- Faz tempo que você vem sentindo esses sintomas? - Perguntou Ben anotando algumas palavras em seu bloquinho de anotações. 

                - Não. Eles começaram depois que da morte do meu avô - Respondeu a menina timidamente. Seu nome era Mary Jane e ela sofria de depressão. Ben tinha feito questão de tratá-la para ver se assim conseguiria entender melhor a sua própria filha. 

                Mary Jane tinha tentado se matar duas vezes desde que seu avô tinha morrido, sua expressão era de de alguém que podia tentar se matar a qualquer segundo, parecia triste, sozinha, abandonada. Ela vestia-se como Violet, usava o cabelo ruivo preo num rabo de cavalo folgado, os olhos claros estavam rodeados por escuras olheiras, seu rosto era completamente coberto por sardas. 

                - Você era muito próxima do seu avô?

                - Ele cuidava de mim, desde que eu nasci - lágrimas brotavam dos seus enormes olhos azuis - Meu pai nunca deu a mínima pra mim, acho que é porque eu sou menina e ele sempre quis um menino... Sei lá. E a minha mãe me largou com ele pra fugir para a Irlanda. Eu só... Só queria que alguérm se importasse.

                - Eu me importo com você - Disse Ben sorrindo de forma paternal, imaginando Violet naquela menina ruiva e sem esperanças - Pode contar comigo.

                 Os lábios de Mary Jane se repuzaram num sorriso tímido e o alarme que anunciava o final da sessão tocou. 

                Assim que Mary Jane saiu do "consultório", Ben se levantou e alongou suas costas. Conco horas e quatro pacientes depois, ele estava extremamente cansado. Queria deitar em sua cama, sentir o cheiro do cabelo de Vivien, sentir sua pele em contato com a dela...

                - Sr. Harmon - A voz de Moira o tirou dos seus devaneios e o trouxe de volta ao seu "consultório". 

- O que você quer, Moira? - Perguntou ele tentando parecer firme, mas sua voz o entregando completamente.

- Só quero saber se o senhor precisa de alguma coisa - Disse ela colocando-se na frente de Ben e desbotoando um, dois... Todos os botões do seu uniforme de empregada. 

- Moira... Saia daqui. - Disse ele, sendo traído novamente por sua voz. Ele estava evitando olhar para ela, pois sabia que se olhasse iria ceder a tentação de tirar completamente sua roupa e fodê-la ali mesmo, na mesinha de centro. 

Moira riu e empurrou-o para sua poltrona, Ben caiu como se fosse um boneco. 

- Você está muito tenso. - Disse ela sentando-se em cima de Ben, com as pernas abertas, deixando sua calcinha de renda preta a mostra - Me deixe te relaxar. 

Moira começou a beijar o pescoço de Ben, que a empurrou. Moira caiu na mesinha de cabeceira e começou a rir. 

- Quando você vai admitir que está doido por mim? - Perguntou Moira, dando um selinho em Ben e saindo do "consultório", abotoando sua roupinha de empregada. 

Ben esperou até que não conseguisse mais escutar o barulho dos saltos de Moira batendo no chão de madeira da casa, trancou a porta do "consultório", abriu o zíper da calça jeans e fez aquilo que qualquer homem saudábel faria depois de uma situação como essa.

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