Crônicas do Norte Livro I: a Feiticeira escrita por ririneu


Capítulo 11
Capítulo X


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo com ação, pra quem gosta^^
Quero agradeçer a todos que estão lêndo, e principalmente (não fiquem tristez quem eu não citar, todos vocês tem um lugar no meu coração)a ana bela, ao Jpedro100 e ao meu pai pelo apoio!



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Abri os olhos lentamente, como se ainda não tivesse forças para tal ato. Começei a discernir sombras a se moverem e logo elas começaram a ganhar forma. Logo me apareceu uma imagem: dois olhos castanhos que me fitavam com um misto de incerteza, temor e alegria, era Kraym.

 -Ela está acordando! - disse ele.

 Ao abrir os olhos, pude perceber que eu estava no pequeno quarto que Kraym havia me dado. Logo comecei a ouvir passos vindos do corredor. Da porta pude ver que alguém ia na minha direção.

 -Eu... Eu queria agradeçer por... Por tudo que fez - disse uma jovem com uma voz entrecortada.

 Fitei a jovem. Ela tinha olhos da cor das grandes florestas que cercavam a ilha, cabelos marrons com uma mexa dourada entre eles, trajos finos no rosto, usava um vestido azul com linhas douradas e o emblema da Grande Ilha na parte superior deste. Tinha uma voz calma e serena, sendo apenas mudada um pouco por causa da comoção.

 -Ingrir, deixe a pobre menina descansar um pouco, ela acabou de acordar e você já está sobrecarregando ela? - disse Kraym, aparentemente feliz com o meu restabelecimento.

 -Eu só queria agradecer, estrangeira - disse Ingrir com uma voz mais calma agora - des-desculpe se eu não sei seu nome. Disse ela apreçada-mente.

 Fitei seus olhos verdes e pude perceber que ela estava sendo sincera. Kraym disse que estava sendo chamado, por isso precisava se retirar.

 -Obrigada, se não por você, eu provavelmente não estaria viva e nem o pequeno Hilian - disse, provavelmente referindo-se ao bebê que havia nascido.

 Comecei a articular um agradecimento por que a minha voz ainda não havia voltado, o que era estranho, considerando o tempo que eu estava aqui. Ingrir sorriu.

 -Vou preparar um chá e logo você poderá falar novamente - disse com um sorriso, saindo logo em seguida pela porta pequena porta do quarto.

                         ~~~~~~~~**********~~~~~~~~

 Eu estava no meio de uma floresta. Era noite e uma grande e redonda lua iluminava o céu estrelado. Varias sombras moviam-se, mas eu sabia que eram apenas animais. A noite estava silenciosa e não havia nenhum pássaro a cantar com exceção de uma ou duas corujas que voavam de galho em galho. Avancei calmamente até uma clareira. De repente, comecei a ouvir o movimento de algumas folhas.

 Avancei até onde os arbustos se moviam e vi diversos vultos e sombras se movendo nas sombras. Voei com minha essência até onde os vultos moviam-se e segui-os. Eu conseguia ver algumas silhuetas, mas nada mais. Eles avançavam na direção de uma pequena aldeia. Meu coração quase parou quando a lua iluminou um dos vultos. A minha frente estava um grande e robusto homem, com olhos de um azul gélido e cabelos castanhos com um emblema que eu já havia visto antes: um lobo com uma coroa uivando para a lua com uma matilha de lobos atrás deles. Este era o líder dos homens que nos haviam emboscado antes.

 O grupo de soldados avançava silenciosamente por entre as árvores, o que indicava que todos eram treinados para a guerra, pois não faziam quase nenhum barulho ao mover-se. Os guerreiros avançaram até a pequena aldeia. Um grupo composto de mais ou menos cinco vigias guardava a entrada do vilarejo. Pude perceber que eles eram treinados mas pouco comparado com o grupo de Urstragars. O líder do grupo inimigo fez um sinal com a mão e todos os outros pararam. Ele pegou uma pequena adaga na mão esquerda enquanto a outra segurava uma espada longa e avançou furtivamente na direção de um dos guardas. Fiquei horrorizada ao olhar o que se sucedeu: uma apunhalada nas costas do pobre homem e o seu corpo já caia no chão inerte, sem ao menos os outros vigias se aperceberem, tal era a perícia do guerreiro Urstragar. Ele começou a avançar cautelosamente na direção de outro vigia, mas não teve a mesma sorte de um ataque furtivo como teve no outro guarda. O vigia, ao aperceber-se do homem que ia na sua direção, pegou uma pequena trombeta na mão para avisar os outros guardas, mas uma faca arremessada pelo Urstragar quebrou a trombeta, fazendo alguns pedaços da trombeta caírem no chão, alertando os outros quatro guardas, que desembainharam as armas. Um deles foi silenciado eternamente por uma adaga que cravou no seu pescoço, mas os outros três já avançavam na direção do inimigo. Um deles deu um golpe com a espada, mas foi bloqueado pela espada inimiga, e após isso, o Urstragar descreveu um arco com a espada que cortou a espada do guarda. A adaga que estava na mão esquerda estocou o guarda e atravessou sua cota de malha, e ao mesmo tempo uma espada estocava também sua barriga, fazendo o guarda cair inerte no chão, ainda com uma expressão de assombro no rosto. Os dois guardas restantes avançaram juntos. Um dele, o que parecia ser o líder, desferiu um golpe com a sua espada, na intenção de decapitar o guerreiro que abaixou a cabeça prontamente e desferiu um golpe com a adaga no braço do guarda, forçando a largar a espada. Antes que pudesse dar um golpe com a espada e matar o vigia, o outro foi atrás dele, na intenção de matá-lo com um golpe nas costas. De repente, o guerreiro Urstragar dobrou a mão direita que segurava a espada, e estocou o vigia. O líder vigia nem teve tempo de aperceber-se o que havia acontecido com seu companheiro e já um golpe de espada derrubou-o.

 O líder Urstragar fez um sinal com a mão e todos os seus guerreiros escondidos nas árvores saltaram para fora do esconderijo brandindo as armas. Inocentemente um menino sai para as ruas para brincar, mas foi morto por uma flecha. Assim segui-se. Os guerreiros Urstragars mataram todos os habitantes do pequeno vilarejo, não deixando ninguém vivo, nem mesmo um habitante. O sol já começava a raiar quando iluminou, tristemente, com seus raios luminosos, uma cena que não parecia real. Dezenas de corpos mortos, sendo deixados a apodrecer ao sol, sem nem ao menos uma sepultura, casas queimadas ainda fumegantes e uma terra regada pelo sangue, a marca dos Urstragars.

 


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Notas finais do capítulo

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