Back To London escrita por Jajabarnes


Capítulo 3
Vocês fariam isso por mim?


Notas iniciais do capítulo

Cá estou de novo, mas infelizmente não vou postar caps de todas as fics hoje :/ mas enfim, vamos lá!



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Pov. Caspian.

Um bom tempo já se passou. Nós já estávamos de volta à casa dos Pevensie, Natália e Nícolas voltaram para sua casa, Susana e eu nos mudamos para o apartamento onde ela morou antes; Julia, como fora dito na carta aos pais de Susana, era sobrinha do Professor Kirke que estava passando uma temporada conosco; ela ficou na casa com Lúcia, Pedro e Edmundo. Recebemos uma carta dos pais deles, uma resposta àquela que mandamos, eles chegariam em alguns dias.

-Eu estou nervosa, Caspian – Susana disse, quando eu pus as sacolas de compras sobre a mesa.

-Calma, a melancia e o chocolate já chegaram. - respondi com humor depois de andar horrores até encontrar um mercado aberto a essa hora, por causa dos desejos de Susana. Sorri e ela se aproximou de mim.

-Não é isso. - ela sorriu. - Seria tão mais fácil se pudéssemos contar aos meus pais sobre Narnia... - ela abria a embalagem do chocolate.

-Vai ser complicado ter que mentir... Mais complicado ainda seria eles acreditarem se contássemos a verdade. - Quebrei um pedaço da barra para mim.

-Hey! - brigou ela. Eu ri beijando-lhe a testa, tirando o casaco e vestindo-o na cadeira. Segui para a pia.

-Você não vai acreditar em quem eu encontrei na mercearia. - falei encolhendo as mangas da camisa branca até os cotovelos e lavei as mãos.

-Quem? - ela mordeu um pedaço do chocolate.

-Prunaprismia e Glozelle – respondeu sorrindo.

-Não brinca! - Susana se aproximou de mim, com a boca cheia. - E aí?

Fechei a torneira, ela me entregou o guardanapo e eu sequei as mãos.

-Não dava para falar por que eles estavam com pressa, mas marcamos de nos encontrar amanhã. Você vem comigo? - agora eu cortava a melancia.

-Claro, vai ser ótimo!

[…]

-Susana, você está pronta? - perguntei alto, para ela ouvir de dentro do banheiro, eu vestia a jaqueta. A porta do banheiro abriu.

-Eu não vou, Cas... - a voz fraca. Ergui os olhos e a vi escorada na porta, a face mais pálida do que o normal.

-Por que?

-Não estou em condições – sussurrou. - Acordei meio enjoada essa manhã... E está piorando...! - ela voltou ao banheiro batendo a porta. Não abri ao me aproximar.

-Se quiser eu fico com você, posso desmarcar com eles. - falei.

-Não... - ouvi a torneira aberta. - Você precisa falar com eles, lembra?

-Ok, mas e você, como fica? - insisti.

-Lúcia ligou quando você estava no banho para saber como eu estava, disse que está vindo para cá. - ela saiu. - Não se preocupe, Caspian, pode ir. - ele sorriu. - Mande minhas lembranças e desculpas por não poder comparecer...

-Tudo bem, qualquer coisa já sabe...

-Eu mando avisar você, já sei. - ela riu, cruzando os braços.

-Qualquer coisa, ein?!

-Ok, a cada respiração eu mando um recado para você. - ela sorriu abertamente.

-Engraçadinha. - dei um beijo em sua testa.

-Até logo. - disse ela e eu me dirigi para a porta. Ao sair no corredor, vi Lúcia e Júlia subindo a escada. - Oi, meninas. - cumprimentei.

-Oi, Caspian – disseram juntas. - Está de saída? - perguntou Júlia.

-Preciso encontrar com algumas pessoas, a Susana ia comigo, mas ela está meio enjoada... Até mais.

-Até. - disseram, seguindo para o apartamento.

[…]

Desci do táxi em frente a casa grande com um jardim a frente da fachada pintada de um azul suave. Atravessei o jardim sem vida por causa do frio, subi os degraus da varanda e toquei a campainha. Escutei uma voz e passos rápidos vindo em direção e então a porta se abriu. Prunaprismia me lançou um sorriso largo.

-Caspian! - ela me abraçou. - Achei que você nem vinha mais! Entre! - deu passagem.

-Foi apenas um atraso. - expliquei tirando a jaqueta, Prunaprismia a pegou de minhas mãos e pendurou no cabide após fechar a porta.

-E a Rainha Susana? Você disse que iria trazê-la...

-Ela viria, mas não estava se sentindo de todo bom. - falei. - Ela mandou lembranças e pede desculpas por ter vindo.

-Oh, nada grave, espero.

-Não, não.

-Que bom. - ela sorriu. Indicou para que eu sentasse na sala enquanto ela trouxe da cozinha uma bandeja com o bule, o açucareiro, pães e as xícaras. Sentou na poltrona ao meu lado. Ela riu.

-O que foi? - perguntei.

-Você me desculpe, Caspian, mas a pestinha do Glozelle ficou curioso por sua resposta não dada, ele ficou o tempo todo se perguntando quem em sã consciência comeria melancia e chocolate a noite. - ela riu e eu a acompanhei.

-Bom, era para a Susana. - falei. - Talvez seja isso o que tenha piorado o enjoo dela hoje cedo.

-Sim, talvez. - concordou ela, servindo-nos. - Mas me fale de você, Caspian, no pouco tempo em que pude observar você e os Reis e Rainhas, eu percebi que havia algo entre você e Susana. - ela me lançou um olhar cúmplice. Eu sorri.

-Confesso que me encantei por ela desde a primeira vez em que a vi.

-Isso é lindo, Caspian. - ela sorriu. - Eu sabia que havia alguma coisa... Mas então, vocês ficaram juntos?

-Ah, não... Naquela época não foi possível por que ela e os irmãos tiveram que deixar Narnia pouco depois de você, seu pai e Glozelle... - então eu lhe contei toda a história depois que ela deixou Narnia até a partida dos Pevensie, os três longos anos longe de Susana, até o retorno de Edmundo e Lúcia junto com Eustáquio, nossa viagem até o fim do mundo, a partida deles, os meses até Aslam me mandar para Londres para salvar Susana das garras de Johnny Wonderwood, até que ela me interrompeu.

-Johnny? Johnny Wonderwood?!

-Sim... Você o conhece?

-Claro, conheço os Wonderwood. Glozelle trabalha para o pai dele,Joseph. Eu soube que Johnny estava preso, mas sabia que era por ter roubado o banco da família, eu nunca poderia imaginar que ele havia feito uma coisa dessas, muito menos com Susana!

Após um rápido diálogo sobre o assunto, eu relatei nossa mais recente ida a Narnia e ela escutou tudo com um brilho nos olhos, encantada a cada fato. Foi uma conversa descontraída, Glozelle chegou logo após eu começar a contar, nos cumprimentamos e ele ouviu o resto da história também.

-Oh, Caspian, você vai ser pai! Isso é formidavel! - Prunaprismia me deu os parabéns, eu apenas sorri.

-Mas, Caspian, se me permite perguntar. - começou Glozelle. - como vocês explicaram essa história toda para os pais dela?

-Bom – passei a mão no cabelo. - Mandamos uma carta para eles recentemente contando que estávamos casados e tudo o mais... Eles estão retornando à Londres, chegarão dentro de alguns dias, mas o que mais me preocupa é que eles com certeza irão querer saber mais sobre mim, minha família e tudo o mais... - esse era um problema e dos grandes.

-Sim, certamente vão querer conhecer seus pais. - acrescentou Glozelle.

Concordei com a cabeça.

-Ora essa, então eles vão conhecer! - Prunaprismia se pronunciou, após alguns segundos, fazendo Glozelle e eu a olharmos.

-Como assim? - perguntei.

-Tive uma ideia, Caspian, e se você concordar, pode nos apresentar aos pais dela!

-Está dizendo para fingirmos ser os pais dele? - perguntou Glozelle.

-Sim! Bom, fingir é uma palavra muito forte, nós “seremos como” os pais de Caspian. O que você acha? - perguntou a mim.

-Vocês fariam isso por mim?!

-Claro! - concordou Glozelle. - Você jpa fez tanto por nós, seria só um meio de retribuir.

-Não sei como agradecer a vocês. - eu sorria de orelha a orelha.

-Não precisa nos agradecer, Caspian, será um prazer. - garantiu Prunaprismia.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso? O que acham que vai dar dessa "mentirinha" ? kk
Reviews?
Beijokas!!



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