Crônicas do Norte Livro I: a Feiticeira escrita por ririneu


Capítulo 15
Capítulo XIV


Notas iniciais do capítulo

Eu queria me desculpar pela demora, mais pelo menos consegui escrever o próximo capítulo.
Tomei uma decisão: os títulos de cada capítulo mostram um pouco do que vai acontecer ou dão uma idéia, além de serem uma das partes mais díficeis para eu fazer, então quero dizer que começarei a fazer os títulos em números romanos, espero que isso não prejudique a história. Bem, não quero consumir mais tempo que vocês poderiam estar lendo, então boa leitura!



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 O astro solar iluminou o quarto onde eu estava dando-me nova força e alento. Eu iria conseguir salvar meu pai, mesmo ainda não compreendendo muitas coisas. Eu já estava a algum tempo na Enseada da Fortaleza, tempo suficiente para eu conhecer muitas pessoas que moravam nessa espécie de fortaleza. Kraym era uma pessoa que, apesar de trabalhar no campo de batalha como médico era uma das melhores pessoas que eu julguei nunca encontrar na Grande Ilha quando nela cheguei. Além de ser um pai extremoso, cuidando sempre do seu filinho e de sua esposa Ingrir em primeiro lugar, também era muito bondoso para com mim. Trinor era aparentemente uma pessoa severa e organizada, mas também era muito sábio e tinha uma boa alma, talvez devido à educação recebida pelo herói Gramar. Ingrir era uma jovem de coração tão caridoso e bondoso como o de seu esposo, Kraym, além de também sempre me ajudar no que pode enquanto não está cuidando do pequeno Hilian. A minha voz estava começando a querer voltar, mas ainda era muito estranha essa questão. Poderia ser que a feiticeira que eu havia visto na prisão tivesse sentido minha presença e lançado alguma maldição... Pensando nesse assunto, lembrei-me do jovem que eu havia visto. Ele não parecia ser realmente um prisioneiro... Antes algum refém. Os seus olhos cor violeta eram realmente diferentes de tudo que eu já havia visto...

 Abanei a cabeça. Eu já tinha coisas de mais a me preocupar, tudo seria explicado no seu devido momento. Vesti-me rapidamente e comecei a dirigir-me para o pequeno quarto da jovem que havia sido ferida. Abri a porta sem muito cuidado, entrando. Kraym realmente havia feito um bom serviço... O braço que antes estava sangrando abundantemente, agora havia parado. O curativo que eu havia feito no braço ferido havia surtido efeitos, o que me alegrou bastante. A rapariga já não suava mais e os seus cabelos negros, que antes estavam espalhados pelo travesseiro, agora estavam alinhados. Brevemente iria melhor, o que era praticamente um milagre, por causa do grande corte infligido no seu braço, que possivelmente teria matado uma pessoa normal... A jovem realmente tinha muita força de viver...

 Fechei a porta, que reclamou dando alguns rangidos. A grande movimentação parecia que nunca parava. Muitas criadas faziam sua habitual e rotineira tarefa, movendo-se ora para pegar uma vassoura, ora para preparar algo para se comer. Desci as escadas e avancei pelo corredor, deparando-me com uma grande quantidade de soldados a mover-se alinhadamente, ainda mais alertas do que antes. Uma rajada fria saldou-me, após eu descer, anunciando que realmente o inverno estava perto. Eu estava sentindo necessidades da terra, dos ribeiros, das árvores... Kraym havia-me dito que eu podia ir onde deseja-se, com exceção que não você muitas longe. Avancei pelos soldados que guardavam a entrada. Nesse tempo que eu havia passado, poucos eram o que não me conheciam, embora apenas me chamassem de Pequena... Fui incapaz de conter um sorriso, o nome realmente havia ficado bom.

 A floresta que se alargava a minha frente era bonita o suficiente para me tirar o fôlego. As folhas, antes verdes, estavam amareladas caindo, sendo poucas as árvores que ainda conservavam sua cor viva. Realmente era uma visão bela ver caírem as folhas...

 Finalmente, depois de muito apreciar as árvores, decidi entrar nesse lugar que sempre me transmitia uma sensação de calma e harmonia. As árvores da Grande Ilha eram realmente fantásticas, chegando a serem maiores do que a fortaleza. Uma gota caiu do céu, sendo seguida por mais uma quantidade incalculável. Um pequeno chuvisco começou a cair, sendo seguido por uma leve chuva. A chuva molhava-me, mas isso me dava uma sensação de liberdade. Eu sempre gostei da chuva. O cheiro de terra a elevar-se no ar sempre me trouxe boas memórias...

 Comecei a caminhar por entre as grandes pedras cobertas de musgo, que parecia brilhar com as gotas de chuva. As grandes raízes das árvores, que eram quase do meu tamanho, absorviam avidamente o líquido vital. A grande movimentação de soldados que ainda dava para ouvir-se, foi sumindo lentamente, até nada sobrar além do som leve e suave da chuva... Sentei-me numa das grandes pedras que estavam encostadas as raízes e começei a meditar; entrando em sintonia com a Natureza.

 Não sei quanto tempo passou-se, mas comecei a ouvir leves passos, que lentamente foram aumentando, e transformaram-se num barulho alto, mas que parecia recitar uma sinfonia com a chuva. Desci da grande pedra na qual eu estava sentada e fiquei atrás de uma árvore. Os passos podiam ser de Kraym ou de algum guarda me vindo chamar, mas mesmo assim sempre era bom ser prudente. Os passos estacaram bem onde eu à pouco estava. Virei cuidadosamente o rosto para olhar quem. Vi um jovem com uma roupa verde, com alguns traços marrons, parecendo raízes com videiras enroladas. Tentei procurar mais detalhes, mais o jovem se vestia apenas com isso, uma humilde roupa verde com traços marrons. O seu olhar era verde, um verde vivo forte e vivo, trazendo com sigo uma inteligência maior do que a idade aparentava, juntamente com uma grande calma e serenidade.

 O jovem subiu a mesma pedra que antes eu estava e sentou-se nela. Depois de um tempo que tanto podia ser horas como uma batida de coração, comecei a pensar que o jovem estava dormindo. Dei um passo, mais pisei num galho seco que estalou, fazendo um leve ruído mais que foi o suficiente para o jovem abrir os olhos.


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