Calypso - goddess of sea. escrita por Lu Chan x3


Capítulo 4
A corte da irmandade e o medalhão.


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu escrevi bastante neste capítulo, espero que gostem hein?
- O personagem Peter Collins, me pertence. Espero que gostem marujos *---*
Davy Jones corre perigo em Port Royal, Calypso então descobre o que há de tão importante medalhão, Jack e Barbossa resolvem levá-a até a corte da irmandade, mas, ela foge e vai atrás de Davy Jones.... Ela será ajudada por um majestoso cavalo... O Pégasus.



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Uma noite fria fazia-se sentir, tão fria e triste quanto o ambiente que cingia os que pranteavam silenciosamente a recente notícia. Nas calmas águas, velas ardiam lentamente ao compasso do suar dos tambores melancólicos. Essa atmosfera sublinhava o encontro de um grande homem com a forca, um homem bom e que perdera a liberdade e praticamente sua vida corajosamente, dando a sua vida para defender sua tripulação. Eles estavam chegando a corte da irmandade, porém, enquanto eles chegavam já se despediam da fria noite, estava amanhecendo, piratas de todos os lugares se reuniam para defender a liberdade deles juntos.

– Calypso... – Ela logo pôde ouvir alguém chamá-la com uma voz meia rouca.

– Estamos chegando Bootstrap? – Perguntou Calypso virando-se para ele.

– Sim... – Ele parecia decepcionado, como se soubesse de algo a mais. Calypso logo pôde perceber sua inquietude. Da janela, podia obter a magnífica paisagem do Mar Mediterrâneo, que cintilava intensamente com os últimos raios alaranjados do sol, Calypso soltou um novo suspiro. Bootstrap beijou-lhe o dorso da mão e murmurou: - Agora vá descansar. – E então afastou-se, por fim.

– Creio que já descansei o bastante nesta cabine infernal. – A voz fria fez com que Bootstrap abri-se a porta da cabine para ela passar, e ir para o convés. Ela passou por ali totalmente desconfiada, rapidamente guardou o medalhão que causara tantos sustos no bolso da blusa desbotada de sempre.

O convés parecia movimentado o bastante, e não havia nenhum sinal do Jack, apenas Barbossa fazendo uma incrível pose no leme exibindo um sorriso soberbo, ela continuou a dar leves passos pelo navio, ela parecia estar vasculhando todo o lugar, até que sua trilha foi interrompida por Jack.

– Me solte agora, seu pirata nojento, ou eu juro que…

– Guarde suas ameaças para quem tenha medo delas. – retrucou, mordaz, sem desviar os olhos delineados dos dela.

– Porque está fazendo isso?

– Sei que está com o medalhão das profundezas. – Esclareceu ele deixando escapar um sorriso.

– Medalhão do que? – Ela sacolejou em seus braços, revoltada, à medida que Jack sorria.

– A senhorita sabe muito bem do que estou falando... Ou, acha que é muito normal uma tempestade e um nevoeiro anormal nos atacar do nada? – Jack sempre tinha suas táticas de espionagens, ele poderia estar o mais longe possível, mas estava sempre observando algo suspeito.

– Está falando disto aqui? – Calypso retirou do bolso o medalhão foliado a ouro com uma pedra de safira azul no meio, e o encostou próximo ao rosto de Jack, que parecia hipnotizado. – Acha que lhe darei isto? O medalhão agora é meu Sparrow. – Rosnou ela em sussurro guardando o medalhão em seu bolso da camisa.

– Por favor Tia Dalma... Seja uma boa menina, e me dê logo este medalhão e ninguém sairá machucado aqui. – Disse Jack calmamente no seu tom de voz sedutor.

– Acha mesmo, que eu tenho medo de você Jack Sparrow? - Logo ele soltou os pulsos dela, para ela sair da frente.

– Então, acho melhor a senhorita ficar de olho. A qualquer momento, esse seu medalhão pode sumir. Mas, como sou cavalheiro, deixarei a dama ter suas próprias ilusões e simplesmente não vou arrancá-lo de seu bolso, com licença. – Sussurrou Jack no ouvido da morena, deixando-a mais complexada, Jack agora sabia do tal medalhão, ela precisava ficar em alerta o tempo todo. Ele saiu de lá, dando passadas largas, exibindo um sorriso enorme. Não demorou muito tempo para Calypso começar a tatear suas roupas e perceber que Jack havia roubado o medalhão.

– Maldito! – Rosnou ela trincando os dentes. A morena saiu correndo atrás de Jack, esbarrando em todo mundo que estava em sua frente, ela queria matá-lo de uma vez só. Subiu as escadas da amurada e deparou-se novamente com Jack e Barbossa disputando o leme, como sempre: Os dois estavam discutindo, e então para o silêncio de Barbossa, Jack retirou de seu bolso o medalhão mostrando-o para ele, que arregalou os olhos, como se não estivesse acreditando de ver o tão magnífico medalhão.

– ME DEVOLVA! – Berrou ela interrompendo os dois.

– Tia Dalma... Você sabe que eu não roubei, apenas tomei emprestado não há motivo para tanta raiva. - Retrucou Jack sorrindo afastando-se de Barbossa, recuando.

– Então foi a senhorita que causou aquela infernal tempestade? – Quis saber Barbossa erguendo uma das sobrancelhas.

– Bem... Não fui eu exatamente Barbossa. Não sei usar este medalhão, sei que ele pode controlar as coisas não é? – Balbuciou Calypso soltando um sorriso meio torto.

– Errado! Isto aqui é ouro asteca. – Disse ele apontando para o medalhão que estava nas mãos de Jack. - Tem poderes de controlar todos os mares, tem noção disto Calypso? – Explicou Barbossa fazendo pose apoiando-se no leme, ele sempre sabia mais que todos ali presentes, ele era uma espécie de sabichão. – E não é só isto, o dono desta belezinha aqui, era o capitão do holandês voador... – Complementou ele depois de um instante.

– Onde conseguiu isto? – Quis saber Jack analisando o medalhão perfeitamente, que escorregava por seus dedos cheios de anéis.

– Um ancião... Ele me deu o medalhão quando ainda estávamos em Tortuga. – Respondeu ela fitando os olhos no medalhão.

– Você quis dizer... Peter Collins. – Esclareceu Barbossa coçando a barba.

– Peter quem? – Indagou Calypso confusa.

– Collins. C-O-L-L-I-N-S! – Soletrou Jack contando as letras em seus dedos. Calypso logo revirou os olhos ao ser corrigida por Jack, nada era mais insuportável que ele.

– Foi um grande marujo, trabalhava para a rainha da Inglaterra: Elizabeth I. Até o navio em que ele estava naufragar, o holandês voador estava sem capitão, e os marujos que faziam parte da tripulação estavam desesperador por um capitão, Peter estava morrendo, e então foi assim que arrancaram o coração dele, e trancaram em um baú. Ele era um bom homem, todos os admiravam... – Barbossa largou um vasto sorriso. – Pena que só atracar em terra firme a cada cem anos. -Explicou Barbossa após um instante.

– Quer dizer então que o ancião era um morto vivo? – Quis saber Calypso franzindo o cenho desviando o olhar do medalhão.

– Muito bem, chegou onde eu queria. - Lentamente, Jack achegou-se do ouvido dela e soprou: - Provavelmente, você tenha declarado a morte de um morto vivo, a menos que isso seja possível, savvy? – A lógica de Jack era totalmente diferente das dos outros, talvez, irracional, mas fazia sentindo para ele. Calypso parecia totalmente confusa, não era tão fácil acompanhar o raciocínio do maluco do Jack.

– Ele provavelmente abandonou o navio. O que quer dizer que ele irá morrer, ele não pode passar um dia a mais nem um dia a menos na terra. – A morena rapidamente fechou os olhos e pôde lembrar-se “– Leve isto com você, meus dias aqui na terra estão contados, isto é muito valioso para mim... “ Agora, tudo estava fazendo sentido.

– E ele precisava de alguém para entregar o controle do navio, o controle de todos os mares. Fui a escolhida, e vocês não poderão controlar a natureza, a não ser eu. – Calypso era rápida para perceber as coisas, agora, os dois estavam aos seus pés. – Agora... Sejam, bons meninos e devolvam o medalhão. – Pediu ela apontando com o dedo indicador para o medalhão que Jack segurava com cautela.

– Desculpe, não ouvi direito. – Jack limpou um dos ouvidos teatralmente. – O que disse?

– Bom saber disto! Se não será meu, não será de ninguém. – Disse Barbossa em tom desafiador, arqueando as sobrancelhas como um trovão anunciando tempestade, sem hesitar tomou com rapidez o medalhão das mãos de Jack tentando recuar e descer até o convés para se safar, Jack o olhou assombrado e logo apontou a lâmina de sua espada para Barbossa. Calypso também queria recuperar o medalhão, afinal de contas ela tinha total poder sobre ele, e puxou a espada de Barbossa sacando-a para ele também. Agora, os três pareciam lutar em plena amurada do navio, quase acertando o leme com tanta violência. Barbossa arregalou os olhos ao perceber que estava cercado, mas, logo sorriu e pulou a amurada, caindo no meio do convés como um gato. A morena então jogou com força a espada na direção de Barbossa, prendendo-o em um dos mastros, a espada estava o suspendendo e ele não conseguia se mover, toda a tripulação permaneceu imóvel, e foram se afastando aos poucos enquanto Jack e Calypso desciam devagar as escadas até chegar ao convés.

– É contra os meus princípios dizer isso, mas para uma mulher, você se superou. – Disse Jack curvando-se teatralmente.

– Tem uma hora que você tem que mostrar quem você é. – Respondeu Calypso em um tom tênue, apanhando do chão o medalhão, guardando-o novamente no bolso. Um falso sorriso espalhou-se nos lábios de Jack, ao proferir com sarcasmo daquela frase.

– Podemos negociar não é Calypso? Você pode ficar com os poderes do medalhão, e eu com a imortalidade. – Jack parecia desesperado, agarrou as mãos dela tentando pegar o medalhão novamente.

– Acha que vou mesmo entregar o medalhão para você? Pirata... Lembra? – Gracejou Calypso afastando-se de todos segurando firmemente o medalhão.

– TIRE-ME DAQUI! – Berrou Barbossa chutando as costas de Jack, balançando a espada que estava quase rasgando sua camisa velha.

– Tudo bem... – Jack então soltou a espada de forma marrenta, fazendo com que Barbossa caísse no chão e resmungasse o resto da manhã. Barbossa nunca esteve tão furioso, não iria deixar barato de forma alguma para Calypso, e com certeza teria aquele medalhão de volta.

Depois de toda aquela revolução no convés, todos á bordo do Pérola Negra permaneceram em silêncio, tudo estava quieto demais, um nevoeiro tomava conta do casco do navio, eles navegavam em águas silenciosas, o ar que eles respiravam era totalmente frio, mas, tinha lá suas vantagens. No final de toda a neblina, dava-se para ver uma corte: A corte da irmandade. Vários barcos e navios em volta da pequena torre, lá estavam reunidos piratas de todos os lugares, apenas esperando Jack, Barbossa e a convidada surpresa: Calypso.

– Onde está Calypso? – Indagou Barbossa á Jack em um tom baixo.

– Já deve ter ido junto com os marujos, agora vamos logo. – Pediu Jack deixando-o para trás. Barbossa olhou em volta, e resolveu segui-lo. Ao entrar no salão escuro, havia apenas algumas lamparinas clareando o local, também existiam uma imensa mesa, em que cada lorde pirata estava sentando em volta aguardando a reunião começar, haviam aproximadamente sete lordes piratas. O salão já estava cheio quando Jack e Barbossa chegaram. A corte da irmandade realmente era algo totalmente sério para os piratas, mas, nem sempre eles entravam em acordo.

– Devo dinheiro a todos os lordes. – Sussurrou Jack desconfiado no ouvido de Barbossa enquanto eles entravam no salão, Barbossa logo revirou os olhos. “Era muito absurdo para uma pessoa só, mas este era Jack Sparrow.” Por fim, os dois sentaram-se.

– Caros amigos... Soube que o holandês voador está necessitando de um capitão, Peter Collins está com seus dias contados, está em terra firme, e entregou o medalhão das profundezas... – Disse Barbossa em um tom de voz séria.

– A quem? – Quis saber o lorde pirata, Sao Feng.

– Uma mulher. – Jack colocou a mão sobre o peito, para dramatizar a situação. Depois da resposta do pirata palhaço, a revolta de todos ali presente foi notável, era realmente algo inaceitável.

– Discussão não irá adiantar meus caros. Devemos lutar até o final, e todos nós sabemos que quando o holandês voador está atrás de um capitão ele sempre libera o Kraken. – Alertou Barbossa levantando-se chamando a atenção de todos ali presente.

– Bem... Eu não aceitaria uma mulher no comando do holandês. - Retrucou Jack num sorriso sarcástico, abanando as mãos sobre o peito.

– O Kraken? – Questionaram em coro os lordes. O Kraken causava arrepios em qualquer pessoa, uma criatura temível com tentáculos gigante que vai de sucção seu rosto limpar, dizem que á anos ele não é invocado, assim como o holandês voador. O Kraken arrastava os navios para as profundezas, seu hálito tem o cheiro de mil cadáveres apodrecidos, a última coisa que alguém deseja na vida, é encontrar com o Kraken.

– Para domar a fera.... Nós temos Calypso! – Barbossa ergueu as mãos para cima, esperando a entrada dela no salão, ele permanecia imóvel esperando a entrada da moça, porém, não obtiveram nenhum sinal dela. - Onde está ela seu imbecil? – Remoeu ele entre dentes, tentando não chamar todas as atenções, sendo impossível.

– Deveria entrar bem agora não? – Gracejou Jack apoiando-se no ombro de Gibbs.

– Zeus... Ajude-me! – Implorou Calypso tocando de leve o medalhão fechando seus olhos. “- Quantas vezes seu medo foi maior do que sua vontade? Por que não foi embora com o Sparrow se é ele quem você ama Calypso?“ As palavras ditas por Davy Jones ainda perfuravam seu coração, ela precisava salvá-lo, precisava dele ao seu lado. A morena descia as intermináveis escadas da corte da irmandade, pronta para cair no choro, sua vida estava um fracasso. Depois de descer as escadas ela resolveu pegar um barco e ir embora para qualquer lugar que tivesse em mente, porém, foi interrompida por tamanha exuberância, um lindo cavalo branco que possuía majestosas e grandiosas asas, ele estava curvado diante dela, esperando-a.

– Pégasus... - Calypso tocou de leve o pêlo macio do animal, olhou para o céu com um ar de agradecimento, montou no cavalo e sussurrou para ele: - Vamos para Port Royal. - Não demorou muito para os telhados da corte balançarem ao sentir a vibração das batidas das asas do animal sobrevoando a corte.

– Mas o que é isso? – Todos correram para a janela e puderam ver o majestoso Pégasus, e montando nele estava Calypso: Ela era uma perfeita amazonas. Ao ver a cena Bootstrap parecia sorrir ao vê-la partir, ele estava feliz por ela ter fugido, queria apenas a felicidade da amiga.

– Os deuses estão com ela... – Suspirou em um tom baixo para si mesmo, cruzando os dedos.

– É isso aí pessoal, Tia Dalma fugiu... Mais uma vez! – Murmurou Jack revirando os olhos.

– A culpa é sua Jack! – Reclamou Barbossa imprensando Jack contra a parede, ele estava á ponto de estapear Jack ali mesmo, porém, rapidamente todos os piratas ali presentes apontaram diversas armas para Jack, o que daria menos trabalho para Barbossa para acabar com Jack de uma vez só, e então ele o soltou. Jack então soltou um suspiro, uma espécie de “Ufa”, ao perceber a quantidade armas apontadas para ele logo reclamou:

– O que há? O capitão é ele. – Apontou Jack para Barbossa, em vez disso os piratas apontaram as armas para Barbossa, ameaçando atirar. Logo pôde-se ouvir vozes do fundão:

– Cortem a língua dele!

– Atirem na língua dele!

– Não... Cortem a língua, atirem na língua, e depois podem raspar a barba suja. – Sugeriu Jack cruzando os braços enquanto dava passadas largas para alcançar Barbossa, diante daquela multidão.

– Se me matarem não ajudará em nada. Calypso está com o medalhão, ela é a única que pode parar o Kraken, ela é a rainha do mar. Será que vocês não me entendem? – Protestou Barbossa empurrando Jack de cima dele.

– Então temos que matá-la? – Pintel parecia totalmente confuso diante de toda aquela confusão.

– Não... Devemos capturá-la, certo? – Tentou explicar Ragetti á Pintel, voltando-se para Jack esperando uma resposta.

– Exato! E então podemos controlar os poderes do medalhão. – Jack então andou novamente até Barbossa, e interpôs:

– E o holandês? Será comandado por ela?

– Provavelmente, eu já estarei com o medalhão em minhas mãos esperando o holandês voador. – Gabou-se Barbossa.

– Arrancar seu próprio coração... E trancá-lo em um baú? Tudo pela vida eterna, seria algo bem épico não? – Ironizou Jack dando uma gargalhada contagiante. Barbossa o olhou com desdém, e ignorou a presença do palerma retirando-se do salão. Ao ver todos parados, berrou cheio de pujança: - Do que estão á espera? Vamos entrar logo nesse navio e ir atrás de Calypso!

– Então... Até lá não é amigos? Quem encontrar Calypso primeiro ganha. – Disse apressadamente Jack seguindo a tripulação com seu andar desajeitado.

Calypso segurava de leve as crinas brancas e sedosas do majestoso cavalo, enquanto ele voava pelos céus com a maior leveza possível, aquela sensação era maravilhosa, a cada batida das asas do animal ela sentia-se renovada. O vento beijava seus cabelos num alento, eles iam velozmente para Port Royal, Davy Jones corria perigo. Pégasus deslizava pelas águas, tornando-se mais veloz, Calypso tocava delicadamente a água salgada do mar que deslizava por suas mãos á cada vez que ela tocava-a. Ela mal podia imaginar que todos estavam atrás dela, não só dela, atrás também do medalhão, mas, apenas a rainha do mar podia parar o Kraken, e a deusa-ninfa era a rainha do mar, possuía total poder sobre qualquer criatura ali no mar, e ainda por cima possuía o medalhão das profundezas... Mas será que ela iria tornar-se capitã do holandês voador? Ser imortal, passar todos os seus dias de vida em um navio, a eternidade no mar... Nem tudo era tão fácil, tudo havia um preço a ser pago no final. Finalmente, depois de algumas horas voando, Pégasus pôde pousar em Port Royal, Calypso rapidamente desceu das costas do cavalo e o agradeceu. Não bastava para ela ser procurada pela marinha real britânica ela tinha que invadir o forte, e então ir até o calabouço arranjar algum jeito de soltar Davy Jones de lá. Ela simplesmente, roubou algumas roupas velhas que encontrou pelo caminho até o forte, e cobriu-se, antes que ela pudesse entrar no forte, pôde perceber um tumulto infernal, e havia alguém na forca, parecia debater-se enquanto o empurravam para subir no palco e colocar sua cabeça na corda, aquele alguém era: Davy Jones. Calypso não pensou duas vezes, correu até lá com esperanças de ajudar o amado.

– Condenado á ajudar pessoas envolvidas com pirataria, e agir como um completo rebelde, tirando a vida de um soldado inocente. Que Deus tenha piedade de sua alma, e perdoe-o. Direito a um advogado... Suspenso. – Anunciou um homem singelo, que segurava um pergaminho, ele rapidamente lançou um olhar tênue para outro homem. Este vestia-se totalmente de preto, e seu rosto era coberto, ele iria puxar a alavanca para a corda ser erguida para cima, suspendendo Davy jones, os tambores estavam sendo tocados, porém, antes que o homem pudesse puxar a alavanca, ouve-se um tiro, o tiro havia atingido a corda em que estava prendendo o pescoço de Davy Jones, soltando-o da forca, ele rapidamente pulou para o meio da multidão, que logo abriu-se deixando uma escapatória para ele fugir, o corsário olhava de relance para os lados e podia ver uma dama correndo ao seu lado, era sua amada, ela tinha vindo lhe salvar. Os dois então correram como nunca haviam corrido na vida, entraram em uma rua totalmente estreita e escura, parecia-lhes mais um beco, respiraram profundamente, afinal de contas não era fácil despistar os soldados britânicos.

– Mas que loucura foi aquela? – repreendeu-a, tentando controlar a sua fúria passageira - Você poderia ser pega....

– Por segundos meu mundo parou, sobretudo quando vi aquela corda em volta de seu pescoço eu não consegui reagir. Não queria ser responsável pela sua morte, nem que te acontecesse algo de ruim. – Por fim suspirou, vencida pelo cansaço. – É como se eu carregasse uma maldição que mata as pessoas que me são próximas…

– Não fale isso. – Ele colocou seus dedos nos lábios de Calypso. – Vamos enterrar o passado e aproveitar o futuro. – Um sorriso tímido escapou dos lábios dela. – Eu te admiro, Calypso, pela mulher destemida e corajosa que você se tornou.

– Eu te amo!

– Eu também te amo!

Ambos acabaram por se abraçar, como se quisessem sentir o calor um do outro para se certificarem que ambos estavam realmente bem. Lentamente afastaram os seus rostos do ombro de cada um e fitaram os lábios de ambos. Por fim entregaram-se ao desejo que brotava dentro de seu peito e beijaram-se intensamente, não dando tempo para resfolgar.

– Vamos embora daqui... – Pediu ela puxando-o com cuidado.

Depois de andarem alguns quilômetros em pleno silêncio, finalmente aproximaram-se do porto numa caminhada cuidadosa e lenta, escondendo-se por entras as imensas caixas, certamente cheias de mercadorias que haviam descarregado naquele fim de tarde, que permaneciam perto da entrada do cais. Davy Jones espreitava cautelosamente sobre as caixas, averiguando a situação. Para sorte dele, um único navio permanecia em águas brandas atadas ao cais.

– Então qual é o plano? – indagou, cada vez mais interessado naquela embarcação, como se ela o chamasse desesperadamente.

– Pégasus está escondido próximo ao cais, se formos ágeis podermos sair daqui o mais rápido possível.

– Desculpe... Pégasus? – O corsário olhou para ela, como se não acreditasse.

– É uma longa história Jones... – E em um tom brincalhão complementou: - Zeus me deu apenas uma ajudinha! – Disse sorrindo puxando Davy Jones, até o cais.

"Mas o que raios estou para aqui pensando?" Jack coçou a cabeça "Ela é apenas uma mulher impossível de suportar, que possui uma boa técnica de luta e… Jack Sparrow você precisa de rum urgentemente."

– Já descobriu onde está Calypso? Afinal de contas esta bússola funciona ou não? – Cobrava Barbossa nada calmo. Rapidamente, o ponteiro da bússola começou a mover-se apontando lentamente para o sul.

– Ela está indo para o....Sul... Para o sul da America central. – Apontou Jack empinando a sobrancelha. – PARA O CARIBE, Á TODO PANO! – Ordenou Jack abrindo uma garrafa de rum com a boca, cuspindo a rolha.




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Notas finais do capítulo

*--* Espero que todos tenham gostado! Deixem review marujos? Estão curiosos? Até o capítulo 5.
Beijos da Luu.