Antes de continuar contando  a minha sina escolar gostaria de  acrescentar detalhes para voce caro leitor entender :as aparencias por mais que te  digam o contrario importam realmente.Eu por exemplo nao sou uma garota de madeixas douradas e lizas nos cabelos ou olhos esverdeados ou da cor do mar,nao tenho covinhas nas bochechas e elas nao sao rosadas como a de um bebê;eu nao sou alta o suficiente e nem tampouco tao magra quanto Priscila ou Natacha.A propósito meu nome é Anna,tenho 15 anos e estudo na estúpido colégio secundário modelo de princhgtow (nome estranho pra ser brasileiro mas as pessoas as vezes preferem ser anormais)que por falar nisso já está tocando o seu maldito sinal pra entrar;enxugo o resto das lágrimas rapidamente já que vou me dar mal por ter o caderno estraçalhado,melhor nao ter mais um motivo pra estragar o meu brilhante futuro acadêmico em alguma universidade importante.Ele toca mais uma vez ,corro e chego na sala o professor, já chegou mas nem pareceu ter percebido minha chegada e, eusento-me rapidamente.Demorou alguns minutos antes  que   ele começasse a falar mas garanto pareceu milésimos(quando se vai ser humilhado na frente de 25 alunos garanto que o tempo passa muito depressa)enfim a tortura começa:

''vou pedir o dever de cassa na ordem da chamada...''o professor fala remexendo em sua bolsa.

Quando vai se dar mal em ordem de chamada um nome com a é um pesadelo:por que nao Zuila ,ou Tuiza ou pelo menos um Érica?por que ser a segunda da chamada?

''alex...''

um dos alunos se levanta e vai até o birô.Agora é minha vez.

''Anna?''

as pessoas dirigem o olhar pra o fundo da sala(meu lugar) eu suspiro uma vez tentando nao chorar e o que consigo dizer é:

''nao  fiz professor''

o professor tambem suspira ajeita os óculos e fala pacientemente:

''Anna,se você que passar para o terceiro grau precisa se esforçar,esse trabalho valia um terço da sua nota ,nao preciso dizer que você está em recuperaçao.''

rizadinha no outro lado da sala rola sem parar.Lanço um olhar pra priscila um olhar furioso,de verdadeiro e puro ódio priscila solta um bejinho pra mim e eu sinto vontade de quebrar o pescoço dela...só por um pouquinho.

Depois de chamar todos os alunos o sinal toca e o senhor Wilson sai da sala as aulas passam lentamente ,tentoprestar atençao o maximo possível mas é difícil me concentrar.Já estou de recuperaçao em portugues e sei que também vou ficar em física.O ultimo período termina arrumo minhas coisas distraída quando sou cercada pela turminha da Priscila.Fingo nao reparar e nao demonstrar medo mas na verdade estou me tremendo:

''sabe garota,você até que é bonitinha.''

me pergunto o que ela quer dizer com isso.

''Mas tem um  probleminha: seu cabelo,que tal... melhorarmos pela primeira vez olho pra cima,me levanto e começo a sair ela nao desiste é claro e num impulso joga um ovo no meu cabelo.

Eu me viro devagar ,sabia que eu já estava chorando.Tentei falr mas as palavras saíram num balbucio:

''Por que  você fez isso?''

''Simples queridinha : só quero te ajudar a melhorar, se for  possível,esse seu visual convenhamos ele tá bem caídinho.meninas atacar!''

só consegui ouvir isso num minuto fui apedrejada do ovos,farinho e água que misturados faziam uma massa homogênia.

Priscila se aproximou do meu ouvido (tento cuidado pra nao tocar em mim) e sussurou:

''Foi só uma despedida pra você nunca se esquecer de Priscila Martins''

Pode deixar que  eu nunca ia esquecer ela mesmo ia ter pesadelos todas as noites com aquele dia.

Elas  saíram rindo e agitadas da sala.sozinha e chorando pensei com meus botoes:

''quero morrer''