A Life Time escrita por Lu Falleiros
Quando abri meus olhos novamente, já estava claro, ou era o que as cortinas abertas e os cristais pareciam alertar.
- Senhorita? – Disse uma voz angelical.
- Sim? – Respondi para a pequena menina de cabelos ruivos.
- Uma carta.
- Pode deixar sobre a mesa! Obrigada. – Disse espreguiçando.
-Senhorita? – Disse outra voz vinda da porta.
- Sim? – Respondi novamente.
- Quero chamar Elina para podermos preparar o café-da-manhã.
- Podem ir! – Disse a elas, enquanto Izadora entrava no quarto com roupas elegantes em cores azuis escuras era muito belo, como eu gostava, bem melhor do que o rosa que vi sobre a cabeceira no dia anterior. E é claro, um espartilho. Ao ver meu olhar sobre aquilo, ela rui.
- Hoje é necessário, senhorita. – Ela disse.
- Eu cumpro com minhas responsabilidades, não precisa me lembrar. – Disse enquanto Izadora me preparava. Foi nesse instante que percebi, eu possuía duas marcas, uma na região da escápula, e outra na região da bacia. A marca na região do ombro brilhava, e possuía a mesma forma que a marca na mão de Izadora, deveria de ser a nossa marca. Já a marca em minha bacia, eu também possuía em meu “verdadeiro” corpo, mas minha avó nunca me explicou o que era, disse que eu era muito jovem. O que será? Pensei curiosa.
- Sim, eu sei Jovem Mestra. – Disse ela terminando de fechar o vestido, que permitia que a marca em meu ombro fosse vista, apenas meu cabelo iria impedir que o mundo visse. E ela preparou-o para que fizesse exatamente isso.
- Pegue-me a carta? – Assenti, e em poucos instantes a carta estava aberta e em minhas mãos. – Obrigada.
- Sim Jovem Mestra. – Ela sorriu angelicalmente. O papel que ela passa fora dos portões é tão diferente. Pensei comigo mesma enquanto lia a carta. Nela dizia que meu encontro com Ciel Phantomhive seria adiado para as 5 horas. Ainda lia a carta, quando as duas pequeninas chegaram com o café e uma xícara de chá. Sentei-me à mesa, Izadora me serviu e continuei a ler a carta.
- O chá de hoje é de limão, com ervas selecionadas de erva cidreira, em seu café temos pães variados, queijo Brie com favos de mel, e um belo pedaço de bolo de framboesa para acompanhar.
- Hum. – Respondi lendo à carta.
- Ainda hoje, teremos o encontro com o senhor Phantomhive às dezessete horas.
- Hum. – Respondi novamente, agora pegando o jornal.
- E não esqueça sua aula de esgrima, e visitaremos a galeria para a senhorita acompanhar a obra.
- Hum. – Assenti novamente, com o jornal em mãos.
- Sabe, senhorita, havia há muito tempo uma velha senhora que vendia belos feijões....
- Mas o que é que você está falando? – Interrompi. O que aquilo havia de haver com minha agenda?
- Ah! Então a senhorita estava prestando atenção.
- Mas é claro que sim! – Respondi com outra bicada no delicioso chá.
E assim se iniciou meu maravilhoso dia.
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