. – praguejei jogando o meu corpo sobre o de Annabeth.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo. Semana que vem, dia 13/11, posto o ultimo capitulo.
Peço desculpas por ainda não ter respondido os reviews, eu prometo que vou responder todos assim que der.
Muito obrigada a todos que leram esse capitulo. Bjs ^.^



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