Calypso - goddess of sea. escrita por Lu Chan x3


Capítulo 8
Uma visitinha nada agradável ao lorde Beckett.


Notas iniciais do capítulo

Hey marujas... Não resolvam fazer nenhum motim por minha ausência querida u-u KPAKSPOKASOKASOPKAS perdao minhas fofuras, wan [= *estou viajando e td mais, sacomené?* Espero que gostem, e que continuem me amando.



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– Não calma, calma! Ela vai pegar... – Jack mordia nervosamente seu lábio inferior, parecia desesperado com a pressão de Barbossa para cima dele, a bússola tomava um rumo totalmente diferente pela qual o pirata esperava. As vezes apontava para Calypso, e as vezes apontava para algo dentro do mar. Jack balançava e chocalhava a bússola de uma lado para o outro, para seu ponteiro maior tomar um rumo que fizesse sentido. - Droga de bússola imprestável! – Murmurou Jack jogando-a na areia fofa, continuando sua caminhada triunfante interminável pela praia de nariz empinado.

– Como assim “droga de bússola imprestável”?! – Indagou a jovem pegando a bússola do chão e retirando a areia de cima dela.

– A culpa é sua Jack! Disse para todos nós que esta droga de bússola funcionaria. – Acusava Barbossa esborrifando saliva contra o pirata inconveniente, que recuava a cada troca de olhares.

– A culpa é sua Jack... – Imitou Jack em um tom infantil, debochando da cara do pirata mais velho. Que o fuzilou com os olhos, acariciando o cabo da sua espada, pronto para sacá-la.

– Querem parar! – A morena tomou a frente antes que um duelo começasse ali mesmo, em um momento não tão desejado. – Vocês parecem crianças de cinco anos de idade. Temos pouco tempo, Lorde Beckett está se aproximando... – Conscientizou Calypso aos dois, perdendo a paciência.

– Sem querer interromper já interrompendo. – A voz de Gibbs parecia estar um pouco distante, enquanto o baixinho lutava para aproximar-se dos três.

– Já está interrompendo! – Retrucou Jack cruzando os braços sobre o peito, revirando os olhos delineados em meio a uma ironia. Gibbs o olhou, como quem dissesse “Deixe-me falar”, Jack assentiu curvando-se teatralmente, dando-lhe espaço na conversa.

– A bússola de Jack está apontando para o mar certo? – Calypso abriu a bússola de imediato e a viu apontar com toda certeza para onde Gibbs dizia. – Se Lorde Beckett está aproximando-se como previu Bootstrap, ele deve estar com o... – Suas palavras foram interrompidas, por tamanha concordância de Barbossa:

– Voltem aos seus postos, voltem ao navio! – Berrou o pirata cheio de fôlego. Seu sangue fervia, ele estava pronto para ter um encontro particular com Beckett, apenas o seu nome sujo do lorde causava-o em enjôo.

Um alvoroço de homens tornou-se visível na praia, homens para lá e para cá, correndo na direção do Pérola, eram como se fossem uma matilha de lobos desesperadas por carne. A multidão era sufocável.

– O que está fazendo? – Quis saber a jovem segurando firme em um dos braços do pirata.

– Fugindo?! – Retrucou Jack, exibindo um sorriso debochado.

– E...Os..Os... – As palavras de Calypso foram interrompidas por um avalanche de homens empurrando-a. Ela respirou fundo, levantou-se e praticamente jogou-se até perto de uns coqueiros afastados daquela multidão enlouquecida. Mas, os dreads de Jack, entregavam-no de longe. A morena,voltou a segui-lo com mais cuidado.

– É isso? A incrível aventura do capitão Jack Sparrow? – O pirata virou-se de imediato, balançando seus dreads, exibindo uma cara de espanto um tanto engraçada. – Você vai fugir enquanto seus amigos estão aqui... Dando o melhor de si.

– Correção: Eles não são meus amigos Love. – Esclareceu o pirata achegando-se próximo dela.

– Quer saber o que você é Jack Sparrow? – Disse-a a morena em meio a sussurro. –, Um covarde... – O pirata franziu o cenho, dando um meio sorriso.

– Sou um pirata, vivo disso... Discórdia, dor, sacrifícios... O que esperava de mim? – Sem pensar duas vezes, a morena partiu para cima de Jack, socando com toda força que podia seu peitoral. Jack sorria, a cada soco disparado freneticamente por ela. – O que vai fazer agora Love? – Ele segurou seus punhos com força, imprensando-a contra um coqueiro, deixando-a imóvel. – Escute lady, acha mesmo que eu gostava de você? Da sua vidinha medíocre? – Os olhos de Calypso não estavam enchendo-se de lágrimas, mas sim, estavam repletos de ódio.

– Eu odeio você... Eu odeio! – Grunhiu a jovem debatendo-se. O pirata sorria prazerosamente, mesmo diante da situação um pouco delicada.

– Não me diga que você não gostou Love... – Sussurrou Jack no ouvido dela, que apertava os olhos a cada palavra dita pelo pirata. Calypso não suportou mais um momento como aquele, empurrou-o de cima dela, correndo de volta aos outros sem olhar para trás. O coração da jovem estava tomado de ódio, e com um leve toque nas águas do mar ao entrar no navio, uma tempestade abriu-se no céu, estalando raios contra eles.

– Atlas... – Ela sorriu, ao utilizar os novos poderes sobrenaturais, a jovem analisava cada pormenor de sua mão, agora com elas poderia controlar os mares. –Obrigada...

– Brincando com as águas? – Barbossa ergueu uma das sobrancelhas, fazendo-a parar com os movimentos com as mãos.

– Me desculpe... – A jovem recuou, apreciado a imensidão do mar.

– Seus poderes enfureceram depois de devolver o medalhão as profundezas... A cada dia mais, você me surpreende em? Será uma ótima feiticeira... – Observou Barbossa, como sempre, ele havia prestado atenção demais aos fatos que ocorriam ao seu redor. Calypso assentiu, exibindo um sorriso amarelado, meio cansado por sinal.

– Com licença... – Educadamente o pirata mais velho retirou-se de perto da moça, invadindo o convés dando as ordens de sempre. A jovem continuou apoiada sobre o parapeito do navio, mas, notou uma presença um tanto familiar. Que a fez suspirar, sua presença, seu cheiro, tudo fazia-a sorrir.

– Se algo acontecer comigo nessa batalha, eu quero que você me perdoe... – Pediu-lhe com toda doçura do mundo o seu amado.

– Jones... Eu... Que devo pedir desculpas... – Os dois pareciam tímidos, como se não se vissem há anos. Os olhos castanho-escuros da moça foram ficando mais profundos a cada palavra citada por Jones. Nervosamente, ela começou a movimentar as mãos em direção ao mar, fazendo pequenos redemoinhos inofensivos formaram-se. Já, Davy Jones passava a mão na nuca como tinha de costume, quando estava nervoso.

– Prometa, que lutará ao meu lado... – Um sorriso luminoso alargou-se no rosto delicado da jovem.

– Eu... prometo... – O casal abraçou-se como se sentissem necessidade um do outro, seus corpos encontraram-se em um abraço delicado, um abraço caloroso, um abraço verdadeiro.

– Tenho que ajudá-los a carregar os canhões...

– Tudo bem. – A jovem suspirou brincando com os cabelos castanhos do amado. Ele deu-lhe um beijo na testa, e desceu do convés rumo ao porão.

Os canhões estavam sendo carregados, as velas içadas, a âncora já havia sido solta, os marujos trabalhavam duro. A batalha pela qual esperavam-nos era duvidosa o bastante, ninguém sabia se voltaria vivo. Muitos não estavam preparados para o pior, mas, eles vieram para vencer, e estavam dispostos a exercer o bem dos dois mundos. Como previsto, com o trabalho em grupo, tudo já estava preparado a tempo. Todos reuniram-se no convés, formando um paredão de pessoas, para escutar as ordens de Barbossa, como um exército. Por sorte, o Pérola estava “escondido” por trás de um enorme recife, que ajudaria no combate.

– Apenas poucos de vocês, irão ao encontro de Beckett... – O pirata mais velho continuava a andar vagarosamente pelo meio do convés, analisando todos perfeitamente. – Jones... Calypso... – Os dois entreolharam-se tentando esconder o sorriso . – E... Onde está o palerma do Sparrow? – Todos começaram a perguntar ao mesmo tempo “Onde está Jack?”, o que tornara a reunião uma baderna.

– Nós dois, somos bons o suficiente para irmos até Beckett. – Sugeriu Jones, enchendo o peito de orgulho sorrindo para sua amada.

– Eu não sei... – Ele coçou a barba pensativo. – Tudo bem. – Os dois assentiram com a cabeça, deixando escapar um sorriso. – Só não vão estragar tudo.... – Pediu Barbossa, andando até os outros marujos. – E vocês... Ficarão aqui, e só vão atacar quando eu mandar. – O casal escolheu as melhores armas que encontraram no porão, onde ficava o estoque de armas, pela qual Barbossa zelava. O barulho no convés foi notável, a movimentação havia começado, supostamente o navio britânico já estava aproximando-se do Pérola. Os dois correram juntos até o convés, prontos para entrar em ação.

– Beckett... – Todos acompanhavam o movimento do navio adversário: O “interceptor”. Após vagarosos minutos com a troca de olhares entre piratas e soldados, os navios estavam praticamente um do lado do outro.

– Agora... – Jones segurou firme a mão da amada, puxando-a junto com ele para uma das cordas do interceptor. A jovem pareceu assustada na hora em que os dois praticamente atravessaram o navio pelos ares, mesmo assim ela permaneceu firme apoiando-se em Jones. Os dois aterrissara n convés do navio adversário, como gatos. Sem serem percebidos, passaram pela escotilha.

– E agora? – Quis saber a jovem abaixada entre caixas.

– Venha comigo... – Ele a puxou, para um canto um tanto escuro. As paredes do corredor escuro pareciam impressa-los, mesmo assim, continuaram a rastejar pelo chão discretamente até chegar na cabine de Beckett. Jones tomou a frente, arrombando com um chute a porta. Os dois posicionaram as armas, mas abaixaram-nas de imediato.

– Jack Sparrow? – O pirata pareceu não ligar para a presença deles, acomodou-se na poltrona, levando delicadamente a xícara de chá de encontro aos seus lábios, voltando sua atenção ao lorde.

– Vejo que seus convidados chegaram atrasados... “Capitão”. –O lorde bebericou o chá cruzando as pernas, como se aquilo fosse um encontro de velhos amigos civilizados.

– Hãm... – Jack Franziu o cenho como de costume, passou a mão pela barba, e voltou seu olhar para a porta. Ao perceber a presença de seus antigos aliados, alargou um sorriso falso. – Como vocês vão? Eu já estou de saída sabe?

– Francamente, de que lado está? – A jovem cruzou os braços esperando uma resposta.

– Eu?

– Não, eu.

– Não está aqui. – Disse-lhes Beckett calmamente, colocando uma pequena quantidade de açúcar na xícara. Jack ergueu uma das sobrancelhas, um tanto surpreso.

– O que necessariamente? – Fingiu o pirata, elevando-se. O lorde já impaciente com o cinismo de Jack, respirou fundo e respondeu-lhe em um tom voraz:

– O coração... – Depois de um pigarro ele prosseguiu com a voz cheia de pudor: - Acha mesmo Jack Sparrow, que eu confio em piratas? – Ao analisar cada palavra do lorde, Jack vasculhava cada canto da cabine apenas com os olhos, tentando ser o mais discreto possível. Uma das gavetas da escrivaninha estava semiaberta, algo parecia emperrá-la. O pirata já suspeitara sobre o baú. Sem ao certo pensar, Jack fez um sinal com a cabeça discretamente para Jones atacar.

– Não tente dar uma de esperto Sparrow... – Aconselhou o lorde desaprovando a ideia do pirata apressado. Jack parou de andar, colocou as mãos por trás de sua cintura procurando as armas, pronto para entrar em cena. Já Jones segurava o cabo da sua espada por debaixo da blusa discretamente, enquanto sua amada escondia o punhal entre a manga da sua blusa enfaixado em um espécie de pano para não feri-la.

– É capitão Jack Sparrow para você! – exclamou o pirata formando uma pose um tanto convencida aos olhares dos outros. Calypso logo captou o vislumbre no sorriso do homem, enquanto por vez ele tentava distraí-lo.

– Tarde demais.... – Dramatizou Beckett fazendo cara de quem estivera chateado. O lorde ao perceber a inquietude nas mãos da jovem, apontou de imediato um revólver prateado para cima de Jack. Como Jack Sparrow possuía ótimos reflexos, acertou em um chute o revólver jogando-o para longe das mãos do lorde, fazendo-o agarrar uma espada que estava bem próximo a ele.

– Ali! – Apontou Jack com o queixo para a gaveta, enquanto esquivara-se de um golpe mortal da espada de Beckett. – Pegue o baú! – Desta vez, o pirata sentiu parte da lâmina da espada arranhar seu braço rasgando parte da sua camisa.

– Guardas! – Berrou o lorde em desespero ao também ser ferido em meio ao duelo. Jones já estava com o baú em suas mãos, pronto para levá-lo a bordo do holandês. Em vão, em um piscar de olhos ambos foram cercados por guardas, estes eram comandados por Commodore James Norrignton que exibia um sorriso demoníaco nos lábios ao ver três encurralados, os guardas entraram praticamente invadiram aposentos do lorde. Este ainda encravara um duelo interminável com Sparrow. Jones lutava do lado esquerdo com em torno de seis homens segurando o baú, e deferindo os golpes com a outra mão, já no lado direito encontrava-se Calypso disparando os golpes contra uns seis homens, esfaqueando-os. Por incrível que parece-se Jack ainda continuava com seu duelo, mesmo lutando com os guardas em sua volta.

– E esta é pelo selo que deixou em mim... – Em um golpe nada delicado, com a lâmina de sua espada afiada o bastante feriu o ombro do lorde. Que caiu em meio a um drama deixando escapar a espada que carregava em uma das suas mãos. Jack pegou uma cadeira e jogou-a contra uma das janelas dos aposentos, afastando os guardas de cima, facilitando sua saída.

– Vão vir ou não? – Quis saber o pirata colocando uma das suas pernas para fora da janela pronto para pular, enquanto lutava com alguns guardas ao redor de si. Calypso deu o último golpe em um dos homens que caiu desorientado ao chão, e correu ao encontro de Jack, ajudando-o com os outros guardas. Era incrível o modo pelo qual a jovem lutava, não era nem delicado, nem bruto o bastante, ela dançava ao ritmo certo, como se luta fosse uma música que soava-a aos seus ouvidos. Jones foi o ultimo a vir, trazendo consigo o baú um tanto pesado. Os três pularam da janela como gatos, agarrando-se em uma das cordas do pérola que passara no momento certo.

De volta ao pérola negra, caídos em meio ao convés ofegante em meio a tanta correria, os três por fim puderam por fim respirar, retomando o fôlego. Ao passar alguns minutos, o convés já estava mais calmo, o alvoroço estava um pouco melhor. Calypso ainda permanecera duvidosa a Jack, sua atitude um tanto duvidosa no navio de Beckett não foi nem um tanto racional, a jovem pregou-lhe os olhos e resolveu persegui-lo. Desceram até o porão, sem duvida Jack estaria a procura de seu precioso rum. Porém, o pirata já havia percebido sua presença.

– Está livre, não precisa mais de mim…- Disse-lhe Jack em um tom baixo e abanou os pulsos para ela sair da frente.

– Correção: eu nunca precisei de você, já você sempre precisou de mim para se safar. Além do mais, como ousa dizer que eu estou livre? Eu tenho minha cabeça a prémio graças a você, que me usou. – Com toda a ira, e ainda de punhos fechados, ela socou continuamente o peito de Jack.

– Isso fez parte do meu plano, para enganar os guardas. – Agarrou-lhe os punhos, tentando apelas á sua atenção. - São coisas paralelamente diferente…

– Por milhares de desculpas que você venha a dizer, eu não sei se sou capaz de me esquecer das palavras barbaras que você proferiu, sobretudo da situação horrenda em que me colocou. – Depois de uma pausa triste, ela suspirou: - Se quer saber, os nossos negócios acabam aqui. Daqui para a frente, cada um segue o seu caminho. Nunca mais quero ouvir falar no grandioso Jack Sparrow... - A ironia saiu-lhe com tanta brusquidão, que ao soltar-se dele, resolveu virar costas e afastar-se. Jack ignorou-a por completo continuando sua busca pelo rum, que procurara com tanta atenção. Calypso permaneceu sentada ao fim do porão, em uma escada um tanto enferrujada. Mesmo chateada, por não entender os tais “planos” do pirata, a jovem foi pega de surpresa por seu amado.

– Você foi ótima... – Jones pressionou seus lábios contra os dela, tornando o beijo delicado e carinhoso. A jovem sorrio, como sempre sentia-se derretida pelo amado, pela qual amava o bastante. O rapaz pegou do bolso de sua amada, o colar que ele devolveu-a e pôs em seu pescoço sorrindo.

– Você até que não foi tão mal... – Elogiou a morena, arrumando o colar que parecia meio torto, e com um suspirou um tanto pesado prosseguiu: - E agora Jones? O que espera por nós? – Jones notou os olhos pesados e apreensivos da jovem, e abraçou-a fortemente.

– Vamos esperar...




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Notas finais do capítulo

Ansiosas(os) ;3 ? 4bjs