As Sombras De Uma Vida escrita por Lady Winter


Capítulo 13
Capítulo 12: Festa do Sol


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores! Sei que sumi. Mas eu estava - francamente - pensando em abandonar essa fanfic, e ficar apenas com a The Archetypes sobre PJO. Porém, creio que meus ávidos leitores merecem um fim. Então, decidi continuar a fanfic. Espero que gostem do capítulo. :3



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Sabrina POV

Bruna estava muito animada com a festa de Mike. Talvez porque Ethan também havia sido convidado, e isso a interessava bastante. Amanda estava indiferente. Na realidade, acho que ela estava evitando festas desde que Chris e Clarisse haviam voltado. Quanto a Ana e Valentina – uma filha de Dionísio muito simpática que me ocorreu conhecer alguns dias antes -, ambas se recusavam a ir. Eu não as culpava, eu mesma possuía minha mente longe demais de algo referente a algum tipo de festa. Porém, Piper havia pedido com todo aquele jeitinho, com todos os argumentos de coisas boas que poderiam acontecer lá, e eu acabei cedendo após miseros dez minutos de falatório.

Decidi comigo mesma que não faria nenhuma besteira naquela noite. O que mais queria era manter minha mente longe de problemas. Me enfiei debaixo do chuveiro e deixei a água quente escorrer pelo meu corpo. Estava frio lá fora, então tomei a decisão de vestir um sobretudo por cima de um shorts e uma blusa. Calcei meu coturno e dei uma bagunçada na minha franja. Não iria me arrumar toda apenas para ficar enfurnada no canto do chalé de Apolo.

Após algum tempo, a porta começou a ser espancada com rapidez. Bufei, revirando os olhos, e murmurando algo parecido com um “já vou”. Lupo, que me olhava tristemente sentado ao chão, soltou um ganido triste.

– Você tem que ir mesmo? – ele choramingava, com seus olhinhos de lobo que caiu da mudança me fitando. Aquilo era tortura.

– Quanto drama, Luppy. Eu volto em algumas horas. – agachei para acariciar seus pelos, e ele se jogou melodramaticamente no chão, me fazendo soltar uma risada. Novamente, as batidas incessantes na porta voltaram a me importunar. Decidi abri-la de uma vez.

– Até que enfim, colega. – Tina bufou, com os braços cruzados, batendo o pé no chão impacientemente. Ao seu lado, Carol ria.

– Em primeiro lugar, eu não sou surda. Em segundo, pedi para esperar. E em terceiro, a próxima vez que você espancar a minha porta dessa maneira, eu a quebro na sua cabeça. – era inevitável. Rebater pessoas com meu sarcasmo era minha tentativa frustrada de ficar menos irritada.

– Uh, estressadinha. – ela acabou sorrindo, me puxando para fora e andando.

– Eu ainda não acredito que estamos indo para a festa daquele panaca inútil. – Carol suspirou, me fazendo repensar se estava tomando a decisão certa ao ir até lá.

– Pense pelo lado bom, vai ter coxinha. – Tina deu de ombros. É, devo admitir, era um bom motivo para comparecer.

– Boa noite – cantarolou Piper, chegando. Era impressão minha, ou ela estava feliz demais? Apenas retribui o cumprimento com a cabeça, sem muita animação. Eu nem havia chegado na festa, e já pensava no momento o qual poderia chegar no chalé, me enfiar nas cobertas macias e não sair de lá pelo resto do fim de semana.

– Animada, Pipes? – Carol me acordou dos devaneios de como minha cama deveria estar maravilhosamente agradável naquele momento. Piper negou com a cabeça.

– Ah, impressão sua. – porém, o sorriso estampado no rosto dela era inevitável. Havia um tempo que eu ouvia que ela estava de rolo com meu irmão-sumido. Aliás, em todo aquele tempo, muita coisa havia mudado. O assunto mais comentado do momento era “Jason Grace está solteiro”. Por algum motivo, esse assunto agradava bastante a Carol. Enfim. Bruna – a pequena, filha de Hefesto – me despertou de minha segunda crise de TDAH quando chegou saltitante, seguida pelo quase-namorado Ethan.

– Oi gente! – ela sorria e parecia flutuar. Ethan tinha um sorriso de canto travesso estampado no rosto. Eu não precisaria ser filha de Afrodite para entender o que estava acontecendo.

É engraçado como, quando tudo num assunto para você dá errado, começa a dar certo para outros. Piper estava se ajeitando com meu irmão, Carol estava se aproximando de Jason, Bruna estava quase num relacionamento sério com Ethan, e a Tina não parava de falar sobre um tal de Clovis. E eu? Havia levado um legítimo pé na bunda do cara que me friendzonou desde o momento que pisei naquele acampamento. Incrível.

Mas eu não sou de guardar rancor. Na realidade, eu enterro o rancor num túmulo fechado a sete chaves, e, quando preciso, tiro de lá tudo o que for necessário para jogar na cara da outra pessoa. Eu NUNCA esqueço. Esse é um dos meus vários defeitos. Sou extremamente rancorosa.

Voltando ao assunto, eu estava até que feliz por todos. Eu não me importava de ser a professora de equitação substituta, ou a “outra filha de Hades”. Para ser sincera, eu gostava. Porque era aquilo que eu era, e se tem uma coisa que aprendi com quem me criou, foi que sempre devemos nos orgulhar de quem somos.

Enfim, tempo vai, tempo vem, quando dei por mim, já estava há duas horas na festa. Eu não tenho muito a dizer sobre a decoração. Exceto que era cuidadosamente colocada em tons de cores quentes, e que, a todo lugar que eu olhava, havia algum tipo de bebida diferente. No piso de baixo, era aonde ficava a pista de dança, aonde alguns conhecidos meus passavam o tempo. No piso superior, era aonde aconteciam... Coisas entre casais. Por algum motivo acho que Nico e Piper estavam ali em cima. Não sei.

E eu? Eu estava simplesmente lá fora, tomando um ar. Ok, era extremamente estúpido da minha parte, arrastar tantas pessoas para aquela festa e ficar do lado de fora. Porém, tente entender a minha parte.

No momento em que pisei naquele chalé, já fui importunada pelo Michael. E, por algum motivo, apenas ouvir a voz dele já me tirava do sério. Não no sentido bom. Eu queria simplesmente pegar a primeira taça que visse e quebrar na cabeça dele.

Todas as meninas foram com os seus pretendentes, e o que me sobrou foi um copo de refrigerante e uma Katie Gardner muito bêbada que falava coisas extremamente loucas como “você lembra daquele dia que seu irmão bebeu leitoa”.

Então, na primeira oportunidade, deslizei para fora daquela música ensurdecedora e pude voltar a saber o que era respirar livremente. Sabe, nunca fui exatamente o tipo de pessoa que gosta de festas. Sempre preferi campo aberto, fazendas. Multidões, baladas, isso tudo não fazia meu estilo.

Então, ali estava eu, encostada na parede do chalé de Apolo, enquanto alguma música eletrônica bombeava as caixas de som, enchendo toda a região com o som psicodélico. Uma filha de Afrodite vomitava não muito distante, a minha esquerda, e eu podia ouvir vozes na parte de trás do chalé de pessoas fazendo algo que prefiro não comentar. O cheiro de maconha era sentido de longe e, a cada 5 segundos, podia-se ouvir um copo quebrando. Digo, ouvir não, porque a música era tão alta, que o leve tilintar do vidro estilhaçando-se no chão mais parecia um dos agudos da cantora.

O que eu mais queria era ir para casa. Cogitava com seriedade a ideia de sair dali, e apenas dizer que havia passado mal com os nachos podres ou algo do tipo. Porém, antes que eu pudesse desencostar da parede, eu o vi. Com sua blusa branca, suspensórios, e cabelo cacheado suavemente bagunçado e úmido, como quem saiu do banho a pouco tempo. Ele estava andando. E, talvez tenha sido loucura minha graças ao cheiro forte de baseado que envolvia o ar, mas eu poderia afirmar com toda certeza que ele vinha em minha direção.


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Notas finais do capítulo

Sabe aquele capítulo que você escreve e tem complicações em continuar? Esse vai ser um desses. Porém, espero que tenham gostado! Obrigada por ler. :3



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