Crônicas do Norte Livro I: a Feiticeira escrita por ririneu


Capítulo 7
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

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A Enseada da Fortaleza, como Kraym havia me contado, era uma grande fortaleza, na parte Sul da ilha. Nesse lugar, viviam centenas de pessoas, quase todos camponeses. Trinor era filho do comandante da fortaleza. Kraym havia me contado que o ataque ao vilarejo havia sido feito por um único motivo: reabastecer os suprimentos da Enseada da Fortaleza, eu havia sido capturada por um acaso, Kraym era a única pessoa que estava me ajudando, mesmo o resto dos guerreiros não faltar com o respeito, mal haviam se apercebido que eu estava com eles.

 A Grande Ilha era um lugar aparentemente magnífico para quem sempre vira quase sempre apenas neve; grandes e luxuriantes florestas cercavam a ilha inteira, pelo que percebi também havia muitas cavernas. Kraym havia me contado também que, muito longe da fortaleza, na parte Oeste da ilha, havia uma aldeia muito pequena, onde havia um pequeno grupo de moradores. Eles eram druidas. Minha mãe havia que contado que os druidas viviam em comunhão com a natureza e que eram pessoas que habitavam as grandes florestas. Eles também eram um grupo seleto de pessoas que possuíam grandes poderes sobre a natureza e também conheciam segredos desconhecidos pelo resto da população. Mas ao Norte da ilha, de acordo com Kraym, era onde vivia a maioria da população, quase totalmente de camponeses. Nessa parte da ilha havia um grande império, do qual a Enseada da Fortaleza o território principal de defesa. Kraym havia me dito também que havia diversas aldeias espalhadas pela ilha. Havia, ao todo, cinco generais de guerra que protegiam os vilarejos, e Trinor era um deles.

 Ao desembarcarmos, fiquei impressionada com o que vi. Duas grandes torres ficavam na parte da entrada, onde um grande arco de marfim estava sendo segurado pelas torres. Antes de passar pelo arco, com o resto dos guardas, dei uma olhada em volta: uma grande aldeia ficava a pouco menos de um quilometro de distancia da Enseada com várias casas e uma população razoável. Ao passar pelo arco, entramos no que parecia ser um grande castelo. Ele parecia maior por dentro do que por fora; tinha um grande salão central imagens em relevo de grandes batalhas, certamente de batalhas que haviam sido muito gloriosas. Parei em um relevo que mostrava uma grande batalha, homens guerreavam e um deles chamou minha atenção. Seus cabelos eram marrons, ele trajava um traje de guerreiro, mas ao mesmo tempo diferente dos outro: tinha linhas douradas na armadura, seu elmo tinha uma pena azul, calçava borá de acho e usava luvas feitas de um material muito raro, que eu não consegui identificar. Mais o que mais me chamou a atenção foi o colar que ele usava no pescoço: um globo cintilante, em forma do olho de um dragão e dentro do misterioso colar havia um orbe igualmente cintilante. Esse colar era muito parecido com o do meu pai.

 -O seu nome era Gramar, ele fora um grande herói nessa batalha - Kraym disse, aparecendo atrás de mim - Foi graças a ele que a Enseada da Fortaleza foi construída.

- Trinor nunca conheceu sua mãe, apenas seu pai, mas ele desapareceu misteriosamente numa batalha contra outro povo, os Urstragars, o seu nome era Urtrar e ele havia sido o atual líder da Enseada, por isso Trinor é agora o comandante da fortaleza.

 Ele também me contou várias outras coisas, tal como a história da Enseada.

 -Há quase cem anos atrás o povo da Grande Ilha era atacado por um povo misterioso, chamado Urstragars.Esse povo era muito agressivo, matando todos que viam, por isso, um dia, Gramar, um leal guarda do rei, e seu amigo intimo, decidiu ir lutar contra os invasores.Esse povo que atacava não tinha apenas grandes e fortes guerreiros como também um poderoso Feiticeiro, seu nome era Turamar, por esse motivo, o povo era temido por todos os lugares onde passava.Nesse tempo o povo era governado pelos Urstragars. Centenas de pessoas viviam nas cadeias por causa da injustiça dos Ustragars, muitas pessoas morriam diariamente, à fome predominava sobre o nosso povo, em suma, a morte e injustiça comandavam tudo.

 "Gramar pediu a ajuda do rei e este lhe concedeu quase todos os seus guerreiros, ficando apenas com uma pequena parte do exército. Quando os Urstragars perceberam que um exército marchava em sua direção, mobilizaram todo o seu exército contra o inimigo. A batalha ocorreu quando o sol nasceu, no décimo dia em que os exércitos apenas se olhavam, sem se movimentarem. Nessa batalha colossal, grandes heróis morreram e, no final, quando a vitória parecia certa para os Ustragars, Gramar conseguiu matar o comandante do antigo exército, Nirum. Com a morte de seu comandante, o exército inimigo partiu em debandada, mas o Feiticeiro Turamar deu um duro golpe do povo inimigo: partiu em direção ao castelo do rei, quase desprotegido e assassinou-o. Ao saber disso, Gramar partiu enfurecido para o castelo do rei.

 "Ao chegar lá, deparou-se com uma terrível cena: todos os guardas do rei estavam mortos, com mascaras que denunciavam horrível dor antes da morte. Ao chegar à torre onde o Feiticeiro havia matado o rei, encontrou ali. Ocorreu então uma colossal batalha entre o valoroso herói e o perverso feiticeiro. Gramar conseguiu vencer o feiticeiro, mas, antes de Turamar morrer, lançou uma maldição em Gramar. Gramar, então pegou o colar que tinha ao pescoço, presente de sua mãe, e trancou a essência malévola do Feiticeiro em seu interior.

 "O herói, depois da morte do feiticeiro, encontrou numa sala do castelo uma entrada secreta, na qual achou um bebê. Esse pequeno bebê era Urtrar, o pai de Trinor. Gramar havia cuidado dele como se fosse seu filho. A paz, por fim estalou-se, mas com o rei morto, não podia haver restauração do reino, então o povo elegeu Gramar como o rei. Mesmo não querendo ser rei, pois ele era uma pessoa humilde, mas mesmo assim acabou se tornando o rei da Grande Ilha. Ele construiu a Enseada da Fortaleza para defender o povo contra ataque vindos do Sul. Também elegeu cinco homens de sua confiança para se tornarem generais e defender o povo contra invasores. A maldição lançada por Turamar teve logo seus frutos: Gramar ficou doente de uma misteriosa doença que nenhum médico conseguia curar, morrendo após um ano de dores intensas causadas pela doença.

 "Com a morte de Gramar, o povo voltou a ser atacado, caindo na pobreza e na miséria. Pouco depois disso, veio um barco viking com uma vela branca. Eu disse para não o atacarmos, mas o povo estava sedento de vingança, e por isso mataram a tripulação. Com as riquezas que lá havia, a Grande Ilha conseguiu recuperar-se e é atualmente governada pelo rei Joniham, que vive ao Norte da ilha e herdeiro único do antigo rei; Masram."


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Notas finais do capítulo

Se possível, eu queria reviews, generosos leitores '-'



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