A Life Time escrita por Lu Falleiros


Capítulo 25
Sonhos revelam realidades.


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, estamos chegando ao fim.
Sim é verdade... Finalmente está no fim!
Eu espero que todos gostem deste capítulo. Não esqueça de me deixar um lindo e construtivo review. Amo lê-los e aprender com eles.
Quanto ao final da história, eu espero que gostem.
-Este é o último capítulo?
-Não, não é. Provavelmente irei escrever mais 5, ou 6 se decidir fazer um extra.
Segundo a minha planilha. (Pela primeira vez na vida fui mais ou menos organizada! O.O!!!) kkkkkkkkkkk...
Bom pessoal bom proveito, espero que todos que acompanharam tenham gostado da história até aqui. E espero que acompanhem até o final! (Estou super empolgada! XD Sou só eu?)



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“Não... Eu não quero, pare!” Como da outra vez, meu corpo ardia, em todo lugar, eu não sabia por que. Mas sabia que algo me queimava, ao olhar para meu corpo, encontrei a marca de minha bacia, queimando, como se tivesse acabado de ser feita. Novamente, eu me vi, quando pequena em uma fila junto comigo, havia um jovem. Mais velho que eu. Talvez a idade que tenho atualmente, mas que se parecia muito com Ciel. Os dois olhos eram como os dele, e seu cabelo, também preto. Parecia estar sempre penteado. Eu ainda pequena, tentava correr, não sei porque mas aquela fila me assustava. Sempre que escapava, mãos estranhas agarravam meu braço, e faziam com que eu retornasse para a fila.

Aquele jovem, tão semelhante com alguém importante para mim, estava na minha frente na fila. Ele entrara em uma sala sozinho, como eu também teria que entrar. E eu não ouvi nada. Por um longo período de tempo, que me pareceu uma eternidade, o silêncio ensurdecedor percorreu meus ouvidos, eu estava cansada, e cada vez mais aquele silêncio, sem nenhuma movimentação, fazia com que eu quisesse dormir. Minhas pálpebras pesavam sobre meus olhos, e sem conseguir evitar eu os fechei. Aquela dor incessante no local em que a marca logo seria feita, estava leve, mas não sumira. Quando estava quase me entregando ao sono, da sala em que o jovem de olhos azuis entrara, soara um grito, um grito agonizante, que não me permitiria nunca mais fechar os olhos em paz. O que aconteceria comigo? Eu tinha apenas cinco anos. Meus pais morreram. E eu queria tanto abraçar alguém, o jovem saiu da sala, ele não chorava; não sorria; não gritava, seu rosto estava sem sentimento algum. Parecendo uma pintura que ficara velha demais para ser descrita. Era como se ele não possuísse feições. Eu estava assustada dele, mas, ao mesmo tempo em que queria me distanciar, eu queria abraçá-lo para ver se ele sorria para mim.

- Espere. – O jovem falava para o nada, ainda sem expressão. – Você. - Ele me fitava, eu era pequena, e ele parecia tão grande perto de mim. – Em breve nos veremos de novo. – Seu olhar, que antes parecia que nunca mais demonstraria nenhum sentimento sorrira para mim, um sorriso quente e agradável. – Não agora, aguente. O passado não importa, mas é ele que nos constitui, por isso jamais o esqueça. – O jovem falava comigo de igual para igual, embora eu fosse muito mais jovem do que ele. Era a minha vez de entrar na sala, ele começara a ser puxado para longe de mim, mas antes que pudessem retirá-lo de lá, ele me abraçou, e ainda sorrindo terminou – O esgrima, você é uma ótima esgrimista. Com ele, você se libertará.

- O quê? – Eu perguntei, enquanto ele era empurrado para fora de meu campo de visão, e eu era puxada para dentro da sala, na qual tal jovem que parecia tão bom gritara. Quem seria capaz de fazê-lo gritar? Eu iria me vingar, não permitiria que ninguém o fizesse sofrer, embora eu tivesse apenas cinco anos, eu sabia que cumpriria com aquela promessa.

- Não se esqueça. Jamais. – Ele ainda era puxado, eu já não o enxergava mais, mas sua voz ecoava por minha mente. – Você é muito importante para mim, faça o que deve. Não se esqueça, nós sempre daremos um jeito de nos encontrar.

Eu agora, não me importava de entrar naquele lugar, pois eu já lembrava o que aconteceria. – Lucy Willian, você como toda a sua família, foi selecionada, para ser mais uma das guardiãs do submundo, e servir à Rainha. – Uma voz impotente ecoava pela pequena sala. Todas aquelas memórias, não estavam mais presas, elas fluíam, como se eu nunca às tivesse esquecido.

- Eu sei. – Disse seriamente, já não temendo nada que poderia acontecer.

- Nossa, impotente. – Disse uma jovem que estava me encarando. Era Izadora. Lembrei-me quando analisei seus olhos, lilás. – Eu quero ela. – Ela disse, baixo o suficiente, para que quase ninguém escutasse. Parecia que só eu e o senhor que estava falando comigo ouviram.

- Muito bem então. Sente-se senhorita. – O homem, que falava alto demais, disse para mim, apontando para a cama.

- Não, termine logo com isso. – Eu estava realmente mudada, aquela conversa que tivera, alteraria toda a minha vida.

- Se assim deseja. – O homem pegou um marcador que possuía o símbolo do submundo, todos da minha família tinham aquela marca, e agora era minha vez, eu também teria que cumprir com o meu papel. A dor que ardeu em minha bacia era insuportável, mas nem uma lágrima caiu de meu rosto. Eu só pensava naquele jovem que me dissera tantas palavras, alguns segundos atrás.

Quando a dor finalmente começou a diminuir, encarei o lugar que haviam queimado. Uma marca de quase 10 cm, um símbolo, que já estava acostumada a ver mostrava que eu havia entrado em um caminho sem volta.
Eu comecei a me direcionar para fora da sala, mas uma mão gentil me impediu. Olhei para cima, e uma jovem baixinha alta sorriu para mim perguntando:
- Vamos fechar um contrato? - ela fitava meus olhos, como se atravessasse meus pensamentos. Então sorri, e em resposta disse:
- Você sabe o que eu desejo, cumpra-o. – Eu e Izadora jamais nos separaríamos dali em diante. Mas mesmo lembrando nosso acordo, eu não conseguia lembrar meu desejo, o que eu havia pedido para Izadora. É como se eu estivesse vivendo o meu presente e o passado juntos, por que aquilo era tão confuso, ao mesmo tempo em que me mostrava tantas coisas úteis?
-Sim jovem mestra, disse ela arranhando minhas costas nuas, e mais do que antes, senti um queimar, agora na escápula, mas diferente do anterior, esta não era agonizante. Era quase um alivio. Um poder, uma vontade de cumprir o que eu queria, e agora mais do que antes, eu sabia exatamente o que tinha que fazer!

É isso. A imagem de mim com Izadora sumira e só restava eu naquela escuridão. Aquele jovem era mesmo Ciel. Eu sabia disso. Eu vou cumprir com a minha promessa. Mas esgrima, me libertar? O que isso tem a ver? Teremos muito que conversar amanhã, eu terminei meu sonho, pensando aquilo. Como ele sabia o que eu deveria fazer? Ele lembrava de tudo aquilo? Como escondeu tão bem? Ele realmente é uma pessoa incrível.

- Jovem Mestra, acorde! – Escutei a voz de Izadora ecoar por entre meus pensamentos, quando meus olhos abriram, uma luz atravessou meus olhos, me deixando cega por alguns instantes. Eu ainda tentava entender aquele sonho, Ciel era uma pessoa muito importante para mim, e com suas frases... eu também era para ele?

- Dê-me meu café. – Ordenei para Izadora. – Vista-me com minhas melhores roupas. Eu vou visitar o Sr. Phantomhive.

- Posso saber a ocasião Jovem Mestra? – Izadora perguntava, já sabendo o que eu responderia, ela me servia um maravilhoso suco de cereja.

- Não, não pode. – Disse dando o primeiro gole no suco, e lendo a manchete principal do jornal “Cão e Flor da rainha pela primeira vez, unidos para prender o Assassino das Damas”.


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