Corações Partidos escrita por Matheus Saioron


Capítulo 2
Capítulo 2- Meu primeiro assassinato


Notas iniciais do capítulo

Marcos conta a sua primeira experiencia em matar uma pessoa, mas agora encontra um situação em que não sabe o que fazer. E agora, qual será o destino de Marcos?



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No banco de trás do carro, eu olhava a janela, o casal me levava para casa. A mulher estava fazendo planos do que íamos fazer nos finais de semana. A voz dela me irritava. O silêncio do homem me deixava cada vez mais maluco. Não sabia quanto tempo faltava para chegar em "casa".

Enfim, chegamos. A mulher pegou a mala com minhas roupas e então, entramos. O homem me encarava, e então, disse:

–Garoto, essa é minha casa, então vai ter que seguir as minhas regras, Ok?

–E quais seriam suas regras?- Disse com um sorriso irônico no rosto.

–Primeira coisa, você deve me chamar de senhor, se a vadia da sua mãe não te deu respeito, eu vou lhe dar.

Aquelas palavras doeram, eu não consegui responder, apenas chorei. A mulher assistia a cena, calada. Eles me mostraram onde ficava meu quarto. Não conseguia durmir. A noite foi longa, as imagens dos meus pais passavam na minha cabeça e isso fazia meu coração ficar confortável, porém, quando lembrava do que tinha acontecido, a dor invadia meu peito e me fazia querer desistir da vida.

–ACORDA, MENINO!- Gritava o homem do outro lado da porta.

No café da manhã, o homem me dizia coisas horríveis, coisas pela qual eu não queria escutar. A mulher tinha ido na padaria. Estávamos sozinho em casa. Peguei a faca e me aproximei da mesa onde o homem estava sentado. Hesitei. Não conseguia matar alguém assim. Apenas permaneci calado, fazendo meu café da manhã.

Quando fui no banheiro, eu vi escrito no espelho com batom a seguinte fase: " Não pense que você está sozinho. Eu sempre estou te vigiando." Fiquei com medo. Quem poderia ser? Desci correndo e perguntei no homem:

–Foi você quem escreveu aquilo no espelho do banheiro?

–Escreveu o que, peste?- Me respondeu

–Sobe lá e veja você mesmo.

O mais assustador foi quando nós subimos e não tinha nada escrito no espelho.

–Não lhe disse, mulher. Esse negocio de pegar criança em orfanato não ia dar certo, o menino é maluco.- Gritou para a mulher que ainda estava na cozinha.

A voz daquele gordo, imundo me irritava cada vez mais. Descendo as escadas que chegava na cozinha, eu não aguentei. Empurrei aquele homem nojento que caia escada a baixo.

A mulher veio gritando:

–Olha o que você fez! Eu vou ligar para a policia! Você é um assassino.

Desci as escadas e segurei a mulher pelo braço.

–Vai me matar também? FALA! VAI?!

Fiquei em silêncio durante uns segundos. Pensei em tudo o que estava acontecendo. E respondi:

–Não vou te matar. O seu pior castigo vai ser ficar viva.

A mulher estava em choque, parada. Fui conferir o corpo do homem. Estava morto. Sorri e falei:

–Até que não foi muito difícil acabar com a vida desse desgraçado.

A mulher chorava sem parar. Olhava para mim como se eu fosse uma aberração. E agora? O que fazer? A mulher ia me denuncia se continuasse ali. Se fosse embora para onde iria? O choro da mulher não me deixava pensar. E o meu tempo ia se acabando.


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