Lily Evans

– Ruiva, eu sabia que você gostava de mim, mas não achava que era tanto. – Ouvi uma voz irritantemente conhecida atrás de mim. – A propósito, cadê aquela louca da festa?

– Black. – Falei com desprezo. – Você poderia, por favor, não estragar a minha manhã?

Sério, por que aquele energúmeno estava falando comigo? Já não era ruim o suficiente esse ser o primeiro dia de aula?

Sim, eu amava estudar de todo o coração, mas honestamente eu tinha detestado acordar cedo para vir para a escola.

Acho que eu detestaria acordar para ir a qualquer lugar depois da ligação estúpida que recebi de Amos ontem à noite.

Sério que ele terminou comigo pelo telefone?

Que tipo de garoto faz isso?

Talvez o tipo que está em outro continente.

Eu estava triste com isso, eu gostava dele. De verdade. Mas estava mais irritada que triste, como assim ele me deu um pé na bunda?

Não era um sentimento de querer deitar no colo de Lene e Dorcas e começar a chorar, era um sentimento de ver um filme violento e imaginar que a pessoa que a motosserra desgovernada estava decapitando era Amos, e depois chorar.

E eu achava que não podia piorar, mas afinal de contas, eu sou Lily Evans e todas as divindades sempre conspiram contra mim.

Eu já devia ter aprendido que nada é tão ruim que não possa piorar. Pelo menos não pra mim.

– Não acredito que você deu o meu nome para o cachorro de James. Isso me faz algum tipo de padrinho dele, né? – Ele perguntou todo animado.

Irritante. Completamente irritante.

Ele não percebia que eu não gostava dele?

E com não gostar, quero dizer que não queria nem que respirássemos o mesmo ar.

– Faz disso o que você quiser, Black. Só me deixar em paz, tá bom? Seja avô, tio, padrinho, irmão. Eu não me importo.

Cadê Lene em momentos como esse? Ah sim, foi fazer um tour pela escola junto com Dorcas e Remus. Bela hora pra eles decidirem fazer isso.

Eu preferi ficar sentada no pátio esperando e tentando controlar minha irritação pós-ligação. Mas Black parecia estar determinado em me fazer explodir.

– Evans, eu posso conversar com você um minuto? – Ele perguntou, agora sentado ao meu lado.

A voz dele parecia sincera, e me atrevo a dizer, arrependida.

Mas eu não estava com saco. Aquele definitivamente não era o meu dia.

– Pensei que já estivéssemos conversando. – Falei seca. Afinal, o que ele queria?

– Mas eu estou falando de uma conversa séria, civilizada. – Explicou.

– Considerando o fato de que essa conversa só envolve duas pessoas e uma delas é você, acho bem difícil que algo sério e civilizado possa sair disso. – Resmunguei e ele perdeu um pouco a paciência.

Black respirou fundo algumas vezes e continuou:

– Vou fingir que não ouvi e vou continuar como se você nunca tivesse falado isso, tudo bem? – Perguntou pra si mesmo – Eu queria pedir desculpas. Eu sei que eu era idiota com você, aliás, com tudo. Mas eu mudei bastante no último ano e sei que você tem todo direito do mundo de me odiar, mas gostaria que me desculpasse mesmo assim. Pode ser egoísmo, e que mais uma vez eu esteja sendo idiota, mas mesmo assim estou aqui me desculpando, talvez por ser egoísta demais e não conseguir lidar com a culpa toda vez que olho pra você.

– Black, não precisa disso. Sério.

– Claro que precisa, Evans. Eu sei que foi por minha causa e por causa de James que você foi fazer aquele intercâmbio. Que foi por isso que ficou longe da sua família por um ano, que foi por eu ser tão infantil ao ponto de fazer meu melhor amigo ficar se remoendo por uma pessoa que eu tinha particularmente atormentado e feito fugir daqui como se eu fosse um carrasco.

Eu realmente não esperava isso de Sirius Black. Ele estava arrependido, eu sabia.

Sabia reconhecer quando uma pessoa estava sendo sincera, e sabia que todo mundo mudava com o tempo.

Se eu tinha mudado, por que ele não poderia?

Era difícil aceitar essa mudança por anos de convivência com um Sirius Black totalmente diferente daquilo. Mas o tempo faz milagres, não é mesmo? E eu bem sabia que um ano era muito, muito tempo.

Mesmo não sendo quase nada.

Eu não tinha nada a perder, e ainda estava muito irritada. Queria muito, muito mesmo que ele calasse a boca.

– Olha, Black, realmente não precisa disso. Eu aproveitei muito minha viagem, amadureci bastante e tive experiências que nunca teria aqui. Além de Dorcas e Lene, que eu não conseguiria mais viver sem a companhia e amizade. É difícil esquecer tudo, você sabe. Mas eu posso tentar superar e te desculpar. E quanto ao seu melhor amigo que ficou se remoendo, a culpa também foi minha, não é? Eu deveria ter ligado e mantido o contato, mas fui negligente. – Falei sinceramente. Eu tentaria, por que não?

Quando olhei nos olhos de Black vi que ele estava feliz, mas confuso.

– Ligado e mantido contato?

– Eu prometi a Remus que faria isso. Sinto muito por não ter cumprido.

– Ah, você está falando de Remus, ele ficou bem preocupado, mas não estou falando dele.

– Então de quem você está falan... – Não consegui concluir a frase, pois fui interrompida por um Potter cantante.

– Bom dia Lí-ri-o. Bom dia Si-ri-us.

– Ele tá bêbado? – Perguntei a Black, arrancando uma risada dos dois.

– Bêbado de amor por você. – Potter disse, ainda rindo.

– Ok. Ele está definitivamente bêbado. – Resmunguei pra ninguém em especial.

– Na verdade esse é o estado normal dele. Pode acreditar, ele é bem pior quando está bêbado. – Falou um Remus sorridente que chegava com minhas duas melhores amigas.

– Ué, viraram amiguinhos agora? – Lene disse enquanto passava os olhos em Black que ainda estava sentado ao meu lado.

– Chegou quem não devia. – Ele resmungou, fazendo os olhos dela soltarem faíscas.

– Olha só garoto, se você acha que pode falar assim comigo tá muito engana... – Mas Black a interrompeu e com o celular nas mãos, falou:

– Pode repetir? Coloquei aqui no Google tradutor pra ver se ele entende esse seu sotaque irritante por que eu realmente não entendi uma palavra desse inglês americano nojento.

Ui.

– Ah nossa. O Lorde inglês, rei do chazinho das cinco quer falar alguma coisa do inglês americano. Então deixa eu te falar um coisa, monarquia, os Estados Unidos dá de 1000 á 0 nessa coisa clássica e chata que você chama de país. – Ela falou, quase pulando encima dele.

– Lene, você não pode vir para a casa deles e insulta-la assim. – Dorcas falou. – Aliás, é tudo tão lindo por aqui.

Lene bufou e fez bico, por que no fundo sabia que era verdade. Apesar do ar “retro” era um país incrível.

– Seje menas, querida. Bem menas, quase nada. – Falou Sirius enquanto pegava sua mochila e rumava ao quadro das turmas que acabara de ser disposto no pátio.

Assim que Black, Potter e Remus se aproximaram do quadro, a multidão de alunos que havia se aglomerado ali rapidamente abriu espaço para eles, e consequentemente para nós, que estávamos com eles.

Foi estranho e ao mesmo tempo bom saber que os marotos ainda eram “respeitados” na escola. Estranho por que era uma coisa totalmente idiota, e bom por que era familiar. Uma prova que nem tudo estava mudado.

Eles ainda eram os mesmos populares arrogantes.

Mas talvez, apenas talvez, populares arrogantes menos idiotas.

– Eu não sei se isso é destino ou se é mera coincidência, mas acabou que estamos todos na mesma classe. – Remus anunciou, sorrindo.

– Então vocês também foram selecionadas pra Grifinória? Legal. – Potter falou para Lene e Dorcas, já que eu não precisei fazer o teste novamente.

– É castigo. Uma vez eu fui numa médium que disse que na vida passada meu passatempo preferido era atirar pedras na cruz e que eu pagaria por isso nessa vida. – Falou Lene, que estava olhando cinicamente para o Black.

– Meu amorzinho, você já foi castigada no momento do nascimento quando veio com essa cara pavorosa.

– Anw. Tão meigos. – Potter fazia um coração com as mãos enquanto eles discutiam.

Lene e Black foram se ofendendo até a sala de aula, onde continuaram se ofendendo até que o professor Slughorn entrou na sala.

– Bom dia, queridos, eu sei que os ânimos estão animados pela volta às aulas, mas vocês terão muito tempo para conversar no intervalo. Façam silêncio um minuto, sim? – Ele pediu. – Esse ano irei lecionar biologia, espero que tenhamos um bom convívio novamente.

Ele passou alguns minutos falando do programa do ano, dos trabalhos e como seriam dadas as notas até que seus olhos caíram sobre mim.

– Oh, vejo que nossa aluna prodígio está de volta. Bem vinda novamente Srt. Evans, esta escola sentiu sua falta. – E então lançou um sorriso de pura satisfação em minha direção. – E vejo que trouxe suas amigas com você. Podem se apresentar para a turma, senhoritas? Inclusive você, Srt. Evans, muitos aqui ainda não a conhecem.

Nós três nos entreolhamos decidindo quem seria a primeira a se levantar e ir lá na frente se apresentar, mas acabou que nós três fomos juntas e como Lene é a mais desinibida entre nós, começou a falar imediatamente.

– Meu nome é Marlene McKinnon, mas podem me chamar só de Lene – Então Black gritou um “Lene” de onde estava para provoca-la. – Menos você, Black. Nasci e vivi nos Estados Unidos a minha vida toda, estou aqui por causa da Lily, que teve que voltar do intercâmbio e tenho 17 anos. Alguma pergunta? Não? Que bom.

– Eu tenho uma – Falou um menino que eu não lembrava o nome, mas conhecia de vista. – Você tem namorado?

Black virou a cabeça pra saber de onde viera à pergunta no mesmo momento e ainda bem que Lene estava entretida demais observando o garoto que fez aquela pergunta, se não aquele simples gesto seria a ruína de Black de tanto que seria perseguido por Lene.

– Qual é o seu nome? – Ela perguntou.

– Bartolomeu Crouch Jr. Mas pode me chamar só de Bartô.

– Então, Bartô, eu sou moderninha sabe? Não gosto de namorar. Sem compromisso e sem cobrança fica mais gostoso assim, né? – Ela disse piscando pra ele, que abriu um sorriso safado.

Lene sendo Lene.

– Eu sou a Dorcas Meadowes, também tenho 17 anos e venho do mesmo lugar que a Lene. Na verdade somos melhores amigas há tanto tempo que nem me lembro, mas aí há um ano chegou a Lily e mudou nossas vidas, só que ela teve que voltar e nós nunca íamos conseguir nos despedir. Então não nos despedimos, viemos também. Eu não tenho namorado, mas já estou interessada em alguém. – Ela falou essa última frase olhando diretamente pra Remus, que corou e sorriu.

Provavelmente fingiu que não ouviu um ou dois “Aaah” que vieram do fundo da sala.

Eu realmente não queria me apresentar, mas já que tinha que fazer isso, que fosse rápido:

– Meu nome é Lily Evans, tenho 17 anos e estudava aqui há um ano. Tinhas as maiores notas e tudo mais, mas decidi fazer um intercâmbio nos Estados Unidos onde conheci minhas duas melhores amigas, mas estou de volta ao lar e é isso. – Concluí, afinal, não tinha muito que falar.

– Eu tenho uma pergunta – alguém, que pra minha surpresa foi Potter, falou. – Você tem namorado?

E eu estaquei.

Eu ainda não tinha dito em voz alta, nem pra Lene e Dorcas, que eu não tinha mais um namorado.

Elas sabiam, claro. Eu mostrei a gravação da ligação para elas, mas ainda não tinha dito em voz alta.

Por que eu sabia que quando disesse ia se tornar mais real pra mim. E eu não sabia se reagiria bem aquilo.

Então só fiquei olhando para a cara de Potter como se tivesse alguma doença degenerativa. Calada.

– Hum. Acho que já está bom, senhoritas. Podem voltar aos seus lugares. – Slughorn falou.

E o resto da aula voou, assim como todas as outras antes do intervalo.

– Vamos Lily, quero ver o que tem de bom para comer na cantina. – Disse Dorcas, me puxando pelo braço.

Fomos até a cantina junto com os garotos, Lene ainda discutia com Black e Remus e Dorcas estavam rindo de alguma coisa.

Potter me olhava com uma cara estranha, como se quisesse me perguntar alguma coisa.

Peguei um bolinho e suco, estava sem a mínima fome.

– Até que tem bastante variedade, né Doe? Achei que só tivesse chá e biscoitos. – Lene falou enquanto mordia seu hambúrguer.

– E o que vocês comiam lá? Comida congelada e fast food? – Sirius resmungou e Lene fingiu que nem era com ela.

Afinal, a hora da comida era sagrada.

Potter continuava a me encarar daquele jeito e eu queria perguntar se ele tinha perdido alguma coisa na minha cara.

– Algum problema Potter? – Perguntei mais educadamente do que queria.

– Você ficou estranha depois que perguntei se você tinha namorado, e tipo, ou você tem ou não tem. Não precisa parar de falar comigo por causa disso, ok? – Ele falou como se sentisse culpado.

– Hãm? – Foi tudo que meu cérebro que os professores consideram brilhante foi capaz de produzir.

– Eu percebi que você ficou magoada com o que eu perguntei, só que eu não sei o que eu falei de errado. Então me desculpe, certo? – Então ele colocou uma das mãos sobre a minha, que estava apoiada na mesa.

Eu senti uma estranha preocupação em seus olhos, como se ele achasse que eu estava assim por culpa dele.

E eu sinceramente não sei por que gostei da mão dele sobre a minha. Era macia e quente... Tão reconfortante.

– Não é culpa sua Potter, eu só n... – Eu não consegui concluir o pensamento por que ele me interrompeu falando “James” em protesto por eu tê-lo chamado de Potter.

– Enfim, não é culpa sua, James. Eu só fiquei um pouco confusa. – Falei com um tom mais triste do que queria, mas não tirei minha mão.

– Isso é injusto! – Black se pronunciou.

– O que é injusto, Black? – Lene perguntou com a cara azeda que ela reservava para pessoas que cortavam climas. E agora também para Black.

– Ela o chama de James agora! Por que eu continuo sendo Black? – Ele perguntou indignado.

– Você também quer ser James? – Ela perguntou debochadamente.

– Infelizmente amigão, só existe um James. – Potter, aliás, James falou.

– Eu quero ser Sirius!

– Ok, Sirius. – Falei sorrindo para ele, que sorriu em retribuição e olhou com deboche para Lene, que revirou os olhos.

– Ah, e como está Sirius, James? – Perguntei sobre o filhote, tentando fazê-lo esquecer do assunto “você tem namorado ou não”.

– Bem! Quero que você o veja algum dia desses, ele vai fazer uma festa e tanto. – James sorria de uma forma tão linda quando falava do cachorrinho...

– Por que o Sirius vai fazer uma festa e tanto quando ver a Lily? – Dorcas perguntou confusa, olhando de Sirius para James, depois de James para mim.

– Por que o nome do meu cachorro é Sirius. – James explicou para a loira.

Ela e Lene começaram a rir imediatamente, mas o único problema era que Lene estava bebendo coca-cola e ainda não tinha engolido. Então é claro que o liquido foi cuspido diretamente na cara de Black durante o ataque de riso da morena.

Sirius estava olhando incrédulo para Lene, que continuava rindo.

– Você... É... Mesmo... Um... Cachorro. – Ela falou enquanto tentava se recompor.

– Eu vou ao banheiro lavar isso – ele disse apontando para o próprio rosto – E isso vai ter volta McKinnon.

– Esse Black é hilário. – Lene ainda estava soltando pequenas risadas.

– Então Lily, desculpa ser insistente, mas, você tem ou não namorado? – James voltou ao assunto.

Eu não queria falar em voz alta, mas também não queria que ele tirasse a mão de cima da minha.

– Lily, qual é o problema em falar? Você nem o amava mesmo. – Lene falou delicadamente, provavelmente preocupada que eu fosse começar a chorar.

Lene perguntou de forma silenciosa se poderia explica a situação. Era incrível como ela sabia exatamente o que eu estava pensando apenas com um olhar.

James e Remus olhavam curiosos para Lene e Dorcas me olhava com pura preocupação.

E por algum motivo eu apertei a mão de James que antes estava sob a minha, mas agora estavam dadas. James ficou surpreso com a minha atitude, mas parecia ter gostado já que não tirou sua mão.

Mas eu sabia que ele tiraria depois que soubesse de Amos, não sei por que, mas sabia.

– Lily tinha um namorado em Nova Iorque, o nome dele é Amos. Ele é um amigo meu de longa data, e também se tornou amigo da Lily quando ela chegou, mas em algum momento os dois começaram a se gostar, não a se amar, mas a ter apego um no outro, embora ainda fossem muito formais um com outro. Eles não tinham companheirismo, sabe? Era uma relação séria demais para dois adolescentes, então nunca chegaram a se amar de fato. Mas eles decidiram tentar mesmo com a distância, afinal, gostavam da companhia um do outro. Até ontem à noite. – Lene falou com a voz sofrida, estava realmente tocada com o término. – Todos sabiam que alguma hora iria ter que acabar, mas não achávamos que seria tão rápido!

– Ele terminou com você pelo telefone? Eu vou dar uma surra nesse cara. – Falou Sirius, que em algum momento havia chegado despercebido.

Então Lene falou alguma coisa que não prestei atenção e eles começaram a discutir novamente.

James não tinha tirado sua mão, muito pelo contrário, estava apertando mais forte.

– Desculpa Lily? Eu não sabia disso. Sinto muito por ter feito aquela pergunta. – Ele falou no meu ouvido, só então percebi que tinha arrastado sua cadeira para ainda mais perto da minha. – Esse Amos é realmente louco né? Terminar com você... Só tendo sérios problemas.

Ele estava perto demais...

Eu sentia a respiração dele em minha nuca. Eu não estava conseguindo pensar.

– Hum...

A respiração dele estava mais perto, a boca estava quase colada no meu pescoço enquanto sussurrava.

Eu deveria estar triste por Amos, mas James não deixava. Na verdade não me deixava pensar em mais nada que não fosse sua respiração em minha nuca.

– Sabe, eu nunca te deixaria escapar... – Ele sussurrou, me fazendo perder todo o resto de bom senso que ainda tinha.

Virei meu rosto para encara-lo e me deparei com seu olhar. Era tão intenso...

Então eu tive a brilhante ideia de desviar o olhar, mas pra onde eu olhei? Para o chão? Nãaao, claro que não. Meu cérebro não seria tão bom comigo.

Foi para os seus lábios que estavam entreabertos, e por Merlin, eu nunca tinha sentido aquele formigamento na boca do estomago. Pelo menos não daquela maneira.

Meu Deus. Ele era James Potter e eu passei boa parte da minha vida o odiando, o que estava acontecendo com o meu juízo?

Eu já estava fechando os olhos quando uma voz me chamou a razão:

– Ei pombinhos, isso aqui é uma escola o motel é a três quadras. – A voz era de Sirius.

Eu não sabia se ficava feliz ou triste. Mas com certeza envergonhada.

– Ah seu vira-lata pulguento é agora que eu te mato! – Gritou Lene, que já estava com a bandeja em mãos pronta para atacar Sirius.

Eu não sabia o que fazer, ou onde enfiar a minha cara, então olhei para James que tinha colocado um braço ao redor dos meus ombros e estava rindo. E é claro que eu não pude deixar acompanha-lo, afinal, era uma cena realmente engraçada.

Deixaria qualquer pensamento relacionado a Amos para depois, afinal, eu estava total e completamente encantada pelo som do riso de James.

NOTAS FINAIS

Nyah!, você tem algum problema em deixar minhas notas lá embaixo?

Então, o que acharam? Pensei em dividir o capítulo em dois, mas achei injusto com vocês. Esperaram tanto tempo para terem só metade de um capítulo que já estava todo escrito? Então deixei ele longo mesmo. Reviews são legais né galera? Espero que se compadeçam dessa pobre autora hahahah

Obrigada pelos comentários maravilhosos e incríveis do capítulo anterior, li cada um com muito carinho e amor, são muito especiais pra mim!

Quero a opinião de vocês, certo? O que acharam do capítulo, e o que acham que vai acontecer daqui pra frente. Da nova amizade, dos personagens, tudo!

PS: Se vocês acham que a Lily está indo rápido demais, uma surpresinha aguarda vocês no próximo capítulo muahahah brincadeira gente, jily forever.

Obrigada por tudo meus amores, até semana que vem ou antes! Beijooooos!

PS²: Alguém aqui joga LoL? Se jogar meu nick é MrsRiddle, me adiciona lá ok?

Agora beeeeeeeeeeeeijos de verdade!! hahahh ♥

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