Calypso - goddess of sea. escrita por Lu Chan x3


Capítulo 7
Uma perda dolorosa; passados distantes.


Notas iniciais do capítulo

*--* Bem, cá está o capítulo 7, eu espero que gostem, e se emocionem, SHASUHAUSUASHUAHSUHASUHAS -sqn. Está repleto de fortes emoções, é... Se liguem! (:



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Já faziam horas que os quatro andavam já sem espera dentro daquela gruta infernal. Tudo estava bastante escuro, sem contar na umidade do local. Podia-se apenas avistar um feixe de luz vindo de cima da gruta. A única forma de sair dali, era escalando o teto, algo impossível. “Ótimo, podemos ficar aqui e morrer.” Enquanto continuavam a ofegante caminhada, Jones parecia angustiado, como se algo o atormentasse, e este “algo” cheirava a Jack Sparrow. Sem hesitar, Jones achegou-se mais perto de Calypso e interpôs desconfiado:

– O que aconteceu entre você e o Sparrow, enquanto eu não estava? – Calypso parecia meio atordoada com a situação, mesmo assim, parou a caminhada, e encarou Jones severamente.

– O quê? – A jovem parecia incrédula. – Você não confia em mim? – Indagou ela mordendo o lábio de nervosismo.

– Como posso confiar em você, se toma suas próprias decisões sozinha? – Retrucou ele em um tom voraz. Calypso o olhou com desdém, angustiada por tal ato do amado, e segurou as lágrimas, que ameaçavam cair. “Por que diabos você foi atrás daquele pirata inconveniente?”

Ótimo... – Grunhiu Calypso, continuando sua caminhada, dando as costas para Jones rebatendo seus volumosos cabelos. Sempre lembre-se, quando uma mulher diz que está tudo “ótimo” nada está ótimo.

– O palerma do Sparrow conseguiu achar uma saída. – Comemorou Barbossa á frente dos dois, fazendo um gesto com a mão chamando-os.

– Agradeça ao “palerma” aqui... – Resmungou Jack fazendo pose, como sempre, agindo como se fosse o herói. - Tem uma pequena passagem ali! – Apontou Jack erguendo as calças desbotadas de sempre, enquanto davas seus passos desajeitados pela gruta.

– Vamos entrar aí? – Perguntou Calypso, quase como uma ironia. A passagem era muito pequena, dava-se apenas para avistar uma luz que vinha lá de dentro deste túnel que Jack acabara de encontrar.

– Bem, só não sei se você vai passar... – Gracejou Jack dando de ombros.

– Está querendo dizer que eu sou gorda? – Grunhiu ela trincando os dentes ao olhar diretamente para o pirata, que sorria exibindo um de seus dentes de ouro.

– Entenda como quiser milady! – Esclareceu Jack brincando com as trançinhas da Jovem. – Primeiro as damas... – Disse-lhe Jack com a cara sínica de sempre, saindo da frente dela. Calypso bufou, e empurrou-o de sua frente, abaixo-se encaixando-se pela pequena passagem. Jack realmente estava apreciando tudo aquilo.

– Jack, já consegui passar! – Exclamou ela, que fez com que o som de sua vez saísse engraçado, por conta do eco. Jack riu, olhando para Jones por um momento.

– Minha vez! – Jack rapidamente encaixou-se na pequena passagem, precipitado-se quando Barbossa estava prestes a entrar. Por fim, foram: Barbossa e Davy Jones. A trilha era bastante úmida e abafada ao mesmo tempo, capaz de sufocar alguém ali mesmo.

– Oh bugger... Nunca notei que sua bunda era tão... – Ele piscou, exibindo um sorriso sorrateiro. - Droga... – Murmurou o pirata ao vê-la levantar-se, num lamento quase sufocado.

– Mato... – Resmungou Barbossa em meio a um sussuro. – Você nos trouxe para o mato Jack Sparrow? – Quis saber o pirata mais velho erguendo uma das sobrancelhas. De imediato, Jack revirou os olhos delineados, e corrigiu-o:

– Isto é uma... uma... – Jack analisou perfeitamente o local, e prosseguiu: - Uma floresta, Sr. Barbossa, se nunca viu uma, aqui está.– Esclareceu Jack fazendo uma careta. Barbossa revirou os olhos, desviando com sua espada as folhas das palmeiras, abrindo um caminho, enquanto adentravam na floresta densa.

– Jack, o que foi isto? – Calypso havia visto algo ressurgir das folhas de palmeiras que os rodeavam, a jovem parecia apreensiva, e agarrou instintivamente o braço de Jack, que exibiu de imediato um sorriso matreiro.

– Calma Love.

Eles continuaram a andar, mesmo desconfiados, continuaram. Até que depararam-se com um lago, e precisavam atravessá-lo para conseguir chegar até a praia. O lago era totalmente escuro, não dava-se para ver nem o fundo, e quanto mais eles pisavam na água, mais ela tornava-se escura. Jack liderava o atravessamento até o outro lado do lago, mas, algo enroscou-se no tornozelo de Calypso, o que a fez gritar desesperadamente, debatendo-se na água, deixando todos aflitos.

– Não se mecha! – Jack sacou sua arma, e esperou o momento certo para atacar a tal “coisa” que havia enroscado-se no tornozelo da jovem. De imediato, puxou sua espada, que veio acompanhada de uma mão pálida e sem vida. O pirata arregalou os olhos delineados, exibindo sua clássica cara de espanto, sacolejou sua espada freneticamente, deixando a mão cair na água e afundar de vez, não pensou nem duas vezes: Correu desesperadamente até a margem do outro lado do lago, mas para a surpresa de todos, vários mortos-vivos surgiram das profundezas do lago tentando afogar os quatro, que saíram correndo de dentro d’água o mais rápido que podiam. Além da correria, eles pareciam gritar desesperadamente. Afinal de contas, eram praticamente zumbis, não dava-se para lutar com mortos-vivos, a menos que queira terminar como um deles.


***

– Temos que ajudá-los! – Bootstrap parecia apreensivo, mas, Gibbs que agora estava no comando o ignorou. – MESTRE GIBBS! É A VIDA DELES QUE ESTÁ EM JOGO! – Protestou o jovem descontrolando-se.Os marujos deram espaço para ele passar, o que o fez ficar cara a cara com Gibbs.

– Oh... E o que vamos fazer Sr. Turner? Ir atrás deles, e nos perdermos completamente? – O jovem Bootstrap não pôde fazer nada, se saíssem do posto de onde se encontravam, realmente, podiam piorar as coisas, mesmo assim, ele pareceu emburrado, chateado... Ele queria salvar Calypso.

– Aquele é Jack? – Pintel forçou a visão, recebendo pelos seus próprios olhos a confirmação.

– Sim, é ele mesmo! – Um entusiasmo foi notório na voz de Boostrap.

– JACK, ESTAMOS AQUI! – Berrou Gibbs com alvoroço ao mesmo tempo que acenava. Contudo, todos esbugalharam os olhos, surpresos, quando viram um bando de pessoas “mortas-vivas” correrem atrás dos quatro, que agora, corriam o mais rápido que podiam para salvar suas vidas. Eles estavam praticamente deformados, olhos fundos e andar desastroso, pele pálida e branca, e repetiam como um hino: - Parte do navio, da tripulação... Parte do navio, da tripulação.

– BARBOSSA, NÃO SOLTE O MEDALHÃO – Gritou o jovem fazendo sinal com as mãos para Barbossa parar com a correria. - VOCÊ TEM QUE...

– ABAIXE-SE! – Calypso jogou-se por cima dele, jogando-o no chão, caindo sobre ele, no momento em que um dos zumbis, tentou acerta-lhe com uma espécie de lança.

– Não soltar o medalhão? – Sussurrou levantando-se para não chamar atenção, estendo a mão para ajudá-lo a erguer-se.

– Eles são os tripulantes do holandês... – Apontou Boostrap com o queixo. - Tornaram-se monstros por conta da mal administração de Peter, eles precisam do medalhão, precisam de um capitão, se ninguém tomar este cargo á tempo, algo terrível irá acontecer. - Alertou ele, ainda recuperando-se da queda.

– Tipo, um apocalipse zumbi? – A morena ergueu uma das sobrancelhas, ela parecia não crer, mas, o medalhão dividia o mundo dos mortos e dos vivos.

– Quase isso... – Esclareceu Bootstrap dando de ombros, de imediato segurou na mão da amiga, fazendo-a correr junto com ele, tentando-a protegê-la.

– BARBOSSA, NÃO SOLTE O MEDALHÃO! – Gritou Jack, que já havia sacado tudo. Instintivamente, Barbossa soltou o medalhão, e jogou-lhe para Jack, este começara a arder suas mãos, como se a queimasse, mesmo assim pôs-se a correr juntamente com os outros.

– Não dê este treco para mim! – Protestou Jack jogando o medalhão para Bootstrap, que segurou firme o medalhão, mesmo queimando sua pele. Quando, estava pronto para jogá-lo ao mar, algo o atingiu ao peito. Calypso soltou um grito abafado, e viu o seu tão querido Boostrap desabar no chão, arfando, deixando escapar de suas mãos o medalhão. Em seu peito, havia sido encravado uma espada, ele já não conseguia respirar direito, a dor era insuportável. O jovem gemia no chão, e entregou-lhe o medalhão: - Vá até o holandês, e negocie... Não venda sua... Alma... – Disse-lhe em meio a um sussurro, fechando os olhos de dor. Calypso gritava desesperadamente, esperando a ajuda de alguém, não ligou para os monstros em sua volta, que viam e tentavam cercá-la, o mundo dela havia parado, lágrimas escorriam por seu rosto, descontroladamente, ela dava pequenas palmadas no rosto dele, mas, ele não correspondia. “Foi realmente duro vê-lo não responder-me, era meu grande amigo, meu conselheiro, eu realmente amava-o.”

– Cuide de Catherine por mim... – sussurrou, rouco. Pediu-lhe inspirando o ar que entrava em seus pulmões pela ultima vez, e por fim soltou a mão de Calypso, que segurava com força, e fechou seus olhos. Ao vê-lo morto, a morena abraçou-o com toda força que tinha, e deu-lhe um beijo na testa. Jack puxou-a pelos braços, deixando os monstros rodearem Bootstrap, como se fossem devorá-lo, dizendo a mesma frase a cada instante: - Parte do navio... Da tripulação. Parte do navio... Da tripulação...

– Ouça-o, e vamos logo! - Jack puxou a moça, com toda força que tinha, puxou-a de encontro ao seu corpo, de maneira a protegê-la daquela confusão, chamando assim a atenção de Davy Jones. Ele apenas anuiu, com o olhar cravado em Bootstrap estendido no chão, Calypso respirou fundo e por fim direcionou a mão para o ombro de Jack e apertou-o, asseverando num tom ponderado:

– Vamos atrás deste maldito navio... - Jack fez um aceno de cabeça e dirigiu-se até os outros tripulantes que observavam a cena, com os olhos bem abertos. Davy Jones não tinha nada contra Boostrap, foi uma pena perdê-lo, mas ele estava queimando de ciúmes por dentro ao ver Jack bem próximo á sua amada. Por fim, todos saíram de lá, em passadas rápidas, Calypso não continha as lágrimas, era muito duro para ela perder um grande amigo como Bootstrap.

– Ele não está com o medalhão.... – Rosnaram um dos monstros, semicerrando os cílios.

– Levem-no para o holandês, saberemos o que fazer com ele. – Sugeriu o líder entre eles, que fitava de longe Calypso, que segurava o medalhão firmemente.


****

Após muita caminhada, eles estavam distantes dos monstros, sentaram-se em meio as rochas que encontraram no meio do caminho, e respiraram fundo. Todos aparentavam estar confusos, apreensivos, desconfiados... Aquele medalhão, possuía muitos mistérios ocultos, que poucos, conseguiam revelar.

– Vamos acampar aqui... – Ordenou Barbossa á todos, que assentiram com a cabeça, menos o Jack. Como sempre.

– Por que vamos acampar aqui? – Ele ergueu uma sobrancelha e pulou para o ombro do pirata mais velho.

– AQUI é um bom lugar... – Esclareceu Barbossa esborrifando saliva contra Jack, ele já estava saindo do sério.

– Não, não é. – Discordou o pirata, arregaçando as mangas de sua camisa, que aparentava estar bastante suja, Barbossa bufou: “Era só o que faltava”

– É! – Jack revirou os olhos, e voltou a discordar de Barbossa, que gritava cada vez mais.

– Por Deus... Esses dois nunca vão parar de brigar? – Reclamou Gibbs esquentando-se em volta da fogueira.

– Não... – Murmurou Jones, brincando com a areia desviando o olhar de Gibbs, que suspirou ao notar o olhar cansado do pobre amigo.

– Calypso o ama... Vá lá, e fale com ela, diga o que sente.... – Aconselhou ele depois de um instante. – Ela precisa de você. – Complementou ele sorrindo.

– Ela ama o Jack...- Sussurrou Jones em meio a um suspiro duvidoso.

– Jack é um mulherengo... Não pode ver mulheres atraentes, você sabe. Se a ama de verdade cuide do que é seu. – Jones fez um cumprimento com a cabeça, levantou-se e foi em direção a sua amada. - Apenas aproveite. – sussurrou Gibbs.

Após fitá-lo por breves segundos, ainda absorta com a esplêndida paisagem á sua frente, Jones moveu-se sem proferir uma palavra. Por incrível que parecesse Calypso preferia dividir sua dor consigo mesma.

– Bootstrap está em um lugar melhor agora... - Jones encurtou a distância entre ambos, ao deter-se atrás das costas dela. Ambos apreciavam em silêncio cada pormenor que aquele lugar lhes proporcionava. Com os olhos ainda cheios de lágrimas, ela respondeu-lhe:

– Não sei se conseguirei continuar.... – Por fim, soltou um soluço. – Sei que veio aqui, sem sua própria vontade. – Complementou a jovem de imediato, manejando a mão em direção ao mar, formando pequenas ondas, apenas com a mão em direita em movimento.

– O coração do ser humano é realmente algo tolo... – Desabafou Jones, olhando-a distraída em meio a imensidão do mar.

– Sei que está chateado por conta de... – Ele pôs o dedo indicador sob os lábios dela, para que ela ficasse calada e o ouvisse.

– Todo este tempo, venho tentando dar o melhor para nós dois... – Jones respirou fundo, e prosseguiu: - Mas eu descobri que o “nós dois” nunca existiu. – De imediato ele entrego-a o colar prateado, pelo qual os dois carregavam como uma prova de amor.

– Jones... Não vá. – Lágrimas escorriam pelo rosto da jovem, que pareciam arder enquanto contornavam a pele morena. Ela o segurou com toda força pelo braço esquerdo, e o olhou com intensidade em seus olhos cintilantes e interpôs: - Vai desistir? De tudo?

– Até agora, não consegui achar o nosso final feliz... – Jones sacolejou os braços, e deixo-a.

– Davy Jon... – Gibbs pareceu ficar engasgado quando amigo passou por ele, toda aquela expressão cansada, desolada, sofrida, havia tornado-se uma só, ele estava decidido por optar trancar seu coração.

– Vigie Calypso para ela não se desfazer do medalhão... – Pediu Barbossa em meio a um sussurro a Jack.

– Por que eu? – Quis saber Jack franzindo o cenho como de costume.

– Deixe de ser insuportável pelo menos um instante Jack Sparrow! – Resmungou Barbossa cruzando os braços.

– Você quer que eu apanhe? – O pirata mais velho riu de Jack, e continuou a analisar a interpretação dele. – Jones não tira os olhos de mim... – Esclareceu o pirata em um tom mais baixo.

– E daí?

– E daí que eu não estou afim de apanhar... – Os dois então entreolharam-se fazendo caretas evidentes, soltando pequenos resmungos, porém, quando os dois puseram-se a olhar Calypso berraram em coro: - NÃO! – Ambos saíram correndo na direção da jovem, que já havia jogado o medalhão ao mar.

– O que pensa que está fazendo? – Indagou Barbossa indignado por tal ato da moça. Antes, que ela pudesse respondê-los, ela havia desmaiado, caindo nos braços de Jack, que parecia totalmente confuso. Os outros marujos, despertaram do sono em um piscar de olhos, e puseram-se á observá-la, formando um pequeno tumulto. A jovem parecia ter entrado em uma espécie de transe, segurava o medalhão com firmeza, mesmo assim, ela não despertava deste “sono profundo” pelo qual ela acabara de entrar.


“Tudo estava escuro, ela estava á bordo de um gigantesco e antigo navio, pela qual ela estava perdida dentro, os tripulantes sorriam com a presença dela, como se a tratassem como rainha, a jovem andava por um corredor imenso e escuro, que causava calafrios em qualquer um. No fim do corredor, Calypso pôde encontrar um velho amigo esperando-a de braços abertos: Bootstrap. Os dois abraçaram-se com toda a intensidade, a saudade já a corroia por dentro, e ela por fim pôde matar esta saudade.

– Onde eu estou? – Quis saber a morena afastando-se do amigo, para que ele a responde-se.

– Você está á bordo do holandês.... – Respondeu Bootstrap exibindo um sorriso amarelado. - Escute-me, você há de ser rápida Lorde Beckett está atrás do coração de Peter. – A expressão dele era vazia, para estranheza dela. – Os poderes que ele adquirirá serão de extrema importância, por tanto, seja rápida e não deixe que ele se aproxime...

– Como eu vou achar o coração de Peter? Como eu vou achar o holandês? – O jovem permaneceu calado. De imediato o corredor onde ela se encontrava foi desmoronando aos poucos, as paredes tremiam, lançando ruídos assustadores, mesmo assim ela não recuou e tentou achar as respostas para suas perguntas. Mas, quando a jovem aproximou-se de Bootstrap ele foi evaporando, e foi sumindo aos poucos, sendo levando para longe junto com o navio. Calypso tentava chamar o nome do amigo, mas, sua voz saia abafada, como se estivesse rouca. Antes que algo acontecesse a ela, uma força sobrenatural a empurrou, fazendo-a voltar a seu corpo, retornando ao mundo dos vivos.”

– Tia Dalma? – Jack pestanejou admirado e sorriu ao vê-la abrir os olhos. Toda a atenção voou em direção a jovem, que repentinamente sentiu suas bochechas arderem. Barbossa arregalou os olhos, porém logo franziu o cenho ao sentir um incomodo na sua mente. Já Davy Jones mal conseguia encarar Calypso, depois de tudo o que ocorrera. Aquele maldito sentimento de culpa castigava-a penalmente, ainda que ficasse gratificada por o ver sã e salva.

– Eu estava com o Bootstrap, foi tudo tão real... - Por fim apertou a mão do pirata, com um sorriso enviesado, e ergue-se em um pulo com a ajuda de Jack.

– Bootstrap está morto! – Lembrou-a Gibbs.

– Ele está á bordo do holandês, como se esperasse o dia de seu julgamento... – Calypso suspirou e olhou em sua volta. – Bootstrap também contou-me sobre Lorde Beckett e seu propósito... – A moça viu que todos permaneciam imóveis enquanto escutavam-na e prosseguiu: - Talvez, o meu ato de atirar o medalhão ao mar, nos ajudou bastante. – Ela exibiu um sorriso soberbo.

– Lorde Beckett.... – Reformou Jack retomando-se lembranças de um passado distante. Como se essas lembranças rodopiassem ao seu redor, fazendo-o voltar para o passado.

Começo de Flash Back:

– Beckett! – anunciou um guarda entrando numa sala um pouco iluminada, mas acolhedora. – Temos aqui o pirata que nos pediu...

Olhem se não é o Sparrow…

–Capitão, capitão Jack Sparrow, por favor. – Rebateu ele num tom mordaz, sorrindo ironicamente.

– Mas que coisa feia não é “capitão” Jack Sparrow.. Crimes contra a coroa; traição contra a Companhia das Índias Orientais; roubo de um navio de Londres; disfarces para entrar na cidade, ou para fugir delas …Se continuar assim, nem amanhã sairá daqui. Como sempre, a vida nem sempre é justa para quem merece. E como manda a lei, os piratas têm o fim que merecem... – Jack achegou-se perto do Lorde e questionou: - E qual é esse fim?

– A forca... – Discretamente Beckett retirava um ferro com um “p” de pirata na ponta. Cada vez mais confuso, Jack viu dois homens entrarem de rompante. – Guardas! Sabem o que fazer. – Rapidamente os homens seguraram Jack e afastaram a manga do antebraço direito.

– Mas que diabos está fazendo? – Por mais que Jack debatesse-se era totalmente inútil. Beckett aproximava-se cada vez mais de Jack com aquele ferro escaldante. Ao saber das intenções do Lorde, ele arreganhou os dentes e contorceu-se nos braços dos homens que o seguravam com força, sem receio que conseguiria escapar. O ferro escaldante penetrou da pele morena do pirata, que gritou como se sua carne houvesse sido perfurada. Alguns segundos depois, o ferro havia sido retirado, quando um P vermelho foi visível na pele do pirata. Mesmo diante daquela tortura, e por uma dor insuportável Jack não abateu-se, ele conteve-se com um sorriso debochado do lorde.

– Podem ir. – Ordenou Beckett vendo P fervilhar na pele do pirata, sentindo-se vitorioso, de imediato os dois guardas retiraram-se da sala, deixando Beckett e Jack na sala á sós. Sem hesitar, com toda rapidez que ainda restara, Jack pegou o ferro quente, e conseguiu agarrar o lorde pela camisa e cravar o ferro quente em sua barriga, mesmo com a blusa, a queimadura também foi visível, fazendo o homem contorcer-se de dor.

– SEU IMBECIL! – O lorde rolava no chão de dor.

– Qual é a sensação de ser marcado por um pirata? – Jack pôde notar a marca de ódio estampada nos olhos de Beckett. – Bom, foi um prazer revê-lo! – Jack correu até a janela, e desapareceu.

– EU AINDA TE PEGO SEU PIRATA IMUNDO! – Berrou ele erguendo-se com dificuldade. – NEM QUE SEJA NO INFERNO!

Fim de Flash Back.

– Não sei se sobrevivo a outra visita de velhos amigos... – Murmurou Jack engolindo em seco, saindo do transe pelo qual se encontrava.

– Devemos achar o coração de Peter antes que o Lorde Beckett ache-o... – Continuou a explicar Calypso, diante de todos.

– Mas e o holandês? Como vamos achá-lo? – Questionou Ragetti acompanhado de Pintel.

– Isto foi a única coisa que eu não consegui enten.... – Barbossa fez um gesto para restringir o que ela ia dizer, e num passo provocatório, aproximou-se de Jack e Calypso com um sorriso inabalável, tomando toda a atenção para si.

– O coração é o que move o navio... Tendo o coração em nossas mãos, temos o navio á nossa vista! – Escarneceu Barbossa retomando a pose pela qual encontrava-se.

– Lembrem-se...Sem mim, vocês não são nada! – Retrucou Jack retirando de seu bolso a sua tão querida bússola.

– É claro... Sempre tem que ter o encosto do Sparrow por perto! - Rebateu Barbossa, expressando pela primeira vez seu sentido de humor, numa gargalhada.



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Notas finais do capítulo

*0* Bem, ansiosos pelo cap 8? // Recadinhos de amor, e ameaças de morte aqui em baixo em? {:
Beijão da Lu, espero que continue agradando a todos.