A Life Time escrita por Lu Falleiros
Notas iniciais do capítulo
Estarei reescrevendo a primeira parte da história, senti falta e acho que tem muito que melhorar. Para quem não sabe, esta foi uma das minhas primeiras fics, e acho muito importante melhorá-las conforme necessário.
Não me lembro de nada. O mundo é um lugar estranho, e normalmente não sabemos o que esperar dele. Só tenho uma coisa para comentar. O mundo é uma...
...MERDA.
Ao se perceber do que se trata, o mundo e suas vontades, tentamos sempre fazer com que tudo esteja certo. Uma novidade para você, eu não sou assim. Nem eu, nem você, nem ninguém.
— Vamos. Você consegue. Não me decepcione! - Meu treinador gritava da arquibancada. Eu concordava com a cabeça tentando manter a calma. Afinal, por que entrei para as aulas de equitação? Esgrima, xadrez... Essas sim eram minhas atividades favoritas. Ou uma das... eu jamais entenderia. Talvez a verdade fosse que não estava em um bom dia, em um dia de paciência.
— Participante número 498 pode entrar agora. - Sorri ao ouvir meu nome e galopei junto de Barbos até o ponto onde começaria a apresentação. Um garoto ao meu lado sorriu para mim de uma forma um tanto misteriosa, nunca o tinha visto nas aulas.
— Boa Sorte, Lucy. - Ele sussurrou com uma voz aveludada. Quem era ele?...
Retive meus pensamentos. Não era de meu feitio me preocupar com algo semelhante durante uma competição. Respirei e sai a galopar. De repente, sem sentido algum Barbos arrebatou-se a correr, ele não me obedecia, e um minuto depois eu estava no chão. O que viria a seguir eu jamais, nem em meus sonhos mais loucos, teria imaginado.
— Tomem cuidado com ela! – Repetia um jovem pela décima vez, vestia uma máscara branca e corria ao meu lado. Por que eu estava deitada? E aonde?
— O que está fazendo?? – Perguntei tentando me soltar das amarras e levantando, eu vestia uma máscara, queria tirar.
— Ainda precisamos fazer alguns exames senhorita Willian.
— Ok! – disse, sentindo-me cansada, provavelmente era algum anestésico, o que tinha acontecido? Minha cabeça ardia, teria eu alguma coisa grave?
Acordei em uma cama de hospital. Em que dia estávamos?? A última vez que olhei para a hora no celular, era dia 15/10/2011, 19:32. Eu estava em cima do dorço de meu cavalo, agora por que estava deitada? E pior, em um hospital.
— Bom dia! – disse uma camareira adentrando meu quarto, ela trajava roupas de hospital antigas, como as que vemos nos filmes. Não resisti e perguntei:
— Hoje tem festa à fantasia? – Disse rindo, ainda tentando entender realmente o que estava acontecendo.
— Desculpe, senhorita. Não que eu saiba. – Ela se fez de desentendida com a roupa, dei de ombros decidindo que talvez eu estivesse mesmo confusa.
— Ah! Bem! Não se importe com isso. – Disse forçando um sorriso. – Obrigada! – Sorri quando vi, que ela havia posto chá e bolachas na minha frente. Mas. Chá? Em uma xícara de cristal? – Em que dia estamos? – Perguntei sentindo-me confusa além de todas as dúvidas que já tinha.
— Sua cirurgia foi um sucesso! – disse um médico que adentrava a porta, impedindo a enfermeira de falar. – A primeira que fazemos no país. – Disse o médico um tanto orgulhoso de si mesmo. A primeira no país?? Mas eu só desmaiei e torci o pé, até onde eu consegui me forçar a lembrar. Só tinham que por no lugar. Isso poderia ser feito até em uma farmácia, não??
— Desculpe, mas, em que dia e ano estamos?? – Perguntei agora tentando manter minha voz inabalável, ao mesmo tempo em que buscava me lembrar de algo mais.
— Hoje é dia 17/10/1896, ainda deve estar atordoada pelos medicamentos, não é mesmo? – disse o médico sorridente. – Mas a senhorita já pode ir para casa.
— Obrigada. – respondi, automaticamente tentando assimilar o que ouvi. 1896? Mas eu nasci em 1996! São 100 anos na frente! Como? Por quê? O que eu fiz de errado?
O médico saiu ainda cantarolando como se não se importasse com meu rosto atônito. – Senhorita? – Disse uma jovem batendo na porta.
— Sim... Pode entrar, quero dizer... – Não coseguia raciocinar. Queria correr! Mas para onde? Como... Tentei buscar meu celular na cômoda, mas é claro que ele não estava lá. Eu tinha realmente voltado no tempo?
— Estou aqui para trocá-la. – Dizia uma jovem debruçada sobre uma cômoda, que se encontrava no canto do quarto, próximo à janela. Pegou um vestido verde, semelhante aos que via nos filmes de época. Era lindo, se fosse em qualquer outro contexto eu provavelmente adoraria colocá-lo.
— É... Eu sou uma senhorita? - Perguntei.
— Sim. A não ser que tenha se casado enquanto estava anestesiada. - A jovem sorriu parecendo preocupada e intrigada ao mesmo tempo.
— Então... Eu fiz uma cirurgia do quê? - Perguntei, novamente, entortando a cabeça.
— A senhorita não se lembra que caiu de seu cavalo anti-ontem? - A jovem perguntou, agora, desconfiada. Eu deveria estar parecendo uma louca. Para não piorar a situação sorri de leve e concordei. Por enquanto só queria sair do estranho e fúnebre hospital branco e cinza.
Ignorando, ou ao menos fingindo, a jovem tomou o vestido em mãos e me colocou sentada para vestir-me. – Aqui está senhorita. – Disse ela com um sorriso angelical, todo o seu rosto era assim, possuía uma franjinha, e era tão baixa quanto eu.
— Obrigada! – respondi-lhe séria, mas sem tentar parecer confusa. - Para onde vamos? – Disse ainda atordoada enquanto ela prendia o vestido em mim, pelo menos ainda deveríamos estar em Londres eu ao menos esperava.
— Hoje temos o dia livre senhorita. – Ela sorriu novamente. – Gostaria de fazer o quê? – Disse apertando minha cintura a ponto de eu não conseguir me mover, mantendo sempre um sorriso, que eu chamaria de seu. Muito sereno.
— Será que tem algum parque por aqui? – perguntei observando pela janela. Ela pareceu surpresa, acho que não esperava que “eu” não conhecesse minha própria cidade.
— Temos sim, o Parque Nacional de Londres, senhorita. – disse ela com mais um de seus sorrisos.
Ah. Então continuávamos em Londres, ao menos. – Por favor, me chame pelo meu nome. - Eu queria me ver no espelho. Como será que eu estava? – Obrigada por ser tão gentil. – Disse, sorrindo para ela, ao mesmo tempo em que me abaixei para pegar a mala verde, onde acho que estariam minhas roupas, aquelas com as que vim ao hospital. De toda forma, no quarto só tinha eu, era consequência lógica que a mala era minha. Parecia ser.
— Deixe-me, Senhorita Lucy, - Ela acrescentou dessa vez. Outro alívio. Meu nome permanecia o mesmo. - esse é o meu trabalho. – Disse enquanto tirava a mala de minhas mãos e indicava o caminho até a... Carruagem?
Era tudo tão estranho. Mas ao mesmo tempo, tão... Familiar. O que estava acontecendo?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado do primeiro capítulo remixado... Hahaha...Por favor, deixem um review ou um comentário! ^^Aqui vem o conhecendo os personagens:- Nome: Lucy Willian- Idade: 15 anos Isadora Vienarde; Elina; Tanina.- Informações extras:Voltou no tempo sem saber como ou porque, mas quer tirar o máximo que puder dessa experiência, aprende que sua mordoma não é o que parece ser... E a cima de tudo, muito dedicada, começa a se interessar pela vida londrina de 1896....