Back To London escrita por Jajabarnes
Notas iniciais do capítulo
Mil perdões pela demora, mas eu estava esse tempo todo sem internet, e ela ainda não voltou completamente. Enfim, boa leitura!
Naquele mesmo dia, quando eu retornei para casa, Susana e eu fomos jantar com os outros na casa dos Pevensie, lá eu contei sobre minha visita à Prunaprismia e Glozelle e nosso acordo. Todos concordaram. Agora, para todos os efeitos, Prunaprismia e Glozelle são meus pais.
[…]
Alguns dias depois, pela manhã, todos nós fomos ao porto. Os passageiros desembarcaram e começaram a passar por nós. Lúcia esticava o pescoço tentando ver, Pedro e Edmundo olhavam por cima, até que um casal surgiu em nosso campo de visão.
Lúcia sorriu e acenou para eles, eles acenaram de volta. Susana soltou minha mão e foi ao encontro deles junto com os irmãos, enquanto Nícolas, Natália, Julia e eu ficamos mais atrás. Os Pevensie abraçaram os pais calorosamente, matando a saudade. Sim, eu estava nervoso, muito nervoso, afinal, eram meus sogros e eu tinha medo do que achariam de mim. Enfiei as mãos nos bolsos da calça.
-Então, Susana – começou o Sr. Pevensie. - Onde está seu marido?
Susana voltou até mim, enfiando o braço no meu e levando-me um passo a frente.
-Mãe, pai, este é Caspian. - falou suavemente, um pouco ansiosa.
O pai dela olhou-me de cima a baixo e apenas estendeu a mão para mim, a expressão séria parecia me analisar. Trocamos um aperto de mãos sob os olhares curiosos e ansiosos dos outros.
-Sr. Pevensie. - cumprimentei-o. Ele não disse nada, apenas acenou levemente com a cabeça e colocou as mãos nos bolsos do casaco.
-É um prazer conhecer você, Caspian! - a mãe de Susana tomou a frente, sorrindo, apertando minha mão calorosamente.
-O prazer é todo meu. - sorri.
-Mãe – chamou Pedro, indo pegar a namorada. - Esta é Julia Belacqua. - apresentou.
-Muito prazer, Julia. - a mãe a abraçou.
-O prazer é todo meu. - Juh sorriu timidamente.
Em seguida Edmundo apresentou Natalia e Lúcia, Nícolas. Não demorou muito para tomarmos o rumo da casa dos Pevensie. Helena e Raphael desfizeram as malas enquanto Susana e Julia preparavam o almoço; Pedro e eu carregamos a mesa para o quintal, debaixo da enorme macieira que havia ali, Nícolas e Edmundo levaram as cadeiras e Natália e Lúcia puseram a mesa.
Algum tempo depois o almoço fora servido, depois da refeição Susana lavava as louças e eu secava e guardava enquanto os outros tomavam café e conversavam na sala. Nós estávamos sozinhos ali, conversando, quando o pai dela chegou.
-Susana – chamou ele. - Sua mãe está lhe chamando na sala. - falou ainda parado à porta.
-Já estou indo. - respondeu ela. Entreguei o guardanapo para que ela secasse as mãos.
-Eu termino para você.
-Obrigada. - ela deixou o pano no balcão e saiu do cômodo, passando pelo pai na porta. Assumi a posição em frente a pia, de costas para a cozinha.
Houve um silêncio pesado enquanto Raphael atravessava o lugar, abria a geladeira e servia-se de suco. Mais daquele silêncio constrangedor. Continuei lavando a louça.
-Você é de onde, Caspian? - ele perguntou e eu pude sentir seu olhar em minhas costas.
-Hm... De Londres mesmo. - respondi.
-E você estuda.. Trabalha?
-Já terminei os estudos... E Pedro, Edmundo, Nícolas e eu estamos pensando em investir em um negócio. - expliquei.
-Bom, bom... E quanto à sua família? Seus pais moram em Londres... Você tem irmãos?
-Meus pais moram não muito longe daqui. - eu sorri lembrando de Prunaprismia e Glozelle. - E eu tenho um irmão mais novo, Arthur. - lembrei de meu primo que conheci na visita a minha tia, um garoto alegre e cheio de energia no auge de seus 6 anos, nem parecia filho de Miraz.
-E seu pai trabalha em que?
-Trabalha no banco dos Wonderwood. - respondi.
-É mesmo?!
-Sim. - confirmei.
-E como você conheceu Susana?
Foi numa batalha contra os telmarinos. Ela é uma rainha, sabia? E junto com os irmãos me ajudou a recuperar meu trono.
-Bom... - comecei. - Somos amigos há um bom tempo. Conheci os quatro meio que por acaso, eu estava com outros amigos quando Pedro e eu nos... Esbarramos. - eu ri um pouco. - Então Lúcia apareceu primeiro, depois vi Susana e Edmundo e eu me encantei por sua filha desde a primeira vez que a vi. - olhei para ele sorrindo. Ele apenas assentiu.
-Gostaria de conhecer sua família, Caspian. - disse ele quanto terminei de guardar as louças.
-Claro, quando o senhor quiser.
-Vou falar com Helena e então acertamos tudo.
Concordei e nós fomos para a sala onde os outros conversavam animadamente. Susana e Helena vinham descendo as escadas.
Pov. Susana.
-Eu termino para você. - disse Caspian, gentilmente, entregando-me o guardanapo, sequei as mãos, passei por meu pai na porta e fui até mamãe na sala.
-Venha, querida. - ela me levou para cima, para o quarto dela e fechou a porta.
-O que houve? - perguntei. Mamãe levou-me pela mão, nos sentamos na beira da cama.
-Acho que precisamos conversar, não? - ela ergueu as sobrancelhas e eu permaneci calada esperando-a continuar. - Susana, imagino que eu não precise dizer que seu pai quase teve um troço quando leu sua carta, e confesso que também fiquei muito surpresa. Nós gostaríamos de entender por que esse casamento tão depressa? Por que não podiam nos esperar para participarmos também?
-Mãe, eu queria muito que você e papai estivessem aqui... Mas é que foi uma cerimônia rápida e... - comecei e ela me interrompeu.
-Susana, seja sincera, você já estava grávida quando casou, não estava? - ela sabia a resposta, mas queria ouvir de mim. Baixei o olhar para nossas mãos.
-Estava... - ouvi seu suspiro.
-Você sabe que isso vai contra os bons costumes. - afirmou. - Susana, se seu pai souber que você se entregou antes do casamento...
-A senhora não vai contar a ele, vai? - meu coração bateu acelerado, com medo.
-Eu devia... Mas não vou. Só espero que saiba que, agindo assim, você se arriscou muito, Su.
-Como assim?
-Ele não tinha com você nenhum compromisso firme como o casamento... Poderia muito bem seduzi-la e depois deixado-a de lado.
Eu sorri, Sabia que mamãe sempre iria querer me proteger, mas eu sabia também de outra coisa...
-Caspian não é assim, mãe. - falei calmamente, o sorriso estampado no rosto. - A senhora devia ter visto o quanto ele ficou feliz quando contei que estava grávida. - lembrei da euforia de Caspian revirando o armário em busca do anel de sua mãe. - Ele ficou tão contente...
Mamãe sorriu.
-Ele parece ser um bom rapaz... Além de ser lindo.
-É mesmo! - concordei. - Caspian é um doce, é atencioso, inteligente, gentil, bem-humorado... Ele me faz sentir especial, amada... Eu confio muito nele.
Ela sorriu de novo, ternamente.
-Você o ama muito, não é?
-Amo... Amo demais! - meu sorriso se alargou. - E Caspian já provou várias vezes que me ama também.
-Mas será que, mesmo assim, ele vai conseguir provar ao seu pai que realmente é digno de você? Certo, vocês já estão casados e o que resta ao seu pai é aceitar, mas você sabe como ele é... Será que ele vai abrir os braços para Caspian como genro?
Eu sorri.
-Mãe, Caspian já passou pela aprovação de Pedro, acha que passar pela do papai vai ser difícil? - ergui as sobrancelhas.
Mamãe gargalhou.
-Não!
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Bom, feliz ano novo atrasadíssimo!!! Espero vocês nos reviews, se eu merecer ;)