Cheguei em frente a enfermaria e a primeira coisa que vi foi minha pequena Luna deitada na cama ainda pálida, mas estava melhor do que estava a dias atrás. A sua volta estava o Mestre passando a mão em seus cabelos, e a polysca ao seu lado preparando medicamentos para a pequena. Na cama do la estava o Jun, mas ele não estava ferido e sim abalado com tudo que tinha acontecido nesses últimos dias. Por isso a Polysca decidiu dar um calmante para ele, todos ficamos angustiados por ver ele sofrendo pela morte do Pai, sua única família, mas como eu tinha prometido ele vai ser aceito por todos nós, pois agora somos sua família.

Assim que dei mais um passo para dentro da enfermaria o Mestre virou seu rosto para mim parando de fazer carinho em Luna, em seguida deu um sorriso cansado.

– Natsu. – continuei andando em sua direção. Olhando diretamente para Luna – Temos que conversar. – Parei ao outro lado da cama e me agachei, para que meu rosto ficasse da mesma altura que a dela. Coloquei minha mão delicadamente em sua cabeça com todo o cuidado, como se ela fosse se quebrar com um simples contato. – Natsu, eu sei o que você tem passado. Acredite todos estamos muito tristes com o desfecho dessa história, mas saiba que estamos aqui, pois somos sua família.

– Posso ficar um pouco sozinha aqui? – o Mestre fez algum gesto que não identifiquei para a Polysca e ela saiu.

– Natsu, você já foi... – o cortei

– Já sim Mestre, mas a Erza me tirou de la, disse que não estava me fazendo bem ficar lá, o que eu acho uma loucura. - falei isso ainda olhando para minha princesa. – eu fico louco por não estar lá.

O mestre deu um longo suspiro.

– Natsu ela está certa, se você ficar muito tempo lá só vai te fazer mal, e não se culpe meu filho, você fez tudo que estava ao seu alcance e mais um pouco, todos sabemos disso, então não se culpe.

Assim ele deixou a enfermaria, não aguentei e as lagrimas começaram a sair sem o meu consentimento.

– Por que todos que eu mais amo tem que ir embora? Agora somos apenas nos Luna...

Flashback on

– Por que está fazendo isso Lissana?

– Você não sabe? Nem faz ideia? - Acho que minhas expressões mostravam que não tinha muita ideia sabia que ela gostava de mim, mas isso não justificava nada suas atitudes. – Eu fiz isso por amor Natsu, amor, eu ama você desde pequena. – ela parecia que estava lembrando de tudo que passamos enquanto ela falava. – Nós fomos uma família muito feliz, eu, você e o Happy. Quando fui para Edolas e vi você com a Lucy, mesmo vocês brigando eu vi que os dois se amavam muito, mas eu tinha a certeza de quando eu voltasse você estaria aqui. Estaria me esperando, mas foi tudo diferente do que eu imaginei você estava com ela. – Ela apontou para Lucy suas lagrimas banhavam seus rosto. Via em seus olhos, tristeza, angustia, dor, sofrimento e raiva muita raiva. – Por isso que eu fiz tudo que eu fiz. Foi tudo por amor a você, mas mesmo assim você continuou amando ela, e quando ela voltou, tudo voltou com mais força. E para piorar tudo... – Ela começou a andar em volta de mim com a Foice na mão e a encostou no seu ombro. – Ela trouxe aquela fedelha ai que você não sai do pé dela.

Ela deu uma risada amarga e deu um berro no final.

– Quando fiquei sabendo da história da Luna e Lucy vi uma ótima oportunidade de acabar com as duas de uma vez. Com a chegada do Akio e do Jun eu achei que não ia precisar ir até o fim com os meus planos, mas não, ele estava disposto a entrega-la a você. – Ela olhou bem para os meus olhos e vi toda a dor que ela guardou por todos esses anos. – Mas se eu não posso te ter ela também não terá. – Ela parou e andou calmamente até onde eu estava. – Natsu, coloque ela no chão e deixe que eu acabe com a vida dela. Eu não quero lutar com você.

– VOCÊ ESTÁ LOUCA. – Eu respirei fundo para me acalmar. – Isso que você sente não é amor, é doentio o que você sente. Não posso acreditar que a Lissana que eu amava como minha irmã se tornou essa pessoa, eu não posso acreditar.

Estava tudo muito tenso o clima à nossa volta, foi quando olhei para trás e vi uma enorme Luz Azul se formar. Estava feito eu só precisava agora salvar a Lucy e leva-la até a minha casa e tudo estaria bem.

– Lisanna. – ela me encarava ainda com aquela máscara de agonia. - Acabou não tem mais nada que você possa fazer porque o ritual não está mais ligado nem na Lucy nem na Luna, acabou. Largue a foice.

– NÃOOOO, isso só acaba quando ela - apontou para a Lucy. – Estiver morta.

– Lissanna não quero te machucar. – O corpo de Lucy ficava mais fraco a cada momento, podia sentir seu poder magico se enfraquecendo com o passar dos minutos. – Agora tenho que ir. – Virei as costas e sai andando, isso foi o meu maior erro.

– NÃO. – Quando olhei para trás ela vinha correndo em minha direção com a foice na mão pronto para atacar.

Tudo passou em câmera lenta ela vinha correndo em minha direção pronto par atacar a Lucy eu virei e protegi a Lucy com o meu corpo virando de costas para lissanna, quando estava preparado para sentir a foice me apunhalar pelas costas ouvi o barulho de laminas se chocando olhei para trás e encontrei a Erza segurando a foice com a sua espada. Ela empurrou a lisanna para trás com força, como ela não estava acostumada com o peso da foice ela foi ao chão.

– Você não o ama, isso que você sente é apenas uma obcessão. Pois quando você ama alguém não suportar ver essa pessoa sofrendo. – As palavras da Erza parecem ter acertado o lugar certo, pois a Lisanna começou a chorar deitou na grama e parecia uma criança chorando. Até eu senti um pouco de pena. Erza voltou-se para mim – O que ainda está fazendo aqui, vá logo Wendy, Romeo e o Happy já estão lá te esperando.

Assim que ela terminou de falar olhei atentamente para ela, suas roupas estavam rasgadas, havi cortes por todo o seu corpo além de ver que estava bem cansada.

– Erza, o que... – Ela não deixou eu terminar.

– Aqueles dois eram bem fortes foi difícil lutar com eles, não sei explicar muito bem, mas o poder deles era enorme, O mestre ficou com a Yue e nós ficamos com o Keshin, foi difícil, mas conseguimos. Quando estávamos quase ganhando alguns guardas do conselho apareceram e os levaram presos. Então vim atrás de você, e aqui estou. Mas vá rápido para sua casa a Lucy precisa de cuidados.

Não precisou ela dizer mais nada sai correndo em direção a minha casa. Corria, corria, corria, em um momento durante minha corrida pensei ter ouvido a Lucy me chamar, mas acho que foi tudo minha imaginação. Assim que cheguei a cabana, Wendy me esperava na porta junto com Romeo, Happy e até mesmo a Charlie estava lá.

Levamos ela para dentro e deitamos a na cama, Wendy começou a fazer os primeiros cuidados. Depois de mais ou menos uma hora e meia Wendy ainda cuidava de Lucy e essa demora está me matando. Eu tirava os fios de cabelo que não paravam de cair no rosto de Lucy, mesmo naquelas situação ela continuava linda... não, ela continuava perfeita. Agora fazia duas horas, todos que estavam na luta na floresta já se encontravam na minha casa, alguns dentro dela outros do lado de fora, e até alguns que estavam esperando junto de Luna já haviam chegado lá.

Duas horas e meia, esse foi o tempo que demorou para que a Wendy parasse de cuidar de Lucy e virasse para nós, Charlie a estava ajudando junto de Romeo. Quando ela se virou para mim com os olhos cheios de lagrimas, branca e tremendo. Ela estava muito cansada, e usado muito poder para cuidar dos ferimentos de Lucy, principalmente aquele feito pela espada.

– Natsu... eu-eu não sei com-mo falar isso m-mais durante a lu-uta e-la perd-eu muito s-angue e a espa-pada perfurou um d-dos s-seus pulmões, eu... eu.. eu.. – Ela começou a chorar e a tremer nessa hora todos que estavam na minha casa estavam dentro do quarto ou na porta o mesmo do lado de fora pela janela. - eu fiz... e-eu fi-iz de tu-do, mas... mas

Ela não conseguia terminar e eu já esperava o pior.

– Fale Wendy, o que... o que você quer dizer com isso.

Ela respirou fundo Charlie e Romeo estava cada um do seu lado dando apoio a pequena maga, ela olhou para os meus olhos e falou tudo aqui que eu mais temia.

– Natsu, sinto muito, mas... mas acho que a Lucy não vai aguentar muito tempo, mesmo com os melhores cuidados. Ela vai embora junto das estrelas.