Crônicas do Norte Livro I: a Feiticeira escrita por ririneu


Capítulo 13
Capítulo XII




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 O corpo da jovem ferida caiu no chão, sem muita brusquidão. Quase todos os guardas estavam observando a cena, mas nenhum se mecheu para ajudar. Um grupo de três guardas foi para a fortaleza, e retornou um depois, escoltando alguém. Trinor apareceu no meio da multidão de guardas.

 -O que estão fazendo? Não percebem que ela está ferida e presissa de ajuda? - gritou ele num tom imperioso.

 O barulho e o tinir das correntes das armaduras dos guardas tiniu quando todos começaram a se movimentar para apanhar a jovem. No meio de tantas armaduras de prata, a roupa de Trinor sobressai-a-se. Uma roupa azul com bordados artisticos de ouro, botas pretas de couro, os cabelos dourados a esvoaçarem no vento, e suas singulares luvas brancas. Parecia mesmo um futuro líder...

 O corpo da jovem foi levado, inconsiente, para uma dentro da Enseada. Por onde passava atraia muitos olhares curiosos dos servos e servas.

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 A luz da lua iluminava o extenso corredor. Alguns quadros pareciam ganhar vida sobre o reflexo do astro patreado. Avançei sem medo pelo corredor, cuidando para fazer o mínimo de barulho. Eu não devia estar acordada, mas sentia-me atraída para o quarto da jovem. Avançei por mais alguns quadros e corredores até que fiquei perto de uma grande porta. Abria-a com o maior cuidado possível, mas não pude evitar um leve ranger.

 A cama onde a jovem descansava era igualmente pequena, e com alguns lençois, que deixavam aparecer um pouco do sangue que molhava o branco imaculado. Aproximei-me um pouco mais e pude notar que o estado da jovem, que aparentava ter dezeseis anos. Um corte transversal, possívelmente de uma espada, cortava o ombro esquerdo da jovem. Embora fosse grave, ela iria sobreviver, mesmo presissando de um pouco de sorte para isso. Eu não poderia usar nenhuma habilidade curativa, ainda porque isso era muito difícel. No parto da jovem Ingrir eu havia apenas transferido a minha força para ela, nada de extraordinário, e que havia feito que eu ficasse cinco dias na cama. Curar alguém era uma tarefa para poucos.

 Antes eu não havia podido prestar atenção nos detalhes da jovem, mais agora era-me possível tal ato. Ela tinha cabelos da cor da noite que agora cobria tudo, olhos de uma cor que eu não podia saber por que ela estava de olhos fechados. Uma pele levemente morena, possívelmente por pegar muito sol. A rapariga suava abundantemente, possívelmente devido ao ferimento. Antes de vir no quarto da jovem, eu havia decido descer pela grande árvore que havia perto da minha janela. Com um pouco de cuidado, eu havia conseguido pegar algumas folhas curativas, que usei para fazer uma substância curativa, que coloquei num pequeno pote. Abri o pote e peguei o seu conteúdo num pequeno curativo que eu havia trazido para esse propósito. Tapei a ferida com o curativo e sai silênciosamente para o meu quarto.

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 Algumas vezes eu tive Visões, que quase sempre eram alarmantes. Essa noite, eu estava num lugar familiar. Grandes e nodosas árvores entrecruzavam-se, formando uma grande e bonita formação de de ramos que não impediam a luz prateada da lua de penetrar nos ramos.

 Avançei em direção a minha casa. Estranhamente, ela parecia vazia. Minha mãe chorava, e eu estranhei isso, considerando que quase sempre estava alegre. Algumas tochas aproximavam-se da casa da minha mãe, que sempre havia sido escondida na floresta. Aproximei-me de uma pequena árvore, onde estava um monte. Na casca da jovem árvore estava escrito um nome que fez-me gelar o sangue como a neve que caia jamais vez: Leif Grim, Filho de Erngrim, Esposo de Jiveneth.

 Eu nem tive tempo de recuperar-me do choque, quando a Visão mostrou-me outra coisa: um homen alto e forte com uma espada ensanguentada: Istegar. 


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