A Life Time escrita por Lu Falleiros


Capítulo 23
Duas damas cortejam o Conde? Não só eu o cortejo!




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Na hora que foram me trocar Elina e Tanina estavam lindas também, elas andaram me acompanhando o dia inteiro. Embora Izadora fosse uma demônio eu achava essas duas meninas lindas, o que aconteceria a elas caso eu fosse embora?

–Senhorita, qual? – Tanina apontava três diferentes vestidos para mim. Um verde, com belos detalhes em vermelho, outro azul escuro que me lembravam dos olhos de Ciel, com os detalhes em renda beje, e outro, roxo, com os detalhes rosa bebê em formatos de várias rosas.

–Escolha para mim. – Disse para Elina, que pegou o azul e beje, realmente era o mais bonito. Enquanto elas me esmagavam no maravilhoso espartilho, eu possuía em minhas mãos algo que jamais iria querer perder, o tapa-olho de Ciel, seu traje para cobrir o contrato. Tão inocente tão simples. Mas tão eficiente.

– Esta pronta senhorita, - disseram as duas juntas, como se fossem pequenos robôs. – iremos nos retirar agora.

– Esta bem obrigada. – Com essas palavras, as duas se retiraram. E com o silêncio que se estendera pelo quarto, comecei a me lembrar, de tudo que já passara aqui. Mas quando voltarei para casa? Aquela vida era incrível. Mas não era a minha vida, e eu teria que me contentar, com nunca mais ver Tanina, Elina, e é claro, Ciel. Com esse pensamento, uma lágrima escorreu de meus olhos. Eu não conseguia descrever o que sentia. Mas era como se um vazio percorresse meu corpo. – Sabe... – Disse sozinha no quarto, apertando o tapa-olho contra meu peito. – Vou sentir falta de você.

– Senhorita. – Izadora bateu na porta. – Esta na hora.- Eu me retirei do quarto, guardando o tapa-olho, na mesma gaveta que estava antes, e com um sorriso encarei Izadora, que me guiara em silêncio pelo corredor. A carruagem, como sempre me enjoava. Como as pessoas conviviam com aquilo? – Chegamos senhorita. – Ela sorria abrindo a porta.

– Que coisa mais ridícula. – Disse sussurrando para ela, que com um sorriso, concordou. Caminhamos pelo imenso jardim, aonde algumas damas e senhores, conversavam e riam alto. Aquilo me cansava. – Tomara que não seja perda de tempo... – Eu olhava para o leque enquanto falava, o espartilho me irritava.

– Sim jovem mestra.

Entramos em um lindo salão, onde em destaque estavam o príncipe Renold, e o conde Freminsteu. Quando comecei me aproximar, o jovem de cabelos ruivos, e imensos olhos verdes, se aproximou sorrindo, dizendo:

– Querida, não esperava encontrá-la aqui. – Seu bafo, traduzia que já havia bebido mais do que devia, para um jovem de 19 anos.

– Sim é claro, gostaria de cumprimentar o Conde Freminsteu, por favor? – Disse sorrindo, enquanto Renold, agarrava um de meus braços, impedindo que eu andasse.

– Cuidado, príncipe, ou perdera sua noiva para mim. – Riu o conde. Quem dera eu pudesse dizer o que realmente pensava, mas a cordialidade era essencial. – Como vai? – Perguntou o conde com um belo sorriso. Diferente de meu “noivo” ele parecia, totalmente sóbrio, e seus olhos amarelados, lembravam-me de um gato prestes a atacar uma presa.

– Muito bem senhor, - comecei a me apresentar. – sou a senhorita Willian e... – Uma mão me impediu de continuar a conversa, luvas rosadas me impediram. E uma dama, muito semelhante... a... a Ciel? Interrompeu-me.

– Olá Conde Freminsteu, como vai? – A dama falava por trás de seu leque. Mas não era uma dama, era Ciel.

– Olá, quantas damas estão me cortejando hoje... – Ele sorriu, pegando em minha cintura e na de Ciel?

– Não... Só eu o cortejo! – Disse a dama, duvidosa novamente. Antes que qualquer outra pessoa do grupo pudesse impedir que eu falasse, eu a tirei de canto e perguntei:

– Ciel? Está louco? Pare de me interromper! – Eu estava irada, mas tinha que sussurrar, ninguém poderia saber que Ciel Phantomhive se vestira de mulher, para cortejar o Conde! Ele me impedira de fazer o meu trabalho.

– Como sabe que sou eu? – Seus olhos, pareceram ter se iluminado, quando viu que eu o reconhecera.

– Não é hora para perguntar isso. – Eu jamais teria coragem de explicar, que seu olhar era indecifravelmente marcante.

– Bem, eu só estou tentando te ajudar.

– Como? Impedindo-me de me aproximar de nosso suspeito, não é um bom começo. – Eu estava realmente nervosa, balançava os braços como uma louca, quase não conseguia me controlar.

– Eu não sei nessa sua época estranha, mas agora, não é bom para uma dama, que seu noivo a veja cortejando outro homem... – Ele me encarou e depois fitou Renold.

– Como a sua está fazendo ali? – Eu apontei para Eliza, que já estava bêbada, e quase agarrando o duque de Makinhen.

– Para ela eu não estou aqui. Mas não estou preocupado com ela. – Seus olhos estavam me fitando hesitantes. Ele estava dizendo que estava mais preocupado comigo de que com ela? Ele pareceu perceber o que acabara de dizer, e tentando evitar que eu visse a vermelhidão em seu rosto, tentou esconder com o leque, e sair de minha frente dizendo – Não faça nada que denegrida sua imagem. Por favor... – Ele saiu de perto de mim, voltando a falar com o Conde. Eu havia ouvido certo? Ele disse “por favor” para mim?

– Está bem... –Sussurrei, apenas para ele. Ele pareceu ouvir, pois concordou com a cabeça, compondo o movimento, com mais um de seus sorrisos.

– Renold. Gostaria de dançar? – Disse tentando distanciá-lo do conde, para que Ciel pudesse fazer o resto do trabalho.

– Sim minha dama, - seus lindos olhos verdes se agitaram. Nos arrumamos na posição, e com o soar da primeira nota do violino, ele pôs a mão em minha cintura, e com um sorriso um tanto hesitante completou. – você está linda hoje. – O olhar de Ciel rapidamente passou por mim enquanto ele dançava com o Conde. Ele parecia atento a cada movimento de dança que eu fazia. Estaria ele preocupado?

– Obrigada pela dança. – Disse olhando para Ciel, mas me referindo a Renold, quando a música acabou.

– Obrigado a você. – Ele ainda parecia bêbado, mas não tanto quanto antes. – Espero que da próxima vez, possamos passar o nosso tempo juntos, apenas nós no castelo real. – Ele me fitava, como se algo fosse necessário para ele. Ele me empurrou para perto dele, apertando minha cintura, ele estava me machucando, meu olhar novamente foi de encontro com o de Ciel, mas dessa vez seu olhar era preocupado, como se desejasse me soltar das mãos de meu noivo bêbado. Infelizmente ele estava nas mãos de outro bêbado, então, um olhar de alívio sucumbiu seu olhar anterior, e as mãos de Izadora, impediram outro qualquer movimento de Renold, com a seguinte frase.

– Não é educado, príncipe. – Ele então me soltou, e quando novamente tentei encontrar Ciel, não o vi em lugar nenhum. Onde ele estaria? Será que ele conseguira descobrir algo.

– Vamos. – Olhei para Izadora, preocupada. Ela entendeu. E quando saímos do salão, ela me pegou no colo, e com um sorriso disse:

– Sim jovem mestra. Vamos resgatar Ciel.


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Notas finais do capítulo

Conhecendo os personagens:
- Nome: Conde de Freminsteu
- Idade: 25 anos
- Altura: 1,87 metros.
- Função: Conde da Inglaterra, e médico.
- Informações extras:
Tanto Lucy quanto Ciel o consideram culpado dos assassinatos que estão ocorrendo por aí. Muito mulherengo, facilita o trabalho de Lucy, infelizmente, Ciel não...