My Germany escrita por UmGreyjoy, Florita


Capítulo 14
Esperanza Gonzalez


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal! Desculpem a demora, eu estava sem internet. Bem, aqui está o capítulo de Espê, e garanto que vai ter fortíssimas emoções. Espero que gostem!



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 Algumas pessoas dizem que pesadelos são produzidos pelo cérebro. Alguns dizem que pesadelos são um sinal. Eu discordo das duas teorias. Acredito que pesadelos são espíritos malignos que perturbam a nossa mente… estejamos nós acordados ou não.

 Naquele dia em especial, eu tinha a certeza de que tudo ficaria bem. Eu havia saído com Bruno no dia anterior. Tínhamos ido tomar sorvete. Eu gostava de Bruno, porque ele me entendia e porque ele me olhava como se eu fosse a melhor coisa que um dia acontecera a ele.

 E porque ele me tratava tão bem que eu mal podia acreditar.

 Naquele dia em especial, eu estava calma e feliz, assando tortas para o café. Todos estávamos animados, porque no próximo dia sairia o salário. Conversávamos e ríamos, tranquilamente, até que Nadine entrou na cozinha, parecendo bastante nervosa.

 - Fiquem aqui dentro – avisou baixo – Tem um soldado nazista tomando café.

 Neste momento, toda a conversa cessou. Eu pude ver o desespero na face de meus amigos. Eu queria que tudo aquilo acabasse, que aquele homem fosse embora, e que Bruno voltasse aos meus pensamentos. Mas o terror me dominou por inteira.

 Resolvi espiar pela fechadura da porta fechada da cozinha, que dava para o café. O moço tomava seu café tranquilamente, quando mais dois soldados entraram. Olhei para o rosto de um deles, e meu sangue gelou.

 Era o soldado que quase me pegara alguns dias atrás.

 - Bom dia, Roys – o soldado que acompanhava meu carrasco cumprimentou o que tomava café.

 - Michael, Lukas – o tal Roys os cumprimentou, e disse algo a Nadine que não pude ouvir, se levantando do banco onde estava e indo ao meio do bar.

 - Está pronto? – o moço ao lado do meu carrasco perguntou.

 - Não faço ideia do que está falando.

 - É claro que faz.

 A tensão entre os três soldados era palpável. Parecia que uma luta estava prestes a acontecer.

 - Vocês deveriam estar trabalhando. Se bem me lembro, a área de vocês é longe daqui.

 - Caçar judeus é nosso trabalho – meu carrasco diz – E você sabe onde uma judia está escondida, não é, seu traidor safado?

 Ele pergunta, se aproximando do Roys, espingarda na mão. Não permita, rezei aos deuses. Não permita que eles machuquem Nadine. Não permita que eles descubram a cozinha.

 Parei para olhar ao meu redor, e percebi que todos haviam sumido, sem nem me chamar, sem me avisar. Eu estava sozinha.

 - Eu não sei de nada – o tal Roys afirma, pegando uma garrafa de uísque e dando um gole longo. Aquele soldado estava protegendo uma judia?

 - Strauss… posso matá-lo? – meu carrasco pergunta ao moço ao seu lado, que deduzo ser Strauss. Meu sangue gela. Uma confusão aqui dentro chamaria atenção, e Nadine estaria em apuros. Eu mesma deveria fugir, mas o medo por Nadine me mantinha petrificada ali.

 Roys pousou a mão no cabo da arma e olhou para Strauss, que balançou a cabeça negativamente.

 - Não. – ele diz - Ele está tendo uma recaída, por causa de uma mulher. Ele tem salvação.

 - Nesse caso… - meu carrasco avança na direção de Roys, apontando a espingarda.

 - Senhor, por favor – Nadine pede, indo na direção de meu carrasco. Não!, meu espírito grita. Fique longe dele!

 - CALADA! ACHA QUE PODE SE ENVOLVER NISSO?

 Meu sangue gela, meus ossos doem, e minha alma se encaminha para um colapso.

 - ACHA QUE NÃO OUVI OS BOATOS? ESTÁ HOSPEDANDO INIMIGOS DO ESTADO! NÃO ESTÁ? SUA PUTA!

 Meu carrasco, aquele homem horrível, tira uma faca do cinto e rasga a garganta de Nadine. O corpo de minha única amiga, de minha salvadora, cai no chão, imóvel. Nadine estava morta.

 Nadine estava morta.

 Minha vontade é gritar, e sinto as lágrimas correndo quentes por meu rosto. Não!, minha alma grita, meus lábios sussurram, meu corpo pede. Nadine não, meu cérebro entra em pane. Tudo fica meio vermelho, e eu sinto uma dor imensa tomar conta de mim. Neste exato momento, me lembro de quanto cheguei a este café. Morta de fome, quase inconsciente. Ela me pôs pra dentro, me alimentou, cuidou de mim. Me deu um emprego. Mais do que isso, me deu sua amizade. Me lembro quando ela contou de sua paixão secreta pela filha de um bom amigo. A moça também a amava. Já havia visto as duas juntas, uma ou duas vezes. Aquela moça estava agora sem seu amor. E eu estava sem meu porto seguro.

 Meu carrasco, que pelo que eu havia ouvido tinha o nome de Lukas, parecia mais calmo após matar a melhor pessoa do mundo. Eu soluçava silenciosamente. Não era possível. Não ela.

 Lukas se ajoelha ao lado do corpo inerte de Nadine, e fecha os olhos dela, delicadamente. Eu quero matá-lo. Quero arrancar a mão dele fora, quero retirar seus olhos com minhas próprias mãos. Nunca, nem no momento em que os soldados acabaram com meu acampamento, eu senti tanto ódio. Talvez porque naquela época eu era uma criança, não entendia o que estava acontecendo. Mas agora eu entendia. Entendia e queria destruir aquele maldito filho de Arabella.

 - Você vem com agente, soldado Roys. Quer queira, ou não. Caso contrario, eu vou matar você! – Lukas ameaçou.

 - Strauss, saia daqui – Roys mandou – Leve seu cachorro com você.

 - Eu acho que não. Você irá com agente. E irá matar... Adena Devet... quer você queria, quer não.

 Adena Devet. Um nome judeu. Então esse era o nome da judia que Roys protegia. Um belo nome.

 - Quer você queira, quer não. Vocês só sabem dizer isso? – Roys pergunta. É o que eu me pergunto também.

 - Calado. – Lukas ordena. - Já se considere com sorte sair com vida. - diz chegando bem perto. - Vamos.

 Roys dá mais um gole na garrafa de uísque e a coloca em cima do balcão, totalmente calmo. Se recosta com os cotovelos no balcão, em uma postura totalmente relaxada, e diz:

 - Eu não vou a lugar nenhum com vocês.

 - Ah é? - Lukas diz, o segurando pela gola da farda. - Então vou te levar a força.

 Roys saca a faca do cinto do próprio Lukas e crava na perna dele. O gigante ruge, largando a espingarda e puxando a faca para fora com uma mão e cravando no braço do outro enquanto levanta Roys e o bate no balcão com a outra.

 Roys pega a garrafa de uísque e quebra no rosto de Lukas, mas o gigante, completamente furioso, mesmo sangrando dá uma série de socos no peito e estômago de Roys, fazendo-o perder o ar.

 Oh, deuses, pensei. Aquele homem não pode ser morto.

 Roys tenta puxar a pistola, mas Lukas segura a arma com uma mão e o pescoço do, surpreendentemente, bom soldado com a outra. O levanta facilmente e corre em direção à porta da cozinha, atrás da qual eu estava escondida, e a arrebenta.

 Fui descoberta.

 Lukas crava seus olhos em mim com fome, como se minha morte fosse alimentar uma parte dele que sentia sede por meu sangue.

 - Não - ele gargalha. Levanta Roys e o joga com toda força no chão de novo, em cima do ombro – Olha só quem eu achei por aqui.

 Pesadelos são coisas engraçadas. Eles podem aparecer em forma de imagens, cheiros, lugares… e pessoas. O meu estava ali, na minha frente, rindo de mim.

 - Quem? – Strauss pergunta, e eu me arrependo por não ter fugido enquanto era tempo.

 - Uma vadia - Lukas aponta a arma para a minha cabeça, pisando no pescoço de Roys. Olho para o loiro no chão. Minha única esperança de salvação estava imobilizada.

 - Últimas palavras? – Lukas pergunta, e um filme da minha vida passa pela minha mente. As festas no acampamento. Minha fuga com Safira. As noites frias dormindo na rua. A chegada ao café. A primeira vez que eu olhei nos olhos de Bruno. Bruno. Eu devia tê-lo beijado quando tive a chance.

 Pensei nos meus pais, no meu acampamento, em Safira, em Bruno. E decidi que minhas últimas palavras tinham que honrá-los. Por isso, olhei bem no fundo dos olhos de meu carrasco e disse, em alto e bom som:

 - Salve gitanos.

 O tiro ressoa pelo lugar, mas surpreendentemente, eu não fui atingida. O tiro saíra do moço no chão, que pegara uma arma e atirara na garganta de Lukas. A bala de meu carrasco ficara presa na parede atrás de mim.

 Lukas solta Roys, que atira de novo e se esconde atrás de alguma coisa, por causa do outro soldado. Faço o mesmo, sentindo como se tivesse acabado de ressuscitar.

 - Roys… - Strauss murmurou, para em seguida gritar – Você foi longe demais!

 - Vá embora, Strauss – Roys manda – Ou eu mato você!

 - Você… você vai responder por isso – Strauss avisa, deixando Roys com raiva. Ele dá um tiro em Strauss, mas erra por pouco. Um aviso.

 - O PRÓXIMO É NA CABEÇA, FILHO DA PUTA!

 - Ok – Strauss se rende – Trarei a patrulha. Aproveite a morte.

 E sai.

 Roys se deixa cair sentado na cozinha, olha para mim e depois examina o estado do próprio uniforme.

 - Bom dia… - ele murmura. Arregalo os olhos.

 - Por Deus, preciso dar um jeito nisso. Você vai acabar morrendo.

 - Cigana corajosa... – Ele fala, respirando pesado por causa da dor.

 - Você salvou minha vida – retruco – Agora preciso retribuir.

 O ajudo a levantar, e o levo até a mesa da cozinha, o fazendo se sentar lá.

 - A farda... Do grandão. – ele pede - A camisa ainda está intacta?

 Dou uma olhada. – Sim.

 - Ótimo. Tire-a pra mim, por favor – ele pede, enquanto rasga a própria camisa dá um nó improvisado em volta do braço, para estancar o sangue do ferimento.

 Tiro a camisa do gigante morto, e em seguida corro para Roys.

 - Deixe eu dar uma olhada nisso aí – peço, me referindo ao ferimento.

 - Não vai ser necessário. A patrulha vai vir logo, e tenho pessoas a visitar. Se realmente se considera em dívida comigo, pode me fazer um favor?

 Assinto, devagar – Diga.

 - Eu quero que você vá a minha casa. É uma de dois andares, estilo clássico, no final dessa rua. Vermelha, bem fácil de achar. Preciso que fale com Gretel Barns.

 Gretel Barns. O nome é gravado a ferro na minha mente.

 - O que eu digo? – pergunto.

 - Conte o que aconteceu aqui. - Fala, depois que acha que deu um jeito no ferimento, joga a camisa de Lukas sobre o próprio peito. - E mande-a preparar minhas malas. Estou caindo fora.

 - Farei isso – garanto - Que os deuses te protejam, Roys... porque eu duvido que o Deus alemão, com D maiúsculo, te protegerá depois do que fez hoje.

 Ele ri fraco, apesar da dor.

 - Como é o seu nome? – ele pergunta. Sorrio leve antes de responder.

 - Esperanza – respondo – Esperanza Gonzalez. Mas… ainda não sei seu primeiro nome.

 - Thomas – ele responde, pegando mais uma garrafa de uísque que estava em cima da mesa da cozinha e tomando um gole - Certo... Esperanza. A senha do cofre é 382393, atrás da foto do Führer. Diga a Gretel para colocar metade do dinheiro na minha mala. Divida a outra metade com Gretel.

 - Mas… o quê? – pergunto confusa, mas é óbvio que meu cérebro já registrou o número. Sempre fui boa com números.

 - Vá embora – ele praticamente suplica – Fuja para algum lugar. Saia da Alemanha.

 Então eu lembro de Safira. Não posso sair da Alemanha sem ela.

- Sairei de Berlim, mas não posso ir embora da Alemanha. Tenho de encontrar... uma pessoa.

 - Certo. - ele ri fazendo uma careta. Pega o resto da garrafa de uísque e joga por dentro da roupa no ferimento mordendo a manga da camisa para não gritar. - Enfim, que Deus esteja com você, Esperanza.

 Nunca um alemão dissera isso pra mim na vida. Mas… nunca um alemão me salvara também. Senti um grande afeto por aquele soldado, qualquer que fosse sua história.

 - Obrigada, Roys. Tenha… uma boa vida – mesmo que isso seja impossível, adicionei mentalmente.

 Ele anda até a porta, cauteloso, e observa a rua. Em seguida sai dali e me chama:

 - Vem.

 Vou até ele apenas com a roupa do corpo, manchada do sangue de Lukas, já que não teria tempo de fazer minhas malas.

 - Corra. São uns 600 metros. Diga a Gretel... Que eu sinto muito. Vá!

 Assinto a ele, e saio correndo. Nesse momento, tenho quase certeza de que nunca mais veria Roys na minha vida.

 Fui até a casa vermelha e bati na porta, meio desesperada, torcendo para que a tal Gretel abrisse logo e que ninguém me visse.

 Uma moça pequena atende a porta, de cabelos castanhos e imensos olhos azuis.

 - Ahn… oi? – ela me cumprimenta, confusa.

 - Você é Gretel Barns? – pergunto, nervosa.

 - Sou… - a menina parece ter medo de mim.

 - Preciso falar com você. Posso entrar? Não é seguro para eu ficar aqui fora, se é que me entende.

 Gretel parece enfim notar minhas roupas sujas de um sangue que não é meu, me olha chocada e me deixa entrar.

 - Cigana? – pergunta. Eu assinto.

 - Acredite se quiser, vim a pedido de Thomas Roys.

 - Roys… o que aconteceu? – ela pergunta preocupada. Seria a esposa de Roys? Ou apenas uma empregada? Era difícil saber, mas as roupas simples indicavam alguma coisa.

 - Uma luta - ela explica - Em um... Café comunista onde eu trabalhava. Quase fui morta, e ele salvou minha vida.

 - Vocês... Por Deus! Ele está bem? Venha, vou te dar roupas limpas.

 Senti em Gretel uma boa pessoa. Logo passei a gostar dela. Sorrio.

- Obrigada. Bem, ele está, mas... matou uma pessoa. Um soldado nazista.

 - Ah, ele já matou mais gente… - murmura, parecendo não entender a gravidade da situação, indo até o próprio quarto e pegando um vestido para mim – Mas onde está ele?

 - Ele precisa fugir – explico, enquanto me visto na frente dela, meio que tentando esconder meu corpo - Assim que descobrirem o ocorrido, vão querer capturá-lo por traição... e ele me mandou aqui para lhe pedir que fizesse as malas dele.

 O queixo de Gretel cai. Ela fica paralisada por alguns momentos.

 - Anoy! Venha aqui. – ela grita, e uma menininha pequena e bonita corre para dentro do quarto – Pegue sua mala e arrume suas roupas. Vamos viajar, ok?

 A menina nem responde, apenas se vira pra mim.

 - Quem é você? – pergunta. Sorrio antes de responder.

 - Sou Esperanza Gonzalez – digo docemente – Eu sou… uma amiga de Roys.

 A menina sorri, e sai correndo em seguida.

 - Pra onde vamos? – Gretel pergunta. Encolho os ombros.

 - Eu não sei. Roys não chegou a citar para onde vocês vão.

 - Você não vai conosco? – Gretel pergunta, confusa. Aquela hipótese nem se passou por minha mente.

 - E por que eu iria? – retruco – Quer dizer, não me entenda mal, mas... nem conheço vocês.

 - Você acabou de testemunhar o assassinato de um Alemão! - Gretel dobra algumas camisas. - Vai morrer se não fugir.

 Sinto vontade de rir, mas apenas reviro os olhos.

- Senhorita Gretel, eu sou cigana. Acho que ver ou não o assassinato de um alemão não muda muita coisa.

 - Acredite, isso aqui vai se encher de nazistas. Venha junto. - Gretel olha bem nos olhos dela. - Por favor.

 Gretel parecia realmente querer que eu fosse junto. Talvez ela tivesse aquela mesma mania que eu tenho de se apegar rapidamente às pessoas. Ou talvez seu bom coração estivesse realmente preocupado comigo. Fugir com uma criança doce, uma alemã bondosa e um soldado honesto… não me parecia uma alternativa ruim. Respiro fundo antes de responder.

- Tudo bem. De qualquer forma, não tenho muita coisa a perder... – me calo por um momento, mas depois sorrio de novo – Tudo bem. Vou buscar minhas coisas. Se bem que… não posso voltar para o café.

 - Vestimos o mesmo número, não é? – Sorri – Se importa de emprestar minhas roupas?

 - Não, imagina – digo sorrindo pela generosidade da moça – Muito obrigada, Gretel. De verdade.

 - É o mínimo que posso fazer. Como você veio parar no centro de Berlim?

 Me lembro de tudo como aconteceu.

 - Uma francesa com bom coração e que agora está morta, muita fome e as oportunidades certas. – me limito a dizer.

 Gretel me olha de relance.

 - Parece que teve uma vida difícil…

 Penso novamente na minha definição de pesadelo.

 - Eu vivo num pesadelo – digo, pra ela e pra mim mesma.

 Gretel sorri pra mim em compaixão.

 - Já vivi assim um dia. Roys também me salvou.

 Sorrio com o pensamento.

 - Roys é um soldado um pouco diferente. Aliás... ele me pediu uma coisa. Onde fica o quadro de Adolph Hitler?

 Gretel me olha estranhando, mas diz mesmo assim.

 - Temos dois aqui. Um nessa parede ali e outro no quarto do amigo dele, ao lado.

 Vou até o quadro do Führer e o tiro da parede, revelando o cofre que Roys me disse que estaria lá. Girei a combinação: 382393. O cofre se abriu, revelando uma bela quantia em dinheiro – Precisaremos disso pra fugir.

 Gretel fica um pouco assustada, mas coloca o dinheiro dentro da mala de Roys e a fecha.

 - Pronta?

 Respiro fundo, pensando em como seria doloroso deixar Bruno pra trás.

 - Eu acho que sim.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Pobre Nadine, né?
Deixem reviews! Beijos!



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