Crônicas do Norte Livro I: a Feiticeira escrita por ririneu


Capítulo 8
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Obrigado por todos que estão lendo^^



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 Vi a entrada de uma floresta e avancei, sem medo. Ao entrar na floresta, descobri que tinha um trilho que levava a uma montanha. As árvores dessa floresta eram-me estranhamente familiar; eram árvores centenárias, com grandes rugas e com galhos que pareciam braços curvados pelo tempo. Havia diversos tipos de carvalhos e muitas outras árvores, todas emanando uma espécie de magia muito antiga, quase milenar. O trilho para a misteriosa montanha era coberto de gramas muito novas, poderia dizer que nunca murchavam, o orvalho cobria-as e deixava-as brilhantes, formando um caminho muito bonito. Havia também grandes rochas que iam subindo, juntamente com a grande montanha. Avancei em direção ao trilho. Enquanto me aproximava, um nevoeiro místico e colorido começou a cobrir-me. Comecei a sentir uma brisa leve e quente enquanto o misterioso nevoeiro cobria-me. Avancei durante pouco tempo, e logo alcancei o topo da montanha, ficando pasmada ao olhar o que estava a minha frente. Uma gigantesca pedra, muito larga erguia-se até aonde a vista alcançava, mas não foi isso que me deixou impressionada. Envolta da pedra, faíscas de pura multicoloridas estavam envolta da pedra, enquanto dela emanava uma Magia infinita; uma Magia que vinha do berço da Terra. Esta era a misteriosa Pedra do Tempo e eu estava na Montanha Ancestral, na Floresta dos Lobos.

 A Pedra do Tempo, apesar de todo o seu poder, não foi a única coisa que me atraiu a atenção. A pouca distancia dessa misteriosa pedra, uma caverna erguia-se do meu lado. Senti uma vontade irresistível de avançar até ela; como se a força da Magia que vinha dessa montanha sagrada levasse-me até ali. Avancei até a caverna e, ao entrar, a porta da caverna fechou-se atrás de mim, mais, misteriosamente, não fiquei preocupada com isso. A caverna era imensamente grande, na parte de cima dela havia enormes cristais de diversas cores, dando um espetáculo maravilho. Continue caminhando na ampla caverna até deparar-me com uma única passagem. Ao entrar, encontrei uma pequena sala. Nessa sala existiam diversas escritas e imagem de dragões, no centro da sala, existia um pequeno buraco. Em cima desse buraco tinha um grande cristal que emanava uma luz em linha reta até o fundo do buraco. Aproximei-me do misterioso buraco e deparei com um grande ovo. Esse ovo tinha grandes manchas e pintas coloridas de apenas duas cores em volta de si. As cores dessas pintas eram de um azul muito claro enquanto as outras manchas eram de da cor oposta: uma de cor vermelha, muito intenso, que ao ser olhado, transmitia uma grande animação e vigor para mim enquanto a outra cor, o azul claro transmitia uma sensação de paz de calmaria. Esse misterioso ovo pulsava com uma energia mística extremamente poderosa. Aproximei-me mais dele, mais de repente, senti um forte puxão e comecei a ser sugada numa espécie de redemoinho.

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 Acordei no pequeno quarto que Kraym havia me dado banhada em suor. O quarto era um pouco amplo, com alguns moveis e duas janelas, uma delas tinha um enorme carvalho que levava em direção a floresta. Teria sido tudo um sonho ou mais uma das misteriosas Visões, com a que minha mãe havia tido quando meu pai fora ferido? De quem era o ovo que eu havia visto? O que guardaria em seu interior? O que significaria o sonho ou Visão?

 Não pude continuar com as perguntas quando a porta do pequeno quarto abriu-se.

 -Bom dia, Pequena - disse Kraym, com um sorriso.

 Fiz gestos, dizendo "bom dia". Estranhamente, ainda não estava conseguindo falar, como se algum feitiço tivesse sido lançado em mim. Eu ainda pouco entendia o que o resto das pessoas da Grande Ilha falava por que ainda não entendia a sua língua. Kraym era a única pessoa com que eu conseguia comunicar-me, por esse motivo Kraym estava me ensinando a sua língua materna. Eu estava conseguindo aprender com bastante facilidade, apesar da dificuldade da língua que era composta de diversos símbolos.

 -Hoje eu irei levar-te até o Norte da Grande ilha, como você havia-me pedido - disse Kraym.

 Eu estava na Enseada da Fortaleza há mais de uma semana e não havia visto quase nada dela, embora ficar trancada no pequeno quarto não fosse tão ruim por que eu estava conseguindo treinar o domínio da Arte. Eu havia progredido bastante no domínio da Arte, conseguia até mesmo fazer uma pedra que seriam necessários dois homens para move-la. No começo de minha aprendizagem da Arte, minha mãe havia-me ensinado sobre a existência das pequenas partículas, que eram as que compunham o Mundo. Graças ao conhecimento dessas partículas era possível que até homens sem sangue mágico fizessem alguns "truques" de mágica. Eu já estava conseguindo dominar bem o elemento da Terra, mais com o fogo era muito mais difícil e com a água quase impossível. A terra não era muito difícil de controlar por que as suas partículas eram sólidas e não se moviam; com o fogo já era mais difícil por que suas partículas se moviam e muitas vezes eram muito difíceis de controlar; ainda mais para criar uma chama que não queimasse o seu criador; as partículas da água eram esguias e quase impossíveis de controlar. O ar já era diferente: tinha partículas fáceis de controlar, sendo o elemento básico que um Feiticeiro aprende a controlar, embora seja o elemento que consome energia para se utilizar, sendo usado raramente por um Feiticeiro experiente.

 Depois de uma semana inteira dentro da Enseada da Fortaleza, finalmente Kraym iria me levar até o Norte da ilha. Ele iria acompanhar-me, sem escolta por que não via movimentos inimigos há muito tempo, mas Trinor insistiu tanto que Kraym aceitou levar um pequeno grupo de cinco homens com nós. Ao sair fiquei novamente maravilhada com as grandes florestas verdes que se vivam a nossa frente.

 Os soldados estavam muito bem equipados com dois deles montados sobre cavalos. Eles conversavam animadamente enquanto Kraym ia à frente e eu um pouco mais atrás. Estávamos já muito distantes da Enseada quando de repente, os guardas estacaram. Só nesse momento percebi que haviam parado de conversar e que os pássaros cantando e  os outros habitantes característicos da floresta não estavam fazendo barulho. De repente, uma flecha assobiou o ar e foi cravar-se no peito de um dos guardas a cavalo, fazendo cair morto no chão.


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Notas finais do capítulo

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