Aproveitei o dia para aprender um pouco mais sobre mim mesma.

– Izadora. Responda-me, o porquê desta marca.

– Sim, é como você pensa, é a nossa marca. Toda vez que fizer o pedido de algo que me leve há um esforço muito grande, isso brilhará e você sentirá nossa união.

– Muito bem. Mas você é a Mordomo dos Willian, tudo deveria ser simples para você. Não? – Desafiei.

– Para mim é. Mas não para a senhorita. – Ela me respondeu divertindo-se. Até que era interessante conversar com alguém que é seu subordinado, mas você depende dele.

– Senhorita! Senhorita! – Gritavam duas crianças juntas. – Sua instrutora está aqui.

– Obrigada! – Respondi. Izadora e eu começávamos a voltar, mas não desejava treinar, noite passada havia sido suficiente.

– Izadora, vamos fazer um acordo? – Perguntei.

– Já temos um.

– Então vamos cumpri-lo? – Perguntei novamente.

– Sim, Jovem Mestra. – Ela sorriu.

Ao chegar ao portão da casa, Izadora acompanhou minha professora de esgrima, enquanto eu me acomodava em uma bela poltrona para apreciar ao show, do que seria realmente ter uma Mordomo Demônio.

– Hoje, não quero ter aulas. – Assenti para minha professora.

– Ora. Mas isso não é desculpa. – Ela me respondeu impotente.

– Sim é verdade, então faremos o seguinte... – Falei sorrindo para a dama em minha frente. – Se eu vencer, você não me dará aulas hoje. – Assenti confiante.

– Sim senhorita. – Ela me respondeu impotente.

Começamos uma luta utilizando os sabres, ela não atacava, sempre esperava que eu fizesse primeiro. Até que ela começou a se irritar, o olhar de Izadora fitavam-nos impacientes, como se ela quisesse logo acabar com aquilo. Fizemos alguns pontos, até que consegui ficar com dois à frente dela. Viramo-nos para voltar às posições e como se a lembrança de Izadora corresse de repente me virei no momento em que a professora viria a me atacar pelas costas.

– Que feio. – Assenti, com seu sabre a centímetros do meu rosto, um pouco antes, Izadora entrara entre nós e segurara o sabre de minha professora, afastando-o um pouco de minha face. – Acho que isso me faz a vencedora. – Disse fitando-a. Ela parou de atacar, juntou suas coisas e partiu sem mais palavras. – Agora podemos voltar à agenda? – Perguntei olhando Izadora.

– Fiquei muito feliz, Jovem Mestra. Parabéns. – Disse ela limpando as mãos.

– Vamos à galeria. – Poupei-me a dizer.

E assim, pegamos uma carruagem para acompanhar a montagem da galeria, espero que esteja ficando bela. Será que o estilo me agradaria? Perguntava-me. Nesse instante, senti um queimar em minhas costas e percebi que era a marca na região do ombro, seu vermelho estava ficando mais forte. Por quê?