Maldito Intercâmbio escrita por imyourvenus


Capítulo 13
Talvez tenha sido o cachorrinho.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal
Primeiramente: Uau, duas fanfics atualizadas em um dia é uma conquista pra mim, sério. E já estava indo pra terceira quando minha mãe me mandou sair do computador. Um doce de mulher!
Espero que curtam o capítulo, vai ter um momento Jily curtinho :3
~isso pode ser considerado spoiler? acho que não ~ hahaha
Boa leitura amores!



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Lily Evans

Eu estava quebrada, sério.

Cada osso do meu corpo pedia pela misericórdia de Deus.

E eu nem havia tirado a maquiagem da noite anterior, estava jogada na cama com a mesma roupa que havia chegado daquela maldita festa.

Um sorriso brotou nos meus lábios quando me lembrei da noite de ontem, quero dizer, Black teve o que mereceu.

Na verdade ele merece muito mais, mas por hora está bom.

Potter também deveria comer o pão que o diabo amassou, mas eu só quero esquecer toda essa gente.

Quero ficar em paz, estudar com as minhas amigas e ser muito feliz.

Minha nova-vida-velha só estava começando.

Esqueci por um minuto da minha enorme preguiça e de meus ossos que não tem a misericórdia de Deus e levantei em um pulo da cama, fui no meu guarda roupa antigo (ainda não havia arrumado as roupas que trouxe de Nova Iorque), peguei um blusão e um short de malha preto e rumei para meu maravilhoso chuveiro de água quente.

Eu devo ter tirado um cochilo em pé, por que quando eu saí do banho já eram nada menos que 11:00 horas. Se bem que não sei a hora que entrei no banho, mas mesmo assim...

E sabe a melhor noticia do dia? Eu não estava com olheiras. Nenhuma marquinha no rosto, nenhuma espinha, nada!

Há, eu bem que sabia que esse negócio de tirar maquiagem antes de dormir era mito.

Andei pela casa que estava completamente silenciosa e decidi fazer o café da manhã. Ou seria almoço?

Melhor alguma coisa leve, então optei pelo café da manhã mesmo.

Preparei um bolo de cenoura com calda de chocolate, três mistos quentes e fiz um suco de laranja para acompanhar.

Mamãe tinha deixado à dispensa cheia, sabia que ia trazer amigas.

Falando nela, que saudades. Fazia um ano que não via nem ela, nem o papai e por incrível que pareça, Petúnia.

Eles chegariam dentro de uma semana, eu estava ansiosa.

Fui chamar as meninas no quarto de hóspedes, eu estava com fome e logo tudo iria esfriar.

Puxei as cobertas delas e Lene me acertou um chute.

Ela era agressiva até quando estava dormindo, não sei por que ainda me surpreendia.

– Sua monstra! Acorda logo, carniça! – Gritei me jogando encima dela, que acordou assustada.

– Lily, eu vou te matar! – Lene sibilou sonolenta.

Mas não tinha como levar aquelas palavras a sério diante a figura que se encontrava em minha frente.

Lene estava com a maquiagem toda borrada, parecia que ela tinha passado batom nas bochechas.

– O que tá acontecendo? – Perguntou Dorcas enquanto se sentava.

– Essa desgraçada aqui já veio perturbar, pode voltar a dormir – Ela falou e fez um gesto com as mãos como se tivesse dispensando Dorcas.

Lene era tão amigável com seu bom-humor matinal. Era lindo de se ver.

Só que não.

Ela parecia um verdadeiro dragão. E daqueles que cospem fogo em princesas lindas e inocentes que lhe preparam bolos, mistos quentes e sucos de laranja.

– Dorcas, eu fiz o café. Vamos comer? – Perguntei ignorando Lene.

– Pelo menos tinha que servir pra alguma coisa mesmo. – O dragão falou e saiu em direção à cozinha.

Acho que ela já tinha carbonizado a linda e inocente princesa o suficiente por hora.

Eu e Dorcas descemos e Lene já estava de cara limpa e comendo seu misto quente.

– Nossa Lily, isso aqui tá bom mesmo. – Ela elogiou.

– Claro né meu amor, olha quem fez. – Falei e mandei um beijinho pra ela.

Passada as palhaçadas, comemos e ficamos tentando chegar a um acordo sobre o que faríamos durante a tarde.

– A gente podia ir ao shopping, quero comprar umas roupas novas. – Dorcas sugeriu.

– Eu prefiro ir ao salão, tô precisando dar uma mudada. O que você prefere Lily? – Lene perguntou.

– Ficar em casa assistindo um filme? – Falei com esperança.

Elas nem se deram o trabalho de responder e voltaram a conversar.

– Que tal a gente ir ao salão agora e depois ir ao shopping? – Lene disse, como se a coisa já estivesse resolvida.

– Por mim tudo bem.

– Eu ainda prefiro ficar em casa assistindo um filme. – Falei, pra ninguém em especial.

– Então fique em casa assistindo um filme Lily. – Dorcas disse.

– Sério? – Olhei incrédula, sério que elas me deixariam ficar em casa?

Já estava abrindo um sorriso quando:

– Não. – Lene disse e revirou os olhos. – As aulas começam depois de amanhã e suas unhas estão vergonhosas, Evans. Vai se arrumar A-G-O-R-A.

Não adiantava discutir com Lene quando o assunto era aquele, então eu humildemente me recolhi até meu quarto e peguei um vestido preto soltinho que estava na mala e uma sapatilha antiga que eu não tinha levado para Nova Iorque, passei um perfume, fiz uma trança lateral e estava pronta.

Desci para a sala e Dorcas já estava lá nos esperando, ela estava linda.

Usava um short jeans branco desfiado e uma bata azul claro com uma rasteirinha branca, estava levando uma bolsa lateral preta de franjas e seu cabelo estava preso em um coque bagunçado.

– Dorcas, pode colocar meu cartão e celular na sua bolsa? – Pedi.

– Claro Lily. – ela concordou, já abrindo a bolsa para guarda-los.

– Pode levar pra mim também? Sabe que eu te amo né? – Falou Lene, enquanto descia as escadas.

Ela estava com uma saia de cintura alta colada e curtinha e um cropped de ombro caído folgado, nos pés um salto médio, seus cabelos estavam soltos e estava sem maquiagem.

Não sei como ela também não usava salto em casa, já que até pra ir comprar pão ela os colocava.

Fomos para um salão que eu acreditava ser bom, já que uma vez Petúnia me arrastara até lá para lhe fazer companhia.

Fomos atendidas prontamente, íamos fazer o cabelo, as unhas e as sobrancelhas.

Cada uma foi direcionada para suas respectivas salas e começamos o processo de puxa, repuxa, molha, seca, puxa de novo.

– Então querida, o que você vai querer? - O cabeleireiro perguntou de um jeito meio afeminado demais, diga-se de passagem.

– Eu não sei, que tal cortar? – Perguntei a ele.

– Corar? Isso seria um crime! – Ele disse forçando o jeito afeminado – Que tal californianas?

– Como assim?

– Seu ruivo é lindo e maravilhoso, mas que tal clarearmos um pouco as pontas para ficar com aquele aspecto de queimado pelo sol? Ruivas com californianas são tudo! – Ele disse batendo palminhas.

Achei a ideia interessante, e qualquer coisa era só passar a tesoura.

– Pode fazer. – Falei, meio insegura.

– E que tal repicarmos ele a partir dos ombros? Ele vai até sua cintura, então se repicarmos desde os ombros vai dar um efeito incrível.

– Pode fazer. – Falei novamente.

Ele não falou mais nada, pegou a tesoura e fez o que deveria ser feito, logo depois preparou uma mistura branca e aplicou em todas as pontas do meu cabelo, o que acredito que foi um trabalho cansativo já que agora ele estava repicado, enquanto isso a manicure já trabalhava em minhas unhas.

Algum tempo se passou e minhas unhas já estavam prontas, pretas como de costume, e minhas sobrancelhas feitas.

– Vamos querida, hora de tirar o descolorante. – O cabeleireiro, que agora sei que se chama Charlus me chamou.

Ele lavou meu cabelo rapidamente e o secou com um secador grande e potente, aplicou tinta nas pontas descoloridas e:

– A tinta vai agir em 30 minutos, querida. – Ele disse sorrindo e saiu saltitando pra alguma direção.

5 minutos havia se passando e nossa, que tédio!

10 minutos haviam se passado e meu Deus, odeio esperar!

15 minutos haviam se passado e eu estava praticamente dançando na cadeira de tão inquieta!

20 minutos haviam se passado e eu já tinha lido uma revista de penteados inteira!

25 minutos haviam se passado e eu estava fazendo caretas para meu próprio reflexo no espelho!

30 minutos haviam se passando quando Charlus voltou:

– Está pronta para arrasar, querida? – Ele sorriu para mim como se também estivesse ansioso pelo resultado.

– Charlus, seu filho esta aqui e quer falar com você. – Avisou uma das moças da recepção.

Filho? Ele não era gay?

– Peça pra que ele venha até aqui sim, flor do dia? – Ele pediu simpático.

– Pai! Você não vai acreditar, eu estava indo até a casa do Sirius então uma mulher me parou e perguntou se eu queria um cachorrinho, eu aceitei, não tem problema né? – O garoto perguntou antes mesmo de chegar até a sala em que o pai trabalhava.

Era uma voz conhecida.

E pera aí, casa do Sirius?

Ai meu Merlin, você me odeia tanto assim?

– James, querido! Já falei que você não pode me interromper no trabalho meu filho. – Charlus falou quando Potter chegou – Estou com uma cliente, veja só como ela é linda! – Ele exclamou soltando uma risadinha estridente quando percebeu que Potter me encarava pelo reflexo do espelho.

– Lily! – Ele disse surpreso, então sorriu.

E ele ainda sorri pra mim, vê se pode!

– Potter. – Falei friamente, eu não queria que ele estivesse ali.

Na verdade, não queria que ele estivesse em lugar algum que não fosse a 100 km de distância de mim.

Eu estava tendo pensamentos assim quando sinto uma coisinha peluda se esfregando em minhas pernas.

Olhei para baixo e vi que era um filhote de pastor alemão, a coisa mais fofa que eu já vi.

Peguei o cachorrinho com as mãos e coloquei perto do meu rosto, que ele começou a lamber prontamente, eu ria de qualquer latido que ele desse, toda boba por aquela criaturinha. Estava apaixonada!

– Acho que ele gostou de você. – Potter disse ainda sorrindo.

Ele estava ao meu lado, mas não me importei. Se ele não pegasse o cachorrinho, tudo bem.

– Qual é o nome dele? – Perguntei e olhei para ele sorrindo também.

Derrepente Potter não me pareceu tão ruim.

Quero dizer, ele gostava de filhotinhos de pastor alemão e não ligava pro fato de seu pai ser homossexual, quantos adolescentes assim existiam?

Ele poderia ter mudado...

... Ou não, talvez ele continuasse sendo o mesmo babaca de sempre.

Bom, vou ter muito tempo pra descobrir isso.

Eu o daria o beneficio da duvida apenas pelo cachorrinho.

– Como ele gostou mais de você do que de mim, a Senhorita está intimada a escolher um nome pra ele.

– Sério mesmo? – Perguntei incrédula, já pensando em mil opções.

– Sério mesmo. – Ele concordou.

– Qualquer nome?

– Nada muito gay, tipo Charlus. – Ele falou e piscou pro pai que soltou uma risada gostosa, contagiando a mim e ao Potter também.

– Ele é menino ou menina?

– A mulher que me deu disse que ele é macho.

– Que tal... Harry? – Perguntei.

Harry era um nome bonito. Quem sabe meu filho do futuro ganhasse esse nome.

– Tá mais pra nome de pessoa, né Lírio? – Ela falou com um sorriso fofo.

Ele me chamou de Lírio?

Isso também foi fofo.

Mas lembre-se Lily, ele está sob o beneficio da dúvida e você só parou de odiar ele temporariamente.

– Que tal Sirius? Ele parece com um cachorro! – Sugeri, rindo da minha própria piada.

Potter e Charlus riram também, então aproximei o cachorrinho do meu rosto novamente e:

– Você gostou de Sirius? Esse pode ser o seu nome? – Perguntei para ele, que me lambeu e balançou o rabinho.

– Acho que isso é um sim. – Falou Potter, que também estava todo bobo pelo cachorrinho.

– Muito bem, muito bom, James pegue o Sirius e toma seu rumo que eu tenho que trabalhar e a Lily aqui tem que arrasar. Me espere para o jantar, certo? – Falou Charlus, enquanto pegava Sirius da minha mão e o colocava nas de Potter que fora empurrado para fora em um piscar de olhos.

Segundos depois de Charlus voltar para meu cabelo, Potter apareceu na porta com um sorriso de menino travesso e falou:

– Tchau Lily, dá tchau pra ela Sirius – então como se entendesse o que Potter tinha dito, ele latiu todo animado – Fui. – E desapareceu pela porta.

– Meu menino gosta de você, sabia? – Ele disse enquanto lavava meu cabelo.

– Não tenha tanta certeza, Charlus...

– Tenho toda certeza do mundo, menina linda. Ele não ficava animado assim há tempos. – Então o assunto se encerrou, pois ele já tinha ligado o secador.

Ele secou e pranchou meu cabelo, que estava incrível. Não havia outra palavra para descrevê-lo.

Charlus não era um cabeleireiro, era um milagreiro, um exorcista.

Por que com o meu cabelo a macumba era muito grande para se lidar, nem Merlin encararia aquilo.

Paguei a contas e saí do salão toda elogios para Charlus.

Encontrei as meninas na praça de alimentação do shopping que fica ao lado do salão, elas estavam incríveis também.

Lene estava com os cabelos pretos muito lisos até a cintura, unhas vermelhas chamativas e sobrancelhas curvilíneas.

Dorcas estava com o cabelo loiro cacheado artificialmente e com mechas cor de rosa, as unhas pintadas com francesinhas brancas e as sobrancelhas finas.

Estavam lindas como sempre.

Me sentei ao lado delas e fizemos nossos pedidos.

– Uau Lily, seu cabelo está lindo! – Dorcas elogiou.

– É, dá pro gasto. – Lene sendo Lene, falou.

E bem, eu estava feliz. Não entendia exatamente o porquê, mas meu coração estava apertado de uma maneira gostosa e eu estava radiante.

Talvez tenha sido o cachorrinho.


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Notas finais do capítulo

Então gente, o que acharam? Espero que tenham gostado.
Eaí, o que acharam do Charlus ser gay? E do cachorrinho chamado Sirius?
Nem acredito que MI já esta acabando T.T
Grupo do facebook -> https://www.facebook.com/groups/536052499777266/
Obrigada por todos os comentários maravilhosos!!! Li todos com muito carinho e amor *-*
Beijos meus amores