Faraway escrita por Maria Lua


Capítulo 9
Frustração


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEEE, desculpa se estou começando a demorar, mas eu ando muito ocupada recentemente, mas agora vou tentar acelerar as coisas. Espero que gostem, e muito obrigada pelos pães pra meus mendiguinhos viuu? Beijoos



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Narração por Rose Weasley

Quando chegamos à minha casa a neve havia acabado de começar a cair. Ficaríamos aqui durante o natal, apenas umas duas ou três noites, e a neve estava atrasada. 

Assim que entrei em casa minha mãe veio correndo abraçar a mim e ao Hugo. Sorri e retribui ao seu carinho.

- Quanta saudade senti de vocês dois... Nossa, como estão crescidos! - minha mãe comunicou, mas eu reparei que ela estava olhando para mim ao dizer isso, talvez esquecendo-se um pouco do Hugo. Só então reparei direito o que ele havia me dito.

- Obrigada mãe, mas temos uma novidade para a hora da ceia! - falei, sorridente. Logo voltei-me para o Hugo e mandei-lhe uma piscada rápida. 

Nós havíamos combinado no trêm de avisar a todos apenas na hora da ceia, quando os Potter's e Weasley's estariam juntos.

- Hum... Uma surpresa, é? Tudo bem meus misteriosinhos... - mamãe falou, sorrindo largamente.

Eu tentei parecer sutil, mas todos repararam minha ansiedade na frase.

- Onde está o papai? - perguntei rapidamente.

- Ah... Seu pai... - mamãe broxou ao perceber a minha saudade de meu pai. Não era novidade alguma que ela sentia ciúmes de mim com ele. - Ele está lá em cima.

Logo eu saí correndo pelas escadas gritando pelo meu pai, e o encontrei no escritório dele, sorridente como sempre. Não esperei e corri ao encontro de seu abraço.

Senti o corpo dele pressionado no meu e me senti aliviada novamente. Ele beijou o topo de minha testa, e abraçada a ele eu senti minhas bochechas esquentarem em sinal de que eu estava frágil e que poderia chorar.

- Rose... Que saudades minha filha... Como vai tudo? Está tudo bem? - ele afastou o meu cabelo de meu rosto e eu o olhei nos olhos. Senti-me mal por ter fracassado com o meu plano de entrar para o time. Eu o havia prometido. Não aguentei e comecei a chorar. - Rose, o que houve?

Senti-me na obrigação de ter que esconder isso dele, e então menti. 

- Eu só estava com saudades... - abracei-o novamente, precionando minha cabeça em seu peito. 

- Ah filha... Está tudo bem, eu estou aqui... - ele acariciou meu cabelo, como em um cafuné. - E então... Como anda o quadribol?

Senti um peso na conciência ao ouvir sua pergunta. Eu não podia mentir para ele, simplesmente não era justo. Eu nunca menti para meu pai em minha vida.

- Está indo, talvez melhor que antes... - sorri sem jeito. 

- Ótimo, nesses três dias nós vamos jogar muito! Só nós dois, como nos velhos tempos... - ele sorriu abertamente para mim, esperando a melhor de minhas reações.

- An... Pai. Será que o Hugo pode treinar com a gente a partir de hoje? É que ele vai precisar. Você vai saber o motivo... Na ceia. - pedi, gentilmente. Ele pareceu meio confuso.

- Claro... Se por você e pelo Hugo tudo bem, para mim também. - ele sorriu, sem querer mostrar indiferença com o Hugo, mas eu senti que tudo o que o meu irmão falava era verdade referente aos meus pais comigo.

Após algumas horas finalmente chegou a hora da ceia, e todos os meus familiares estavam lá embaixo reunidos. Eu estava me vestindo no quarto. 

Minha mãe havia me deixado uma roupa que eu sinceramente havia adorado. Era um vestido vermelho com um laço na cintura, curto. Sorri com a roupa e desci.

Assim que cheguei na sala me deparei com rostos sorridentes. Aproximei-me e cumprimentei a todos, e logo nos sentamos para comer. Meu avô e minha avó começaram a fazer os agradecimentos, e ao terminarei em pedi a atenção de todos. O Albus já sabia o que eu iria pronunciar, e não havia dado sua opinião sobre isso. 

- Então gente... O Hugo tem algo muito importante para anunciar para vocês! - falei, forçando um sorriso.

Tímido, o Hugo prosseguiu com o meu discurso:

- É que eu... Hã... Eu entrei para o time de quadribol da grifinória, como goleiro. - anunciou rapidamente. Logo várias pessoas começaram a fazer vários comentários positivos e começaram a parabenizá-lo.

Eu fiquei um pouco na minha, com um sorriso trêmulo no rosto. Assisti o rosto do Hugo se estender em um largo sorriso satisfatório. Eu fiquei imaginando se eu tivesse entrado para o time como o esperado, o que seria desta cena? Novamente o Hugo estaria sentado e excluído em um canto, e eu seria o centro das atenções. Mesmo eu não tendo conseguido realizar aquilo que eu mais queria, de qualquer forma eu estava feliz pelo Hugo.

Assisti seu momento de glória enquanto ele relatava como foi o seu teste. Todos estavam entusiasmados com isso, exceto o Albus. Nós dois estávamos na mesa sentados lado a lado, com os braços cruzados, esperando a angústia terminar. Ele voltou-se para mim, falando:

- Você não devia ter feito isso.

- Isso o quê? - perguntei, fazendo-me de desentendida.

- Você sabe muito bem, Rose. O time vai se dar muito mal e podemos ser desclassificados só por causa do Hugo, que é um pirralho mimado. Você é a melhor goleira que eu já vi, e era você quem devia estar no time. - falou. Eu senti que ele estava aborrecido, mas entre mim, o quadribol e o Hugo eu prefiro o meu caçula.

- Você não entenderia... - falei, bufando.

- Realmente não entendo. - ele se levantou bruscamente e adentrou a casa, aborrecido. Comecei a sentir-me mal pelo que fiz, mas já estava feito. Eu só precisava esfriar a cabeça.

Levantei-me cuidadosamente da mesa para não chamar atenção, e me retirei. Saí de casa observando a neve cair gelada sobre mim, e sentindo o frio me invadir eu comecei a passear pela rua.

Crownley Connor é um vilarejo pequeno, mas muito habitado. Ficava a leste do Beco Diagonal, e era habitado apenas por bruxos. A maior parte de Hogwarts residia por aqui, mas era como se não fosse, pois durante as férias ninguém costumava andar pelo vilarejo - ou viajavam ou ficavam em casa.

Andando por ali com as minhas botas pretas já brancas por conta do gelo, eu avistei a única forma viva na rua. Logo eu reconheci a pessoa toda agasalhada em frente à casa dos Malfoy - Scorpius. Aproximei-me dele, mordendo os lábios receosa.

Assim que me viu ele se levantou para me cumprimentar.

- Rose... Oi. - ele parecia meio desconfortável, mas deu um sorriso de canto. Antes ele estava sentado em frente à sua porta, e agora estava em pé em minha frente, totalmente sem graça.

- Oi, o que faz aqui? É natal, não devia estar em casa comemorando? - perguntei, e nós dois sentamos em frente à porta de sua casa, um ao lado do outro.

- Bom, meus pais não são de comemorar nada, e eu estava sozinho em casa, então vim para cá pra fora... Mas e você? Sua família não devia estar reunida agora, como em todos os anos? - perguntou, parecendo meio triste por conta de sua realidade familiar. Não era novidade que os pais do Scorpius nunca foram muito carinhosos, e isso era de partir meu coração.

- Ah... Sim, mas... Eu saí no meio da festa. Estavam... Aplaudindo e comemorando com o Hugo por ele ter entrado para o time... - falei com bastante desconforto. Logo ele reparou, e balançou freneticamente a cabeça da esquerda para a direita.

- Arrependida? - perguntou.

Hesitei antes de responder. Eu não sabia. Eu sonhara com aquilo toda a minha vida, e ver que eu desperdicei minha chance para ver meu irmãozinho feliz era satisfatório. Porém eu sabia que não ia parar de doer tão cedo.

- Não, apenas um pouco frustrada, mas passa. - encostei a minha cabeça no ombro dele, e senti que o deixei meio nervoso. Estranhei, afinal ele era um dos caras que eu mais via com mulheres, apesar de minha intenção não ser essa, mas apenas me acomodei ao seu lado e fechei os olhos, procurando descanso.

Senti sua cabeça apoiar-se na minha, enquanto um encostava no outro, e logo o ouvi sussurrar:

- Feliz natal, Rose.


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Notas finais do capítulo

OHHHHHHHHHHHH QUE AMOR! Eu simplesmente amo esses dois u_u
Quem entendeu a reação do Albus? Quem aí ta com raiva do Hugo? QUEM AI AMA A ROSE COM O PAI? Uhuuuuuuuul, tamo junto!
BEEEEIJOS