Early In Love escrita por Bia Miranda


Capítulo 17
Um só coração


Notas iniciais do capítulo

Ainda tem alguém que lê isso aqui?
Eu não vou nem comentar os motivos da minha demora, porque são os mesmos de sempre. Eu sei o quanto é ruim quando você acompanha uma fic que o autor nunca posta, e eu sei que por causa da demora muita gente abandonou a fic. Só espero que não tenha sido todo mundo :/
Então, aqui está o capítulo.
Espero que gostem!
Beijinhos



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POV Narrador

Percy estava vendo The Big Bang Theory largado no sofá de sua sala quando ouve o celular tocando.

– Alô

E aí Perciana! O que está fazendo?

– Vendo TV, porque Nicole?

Ah, eu odeio esse apelido! Eu não sou mulher!

– Certeza?

Vai cagar Percy.

– Já caguei.

Nico riu do outro lado da linha.

Vem para cá.

Por quê?

Os meninos estão todos aqui. Ainda logo.

– Tá.

Percy desligou a ligação e se levantou do sofá. Subiu para o quarto e pegou as chaves do carro. Antes de sair de casa passou no escritório da mãe. Bateu antes de entrar e colocou a cabeça dentro da sala.

– Mãe, to indo para a casa do Nico.

– Só não volta muito tarde filho.

– OK.

A mãe de Percy estava trabalhando mais que o normal ultimamente. Ela tinha começado a escrever um novo livro e sempre que isso acontecia Sally ficava mais focada que nunca. E irritada também. Poseidon e Percy tinham que tomar muito cuidado, porque qualquer coisa que diziam podia ser mal entendida.

Nico morava a quinze minutos da casa de Percy e logo o garoto chegou. Tocou a campainha e minutos depois Bianca apareceu na porta.

– Percy! – a garota disse abraçando o primo. – Entra.

O garoto entrou na casa. O mesmo não estava acostumado a visitar a casa dos primos. Na última vez que tinha estado no lugar ele era pequeno.

– O Nico e os outros estão no quarto. – Bianca fala.

– Anh, é que eu não sei onde fica. – Percy murmura constrangido

– Ah! Desculpe Percy, eu tinha esquecido que você não vinha aqui faz tempo. Venha, eu te levo. – a morena o pega pelo o braço e o conduz pela casa. – Você precisa nos visitar mais, meu pai quase não para em casa, não precisa se preocupar.

– Eu não tenho mais medo dele. – Percy fala ofendido.

– Que bom. – Bianca tinha um sorriso no rosto. – Eu lembro que quando nós éramos pequenos, você não conseguia falar com ele sem tremer todo. Uma vez você até fez xixi nas calças!

– Eu lembro. Não era culpa minha, seu pai dava medo em todo mundo.

– E ele ainda te provocava. Todo vez que você vinha ele se vestia para parecer com um vilão de filme de terror.

– Uma vez eu me lembro de entrar na cozinha e ele estava segurando uma faca cheia de um liquido vermelho. Eu achei que era sangue, mas era só ele cortando a torta de morango.

– Aqueles eram bons tempos. Mamãe ainda estava viva e o papai não trabalhava tanto. – Bianca fala com um sorriso. – Às vezes ele nem volta para casa.

Percy sentiu um aperto no coração. Ele sabia como era difícil para Bianca e Nico. Perderam a mãe quando eram pequenos e o pai se tornou frio e viciado no trabalho.

– Eu sinto tanto Bi. – Percy sussurra abraçando a prima.

– Obrigada Percy. – diz a morena se afastando. – Se não fosse por você as coisas estariam muito piores. Eu consigo aguentar, mas o problema é o Nico. Eu fico com medo de ele fazer alguma besteira para tentar chamar a atenção do papai.

– Não se preocupe. Eu vou falar com ele.

Bianca assente enxugando algumas lágrimas.

– Vem, o quarto dele é por aqui.

[...]

Percy, Nico, Jason, Leo, Beckendorf e Luke passaram o resto do dia inteiro trancados no quarto jogando videogame. O de olhos verdes tentou falar com Nico em particular, mas com os outros no quarto foi praticamente impossível. Só depois de todos forem embora é que Percy teve sua chance.

– E a Sra. O’Leary? Eu não a vi em nenhum lugar.

– Com aquele tamanho, o único lugar que ela consegue ficar é no quintal. Eu vou te levar até lá.

Os dois garotos saíram de casa e foram para os fundos. Era um espaço bem grande, mas malcuidado. A grama estava sem vida, algumas flores estavam mortas no chão. Em uma parte a terra parecia revirada, como se algo tivesse destruído o que antes estava. Logo a frente havia a maior casinha de cachorro que Percy já vira. Imagina o cachorro que lá morava.

O mais alto não teve tempo nem de pensar e uma massa peluda e negra pulou em seu corpo, o derrubando.

– Sra. O’Leary ! Você está enorme! – disse Percy tentando se levantar.

Quando finalmente conseguiu, começou a acariciar a cadela. Fazia muito tempo que ele não a via.

– Quando minha mãe morreu, meu pai voltou aqui e destruiu tudo. Ela adorava o jardim sabe? E ele acabou com ele. – disse Nico olhando para o lugar.

Percy não tinha percebido que o moreno estava calado todo o tempo em que eles estavam ali.

– Eu acho que ele não queria nada que o lembrasse dela. É uma surpresa ele não ter se livrado de mim e da Bianca também.

Percy se postou ao lado do primo e colocou uma mão em seu ombro.

– Não fale assim Nico. Ele é seu pai, ele ama vocês dois.

– Sério? Porque às vezes não parece. Ele fica o tempo naquele maldito escritório. Eu nem vejo mais a cara dele! E quando eu o vejo, parece que ele me culpa pela morte dela.

– Seu pai tem um jeito diferente de lidar com a morte da sua mãe. Ele se isola. E mesmo sem perceber Nico, você também faz isso.

Nico ficou calado olhando para o chão.

– Já pensou em conversar com ele? Talvez...

– Ele não vai ouvir. – Nico o interrompeu.

– Tente. Você não está sozinho, você tem meus pais, sua irmã, eu, os garotos, as meninas também. Você não precisa se sentir sozinho, porque você não está.

[...]

Percy tinha acabado de jantar, estava sentando no chão do seu quarto olhando algumas fotos quando se lembrou de algo.

Levantou-se em um pulo e começou a abrir as gavetas retirando todo o seu conteúdo. Tem que estar em algum lugar. Pensou. Foi revirando papéis, fotos, roupas até que achou.

Era um colar simples. Possuía um cordão marrom e um pingente no meio. Era em forma oval e atrás estava escrito:

Percy & Annabeth

O garoto se sentou na cama com o coração acelerado. Tinha se esquecido completamente daquele colar. O colar que ele tinha comprado junto com outro para Annabeth. O colar que simbolizava a amizade deles. Agora parecia uma coisa besta para Percy. Mas ele tinha dez anos naquela época, só queria impressionar a melhor amiga.

Ele se lembrava do quanto ela estava linda naquela noite de natal. O jeito que ela sorria para ele e o quanto ela o deixava nervoso. Percy soltou um sorriso ao se lembrar dos momentos que passou com Annabeth. Parecia ser em outra vida.

Abriu o pingente com cuidado e observou o local vazio. Não havia foto porque naquela época ele não sabia o que colocar. Queria algo especial, mas não tinha pensando em nenhuma foto. Agora ele sabia.

[...]

Annabeth estava na casa de Silena e Piper. Thalia estava com ela. As quatro estavam conversando sobre os meninos quando Piper disse:

– Que lindo Annabeth! Onde você comprou?

Annabeth olhou para onde Piper apontava. A loira estava inclinada de modo que o colar que usava caísse para frente.

– É mesmo Annie, eu nunca tinha visto. – Thalia disse.

– Nem eu. – Silena concordou.

– Foi alguém especial que me deu. Alguém que eu não conseguiria esquecer. – disse tocando o pingente de coração.

Piper e Silena a olharam confusas. Enquanto Thalia trocou um olhar com Annabeth.

– Nem se eu tentasse conseguiria. – a loira sussurrou.


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Notas finais do capítulo

Bom, o Nyah está me avisando para não depreciar o meu capítulo, então... E mesmo que tenha ficado uma bosta, por favor comentem! Eu preciso saber se ainda tem alguém que lê a fic e quero saber a opinião de vocês.
PS: Vocês vão na Bienal? Meu sonho, só que infelizmente eu não moro em São Paulo e nunca que meus pais me deixam ir na semana antes das provas.
Beijinhos.