Reivax The Light. ( Reescrito ) escrita por Asmodeus


Capítulo 4
Cap IV: Verdades e Mentiras.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Espero que estejam se divertindo. à medida que a história avança ela se torna mais interessante e muito mais divertida.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/283645/chapter/4

Ynafetse estava já na rua de sua casa quando Reivax avistou a mesma e logo saiu correndo para acudi-la. Não perdeu tempo e a pegou pelos ombros com as suas duas mãos e a sacudiu.

- Você está bem Ynafetse? – Disse Reivax com suas mãos ainda sobre o ombro dela. – Eu perguntei se você está bem! Falou sacudindo-a de novo.

- Sim eu estou bem. Disse ela com os olhos opacos e entristecidos. Seu rosto parecia que estava sendo enxugado após várias lágrimas.

- O que foi aquilo? Perguntou ele sem entender o que tivera acontecido.

- Aquilo o quê? Disse ela como se não estivesse ali, apenas o corpo.

- Você saiu correndo de medo do nada. Agora vem com essa cara estranha. Diga-me, pode confiar, o que aconteceu? Disse ele em resposta com o rosto de dúvida.

- Olha Reivax, não sei se posso falar, mas quero preservá-lo. Isso que ocorreu, eu não quero que comente com ninguém entendeu? Quanto menos pessoas souberem disso é melhor. Não quero que você corra riscos, é uma coisa que apenas eu poderei resolver. Até no momento. Disse ela ainda com os olhos opacos e meio entristecidos.

- Não vai mesmo contar para mim do que se trata não é verdade? Disse ele torcendo um pouco os beiços.

- Não posso... – Ela abaixou a cabeça um pouco e depois olhou para o lado, voltou ao olhar para ele. -... entenda Reivax, isso é para a sua própria segurança. Não sei o que é, mas, por favor, não insista.

- Ok, mas você não está machucada não é? Perguntou ele ainda um pouco preocupado.

- Não, mas obrigada pela preocupação. Agradeço muito mesmo.

- Então eu vou indo. – Disse ele virando-se deixando para virar por último a sua cabeça. Seu olhar parecia preocupado.

- Até Reivax. Disse ela andando para a sua casa.

O garoto tomou seu caminho também, indo para a sua casa.

- Mãe eu cheguei. Disse ele bem alto após passar da porta.

- Bem vindo. Venha lanchar. Disse ela da cozinha de volta também.

Reivax subiu apenas de meias. Elas eram bancas. Os passos eram leves, nem se os ouvia. Chegou ao seu quarto e deixou a mochila em cima da cadeira do computador. Jogou-se de costas por cima da cama e respirou fundo. Ficou pensando em Ynafetse, correndo do nada e atravessando a rua de forma perigosa. Carros indo para os lados como se algo os puxasse, sem conseguir acompanhá-la na corrida.

Ao mesmo tempo Ynafetse estava jogada em sua cama pensando. Pensando no ocorrido. Vendo em sua mente todo aquele poder. Logo olhou para suas mãos como se esperasse algo sair dela ou até mesmo uma coisa anormal se manifestar através delas.

Janzo, bem longe dali, no mar para ser exato, estava de pé sobre a água. Não exatamente por cima dela, mas por cima de uma energia transparente que fluía dos seus pés. As asas abertas para os lados. O mar estava agitado e ondas vinham e iam. Uma onda com cerca de um metro veio por trás dele e bateu, mas a mesma energia transparente que fazia flutuar sobre a água lhe protegeu abrindo uma fenda naquela onda. Ela, por todo o resto, passou direto. Os olhos de Janzo estavam pretos dessa vez. Não apareciam pupilas, apenas aquela massa preta. Levantou o braço direito com a mão aberta para o alto. Sua pele começou a se desprender, apenas do braço, em pedacinhos pequeníssimos duros de espelhos. Ia descascando devagar, mas parecia infinito porque não demonstrava que estava terminando sua pele. Quanto mais descascava mais criava. Os pedacinhos iam-se unindo por cima até formar um grande espelho com cerca de 2m². Suas asas racharam das pontas até a parte que ligava a sua costa, quebraram-se e os restos sumiram no ar. O espelho deitado desceu e Janzo foi entrando naquele mundo paralelo até sumir. O espelho que usara para isso também se quebrou da mesma forma que as asas.

“- Mais um dia nasce na cidade de Tóquio. O sol veio como se quisesse ficar pelo resto da eternidade de tão bonito que está. Mas sempre um belo dia vem com uma triste notícia. É muito triste informá-los, caros telespectadores, que o navio de pesca japonês Aoi foi encontrado hoje pelos marinheiros a quilômetros de distância no fundo do mar. Os responsáveis pelo regate trabalham sem nenhuma hipótese de sobreviventes, já que o navio afundara exatamente há uns 3 dias. A perícia está sem nenhuma hipótese de como o navio afundou pois encontrasse intacto, pelo menos até agora. A rede de televisão Sakura irá mostrar pela noite as fotos dos marinheiros desaparecidos que conseqüentemente estão mortos. Até mais com mais notícias.”

Era a notícia que começava o dia. A televisão estava ligada quando o jornal da manhã anunciara tal noticia. Reivax estava tomando café na cozinha com sua mãe.

- Que coisa terrível. Eu sinto muito pelos mortos desse desastre. Disse Reivax olhando para a televisão

- Eu também sinto, mas ande meu filho tome logo seu café para não se atrasar para a aula. Esqueça isso.

Está bem. Respondeu ele com um sorriso na face. Levantou-se e foi embora. Saiu de casa e foi andando para a escola. Chegou à esquina aonde sempre ia com Ynafetse, o ponto de encontro dos dois ao irem para as aulas e também o de despedida quando voltam para casa. Esperou dois minutinhos, mexeu em seu celular para passar um pouquinho o tempo. Nada dela. Olhou para ver se ela se aproximava e nada. Olhou as horas e viu que já estava ficando atrasado, decidiu ir para a escola.

Andava cada vez mais rapidamente, tentava ir o mais rápido que podia. Chegou e entrou correndo desesperadamente pelos corredores. Quando dobrou de um para outro deu de cara com a diretora, quase cai por cima dela.

- Onde pensa que está indo mocinho? Com toda essa pressa? Disse ela olhando para ele, a diretora era mais alta que ele e o via de cima para baixo.

- Desculpa senhora, eu acabei de me distraindo e cheguei atrasado. Disse ele em resposta a ela abaixando um pouco a cabeça.

- Tudo bem, eu espero que da próxima vez não se distraia mais, seja lá com o que for. Pode ir para a sua sala de aula. Disse ela desviando o olhar e virando-se para ir a outro lugar.

- Obrigado. Disse ele de forma educada. Mesmo assim saiu correndo direto para a sua sala.

Ela viu aquilo e se virou novamente. Sua voz ecoou pelo corredor: “Nada de correr pelo corredor da escola garoto!”. Reivax ouviu e pôs-se a andar, mas mesmo assim bem rápido.

Bateu na porta enquanto o professor fazia a chamada. Olhou através dos óculos para a vidraça da porta e viu Reivax com cara de triste. Todos também olharam e começaram a rir. O professor acenou com as mãos para que ele entrasse. O mesmo adentrou na sala e fechou a porta. Ia-se encaminhando para o seu lugar quando o professor falou.

- Mais atrasado e já era noite, não é senhor Reivax? Disse o professor num tom um tanto irônico.

- Desculpe, estava esperando alguém e... – Ele olhou para o lugar de Ynafetse e não a viu lá. Procurou com os olhos pelo resto da sala e não a viu.

- “E” o que senhor Reivax? Perguntou ele com um interesse sobre qual seria a resposta do garoto.

- ... acabei-me atrasando. Disse ele já andando para o seu lugar.

- Esta tudo bem, mas observe que foi dessa vez. Na próxima nem se dê o trabalho de bater na porta. Eu não o deixarei entrar. Terá de esperar até o próximo tempo. Disse o professor numa forma de adverti-lo para que não cometesse o mesmo erro novamente.

- Está bem. Falou o garoto com o rosto de que não tinha gostado daquilo já sentado no seu lugar e pegando o caderno.

O professor continuou a chamada na sala de aula e Odranoel virou-se para falar com Reivax.

- Você não veio com a Ynafetse?

- Não a vi no local onde nos vemos todos os dias. Esperei por ela e ela não veio. Achei que estava aqui na escola, mas não está. Por isso atrasei-me.

- Entendo, mas não a vi aqui mesmo. Será que ela está doente? Perguntou ele com curiosidade.

- Não, com certeza não está. Disso eu tenho certeza. Disse ele virando-se com um rosto de preocupação.

O tempo passou mais rápido que eles poderiam imaginar.

- Apenas para reforçar, não deixem de fazer a atividade que eu passei. Da página 12 ate a página 14. Para semana que vem. Até mais. Ele havia pego suas coisas e estava saindo da sala. Havia agora um intervalo para eles. Era o professor na sua saída que reforçou a atividade.

- Eu vou ao banheiro agora. Disse Odronoel levantando-se da sua cadeira e saindo pela porta.

Foi andando por toda a escola até chegar ao banheiro. Apenas tinha ido lavar suas mãos e passar uma água no rosto. Foi realmente o que fez, lavou as mãos e passou a água no rosto. Abaixou sua cabeça quando mergulhou a face um pouco de água que juntaram nas mãos. Limpou o rosto e quando olhou para o espelho viu um homem com os cabelos pegando fogo. Vestia uma armadura estranha. Cobria praticamente todo o corpo exceto os braços e do pescoço para cima. Suas unhas eram grandes e pontiagudas, da cor laranja. Sua armadura preta e laranja deixavam um contraste de cores bem vivas. Sua estatura era normal, um pouco mais alto que Odranoel. Musculoso de certa forma, seus olhos azuis e pele branca com a boca um pouco rosada era sua característica facial que o deixava único. Sobrancelhas negras bem chamativas. Seus cabelos eram loiros, mas estava pegando fogo e levantados para cima. Odranoel abriu bem seus olhos e não acreditou no que estava vendo. Seus olhos arregalaram-se demais e ele ficou com medo. A imagem no espelho parecia de uma em um cinema 3D. Super interessante de se ver, mas ao mesmo tempo muito assustadora. O rapaz respirou fundo, estava sozinho dentro daquele banheiro e isso o deixava com ainda mais medo. Deu dois passos para trás e saiu correndo. A imagem continuou dentro do espelho e apenas o via sair de forma desesperada. Foi diretamente no local onde todos os oito ficavam. Apenas Odratime estava lá, mas era realmente quem ele queria ver.

- Odratime venha comigo agora mesmo! Não vai acreditar no que eu vi no banheiro.

- E o que seria? Perguntou ele sem entender ao menos do que se tratava todo aquele alvoroço.

- Não tenho tempo para explicar, venha logo! Disse ele em resposta ao garoto com os olhos tão abertos quanto antes.

- Está tudo bem, eu já estou indo. Disse Odratime correndo junto com Odranoel após ser puxado pelo braço.

Os dois chegaram ao banheiro, Odranoel ainda via o estranho ser com os cabelos pegando fogo por dentro do espelho querendo sair.

- Olhe isso! Disse Odranoel apontando para o espelho do banheiro. O local ainda estava vazio.

Odratime olhava e olhava tentando buscar algo que Odranoel quisesse, algo que seria praticamente anormal.

- O que tem demais nisso cara? Pergutou Odratime sem entender do que se tratava.

- Você não está vendo? Perguntou ele indignado com tudo aquilo. Alguns pensamentos vinham na sua cabeça de forma indubitavelmente confusa, era coisa de louco em sua opinião.

- Sim eu estou vendo. Apenas meu reflexo! – Disse ele torcendo os beiços com cara um tanto de raiva. – Você realmente não tem o que fazer não é? Disse ele dando-lhe as costas.

- Mas, mas... – Ele não conseguia terminar a frase direito. Parecia angustiado com tudo aquilo.

Acharia que estava louco então saiu dali rapidamente ainda com um pouco de medo e inconformado.

O dia acabou e o mesmo estava com a pulga atrás da orelha. Não sabia o que fazer, já que apenas ele via a criatura. Todos estavam saindo da escola, mas havia um visitante, novamente. Janzo estava no mesmo lugar do dia anterior. Seus olhos giravam e giravam para todos os lados procurando por uma pessoa. Na verdade ele estava esperando Ynafetse sair. Queria mais alguma coisa. Era uma criatura interesseira. Olhou todos saírem, mas não viu quem queria ver. Seus olhos pareciam manchados com a dor de muitos que já matara. Os adolescentes estavam rindo e conversando. Reivax encaminhou-se sozinho para seu rumo. Janzo notou algo estranho. Percebeu que ela não estava ali. Encheu-se de raiva e apertou novamente aquela mesma espécie de lança apontada para cima na frente da escola. Uma energia preta o envolvia e ele simplesmente desapareceu em milhões de pedacinhos que desapareceram no ar ainda invisível para todos os outros.

- Tchau, até amanha amigos. Disse Reivax tomando o seu caminho direto para a sua casa.

Longe ali estava Ynafetse, em sua casa. Deitava dormindo como um morto. Parecia que dormiria eternamente como a bela adormecida. Do nada acordou. Seus olhos abriram lentamente, bocejou e achava que ainda era de manha. Virou o pescoço e olhou para o relógio. Viu que já estava de tarde demais e que não era de manha. Ninguém em sua casa havia notado a sua falta. Sua mãe havia saído pela manha bem cedinho junto ao pai, antes mesmo dela acordar e não haviam voltado para casa.

- Guardião elementon? Isso que somos? – Disse ela em um breve comentário a si mesma. - O treinamento de um guardião elemento ocorre desta forma então. O sonho é um lugar apenas nosso. Que coisa inteligente, mas preciso saber como encontrarei os outros. Disse ela novamente com seu comentário.

Desceu para comer alguma coisa, depois foi tomar banho para ficar apresentável.

Odranoel chegou a sua casa meio que preocupado com tudo aquilo. Antes de entrar até olhou para os lados para ver se não tinha nada que o assustasse por perto. Pôs a chave na tranca, a rodou e entrou. Logo depois virou-se e fechou a porta. Não havia ninguém em sua casa, apenas ele mesmo que acabara de chegar. Seu pai vinha sempre com sua mãe muito depois de sua chegada do colégio. Foi para o seu quarto que ficava no andar debaixo. Deixou sua bolsa encostada na parede num cantinho do quarto e acendeu a lâmpada. Olhou para o espelho que ficava grudado na sua parede e apenas viu o seu reflexo. Por um instante viu sentiu-se aliviado. Chegou mais perto do espelho para ajeitar seu cabelo que viu bagunçado. O estranho homem de armadura com o cabelo pegando fogo apareceu novamente, mas agora era no espelho do seu quarto. Odranoel deu um grito parecendo de uma garota indefesa e desmaiou ali mesmo. Depois de alguns minutos ele acordou. A imagem continuava ali dentro do espelho olhando para ele. Respirou fundo e viu que aquilo não passava mais de uma alucinação.

- O que é você? Perguntou ele engolindo ar seco.

- Eu sou sua essência garoto. Eu sou definitivamente você.

- Como é? Está de brincadeira comigo? Disse ele irritado.

O ser do reflexo definitivamente não era malvado, mas era bem sarcástico.

- Brincadeira? Deve ser pelo fato de você estar doido. Falando com o próprio reflexo no espelho. Não acha isso estranho? Disse ele virando o rosto e torcendo os beiços.

Odranoel desviou o olhar vendo que a criatura estava cheia de razão.

- Não interessa, você é apenas um reflexo e isso não é normal.

- Claro você está louco e eu sou sua consciência avisando-o desse ocorrido. Disse de novo com sarcasmo e virando o rosto para o lado com beiços.

- Estou falando sério, quem é você? Perguntou Odranoel mais uma vez com dúvidas.

- Eu já disse, sou você! Será que não entende? Nossa como vim parar dentro de um humano tão burro! Resmungou o ser do espelho.

- Ei, se você diz ser eu, então está ofendendo a você mesmo!

- Pode ser, mas particularmente eu não ligo para isso. Vá dormir que seu rosto já está me enchendo a minha paciência. Disse a imagem que logo após sumiu.

- Que louco! Disse ele passando a mão na cabeça.

Reivax estava jogando um jogo em seu computador, mas mesmo assim estava distraído pensando ainda em Ynafetse. Em seu quarto estava solitário com seus pensamentos e distrações.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reivax The Light. ( Reescrito )" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.