Reivax The Light. ( Reescrito ) escrita por Asmodeus


Capítulo 3
Cap III: O primeiro poder.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem >.



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O sol raiava mais uma vez no país do sol nascente. Estava diferente, era um sol avermelhado, manchado de sangue. Aquilo durou apenas alguns minutos, quase uma hora na verdade. Na casa de Reivax o seu despertador tocava com o barulho irritante de sempre.

O garoto levantou e foi diretamente ao banheiro escovar os dentes. Estava apenas de pijama e o cabelo todo bagunçado. No seu quarto tinha um banheiro. Saiu de lá e desceu as escadas bem devagar, um tanto tonto pelo sono.

- Reivax venha logo tomar o café. Disse sua mãe.

- Estou indo mãe. Disse ele no final das escadas.

Sentou à mesa. Tomou seu café e subiu novamente para o seu quarto para que tomasse o banho. Entrou nu no box do banheiro. A água escorria pelo seu corpo liso enquanto se olhava no espelho que ficava bem de frente dentro do local onde tomava banho. Olhou para o seu reflexo e viu que seus olhos estavam diferentes, na verdade não eram seus olhos e sim os olhos do seu reflexo. Estavam como olhos de gato, vermelho e dilatado. Parecia hipnotizado pelo o que via. O espelho começou a ficar cheio de vapor de água e com sua mão ele limpou para continuar se vendo. Aproximou o rosto e ficou bem pertinho do espelho. Os olhos voltaram ao normal e ele caiu em si. Ficou sem reação para o que acontecera. Não lembrava o motivo pelo qual havia feito aquilo. Olhou para as suas mãos e limpou o vapor do espelho de novo, mas dessa vez com suas duas mãos. Ficou estranho e voltou a tomar banho.

Depois de uns vinte minutos já estava pronto para ir para a aula. Na trajetória da escola, na esquina para ser exato, ele se deparou com Ynafetse que já estava a sua espera. Ela o viu e deu um longo sorriso. Ele a retribuiu com um sorriso forçado, ainda pensava no que tinha acontecido mais cedo.

- Reivax, bom dia. Vejo que iremos para a escola e voltaremos juntos dela. Disse ela se aproximando dele e dobrando a rua.

- Ah, é mesmo. Respondeu ele ainda tímido.

Foram andando, não era um caminho longo das suas casas para a escola, mas passavam por várias lojas.

- Quando vamos nos reunir para fazermos o nosso... – Então ela olhou para uma vitrine e no reflexo da vidraça apareceu uma cena que jamais queria lembrar. Era o estupro da sua irmã mais velha. Parou de andar.

Reivax deu alguns passos e ficou pela frente dela. Virou-se ao perceber que ela havia parado.

- O que houve?

-... nada, não foi absolutamente nada. Respondeu ela com um tom diferente.

- Você parou de andar, pensei que tinha acontecido algo. Disse ele sem suspeitar de nada.

- Está tudo bem, não se preocupe.

- Tudo bem, eu não irei. Respondeu ele.

Os dois continuaram a andar. A besta-demônio já estava naquela cidade. Chegava voando por ali e mirava a cidade pelo alto. Foi até um prédio bem alto e pousou. Suas asas moviam-se de maneira estranha e diferente de qualquer outra coisa conhecida pelo ser humano que voava. Não foi um pouso qualquer, ele parou no ar e suas asas subiram. Logo foi descendo lentamente até tocar com os pés, brancos e gelados sem qualquer proteção, sobre a cobertura. Deu passos para frente até que olhou aqueles carros passando pelas ruas. A luz do sol batia nas suas asas que por sua vez refletiam aquele brilho chamando muita atenção. Ele percebeu que estava chamando atenção e então elas sumiram quebrando-se em vários caquinhos de espelhos que se dispersaram no ar e sumiram no mesmo.

- Eu não gosto de dias ensolarados assim. Disse ele com a voz mais sinistra que se pode imaginar. Era grossa e com falhas ao mesmo tempo.

Apontou a mão esquerda para o céu na hora em que estendia braço do mesmo lado. Uma energia preta azulada começou a se formar nas mãos dele e ficando cada vez maior. Um raio dessa cor saiu dela rapidamente e subiu aos céus. Sua energia se espalhou para todos os lados. Aquilo realmente chamou a atenção, mas por se tratar de um prédio alto seus pensamentos diziam que aquilo seria uma queda repentina de raio sobre um pára raio. Todos que passavam ali se assustaram obviamente, mas nada que fosse anormal. O céu, em 3 minutos, escureceu e dando o ar de que iria chover. Ventava e as primeiras gotas de água começaram a cair. Janzo fechou os olhos e elas caíam rapidamente.

Reivax viu que iria começar a chover e correu sendo seguido por Ynafetse. Ele foi mais rápido e ficou por debaixo da cobertura da escola, enquanto ela ainda vinha correndo. Ao por o primeiro pé naquele espaço uma das gotas caiu sobre a alça da sua mochila. Ela entrou e ficou ao lado de Reivax protegida da chuva, porém aquela gota escorreu sobre a alça e caiu no seu pescoço. Quando tocou a sua pele Janzo abriu os olhos rapidamente como uma surpresa.

- Nossa Reivax, que chuva repentina. Disse ela rindo.

- É verdade! Se não tivéssemos corrido teríamos pego uma chuva danada. Disse ele em resposta.

Eles se viraram e foram andando pela escola até sua sala, no meio do caminho avistaram Luj que estava escorada na parede.

- Já não era hora, fiquei entediada nos dez minutos que fiquei escorada aqui sozinha. Disse ela com a mesma cara de alegre de sempre.

- Desculpe-nos, viemos devagar porque estávamos conversando. Respondeu Ynafetse.

- Então vamos logo para a sala de aula. Disse Reivax puxando as duas pelo braço.

Andaram normalmente como qualquer outro grupo de pessoas pelo corredor. Ao chegarem à sala de aula todos que eram do seu grupo estavam ali sentados.

- Se eu realmente soubesse que todos estavam aqui, não teria esperado aquele tempinho lá fora. Disse Luj com sua voz delicada.

- Desculpe-me não sabia. Disse Odranoel com um sorrisinho meio que irônico.

Ela respondeu mostrando sua língua para ele de forma amistosa.

- Hoje minha manhã foi estranha, pensei ter visto algo no espelho do meu quarto. Disse Eart com um olhar de dúvida.

Reivax perdeu-se em seu pensamento. Seus olhos ficaram opacos pela incrível coincidência que acabara de ocorrer.

- Não fui o único a perceber algo de estranho pela manhã. – Disse Reivax apenas para si, na verdade foi um pensamento seu que ocorreu na hora em segundos. Depois disso, sua resposta veio de imediato, quase que depois que Eart terminara de falar. – O que exatamente você viu?

Ela abaixou sua cabeça por segundos, seus olhos pareciam buscar uma resposta para o ocorrido. Virou para ele e falou:

- Eu vi meus olhos vermelhos, pareciam me hipnotizar. Quando dei por mim havia batido meu rosto contra o espelho do meu quarto. Foi então que acordei.

Foi quando todos começaram a rir exceto Reivax. Pela porta da sala passou outro professor, ainda não tinham tido aula com ela.

-Bom dia gente. A aula vai começar agora, então todos aos seus lugares. Disse ele que já estava arrumando suas coisas por cima da mesa.

- Conversamos depois. Disse Reivax num sussurro para que todos ouvissem.

Todos responderam com uma piscadela ou aceno de mão. O tempo passava rápido e Reivax ficava olhando para a janela. O vento que batia nas árvores se encaminhava para todos os lugares da cidade inclusive até onde Janzo estavam. Batia em seus cabelos brancos. Brancos quase que por total, as vítimas do navio deram-lhe energia o suficiente para mudar o seu ar de poder. Ele estava ainda no mesmo local, sem sair de lá, olhando para cima todo o tempo. O vento que passava era depois da chuva rápida que teve, era super estranha. O dia não estava tão claro, ainda um pouco escurecida pelas nuvens.

O sinal tocou e o professor arrumou suas coisas depois de se despedir. Como numa escola normal daquele tipo os intervalos eram de 1 hora. Os alunos começaram a sair da sala e os oito continuaram ali. Eles começaram a mover suas cadeiras e formar um círculo. Todos ficaram ali.

- Eu tenho um mau pressentimento sobre o que tive mais cedo. Disse Eart.

- Eu acho que é muita coincidência tudo isso que você falou. Disse Reivax.

Ynafetse fugia com os olhos de todos, não queria que qualquer assunto do tipo chegasse perto dela, aliás, aquela lembrança atormentava sua mente, a lembrança que tinha visto através da vidraça daquela loja.

Coincidência com o quê? Perguntou Eart para ele.

Todos viraram seus rostos para Reivax inclusive Ynafetse, de forma que ela estava desviando um pouco o seu olhar. Também queria saber o porquê dessa coincidência. Ele respirou fundo e começou a falar.

- É porque minha manhã também foi estranha, eu vi algo no meu reflexo do espelho também. Não parecia ser eu entendem? Perguntou ele.

Todos concordaram com o aceno de cabeça informando um sim. Ataner olhou para Ynafetse sem intenção, mas viu que seu olhar parecia diferente.

- E você Ynafetse? Disse ela olhando diretamente para ela.

- Eu o quê? Perguntou ela meio avoada de tudo aquilo. Ficou com um ar de espanto e sem jeito.

- Ah não é nada. Não precisa se preocupar, eu estava apenas distraída. Disse ela virando o rosto para o outro lado.

Raios caíam do céu como uma lança afiadíssima passava pelo ar cortando-o. Na frente da escola estava a entrada e por cima do teto da entrada havia uma espécie de lança que fazia parte da decoração da escola. O demônio dos espelhos estava apoiado com o braço esquerdo nela apenas observando a saída dos alunos. Era finalzinho de tarde quando isso estava acontecendo. Procurava uma pessoa em especial. O mais curioso era que ninguém podia vê-lo. Era mais uma das suas habilidades, Janzo poderia refratar a luz a sua volta impedindo que ela o alcançasse formando sua imagem em qualquer globo ocular de qualquer pessoa, porém apenas apareceria uma escuridão e para reverter isso Janzo também curvava a luz para que a imagem atrás dele se formasse sobre sua frente. Isso se dava graças ao grande poder psíquico que ele tinha. Suas forças eram ilimitadas ao ponto de conseguir curvar a luz. Seus espelhos faziam todo o serviço. Foi então que Ynafetse saiu da escola e ele sentiu o cheiro dela. Seus olhos se viraram rapidamente para observá-la e notou algo estranho. Não era realmente o que procurava, mas sabia que era o que queria. Não estava da forma que pensara encontrar. Ela foi andando juntamente com Reivax pelas ruas até irem para as suas casas. Iam passando pela mesma loja que vira o que não queria ver mais cedo. Janzo pousou bem ao lado dela e por uma curiosidade o vidro mostrou sua imagem para que ela visse. Algo realmente inexplicável, mas de qualquer forma Janzo gostou daquilo.

Ela ficou ali, parada como estátua. Olhava freneticamente e cheia de medo para o reflexo no vidro. Virou para o outro lado e apenas via o outro lado da rua, virou de volta. Janzo percebeu que ela já o vira e por isso acenou para o espelho de forma aterradora. Ela arregalou os olhos e saiu correndo dali desesperada. Atravessou a rua sem pensar na frente dos carros, mas não foi atropelada.

- Ynafetse o que está fazendo? Disse Reivax aos berros correndo atrás dela.

Carros pararam na rua após frearem bruscamente. Ela dobrou a outra rua e foi correndo. Reivax não conseguiu acompanhá-la e acabou perdendo-a de vista. Ynafetse havia entrado num beco em saída.

Janzo levantou voo com suas asas de espelhos que se formaram rapidamente. Passou pelo ar cortando-o bruscamente. Passou por cima do carro que freou para desviar da garota e a força do seu voo arrastou o carro fazendo com que ele capotasse jogando o homem de dentro para fora. Seus olhos eram sérios e rapidamente achou a garota. Pousou ao lado da entrada do beco sem que ela o visse. Ynafetse foi até o final e se abaixou até sentar naquele chão. Pôs sua bolsa ao seu lado e começou a chorar. Um espelho surgiu bem na frente de Janzo e de dentro dele saiu um homem. Um loiro com olhos azuis, cabelo curto e musculoso. Sua aparência era de cansaço, medo e angustia. O espelho se quebrou em milhões de pedacinhos que sumiram no ar. O homem foi andando na direção dela bem devagar. Ela ainda estava chorando e quando foi enxugar a lágrima do seu rosto ela viu uma sombra estendida de um pouco longe. O Janzo tinha habilidades infinitas, poderia controlar qualquer coisa que fosse aprisionado em seus espelhos atribuindo-lhes poderes. Seriam espécies de marionetes.

- Uma jovem linda como você não pode ficar sozinha num lugar desses. O que fazes aqui? Disse ele.

Ynafetse olhou para ele e parou de chorar. Sua expressão facial mudou rapidamente para um tom de séria.

- Quem é você? Ela estava se levantando.

- Sou apenas uma pessoa que está interessada em você. Disse ele com um sorriso maléfico.

Mordeu os lábios com um ar de safadeza. Ia andando bem devagar até chegar.

- Não quero saber de você. Afaste-se daqui agora mesmo. Profanou-a com um tom de coragem encobrindo o medo que sentia.

Sabe de uma coisa, as palavras soam ao contrário para mim. Disse ele.

Janzo apenas observava tudo aquilo esperando por um resultado.

- Pegue-a agora mesmo! Disse Janzo nos pensamentos de sua marionete.

- Sim mestre, agora mesmo.

Ynafetse não entendia com quem ele estava falando e a cada passo dele ela dava um também. Ele desabotoou a calça jeans abrindo-a um pouco, logo após abaixou sua cueca colocando o que tinha para fora. Correu diretamente até ela na tentativa de estuprá-la.

Os olhos de Janzo brilharam e lembrou-se de mais cedo. A chuva rastreadora, coisa bem inteligente, mas não comum. Janzo viu seus piores medos e os transformou em poder para si. Viu sua irmã sendo estuprada, viu tudo ocorrer. Sentiu o medo de Ynafetse correr pelo seu corpo como uma droga que vicia. Seus olhos viraram para cima e tremiam freneticamente.

Ynafetse gritou e se levantou. Correu, mas foi impedida pelo homem que a agarrou com os dois braços e já ia abaixando a saia dela. A mesma resistiu demais deixando aquela ação meio que impossível. Ficou meio chato e Janzo decidiu aumentar o grau da situação. Os olhos do homem ficaram pretos totalmente e ele a jogou contra a parede com muita força e partiu para cima dela tentando matá-la. Seu braço virou uma espécie de espada grande de espelhos. Os olhos dela ficaram totalmente escuros. Na verdade estava roxeado. Transformou-se em outra personalidade. Apontou a mão esquerda para a ponta da lança que vinha na direção do seu rosto. A lança foi-se desfazendo aos poucos como se tivesse sendo derretida por um ácido muito poderoso. Janzo olhou com olhos arregalados para tudo aquilo, parecia tentador. Sendo bem rápida Ynafetse agarrou o homem pelo pescoço com sua mão direita e uma energia que brotava de dentro do seu corpo para fora ia passando para o corpo do rapaz. Era algo escuro e medonho. Seus cabelos começaram a subir e o homem ia ficando com a aparência de morto bem rápido. Suas veias pareciam saltar de dentro do corpo e apareceram todas. Ele ia secando ficando cada vez mais magro até que morreu. Ela o soltou e deixou cair no chão.

Depois disso Janzo saiu de onde estava aparecendo para ela.

Ynafetse virou o rosto rapidamente para ele. Sua feição séria poderia meter medo em qualquer pessoa.

- Quem é você? Perguntou ela.

- Você me vê, mas não pretendo matá-la hoje, pois ainda está muito fraca. Respondeu ele com sua voz estranha.

Sem responder ela correu rapidamente para cima do demônio dos espelhos. Mirou-lhe um soco no rosto, mas ele apenas desviou a cabeça fazendo com o que o braço dela passasse diretamente pelo ar. Mexendo o joelho a atingiu na barriga suspendendo-a bruscamente e deu uma cabeçada nela. Ynafetse caiu no chão babando e pondo a mão no estômago. Também estava chorando. Uma sombra cobriu Janzo que sumiu como uma fumaça. Ainda abaixada ali ela estava agonizando um pouco.


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