Crônicas do Norte Livro I: a Feiticeira escrita por ririneu


Capítulo 12
Capítulo XI


Notas iniciais do capítulo

Eu peço minhas sinceras desculpas pelo capítulo ter demorado tanto e ser tão pequeno, mas é que realmente houve muitas difículdades e esse capítulo ia ser um muito importante. Espero que gostem e que, pelo menos, o próximo capítulo saia mais rápido



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 O sol já enchia a terra com sua graça quando despertei. Senti uma sensação de tristeza pelas pessoas do vilarejo. Todos, sem exceção de idade, haviam sido mortos pela crueldade dos Urstragar... Se pelo menos eu tivesse conseguido acordar mais cedo, talvez houvesse tempo de eu ter interferido na Visão, ainda porque eu sempre havia tido um sono leve...

 Além das pessoas do vilarejo, sentia uma falta enorme dos meus pais e dos meus dois irmãos. Cada vez que pensava neles, sentia um vazil, uma dor indescritivel no coração. O sorriso da minha irmazinha ao perguntar por mim... As lágrimas choradas pela nossa mãe... Eu nem mesmo tinha certeza se meu pai estava vivo, e isso só piorava tudo. Também recordei do meu pequeno irmão. Eu nunca soube manejar o arco muito bem até o nascimento do pequeno Elins. Quando nosso pai ensinou pela primeira vez o meu irmão a manejar o arco, eu começei a ver um brilho no seu olhar cristalino. Mesmo tendo apenas oito anos de idade, o domínio que ele tinha sobre o arco era um prodígio. Ele me ensinou a manejar o arco o suficiente para que eu pudesse colocar uma flecha no arco e acertar um alvo de perto.

 Sai da pequena cama, e dirigi-me para o igualmente pequeno guarda-roupas com passos lentos. Vesti-me com algumas roupas que ali havia e fui para a janela. As cortinas esvoaçavam ao sabor da leve brisa que vinha de fora. De frenta a janela havia uma árvore anciã, nodosa, talvez um carvalho. A janela também dava visão para o um pequeno portão, sendo vigiado de noite por dois guardas para que nínguem entrasse na floresta que se extendia.

 Ao olhar para a floresta, me lembrei da Floresta dos Lobos. Sempre estive a brincar nas grandes árvores, com suas vastas e verdejantes folhas, com cipós entrançados nas copas das grandes árvores. Nas suas raizes gigantes haviam inumeras tocas de pequenos animais. Essa convivencia tranquila com a natureza, longe de outros humanos com exceção dos meus pais e irmãos sempre trouxe-me um grande sintonia e amor pelas coisas vivas. Apesar de meus pais serem vikings e cultuarem os Deuses Nórdicos Odin, o deus da sabedoria e da guerra e Thor o deus dos trovões, também cultuaram a Mãe, a Natureza. Haviam muitos rumores sobre uma nova religião que estava se expalhando pelos países do Oeste. Essa religião, também chamada de Nova Fé, era contra todos os praticantes magia, sendo assim chamados por eles como "bruxos", sendo queimados vivos em fogueiras. Também a Nova Fé era contra os vikings, denominando-os "bárbaros" ou "selvagems". Isso me horrorizava, ainda mais por eu saber que os vikings eram um povo que, apesar de seus rituais e sacrifíceis, eram um povo parcialmente pácifico. Algumas aldeias vikings tinham grandes portos de comércio, onde os drakkars, barcos vikings, faziam comércio com as grandes nações do Leste.

 A brisa suave da janela, juntamente com os o raios solares, eram uma benção para o meu espírito dolorido. Deixei a janela, e com ela, temporiariamente os meus pensamentos sobre o lar; presisa-vo concentrar-me no agora. Girei a maçaneta e abri a porta. Muitas empregadas trabalhavam apresadamente,  limpando o pó dos velhos e antigos quadros, varrendo o pó ou se preocupando eu fazer a comida. Com essa grande azáfama, nem reparam em min e pude decer as escadas sem nenhuma interfêrencia exterior. Kraym me viu.

 -Já acordaste, Pequena? - disse com uma voz calma, embora cansada, com algumas olheiras, provalvelmente causadas por causa do pequeno Hilian.

 Comprimentei-o com alguns gestos de mãos, que foram retribuidos com um meio sorriso.

 -Vou mandar uma empregada preparar um chá, talvez isso melhore sua garganta.

 Agradeçi com alguns gestos, mais fiz questão de eu mesma preparar o chá, ao que Kraym aquieceu. Sai da grande fortaleza, se que agora já não parecia isso, antes uma grande casa com guardas, tipo uma casa da realeza. Fui para os jardins que antes eu não havia reparado, e colhi algumas ervas medicinais. A minha mãe me havia ensinado as propriedades de algumas ervas, se eram curativas ou venenosas. Fui para a cozinha e preparei um chá, que bebi com uma certa dor na garganta.

 Havia uma grande agitação no pátio. Alguns soldados vasgulhavam a área a procura de inimigos ou algum espião. Vários outros também faziam isso, mas perto da praia, a procura de algum navio ou outra coisa que indicasse perigo. O barulho de cascos de cavalo fez-se ouvir a grande distancia. Um pequeno pontinho foi logo aumentando e ganhando forma. Toda a movimentação do pátio parou de repente para observar a figura que chegava. Em cima do cavalo estava uma jovem ferida que, ao chegar perto dos guardas, caiu no chão sem sentidos.  


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Notas finais do capítulo

Nem mereço reviews por ter demorado tanto, mas se alguma alma generosa se compadecer, aceitarei com grande felicidade =)



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