As Sombras De Uma Vida escrita por Lady Winter


Capítulo 12
Capítulo 11: Conheço meus primeiros servos.


Notas iniciais do capítulo

Eae meu povo õ/
Bem, só vou dizer uma coisa: O Night quase me matou por causa do titulo ;-;
Boa leitura ;-; (O LEO É MEU)



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Sabrina POV

Olhei para o moreno desconfiada, mas por algum motivo decidi escutá-lo. Se era para ouvir besteiras, que eu ouvisse de uma vez. Virei-me para meus... Alunos, e sorri.

- Queridos, vão tentando, tudo bem? Usem as pernas. – eles assentiram e eu me virei, soprando a franja que caia sobre meu rosto e andando até onde Leo estava. Meu olhar se enrijeceu e minha postura se tornou fria, e pelo o que eu via, ele não parecia confortável. Eu não tinha culpa. Eu estava sozinha e me sentia patética, por isso me tornei arrogante. – Senhor Valdez. – minha voz era calma e gélida. – Posso ajuda-lo em algo? – ele respirou fundo.

- Eu creio que precisamos conversar Sabrina. Estou errado? – Minha expressão continuou a mesma. Ele estava do outro lado da cerca, e quando me virei, andando para o lado, ele me acompanhou.

- E... Sobre o que seria? – peguei uma rédea que estava pendurada na cerca. Ele levantou uma sobrancelha em dúvida, e recostou na mesma. Ele sabia que eu sabia. Suspirei. – Você tem cinco minutos.

__x__

Leo POV

- Então, você quer saber o porquê de eu não ter te matado?  - ela perguntou, com a voz lenta e duvidosa. Assenti desconfortável. Eu me sentia realmente um panaca perguntando isso para ela, até porque pelo jeito que ela era, eu poderia esperar de pé junto que ela seria fria e que me daria um perdido, me deixando sem resposta. Mas o que eu ouvi foi totalmente diferente. Ela simplesmente encostou suas mãos que estavam cobertas por luvas de montaria negras na cerca e disse. – Porque eu não quis.

- Ahn? – perguntei um tanto chocado.

- Não era sua hora de morrer. Eu simplesmente não quis. – seus olhos faiscaram estranhamente, e de algum jeito que eu sabia que era mentira. Que não era só por isso. Ela suspirou de um jeito cansado, passando a rédea pelo ombro junto de alguns panos. Pegou a sela que estava na cerca e segurou, e seus olhos castanhos voltaram preguiçosamente para mim. – Mais alguma coisa? – neguei com a cabeça, desconfiado. Ela se virou suavemente. – Não pense que acabou, Valdez. Eu ainda poderei ver minha espada perfurando seu corpo.

Sabrina POV

“Por tudo o que você me fez.” Completei, mentalmente. E a cada passo para mais distante dele que eu dava, palavras vinham a minha cabeça. “Mentira. Traição. Ilusão. Falsidade. Sarcasmo. Humilhação.” Fechei os olhos e respirei fundo, escutando os passos suaves dele indo embora.

__x__

No dia seguinte, Amanda me disse que precisaria de mim para mais uma coisa. Eu teria de dar aulas de montaria em combate. Não era algo como lutas e afins, era mais como aprender a cavalgar entre as árvores e dentro da floresta. Em compensação, meu horário dando aulas de montaria básica diminuiria, e eu teria de dar aulas apenas para uma turma. Por um lado era realmente bom para mim, pois me ocuparia e tiraria minha mente do maldito filho de Hefesto. Por outro, era basicamente cansativo, e eu deveria esquecer dormir tarde. Após o almoço, eu tinha horário livre, meu único horário diferente do das meninas, então decidi dar uma volta pela floresta. Lá então ouvi uma voz. Era grossa e fria.

- Malditas harpias... – ouvi então o som de um casco batendo no chão e um leve relinchar. Senti uma vontade absurda de me aproximar daquele som, e andei minunciosamente pelas árvores. E então vi um pegasus. Ele era negro, e tinha uma mancha branca no rosto, assim como manchas nas patas da mesma cor. Seus olhos eram vermelhos intensos, e uma de suas asas parecia deslocada. Bateu outro casco no chão, bravo. Pisquei, tentando ver se era mesmo real. A única coisa que se passava na minha mente era que aquilo era impossível, pois eu não sou filha de Poseidon, e consequentemente não posso falar com cavalos. Mas eu tinha certeza que havia ouvido aquela voz sinistra e indiferente daquele pegasus. Os seus olhos vermelhos voltaram-se para mim, estreitos. – O que é?

Andei para mais perto dele. – Você... Eu entendo você. – me senti patética falando aquilo, mas na hora foi inevitável. Ele revirou os olhos.

- É claro que entende. Eu sou um Cavalo Infernal. – senti vontade de rir. Cavalos Infernais não eram assim. Pelo menos não na minha mente... E eles não têm asas. Ele deve ter percebido minha vontade de rir, então se aproximou de um jeito suspeito. – Você está duvidando das minhas origens? – bufou e se colocou numa postura superior, algo meio difícil, pois ele já era bem alto. – Meu nome é Angus Nightmare Zekrom. Minha mãe é chamada como Swellow Highlight, a pegasus líder da primeira formação de Apolo, e meu pai é Shadow Sparkle, o Cavalo Infernal, chefe do clã de primeiro escalão de Hades. – ele falava se um jeito superior, como se aquilo fosse superimportante. Então acho que deveria concordar que era. – E você, devo suspeitar, é a filha de Hades. – assenti. Jogou a crina para o lado

- Meu nome é Sabrina. – ele bateu a pata como quem diz “Não diga.” – Sua asa... – murmurei, me aproximando. Ele recuou, desconfiado, mas depois de algum contato visual, deixou que eu me aproximasse. Toquei sua asa direita que era extremamente macia, e senti-o estremecer. – Deslocada. – murmurei. – Como você fez isso, rapaz? – perguntei, levantando uma sobrancelha. Ele apenas bufou e murmurou um “Harpias”. Eu teria bastante trabalho com ele, mas algo me dizia que iria valer a pena. Por um novo companheiro. Ele relinchou e disse.

- Pode sair dai cão. Ela não morde. – vi um monte de pelos cinza-escuros com cinza-claros saindo cautelosamente das moitas. Ele latiu, e uma voz fina foi ouvida.

- Olá. – ele dava um passo lento de cada vez, me analisando. - Meu nome é Ômega Lupo. – tá, aquilo era demais. Primeiro o cavalo, agora o filhote de lobo. Antes que eu perguntasse, Nightmare disse calmo.

- A alcateia de Lupo era serva de Hécate, por isso o dom da fala. Em um dia de missão, a alcateia foi morta e Lupo foi o único sobrevivente. – agachei-me, encostando a mão no chão e chamando o lobo para mais perto. Ele se aproximou cautelosamente e encostou a cabeça na minha mão. Acariciei seus pelos, e logo o filhote estava no meu colo. - Lupo era filho do Alfa. – continuou Night. – Por isso ele recebeu seu nome como Ômega. Na alcateia de Hécate, os líderes recebiam o primeiro nome com letras gregas. O pai era Alfa, como disse, o avô Beta, e assim em diante.

- Entendo... – disse, acariciando os pelos macios do lobo. Por algum motivo eu já havia adquirido um carinho imenso por aqueles dois. – Bem... Acho que meu gato Merlin não se incomodará em ter um companheiro. – os olhos do lobo brilharam animadamente.

- Sério? – latiu de um jeito ganido. Night me olhou interrogador, e eu apenas assenti. Antes que o pegasus pudesse falar algo, já comecei. – E o senhor, Nightmare, irá junto. Pelo menos até essa asa ficar melhor. Depois disso, você decide o que irá fazer. – acho que soei muito autoritária, pois ele nem ao menos retrucou. E hoje em dia é bem o contrário.

__x__

Não foi muito difícil convencer o Quíron sobre a estadia dos animais, ainda mais com o apoio de Amanda. O Sr. D. (sim, o deus do vinho. Gordo, baixinho e com calças floridas. Vá entender o gosto de aparência dos deuses) ao menos ligou, então foi bem simples. Consegui uma baia para o Night, e Lupo ficaria comigo. Carol disse algo sobre eu ter um irmão, mas eu estava mesmo é pouco me lixando. Se ele não estava lá, era porque não iria se importar com os meus animais.

Merlin também não pareceu muito incomodado com a presença de Lupo. O gato ficava no meu travesseiro e o lobo virou fã de deitar sobre meus pés, então não havia muito o que dizer. A não ser as tentativas frustradas de uivar do Lupo. Realmente dava nos nervos.

Para ele também foi bem fácil conquistar as pessoas. Todo mundo se apaixonava bem fácil pelo lobo, apesar dele realmente deixar poucas pessoas se aproximarem. Até agora apenas Carol, Feh e Bruna haviam conquistado essa proeza além de mim, e com muita luta. Lupo é realmente muito amável.

Agora, Nightmare foi um problema. O pegasus realmente não gostava de aproximação, e era necessário que eu fosse lá a todo momento. Sem contar às reclamações que ele dizia na minha cabeça, realmente dispensável.

Se você está pensando sobre o Leo, ele não voltou a me procurar. Fizeram-se 3 dias desde que eu respondi sua pergunta, e eu havia o visto apenas no refeitório. NÃO QUE EU ME IMPORTASSE! NÃO É ISSO!

Ah, quem eu estou querendo enganar. Eu apenas estava tentando mentir para mim mesma. Mas para todos os casos, eu não estava nem ai. Ele que se explodisse...

Enfim, eu e as meninas ficamos bem surpresas quando o famoso Michael veio na nossa mesa do refeitório nos convidar para a festa do chalé de Apolo. Para mim, era bem raro receber convites para festas, quem diria de pessoas populares.

E era muito menos comum receber olhares de indignação de filhas de Afrodite. E de um filho de Hefesto em especial. Para todos os efeitos, aquele cartão cinza em letras amarelas seria um jeito de tentar tirar minha cabeça de certas coisas. Agora, como seria a tal festa, isso eu teria que descobrir. E o único jeito de saber, era indo. E eu não iria negar uma boa diversão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3
Crédito total a mim sobre o nome dos animais, ataque de criatividade -q
Bem, até o próximo capítulo '-'
Sayonara meu povo õ/