Calypso - goddess of sea. escrita por Lu Chan x3


Capítulo 3
O doce aroma de Tortuga.


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo Jack,Calypso e Davy Jones vão á Tortuga, " a tão infernal cidade ", Calypso consegue achar no meio de tanta baderna o capitão Barbossa, porém, em quanto eles negociam a marinha real britânica ataca o navio de Davy Jones levando-o preso [....]
Hey marujos! Aqui está o capítulo 3, espero que gostem. Este capítulo está cheio de emoções u_u podem chorar, sóquenão#



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O sol ia alto no céu nublado, ofuscando os demais que se encontravam no convés do Pérola Negra, Na ponte de comando, Davy Jones continuava imóvel, preso ao horizonte que desembainhava à sua frente enquanto respirava tranquilamente o ar fresco.

– Não sabe como é desagradável ter você aqui se apossando do meu navio! – Jack então apoderou-se do leme, e exibiu um sorriso soberbo.

– Eu não tenho culpa se você não sabe manejar uma espada meu caro Jones! – Retrucou Jack desviando o olhar do horizonte. Davy Jones estava prestes a sacar sua espada novamente quando foi interrompido por tamanha exuberância de Calypso.

– Já estamos nos aproximando de Tortuga? – Indagou ela á Jack tirando o chapéu deixando seus volumosos cabelos escuros soltos.

– Veja você mesma.– Seus dentes de ouro foram visíveis quando alargou um sorriso enviesado. Calypso ficou um tanto assustada, toda aquela baderna naquela pequena cidade, bêbados deitados no chão, sem contar nas prostitutas. Jack desembarcou do navio em passadas largas, deixando-a sozinha, antes que ela descesse do navio pôde notar a presença de várias mulheres, uma delas eram: Scarlett e Gisele. Calypso logo revirou os olhos colocando novamente o chapéu em sua cabeça e resolveu ir atrás de Jack.

– Quem é ele? – Perguntou Scarlett colocando suas mãos na cintura rodeando Calypso. Jack a olhou com a sua clássica cara de espanto e a afastou de perto de Calypso.

– Um filho de minha tia... Um primo distante. – Esclareceu Jack guiando Scarlett até ele, apoiando-se em seu ombro.

– Ele é eunuco. – Sussurrou Jack no ouvido da ruiva, que logo fez uma careta. Calypso se retirou dali com leves passos, desaparecendo como fumaça no meio da multidão. A morena ficou sem palavras a imagem de Jack vivia agora em sua mente, mas seria mesmo que a tão traiçoeira Calypso estava perdidamente apaixonada pelo pirata mulherengo? “ – Isso não pode estar acontecendo “ . Mas, ela ainda estava disposta a achar Barbossa e então resolveu andar pelas ruas de Tortuga, porém, acidentalmente tomba de frente com Davy Jones que parecia confuso.

– Calypso? É você? – Balbuciou Davy Jones a empurrando para longe daquela multidão de bêbados.

– Sou eu Jones... – Confirmou ela depois de um instante tirando seu chapéu deixando seus volumosos cabelos ao vento.

– O que pensa que está fazendo aqui sozinha? – Quis saber ele preocupado.

– Eu estava atrás de Barbossa, mas Jack.... Ele...- Um soluço mudo cortou-lhe o raciocínio. – Jones.... Perdoe-me por ter feito as coisas à minha maneira, perdoe-me. - O velho corsário ainda continuava detido no meio daquela baderna, com um crescente peso no peito ao escutar as lágrimas da amada. Ela sofria por outro homem e isso mortificava-o lentamente.

– Venha comigo, você precisa descansar... – Pediu Davy Jones acariciando o rosto de sua bela amada.

– Eu não posso ir com você Jones... Tenho que achar o Barbossa, com licença. – Ela fungou, limpando rapidamente as lágrimas com a manga da camisa rasgada e saiu dali sem olhar para trás. Davy Jones passou as mãos nos cabelos de leve, olhando para trás vendo sua amada partir novamente sem ele. Calypso olhou em sua volta e entrou em prédio que estava com suas portas escancaradas. Tudo lá dentro cheirava a mofo, mas, amenizava o barulho que estava lá fora.

– Ninguém vem aqui há anos.... – Um voz sombria soava como eco por todo o local escuro da sala por onde Calypso passava.

– O senhor sabe onde encontrar o Capitão Barbossa? – Perguntou ela pigarreando tentando imitar uma voz grossa, não obteve muito sucesso, mas deu para enganar.

– Sei, em um bar próximo ao porto, reunindo uma tripulação para zarpar em breve. – O senhor logo ressurgiu das sombras, deixando seu rosto visível, uma expressão cansada tomava conta de seu rosto enrugado. Antes que ela se retirasse do local foi interrompida pelo velho ancião, ela rapidamente emudeceu quando o velho tocou de leve suas mãos e anunciou:

– Leve isto com você, meus dias aqui na terra estão contados, isto é muito valioso para mim... – Disse o ancião entregando-a um medalhão. O medalhão era bastante delicado, sua corrente era toda de ouro, cujo pingente totalmente poderoso era uma espécie de safira azul que em volta era foliado á ouro, o colar parecia que tinha sido esculpido por Deus de tanta perfeição. O ancião sumiu entre as sombras deixando-a totalmente confusa. Sem hesitar, Calypso guardou o medalhão em um de seus bolsos e seguiu rumo ao porto mais próximo, correndo o mais rápido possível. Ela poderia ser uma ótima feiticeira, mas nunca tinha visto algo parecido com o medalhão que carregava em seu bolso.

– Vejo que não anda cumprindo com seu propósito. Tsc,tsc,tsc... Que coisa feia Hector. – Disse Calypso debruçando-se sobre a mesa em que Barbossa estava apoiado cantarolando com os marujos.

– Calypso? – Interrogou ele sentando-se apropriadamente. – Podemos negociar não é? – Quis saber ele rodeando-a.

– Depende... A marinha real britânica está atrás de mim, se me ajudar a despista-los sua divida está paga, caso contrário...

– Acha mesmo que vou deixar você navegar conosco? Mulheres trazem azar. – Explicou Barbossa dando um gole na garrafa de rum.

– Mulheres trazem azar em terra firme e no mar meu caro amigo! – Retrucou Jack apoiando-se na porta do bar.

– Ora... Jack Sparrow. – Disse barbossa erguendo uma sobrancelha. Toda a tripulação se pôs a olhar Jack esperando uma resposta.

– Já disse que é capitão Jack Sparrow. – Resmungou ele revirando os olhos.

– Jack? O que veio fazer aqui? – Questionou Calypso colocando toda sua atenção nele.

– Vim recuperar o meu navio, e não desdenhes o Pérola Negra, senhor Barbossa! Ele pode ter sido abatido, mas algo me diz que ainda vou ter aquele navio novamente, savvy? – Um biquinho foi formado nos seus lábios.

– Dois contra um Barbossa! – Retrucou Calypso deixando escapar um sorriso.

– Não fui eu que fui amotinado e deixado em um ilha esquecida por Deus Jack Sparrow... A tripulação me escolheu, eu sou o Capitão do Pérola. – Disse Barbossa aproximando-se de Jack jogando a garrafa de rum no chão, deixando-a em pedaços, os dois trocavam olhares desafiadores.

– Você pode ter me deixado naquela maldita ilha e pode ter roubado meu navio, mas esqueceu de coisa importante... Eu sou o capitão Jack Sparrow! – Esclareceu Jack pulando em cima do ombro de Barbossa: Para a surpresa de todos. – De certo já ouviram falar de mim. – Complementou ele.

– De fato... Erramos, mas... Eu tenho os mapas para onde estamos indo! – Intrometeu-se Barbossa na conversa novamente.

– E para onde estão indo?

– Baia do naufrágio. - Dissimuladamente Jack levou a mão ao queixo, pensativo.

– Interessante... E o que irão fazer lá? Por acaso se reunir aos lordes piratas? - Barbossa logo franziu o cenho e analisou-o perfeitamente.

– Sim, vamos... Parece que o holandês voador está mais perto do que nunca, e ele precisará de um capitão... – Retrucou Barbossa virando-se para Jack.

– O navio está adormecido há anos... – Disse Calypso assustada com a declaração de Barbossa que logo riu.

– Parece que ele foi invocado novamente. – Explicou Jack dando leves passos até ela. Antes que eles pudessem continuar a tal discussão, logo um dos marujos que estava do lado de fora do bar pôde berrar assustando todos que estavam do lado de dentro do bar:

– ESTÃO ATACANDO A TRIPULAÇÃO DE DAVY JONES! – Todos voltaram-se para o marujo que parecia estar apavorado, ele mal conseguia respirar, estava fatigado.

– A marinha real britânica? Mas como? – Indagou Jack á Calypso que logo saiu empurrando todos ignorando a presença de Jack. Era a vida de Davy Jones que estava em risco.

– ONDE ESTÁ JONES! DIGA! – Exigiu ela berrando segurando fortemente a camisa do marujo.

– Foi pego. – Disse o marujo com a voz tênue tirando as mãos de Calypso de cima dele. Fez-se um minuto de silêncio antes que as lágrimas de Calypso fossem visíveis, as lágrimas ardiam em seu rosto, elas desciam sem ela mesmo conseguir controlá-las. “ Se estivesse com Jones nada haveria acontecido. “ Era o que ela pensava, agora, como se não bastasse estava com mais um peso em sua consciência, era terrível saber que Jones estava preso.

– Certamente estão á procura de nós também! Vamos zarpar agora! – Comentou Jack afagando as costas de Calypso, que agora pareciam estar pesadas.

– E quem disse que você irá conosco Sparrow? – Retrucou Barbossa esfregando as mãos, como quem estivesse bolando algo.

– Sem mim.... Não haverá corte, sou um dos lordes piratas meu caro companheiro de navegação. – Explicou Jack apontando os dedos indicadores para o navio. Barbossa logo revirou os olhos murmurando, realmente não eram todos que amavam o Jack: Um sujeito malandro por natureza.

Após verificarem que o caminho estava livre para poderem regressar o navio, todos saíram rapidamente do bar, rumo ao Pérola Negra, o tão disputado navio, que agora tinha novamente duas pessoas em seu poder: Barbossa e Jack.

– O que está fazendo seu imbecil? – Reclamou Barbossa esborrifando saliva contra Jack.

– Não, o que você está fazendo? – Indagou Jack encarando severamente Barbossa em seus olhos, que eram tão azuis quanto o mar.

– Eu tenho os mapas! - Exclamou Barbossa quase esfregando os mapas que carregava em suas mãos na cara de Jack.

– Ótimo! Pode ser o homem dos mapas, agora com licença, irei me dirigir ao meu ponto exclusivo de capitão. – Barbossa não fez por onde, logo empurrou Jack e os dois subiram correndo as escadas para disputar o leme do navio quase esmagando Gibbs que estava bem próximo deles.

Um pouco distante deles, apoiada sob o parapeito do navio estava Calypso, parecia estar sonhando acordada, “ Tudo aquilo não deveria passar de um pesadelo “. Davy Jones havia sido preso, ela estava distante de tudo que amava, longe de sua casa... Longe de Davy Jones. Ela parecia não ligar para o resto dos bêbados que perambulavam pelo convés do navio fazendo o trabalho de tripulante deles.

– Está bem? – Quis saber Bootstrap se aproximando dela.

– Bootstrap Bill? – Interpôs Calypso, ela estava realmente com medo que as lágrimas voltassem a rolar novamente sobre seu rosto.

– Eu... Estou bem. – Balbuciou ela voltando-se para olhar novamente a imensidão do mar.

– É Davy Jones não é? – Ela balançou a cabeça abaixando-a tentando segurar as lágrimas. Bootstrap e Calypso eram amigos inseparáveis, nada mais que isso, diferente de Jack e ela. Bastava uma troca de olhares entre os dois, e eles já sabiam exatamente o que o outro estava sentindo. Uma amizade verdadeira, mesmo com os empecilhos do destino eles se reencontravam.

– Tudo vai ficar bem. – Consolou Bootstrap á Calypso dando-lhe um beijo na testa deixando-a sozinha, ela precisava de um tempo sozinha. Ela então colocou sua mão dentro da blusa e retirou o colar que ela carregava todas as horas, o colar com a sua música e a do seu amado, a tal caixinha de musica, que soava um adorável som, aquele colar lhe fazia bem, como se Davy Jones estivesse bem próximo dela. Mas, logo lembrou-se do tal medalhão que havia recebido daquele misterioso ancião, ela direcionou lentamente a mão para o bolso de sua camisa, fechou o colar revestido de prata e o colocou novamente em seu pescoço e segurou firmemente o medalhão de safira azul, cujo o medalhão começou a ficar frio em suas mãos que estavam aquecidas pelas mangas cumpridas da blusa marrom desbotada que ela vestia.

– Raios... – Murmurou ela apertando a pedra quase jogando-a no chão. Rapidamente o mar voltou-se contra eles, uma terrível tempestade, pode-se ouvir até o som agressivo dos raios. Calypso ficou totalmente assustada com a sobrenatural tempestade que veio der repente.

– Melhor você ir lá para dentro. A tempestade está se tornando perigosa e eu não quero que você se arrisque. – murmurou Bootstrap no seu ouvido, o que a fez suspirar.

– Eu não vou sair daqui. – Ao se afastar um pouco dele, viu que ele segurava uma corda da vela. – Deixe-me ajudá-lo.

– Eu só quero que você fique em segurança… - Nesse exato momento, uma onda cobriu o navio.

– CALYPSO! – Berrou Bootstrap com o tombo de Calypso no chão com o impacto, rapidamente largou as cordas e foi socorrê-la.

– Vá para dentro como pedi!– Ordenou ele apontando para a cabine.

– Mas...

– Vá logo, é uma ordem. – Os dois fitaram os olhos com intensidade os olhos um do outro, Bootstrap realmente se preocupava bastante com ela, afinal de contas: Ela era sua melhor amiga. Ela logo obedeceu, porém, enquanto ela se retirava do convés correndo por conta da intensa chuva, ela pôde notar que Jack permanecia imóvel, concentrado o bastante no leme do navio, ele parecia não ligar para ela, aquilo foi mais outra facada em seu coração que já estava em pedaços. Ela poderia ter seu jeito marrento de tratar Jack, mas ele mexia com seu coração, e uma atitude como aquela não foi nada boa.

Ao entrar na cabine, ela deslizou lentamente se encostando na porta, ela parecia segurar com mais calma o medalhão, que fez com que toda aquela tempestade acabasse, e o mar voltasse a ficar calmo.

– Mas... O que foi isso? – Falou em um tom baixo ela para si mesma.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews? *-* // Será que Calypso saberá para que serve este medalhão? e Davy Jones será libertado? E o holandês voador os alcançará? E a corte da irmandade se reunirá para decidir quem terá a tal vida eterna? ~até os próximos capítulos~