Crônicas do Norte Livro I: a Feiticeira escrita por ririneu


Capítulo 9
Capítulo VIII




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/28340/chapter/9

Logo após o guarda cair do cavalo, morto, um dos arbustos se moveu, e dele saiu um homem grande e forte. Do outras partes da floresta saíram mais homens, todos altos e grandes. Estavam armados todos com espadas, com exceção de dois, que usavam arcos. Eram três vezes mais numerosos que nós e trajam peles de animais que pareciam ser lobos. Pareciam treinados para a batalha, e por causa de seus trajes não deviam ser simples bandidos. Olhando-os mais atentamente, pude perceber que todos tinham uma insígnia nas peles; na insígnia tinha esculpido um lobo em cima de uma grande pedra uivando para uma lua redonda, atrás do lobo havia mais uma matilha; esse emblema era muito conhecido para o povo da Grande Ilha. Era o emblema dos terríveis Urstragars.

 O líder do pequeno, embora mais numeroso que o nosso grupo, apareceu logo em seguida. Era um homem alto e forte, e, com ele, eram já três inimigos que tinham um arco. A sua túnica também tinha um emblema, só que este era diferente dos outros por um único motivo: o lobo que uivava para a lua tinha o que parecia ser uma coroa. Com um único gesto, o líder poderia simples atirar e mandar os outros dois arqueiros atirarem também, matando mais três do nosso já pequeno grupo. Um falcão apareceu no ar de repente e logo foi embora com um grande e estridente grito. Os Urstragars estavam só esperando a ordem para atacar, mas o seu líder estranhamente não dava a ordem. Todos os guardas, juntamente com Kraym estavam já preparados para lutar, de repente, o líder dos Urstragars deu uma ordem e todo o seu grupo obedeceu-a prontamente. Os guardas já começavam a correr para a luta, quando todos os Urstragars começaram a sumir para a floresta.

 Percebi a razão de sua fuga quando um grupo de soldados com a insígnia da Grande ilha começou a chegar. Todos estavam a cavalo e na frente deles, estava um guerreiro de estatura mediana, trajava uma armadura brilhante, luvas de aço, um elmo que lhe cobria a cabeça, mas perdia ver seus olhos que eram castanhos e também seu cabelo negro que terminava numa grande trança que lhe pendia pelas costas. No seu braço estava pousado um falcão; o mesmo falcão que havia avisado seu mestre da emboscada e que salvara nossa vida.

 O cavaleiro, ao aproximar-se, cumprimentou Kraym mais ficou muito triste ao olhar o corpo morto do soldado a cavalo.

 -Ele era meu amigo... - disse, fazendo uma pausa para recuperar-se do choque -  comia na minha casa, eu conhecia-o desde que tínhamos oito anos...

 Olhei para o homem que estava caído morto no chão. Ele tinha cabelos dourados e usava uma armadura que, infelizmente, não havia conseguido suportar a flecha.

 -Bem... Felizmente Lança - disse apontando para o falcão pousado no seu braço - conseguiu encontrar vocês e voltou para avisar-me.

 -Estou muito feliz por vê-lo, Urtin, chegou na hora certa - disse Kraym - se não fosse pelo seu falcão...

 Fez uma pausa, afastando os pensamentos sombrios.

 -Mais por que um grupo Urstragar tão grande estava aqui e como passaram despercebidos pelos guardas? - disse pensativo

 -Acho melhor voltarmos para a Enseada da Fortaleza e relatar isso para Trinor.

                            ~~~~~~~~********~~~~~~~~

 Depois que voltamos da floresta para a fortaleza, Kraym foi conversar com Trinor sobre a emboscada. Sobre Urtin, fiquei sabendo que ele e Kraym era amigos a muito tempo e que o jovem era um dos comandantes da fortaleza.quando ele chegou, tratou de organizar os seus exércitos e preparar eles para algum ataque dos Urstragars.Antes disso foi enterrar seu amigo que hávia morrido.

 Antes de Kraym chegar à pequena sala onde Trinor estava, chegou um criado e disse:

 -Senhor, sua esposa está ganhando um filho e está tendo dificuldades...

 Kraym não deixou o criado terminou e foi correndo para o quarto onde sua esposa Ingrir estava tendo o seu primeiro filho. Acompanhei-o até o quarto. Ao chegar nele, encontrei-o ao lado da esposa, dando força para ela e ajudando-a em tudo que podia. Ao lado de Ingrir estavam sua mãe, muito preocupada com o estado da filha.

 -Ela não vai sobreviver... - disse uma das parteiras - teremos de salvar o bebê pelo menos.

 Consegui entender o que ela disse graças ao ensinamento que Kraym estava me dando. Fiquei muito triste por ouvir isso e Kraym começou a desesperar-se enquanto sua mãe começou a chorar. Não, eu não poderia deixar que a esposa e, talvez o filho da única pessoa que me havia ajudado morresse assim!

 Comecei então a aproximar-se de Ingrir. A sua mãe, ao notar que eu estava aqui ficou um pouco receosa, mais, ao olhar para os seus olhos azuis, vi que estava secretamente suplicando que eu fizesse algo. Aproximei-me então de Ingrir, Kraym afastou-se um pouco mais não largou a mão de sua amada. Comecei então a usar o domínio da Arte curativa que minha mãe havia-me ensinado e transmiti energia para a esposa de Kraym. Um clarão luminoso estendeu-se na sala, deixando as parteiras paralisadas de medo. Eu sabia que usar qualquer tipo de magia em lugares estrangeiros poderia custar-me a vida, mas nesse momento só preocupei-me em ajudar Ingrir. Comecei a transmitir toda a minha força para Ingrir que começou a ganhar cor e força enquanto eu começava a sentir-me fraca. De repente escutou-se um choro. O bebê havia nascido!

 A mãe de Ingrir começou a chorar de alegria e Kraym, pelo visto, ficou muito aliviado. Uma mancha escura começou a dominar-me, até que uma grande onde de fraqueza tomou-me o corpo e cai desmaiada no chão do quarto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Crônicas do Norte Livro I: a Feiticeira" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.