My Germany escrita por UmGreyjoy, Florita
Notas iniciais do capítulo
Agora vocês podem amar Strauss ainda mais ♥ - sqn
Esperanza olhava para mim quando ouvimos a porta bater. Esqueci de respirar por alguns segundos, enquanto colocava a cigana dentro de um armário. Desco as escadas correndo, sentindo a falta de ar e o coração batendo. Strauss parecia bastante irritado, sua farda estava amassada e seu rosto vermelho.
–Oi, tudo bem senhor? - Tento esconder o nervosismo, mas meu rosto provavelmente me denunciaria, nunca consegui mentir muito bem.
– NÃO! ESTÁ ME VENDO COM CARA DE TUDO BEM? - Grita. Dou um passo para trás, assustada.
–Oque aconteceu, senhor? O senhor quer um copo de água? - Lembro de Roys quando o chamo de senhor e fico mais aflita.
– EU QUERO A CABEÇA DE THOMAS ROYS! VAI ME AJUDAR A CONSEGUIR? - Dou outro passo para trás, alcançando a jarra de água e entregando para Strauss.
–Oque ele fez, senhor? - Ele bebe, parece tentar se acalmar. Pensei em Esperanza dentro do armário.
– Ele... Ele traiu o Fuhrer. Por Deus... Eu nem posso descrever o meu desprezo!
–Talvez seja só um engano... - O conduzo até o sofá e ele senta.
– ELE MATOU MEU PARCEIRO. ELE MATOU UM ARIANO, PARA DEFENDER UMA JUDIA - Me controlo para não sair correndo e resolvo mudar de assunto.
–Anoy sentiu sua falta hoje. Perguntou sobre você mais cedo... - Ok, péssimo assunto, mas foi a primeira coisa que veio na cabeça.
– O que ela quer saber? - Foi ríspido.
–Apenas sentiu sua falta. É sua filha, afinal.
– Não estou com tempo para ela. - Disse, pegando uma garrafa de vodka, e trocando sua pistola por outra arma melhor. Tento impedir que ele saia dali, entrando na sua frente.
–Tente se acalmar. Não será bem melhor tortura-lo ao invés de mata-lo rapidamente? Quem defende judeus deseja uma morte lenta. - Ok, minhas falas estavam indo de mal a pior.
– Claro que sim. Primeiro, o Roys vai ser capturado. Depois, torturado. E por fim, fuzilado.
–Então para que a arma? - Pego da mão dele e coloco em cima da mesa. - Eu consigo captura-lo mais rapidamente que você - sorrio, meio nervosa.
– A arma é para a judia. - Ótimo.
–E acha que ela merece uma morte mais rápida que um soldado alemão? Está esquecendo seus ideais, Strauss? - Céus! Eu não tinha nada mais idiota para dizer?
– Não se preocupe, vou estuprar ela antes. - senti vontade de vomitar. - Vim aqui apenas falar, para você segurar o Roys aqui de qualquer maneira, se ele vier. - Sorrio, meio a contragosto.
–Ás suas ordens.
– Porcaria. Ele atirou em mim Gretel. ATIROU! No companheiro dele. Eu ensinei tudo que o Roys sabe. E ele quase me matou. Olhe como estou suado. Vou até trocar de roupa. - Disse, indo em direção ás escadas.
–Eu pego uma para você! É meu trabalho aqui. - Subo para o quarto correndo e jogo Esperanza debaixo da cama. Ela tenta falar, mas acho que minha expressão de pânico a impediu.
– Saia do quarto. Vou trocar de roupa. Ou fique se quiser. - Sorriu maliciosamente, de maneira totalmente pervertida e furiosa. Minhas bochechas coraram e meu estômago se apertou. Penso em Esperanza debaixo da cama e em como ela deveria estar com medo.
–Talvez eu deva ficar. - Mas então olho pra ele. - Ou não. - ando até a porta do quarto.
– Sabe Gretel... Você é bonita até... - Ele diz, me alcançando, com a roupa na mão. A única coisa que me impedia de sair correndo era pensar que a garota poderia precisar de mim.
–Obrigada senhor. - Agradeço e dou um passo para trás.
– Venha aqui. Estou precisando de uma garota.- A vontade de vomitar voltou e me arrependi de não ter saído correndo antes, pois ele agora segurava meu braço.
–Eu não posso senhor... - Tentei puxar, mas ele é forte.
– É claro que pode. - Puxei o pulso mais uma vez, mas ele nem se mexe.
– Strauss...
– Você vai gostar. Você vai implorar por mais... - Ele parecia doente, apertando meu braço cada vez mais. Ouço passinhos rápidos na escada.
– Pai, você não deveria estar no trabalho? O que está fazendo aqui? - Anoy se aproximou e Strauss lhe deu um tapa forte no rosto. Entrei no meio deles.
–Querida, vá brincar mais um pouco. Preciso conversar com o papai. - Ela começou a chorar desesperadamente e sai correndo, sinto meu coração se apertando. Ele passou a mão nos cabelos olhando para cima, irritado. Estava pronta para lhe repreender quando ele começou a falar.
– Vá atrás dela. Faça seu trabalho. Que eu faço o meu. - Concordei e corri até a pequena, em alguns minutos (e com a ajuda de alguns doces) ela já havia parado de chorar e resolvido esquecer o episódio. Tentei correr para o quarto novamente, com medo de que algo pudesse ter acontecido, mas quando me aproximo, Strauss já estava fora do quarto, vestido e com arma em punho.
– Gretel... desculpe.
– Strauss... Eu... Porque?
– Desculpe. Eu estou irritado, não estou pensando direito. Preciso, sei lá, espairecer as ideias. E torturar judeus é um ótimo jeito de fazer isso. Estou indo trabalhar. - Meus olhos se encheram de lágrimas ao pensar em Roys e na judia.
–Fique aqui. Estou indo fazer um café e deveria tomar um bom banho ou algo assim. Os judeus podem esperar até amanhã, será só mais um dia nos campos para eles. - Eu teria que rezar todos os terços do mundo para compensar os pecados daquele dia.
– Não. Tenho que pegar a puta da Adena hoje ainda. Com sorte, pego o Roys lá também. Estou indo, bom dia. - Disse, andando para fora.
–Adena? - Coloquei-me na frente dele. - Você não acha que Roys iria manda-la para bem longe? Deveriam ir para o vilarejo mais próximo...
– Pare de me atrasar, mulher. - Disse, Dando um forte tapa em meu rosto. Abaixo o rosto.
– Como desejar, senhor. - Ele bate a porta e vai embora, levando consigo qualquer vontade que eu pudesse ter de continuar naquele lugar.
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