Então, eu decidi fugir e viver sozinho. Fui no meu quarto e peguei minhas coisas. Sai da casa da mulher correndo. Eles moravam no centro da cidade, eu não sabia para onde ir, corria sem destino. Parei e me sentei na praça. Comecei a chorar, eu estava apavorado, matei um cara e agora estou fugindo. Uma senhora chamada Anny se sentou do meu lado e perguntou:

–O que aconteceu com você, querido? A voz dela era meiga e fraca

–Nada, senhora.

–Não se preocupe, meu jovem, me fala onde mora seus pais e eu te levarei até lá, pode confiar em mim!

Eu não sabia o que dizer aquela senhora, ela era simpática e só queria me ajudar, então eu disse:

–Sou órfão.

–Oh, meu Deus. Você tem para onde ir?

–Não, eu estou sozinho no mundo, não tenho mais ninguém.

–Venha, venha comigo. Eu posso te ajudar.

Então, eu fui com a Anny. A casa dela era do outro lado da rua, a mais ou menos 600 metros da casa da mulher. Era uma casa simples, mas muito bem cuidada e arrumada. Ela não me fez nenhuma pergunta, apenas me deu comida e me deixou no quarto vendo TV. Eu estava com sono. Então, durmi.

Agora, eu estava em um lugar diferente, não conhecia aquele lugar. Era uma casa muito velha, olhei pela janela, eu estava no meio do mato. Não havia casas e nem civilização. Então, eu sai da casa, não havia ninguém. Comecei a andar, eu não tinha mais a minha mala de roupas.

Subi uma pequena ladeira e quando olhei para trás não havia mais a casa velha. Eu estava com medo. De repente, eu sinto uma coisa passando atrás de mim. Me virei e não havia nada. Quando olhei para frente eu me deparo com o homem que matei. Foi assustador, mas então, eu acordei.

A senhora estava vendo televisão, ela estava espantada, quando vi a noticia que estava passando, eu entrei em pânico. Era a minha foto no noticiário. A mulher começa a grita comigo:

–Você é um assassino, eu vou ligar para policia.

Voltei, peguei minhas roupas e tornei a fugir, mas a senhora me segurou, ela não queria me deixar ir embora. Eu estava com medo de ser preso, então puxei a mulher, segurei a cabeça dela pelo seu cabelo fino e coloquei em cima do fogão, ela me empurrava e dizia que a policia ia chegar, então liguei o fogo e encostei o seu rosto nele. Segurei o rosto dela no fogo. Enquanto ela gritava de dor, eu abri a gaveta de talheres e peguei a faca. Eu matei a mulher. O seu rosto estava irreconhecível e de seu peito jorrava sangue.

Olhei pela janela e a policia já estava lá. Eu sai pelos fundos. A minha mão estava cheia de sangue e meus ohos cheios de lágrimas, eu não queria fazer aquilo.

Quando abria a porta dos fundo, eu vi escrito no chão: "VOCÊ É IGUAL A MIM, UM ASSASSINO."

Não acreditava no que estava vendo, entrei em pânico, comecei a correr. Não sabia para onde iria, só sabia que ali eu não poderia ficar.