Os Novos Jogos escrita por Diana


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Música do capítulo: Me Against The World - Simple Plan https://www.youtube.com/watch?v=x_hMtNM4baE
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Espero que gostem!



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Chace's POV

A corrente elétrica me paralisou e uma mulher colocou o rastreador em meu braço esquerdo. O aerodeslizador começou a se mover e as portas fecharam. Eu estava sozinho, indo para o subsolo da Arena onde Devonne estaria me esperando. Quando cheguei, a encontrei com a roupa que os tributos usariam, um uniforme cinza esverdeado parecido com um macacão. Ela me vestiu e ficamos esperando até que anunciassem que eu deveria subir no tubo.

Então uma voz se fez presente, dizendo exatamente aquilo.

- Boa sorte, Chace – Devonne disse e me deu um beijo no rosto. - Vai se sair bem.

- Obrigado – assenti confiante e andei para o prato. O vidro se fechou e alguns segundos depois o prato subiu.

- Senhoras e senhores! - gritou Woth. - Está aberta a mais nova edição dos Jogos Vorazes!

O lugar clareou à minha volta, e não pude deixar de dar o maior sorriso que alguém poderia dar nessa situação.

A Arena era uma ilha, e eu estava bem acima do mar. Estávamos posicionados ao redor do grande chifre dourado da Cornucópia em um círculo perfeito. Mais à frente, quase não havia praia antes de aparecer a selva. E ainda mais ao longe, mais ou menos no centro da ilha, podia-se enxergar o que parecia ser uma parede marrom enorme.

Procurei Diana com o olhar e a vi a cinco pratos na minha direita. Ela também me olhava, com um olhar sugestivo. Certo, certo. Eu era proibido de usar meus truques de filho de Poseidon, mas a tentação era bem grande. Eles não podiam esperar criar uma ilha como Arena e então pedir para eu me controlar.

30 segundos.

Alguns dos tributos estavam ficando verdes. Provavelmente não sabiam nadar e já pensavam em fugir o mais rápido possível.

5. 4. 3. 2. 1.

O gongo soou e eu mergulhei imediatamente. Senti uma paz momentânea, apenas quebrada pelo impacto de mais corpos na água. Nadei como nunca, e cheguei à Cornucópia em milésimos de segundos, sendo o primeiro. Mas quase parei no meio do caminho, analisando o que havia em volta.

Armas, somente armas. Nenhuma mochila, comida, nada. E as armas eram medíocres e em pouca quantidade. Mesmo assim, corri até os dois tridentes bem aparentes no meio de tantas outras peças. Ouvi passos rápidos atrás de mim e me virei, já com um dos tridentes preparados.

- Sou eu, abaixe isso! - Diana gritou. Atirou-se nas armas e agarrou duas adagas.

Olhei para a borda de terra em que agora os outros estavam chegando para lutar. Claire e Noah vinham na frente, por também serem do 4 e saberem nadar melhor. Os distritos 1 e 2 chegavam logo em seguida, e depois os outros.

Logo a Cornucópia estava cheia de pessoas, sangue e gente gritando. Acertei um tridente no peito de um dos garotos do 6. Thomas estraçalhou o do 9 com quem discutiu no Centro de Treinamento. Claire estava somente se defendendo com as flechas que pegou, quase escondida atrás de Diana, sem realmente matar, e eu quis sacudi-la para fazer direito. Diana retirou uma de suas adagas do peito de uma garota, e Noah arrancou a cabeça de alguém com uma marreta de guerra.

Algo me distraiu assim que matei mais alguém. Uma espada passou a centímetros de meu rosto e eu a desviei. Dei um passo atrás para ver quem me atacara e uma faca cortou minhas costas. Soltei uma exclamação de dor e rodei nos calcanhares. O garoto do 10 ergueu novamente a faca para me matar, no mesmo momento em que a espada dourada veio em direção à minha cabeça.

Automaticamente aparei o golpe da espada com o tridente. Quem a segurava sumiu mais uma vez. Só percebi que já deveria estar morto pela facada quando olhei para o lado e vi Diana empurrando com toda a força sua adaga no pescoço do garoto, que caiu morto instantaneamente.

Mal tive tempo de agradecê-la antes de ouvirmos Chad gritar, detrás da Cornucópia, agora cheia de corpos e sem armas restantes.

- Vamos!

O terreno com a Cornucópia ficava em mar aberto, então se você fosse lutar: tinha de nadar; se fosse fugir: tinha de nadar. Por isso, mergulhamos de volta no mar e nadamos até a praia da ilha. O machucado em minhas costas se curou sozinho, e ninguém podia me culpar.

Alcançamos a terra, mas não havia mais ninguém a vista. A última movimentação na folhagem foi feita já a metros de nós, e já estávamos cansados. Observei os armamentos que conseguimos: James tinha uma cimitarra; Chad, um mangual; Miranda, um chicote; Penny, uma besta; Nathan, espada; Thomas, machado; Hayley, duas lanças; Emma, um facão; Noah segurava uma marreta; Diana, suas duas adagas; Claire pegou um arco e uma aljava de flechas, e eu tinha os dois tridentes.

- Podemos caçá-los amanhã – Miranda se pronunciou. - É melhor descansarmos.

- Não temos comida ou água para passar a noite – lembrou Nathan. Sua espada dourada cintilou à luz de fim de tarde.

- Muito observador você – comentei, encarando sua espada e um flash passando por minha memória.

- Não comecem – avisou Emma. - Todos já estamos cansados das briguinhas infantis dos dois. Agora isso é pra valer.

- Eu voto para ir agora mesmo – disse Thomas. - Se nós estamos cansados, eles estão mais.

- Mas o dia já está escurecendo e não é a melhor ideia ir à noite – disse Noah.

- Esperamos – Diana decidiu. - Teremos tempo suficiente depois. Três ficam de vigia cada vez.

Ninguém a contrariou, mas não achei que tivesse usado o charme. Os Idealizadores resolveram brincar, e a noite caiu muito mais depressa que o previsto, e junto veio o frio. Se quando entramos estava fervendo, agora estava congelando, e nossas roupas eram muito finas para manter o calor.

James, Nathan e eu ficamos com a primeira vigia depois de armarmos acampamento nos limites da praia. Sentei em um tronco e fiquei observando os outros. Noah foi falar com Diana. Ele perguntou alguma coisa e ela balançou a cabeça. Os dois disseram mais algumas coisas e então se deitaram para dormir. Claire os seguiu, e umas duas horas depois todos já estavam adormecidos.

- O que acham que é aquela parede? - perguntou James para Nathan e eu. - Ou não notaram?

- Notei – respondi. - Não sei o que é, mas não havia quase nada na Cornucópia. Devem ter mais coisas do outro lado.

- Seja o que for, vamos lá bem cedo – disse Nathan.

Um tiro de canhão foi ouvido, seguido por outro. A contagem dos tributos mortos no primeiro dia começou. Três tiros. 4. Foi assim até atingir o número 12. Em seguida o hino da Capital tocou para mostrar quem fora morto, pois já era noite. O Distrito 6 inteiro foi eliminado, o que indicava que todos até o 5 estavam vivos. Um garoto e uma garota do 8, um do 9, os dois garotos e uma garota do 10 e as duas do 11.

Trinta e seis restantes. As coisas estavam andando rápido para um primeiro dia.


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Notas finais do capítulo

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